Mundo de Aline

De Aline Munhoz

Aline sempre foi uma criança muito alegre e cheia de imaginação, sua vida era perfeita até o seu tão aguardado irmão mais novo nascer. Depois disso, as coisas já não são como antes.

Medos, ciúmes, dúvidas e inseguranças passam a dominar seu coração e ela precisa aprender a enfrentar tudo isso. Mas como?

Quando suas fantasias não são mais suficientes para fazê-la se esquecer das tristezas, só resta uma saída: usar a fé. Será que Aline vai conseguir ser feliz para além da sua imaginação?

• Idioma: Português
• Editora: Unipro
• Data de lançamento: 9 de mar. de 2018
• ISBN: 9788571408258

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Capítulo 1

O estraga-prazer

Uau! Tudo era muito lindo. Eu olhava ao meu redor e via tudo tão perfeito... Havia castelos lindos e altos por toda a parte. Os jardins tinham as mais variadas flores, cada uma com um aroma mais gostoso do que o outro. A grama era bem verdinha. Até o Sol neste lugar era diferente. Ele era mais redondinho e brilhava muito forte. O seu calor me aquecia, e as minhas bochechas até coravam com o seu brilho intenso. Os animais eram todos muito bem-cuidados e brincavam felizes pelos campos afora. Mundo mais perfeito do que este impossível!

Eu me sentei na sombra de uma árvore carregada de frutos grandes e bem suculentos, que estava perto de um riacho à beira do caminho, e, na superfície das suas águas cristalinas, podia ver o meu reflexo como num espelho. A paz era tanta naquele lugar que resolvi fechar os olhos e relaxar naquela calmaria. Até que, de tanta calma, adormeci. Mesmo dormindo, eu ainda estava conectada à realidade daquele lugar lindo. Eu sentia a brisa leve batendo em meu rosto e jogando meu cabelo pro ar… Que delícia! Um perfeito dia de verão no mundo de Aline!

No entanto, na calmaria do meu sono, algo muito estranho aconteceu. A sombra que me envolvia passou a não ser somente a da árvore sob a qual eu estava sentada. Havia outra sombra se aproximando de mim. De repente, certa escuridão tomou conta de onde eu estava, e o brilho do sol já não existia.

Tentei abrir os olhos, mas não consegui. Esfreguei-os com as mãos e, ainda assim, nada. Continuei me esforçando para tentar ver alguma coisa, até que consegui enxergar um pouquinho; porém, tudo o que eu via estava bem embaçado. De certa forma, consegui ver que o que se aproximava de mim e me fazia aquela sombra era algo branco, bem branco, e tinha a altura de uma criança de 4 anos. Senti que aquela coisa ou criatura — até então não sabia ao certo o que era — vinha se aproximando de mim, cada vez mais perto, e fiquei com tanto medo, mas tanto medo que o meu coração começou a bater loucamente, e todos os pelinhos do meu braço se levantaram. Será isso um fantasma?… Ahhhhhhhhhh! Gritava dentro de mim, pois nenhum som saía da minha boca. De repente, ouvi um som estridente nos meus ouvidos: Quááá! Quááá! Quááá!!! E foi aí que eu pude ver. Ah, não, não, por favor, você, de novo não, não,