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Cumprindo a Missão: Levando o Evangelho aos Não Alcançados e aos Não Engajados
Cumprindo a Missão: Levando o Evangelho aos Não Alcançados e aos Não Engajados
Cumprindo a Missão: Levando o Evangelho aos Não Alcançados e aos Não Engajados
E-book258 páginas4 horas

Cumprindo a Missão: Levando o Evangelho aos Não Alcançados e aos Não Engajados

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Sobre este e-book

Este não é um livro comum de missões. Da astronomia à exegese, da apologética ao hemisfério sul, do missional na própria pátria ao contribuinte da causa. Ele usa de todos os meios para acender o ardor pela proclamação da palavra de Deus à nova geração. Além disso, seus autores pretendem também reacender as brasas dos mais antigos para que também apregoem o evangelho de Jesus a todos os povos e nações.
Lembre-se, Jesus nunca mente. Tão certo como ele é Deus, ele completará a missão. Um produto CPAD.
IdiomaPortuguês
EditoraCPAD
Data de lançamento27 de fev. de 2015
ISBN9788526312951
Cumprindo a Missão: Levando o Evangelho aos Não Alcançados e aos Não Engajados

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    Cumprindo a Missão - John Piper

    Todos os direitos reservados. Copyright © 2015 para a língua portuguesa da Casa Publicadora das Assembleias de Deus. Aprovado pelo Conselho de Doutrina.

    Título do original em inglês: Finish the Mission – Bringing the Gospel to the unreached and unengaged

    Crossway, Wheaton, Illinois, EUA

    Primeira edição em inglês: 2012

    Tradução: Luís Aron de Macedo

    Preparação dos originais: Miquéias Nascimento

    Capa: Jonas Lemos

    Editoração e projeto gráfico: Elisangela Santos

    CDD: 266 – Missões

    ISBN: 978-85-263-1258-6

    eISBN: 978-85-263-1295-1

    As citações bíblicas foram extraídas da versão Almeida Revista e Corrigida, edição de 1995, da Sociedade Bíblica do Brasil, salvo indicação em contrário.

    Para maiores informações sobre livros, revistas, periódicos e os últimos lançamentos da CPAD, visite nosso site: http://www.cpad.com.br.

    SAC — Serviço de Atendimento ao Cliente: 0800-021-7373

    Casa Publicadora das Assembleias de Deus

    Av. Brasil, 34.401 – Bangu – Rio de Janeiro – RJ

    CEP 21.852-002

    1ª edição: Janeiro/2015 - Tiragem: 3.000

    Àqueles que deixaram casa, ou irmãos, ou irmãs, ou mãe, ou pai, ou filhos, ou campos, por amor de Jesus e do evangelho para completarem a missão.

    AGRADECIMENTOS

    Agradecemos a Deus pela editora Crossway e por nossa contínua parceria em prol do evangelho. Por Lane, Justin, Lydia e os demais da equipe por juntarem forças conosco mais uma vez.

    Agradecemos a Deus pela Bethlehem, nossa igreja, aqui em Twin Cities, à casa de John por mais de três décadas e de David, por quase uma década. Pelos nossos membros geralmente alegres, pelos quarenta anciãos colegas, e pelas manifestações semanais de adoração congregacional da visão, em Minneapolis, Mounds View e Lakeville.

    Agradecemos a Deus pelo ministério Desiring God, que organiza a conferência nacional todo terceiro quadrimestre, de onde, originalmente, vieram estas mensagens revistas e ampliadas. Por Jon Bloom, Scott Anderson, Josh Etter e o diretor da conferência Dave Clifford. Por Bill Walsh, que abriu o ramo internacional do Desiring God, uma iniciativa que hoje molda tudo que fazemos no Desiring God, dando origem a um foco e ministério internacional maior com a associação The Gospel Coalition. Bill foi fundamental em chamar nossa atenção a este tema para a conferência nacional de 2011 e a agregar as parcerias que tornaram o evento tão significativo.

    Agradecemos a Deus por nossas esposas e nossas famílias, que, diariamente, nos fortalecem e nos sustentam e que, gentil, porém firmemente, lembram-nos de não ir mais rápido do que as linhas de suprimento em nosso avanço insistente na missão.

    Por fim, e mais significativamente, agradecemos a Deus por Aquele que nos dá força, Cristo Jesus, nosso Senhor. Só por Ele podemos fazer todas as coisas — ficarmos sem nada, termos superabundância, enfrentarmos a fartura e a fome, a abundância e a necessidade. Somente através dEle temos a confiança de que os não engajados e os não alcançados serão engajados e alcançados.

    Ele é Aquele que prometeu edificar a igreja e que garante que o evangelho será pregado em todo o mundo, para testemunho a todas as nações, e então virá o fim. Ele é Aquele que nunca mente e, com absoluta certeza, tão certo como Ele é Deus, completará a missão.

    David Mathis e John Piper

    Minneapolis, Minnesota

    25 de maio de 2012

    SUMÁRIO

    Agradecimentos

    Colaboradores

    Introdução: Lembre-se, Jesus Nunca Mente

    David Mathis

    1. O Deus Galáctico que nos convida para o Seu Glorioso Plano

    Louie Giglio

    2. A Glória de Deus, a Perdição do Homem e o Evangelho de Cristo

    David Platt

    3. Cristo, Coragem e a Conclusão da Missão

    Michael Ramsden

    4. De Todas as Terras para Todas as Terras: O Propósito e a Provisão do Senhor na Oração do Pai Nosso

    Michael Oh

    5. Para os Bairros e para as Nações

    Ed Stetzer

    6. Louvem-te a Ti, ó Deus, os Povos; Louvem-te os Povos Todos

    John Piper

    Conversa com os Colaboradores

    Apêndice: E Agora? Discipule uns Poucos

    David Mathis

    Índice Temático

    Índice Onomástico

    Índice das Referências Bíblicas

    COLABORADORES

    Louie Giglio é pastor da Igreja Cidade da Paixão em Atlanta, Geórgia. Como fundador e líder das Conferências da Paixão, ele viaja por todo o mundo desafiando esta geração, os universitários em particular, a uma busca apaixonada por Deus. Formado pela Universidade Estadual da Geórgia e pelo Seminário Teológico Batista, está na liderança do ministério colegiado por mais de vinte anos. Louie é autor dos livros The Air I Breathe: Worship as a Way of Life e I Am Not But I Know I Am. Sua esposa é Shelley.

    David Mathis é editor-executivo do ministério Desiring God e ancião da Igreja Batista Bethlehem, em Twin Cities, Minnesota. É formado pela Universidade de Furman e está concluindo um programa de ensino a distância com o Seminário Teológico Reformado em Orlando, Flórida. É escritor de artigos e capítulos e coeditor de With Calvin in the Theater of God: The Glory of Christ and Everyday Life, The Pastor as Scholar and the Scholar as Pastor: Reflections on Life and Ministry e Thinking. Loving. Doing.: A Call to Glorify God with Heart and Mind. Ele e a esposa Megan têm os filhos gêmeos Carson e Coleman.

    Michael Oh é presidente e fundador do instituto bíblico cristão CBI Japan, que abrange um seminário teológico de licenciatura (o Christ Bible Seminary), projetos para plantação de igrejas (a All Nations Fellowship) e vários ministérios de evangelismo, entre eles um ministério de evangelismo entre jovens chamado Heart & Soul Cafe. Michael é formado pela Universidade da Pensilvânia e pelo Trinity Evangelical Divinity School. Tem também mestrado em estudos japoneses pela Universidade de Harvard. Desde 2007 serve no conselho do Movimento de Lausanne para a evangelização mundial. Ele e a esposa Pearl têm cinco filhos.

    John Piper é pastor de pregação e visão da Igreja Batista Bethlehem, onde serve desde 1980. Formado pela Wheaton College, Fuller Seminary e Universidade de Munique, é autor de mais de quarenta livros, entre eles Palavras: O Poder da Comunicação na Pregação do Evangelho; Em Busca de Deus: A Plenitude da Alegria Cristã (Teologia da Alegria); Um Homem Chamado Jesus Cristo; O Sorriso Escondido de Deus; Graça Futura: O Caminho para Prevalecer sobre as Promessas Enganosas do Pecado; Deus é o Evangelho e o título relacionado a missões de ampla aclamação Alegrem-se os Povos: A Supremacia de Deus nas Missões. John e a esposa Noël têm cinco filhos e doze netos.

    David Platt é pastor de The Church em Brook Hills, Birmingham, Alabama. Anteriormente serviu como reitor da capela e professor assistente de pregação expositiva e apologética no Seminário Teológico Batista de New Orleans, assim como evangelista-chefe da Igreja Batista de Edgewater, em Nova Orleans. Formado pela Universidade da Geórgia e pelo Seminário Teológico Batista de New Orleans, é autor de Radical: Taking Back Your Faith from the American Dream e Radical Together: Unleashing the People of God for the Purpose of God. David e a esposa Heather têm dois filhos, Joshua e Caleb.

    Michael Ramsden é o diretor europeu da organização cristã RZIM Zacharias Trust desde que foi fundada em 1997. Apaixonado evangelista e denotado apologista, é também palestrante de apologética cristã na Wycliffe Hall da Universidade de Oxford, onde seu principal envolvimento é com o Centro Oxford para a Apologética Cristã. Ele viaja muito, falando em universidades, igrejas e conferências. Ele e a esposa Anne têm três filhos.

    Ed Stetzer serve como vice-presidente de pesquisa e desenvolvimento ministerial para a organização religiosa Lifeway Christian Resources. Já plantou igrejas em Nova York, Pensilvânia e Geórgia e treinou plantadores de igreja nos cinco continentes. É autor de muitos artigos e livros, entre eles Planting New Churches in a Postmodern Age, Strategic Outreach (com Eric Ramsey), Breaking the Missional Code (com David Putman) e Planting Missional Churches. É também professor convidado da Trinity Evangelical Divinity School e do Seminário Teológico Batista. Ele e a esposa Donna têm três filhas

    INTRODUÇÃO

    Lembre-se, Jesus nunca Mente

    David Mathis

    Lembre-se: Jesus nunca mente. Nunca.

    O lembrete Deus não pode mentir (Tt 1.2) foi importante para o protegido de Paulo, pois ele ministrava entre os cretenses, os quais, segundo um deles mesmos, eram sempre mentirosos, bestas ruins, ventres preguiçosos (1.12). Paulo disse a Tito: Lembre-se, Deus nunca mente.

    É um lembrete importante para nós, quase dois mil anos depois, sobretudo em relação à missão que o Deus-Homem começou com sua própria vida, inaugurou com sua própria morte, selou com sua própria ressurreição, lançou em sua Grande Comissão e prometeu completá-la. O Espírito Santo diz às igrejas: Lembre-se, Jesus nunca mente.

    O próprio Cristo prometeu, tão certo como Ele declara acerca de sua obra de redenção: Está consumado (Jo 19.30b), que um dia, em breve, a sua noiva triunfante também declarará com Ele acerca da aplicação dessa obra nas missões globais: Está consumado. A Comissão será concluída.

    A MISSÃO SERÁ COMPLETADA

    No prelúdio da Grande Comissão, Jesus diz que toda a autoridade no céu e na terra lhe foi dada (Mt 28.18, ARA). Tendo assumido nossa carne e sangue e cumprido o destino da humanidade (Sl 8.3-8; Hb 2.5-10), além de seguir seu curso sacrificial, o Homem Jesus Cristo, agora, governa todo o universo (nosso pequeno globo também) com a própria soberania de Deus, garantindo o sucesso de sua missão global.

    Contra todas as suspeitas contrárias, o soberano Jesus não será impedido de cumprir sua promessa: (...) edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. (Mt 16.18b). O Deus-Homem, ressuscitado e reinante, muito certamente cumprirá a promessa de que seu evangelho será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as gentes, e então virá o fim. (Mt 24.14). Empunhando a indomável força de sua divindade, Ele está pronto para garantir, com absoluta certeza, o cumprimento de Habacuque 2.14: A terra se encherá do conhecimento da glória do SENHOR, como as águas cobrem o mar.¹

    MISSÕES: TUDO A VER COM ESSE JESUS

    No fim do dia, as missões globais dizem respeito a adorar esse Jesus espetacular. O objetivo das missões é a adoração mundial do Deus-Homem por seu povo redimido de cada tribo, língua e nação. O resultado das missões é todos os povos deleitando-se em louvar a Jesus. A motivação para missões é o prazer que o seu povo tem nEle. Missões visa, ocasiona e é alimentada pela adoração a Cristo.

    Outra maneira de dizer é que missões versa sobre a glória global do Filho de Deus. Do início ao fim, no alvo, efeito e impulso, missões centraliza-se na fama mundial do Messias, nos louvores de seus diversos povos de cada tribo, língua e nação. O que está em jogo nas missões é a honra universal do Pai na glória global de seu Filho na alegria de todos os povos.

    O QUE É MISSÕES?²

    Radicalizada na palavra latina mitto (que quer dizer enviar), missões é um termo de meio milênio de idade, que significa o envio dos seguidores de Jesus para a sua seara global de todos os povos. Por quase trezentos anos, o termo missões tem sido usado em particular para referir-se à evangelização do mundo, ao pioneirismo do evangelho entre os povos, aos quais as boas-novas de Deus ainda tem de avançar.

    Entre outras, duas passagens no Evangelho de Mateus atingem o âmago das missões. Jesus diz aos discípulos, em Mateus 9.37,38: Então, disse aos seus discípulos: A seara é realmente grande, mas poucos são os ceifeiros. Rogai, pois, ao Senhor da seara que mande ceifeiros para a sua seara. Missões significa mandar ceifeiros para a seara global.

    A segunda passagem é quando Jesus envia os discípulos em Mateus 28.18-20, a épica citação que chamamos de a Grande Comissão. Aqui, o comando principal de Jesus: Fazei discípulos de todas as nações (ARA), segue a ordem do ide — ser enviado. Enviar e ir são dois lados da mesma moeda. Jesus e a Igreja estabelecida enviam, e os que vão são os enviados ou missionários. Portanto, missões é a Igreja enviar missionários (os enviados) para fundar a igreja entre os povos que, caso contrário, não têm acesso ao evangelho.

    A COMISSÃO

    Talvez, maneira tão boa quanto qualquer outra para uma introdução seja, tão-somente, percorrer brevemente por esta Grande Comissão, a qual ocupa o centro do empreendimento missionário.

    Jesus, aproximando-se, falou-lhes [aos discípulos], dizendo: Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra. Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século. (Mt 28.18-20, ARA)

    DISCIPULAR TODAS AS NAÇÕES (Mt 28.19)

    Já comentamos sobre a reivindicação de Jesus a toda a autoridade (28.18, ARA). Diante de tal autoridade singular, Ele faz uma conclusão para seus seguidores no versículo 19, que é um dos mais importantes termos, portanto, da história do mundo: "Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações." (grifo meu).

    As duas ordens traduzidas por ide e fazei discípulos de todas as nações trabalham juntas, como um único encargo na língua original. Uma tradução literal seria algo como: Tendo ido, discipulai todas as nações. A ênfase principal recai sobre discipular, mas o ide é necessário. A fim de haver envolvimento nesta tarefa mundial de discipular todas as nações, tem de haver o ir. Jesus é enfático ao não prometer que todas as nações irão a Jerusalém, de modo que resta aos discípulos envolverem-se onde estão. Eles terão de ir. Há oceanos e fronteiras a atravessar, idiomas a aprender, divisas culturais a transpor. Como Paulo e Barnabé em Antioquia, eles têm de ser despedidos (At 13.3) alegremente pela igreja para tal trabalho. Tem de haver missionários.

    Porém, mesmo no atual contexto global, em que pessoas não alcançadas estão aglomeradas em cidades onde já existem igrejas, outro tipo de ide deve ocorrer: ser enviado da vida comum diária exatamente como a nossa, para nos envolver no trabalho consideravelmente difícil de aprender línguas e transpor culturas. Mesmo onde a geografia não é problema, a cultura e a língua são. Portanto, a comissão necessita de ides de todos os tipos.

    Discipular é um Verbo

    Se a ordem de Jesus de fazei discípulos de todas as nações é o cerne da comissão, o que Ele quer dizer com discipular? É claro que não significa a mera busca por conversão. Isso não se ajusta ao que se segue: Batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado (...). Ensinar as nações a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado não é mera busca por conversão. Se discipular todas as nações não significa a simples transferência de informação em sala de aula, como estamos propensos a pensar no Ocidente, mas ensinar a guardar, o que tem de estar envolvido?

    No mínimo, tem de visar um tipo de maturidade espiritual vivenciada. É como muitos cristãos bem intencionados usam hoje o termo discipulado, como um termo para buscar a maturidade espiritual. Ser discípulo, dizem, significa ser seguidor de Jesus sério e não casual. Programas de discipulado são projetados para quem, intencionalmente, busca obter crescimento cristão, e dá certo. Talvez. Mas, parece que algo está faltando, pelo menos como explicação do que a comissão está alcançando.

    O Exemplo de Jesus

    No contexto do Evangelho segundo Mateus, não há mais nada a dizer? Discipular todas as nações não nos traz à mente como Jesus discipulou seus seguidores? Afinal, eram seus discípulos. E quando o ouviram dizer: Discipulai todas as nações, será que não pensaram que este discipular é semelhante ao que Ele fez com eles, ou seja, dia a dia, intencionalmente, investindo bastante tempo na vida prática com crentes mais novos, a fim de, pessoalmente, fazê -los crescer até à maturidade, como modelo para eles discipularem outros da mesma forma?

    É que parece que Paulo está dizendo em 2 Timóteo 2.2, quando instrui seu discípulo Timóteo: E o que de mim, entre muitas testemunhas, ouviste, confia-o a homens fiéis, que sejam idôneos para também ensinarem os outros. Timóteo, meu discípulo, discipule outros para discipular outros. Quatro gerações espirituais são mencionadas explicitamente: Paulo, Timóteo, homens fiéis e também [...] outros, com a implicação de que novas gerações têm de se seguir.³

    Discipular, visto por este prisma, significa não apenas a mera busca de nossa própria maturidade espiritual, mas também nos derramar totalmente na busca de conexão pessoal e investimento de tempo intencional e considerável em alguns outros crentes. É o tipo de investimento para o qual tem de haver o ide para que seja realizado entre as nações. Jesus passou mais de três anos com os doze discípulos. Chamou-os para serem discipulados no início de seu ministério (Mt 4.19), e deu-lhes a melhor parte de sua vida até sua partida em Mateus 28. Investiu a vida nessas pessoas. É surpreendente assinalar nos evangelhos o quanto Jesus deu de si mesmo aos discípulos. Enquanto as multidões o buscavam, Ele buscava os discípulos. Dispunha-se a abençoar grande quantidade de indivíduos, mas investia em uns poucos.

    Todas as Nações

    Mas se discipular refere-se não apenas à conversão e maturidade espiritual pessoal, mas ao investimento pessoal da vida do discipulador em outros, o que dizer de todas as nações? Aqui, Jesus tocou numa tecla que é parte de uma sinfonia bíblica que abrange as Escrituras de Gênesis ao Apocalipse.

    Desde a criação, Deus se interessa por todas as nações. As genealogias de Gênesis determinam a origem de todas as nações de Adão, através de Noé e seus filhos (Gn 10). Com a benção para todas as nações em mente, o Senhor chamou um adorador da lua chamado Abrão, dizendo: Sai-te da tua terra, e da tua parentela [...] para a terra que eu te mostrarei. E far-te-ei uma grande nação [...] e em ti serão benditas todas as famílias da terra. (Gn 12.1-3). Observe a palavra todas.

    De Abrão (chamado pelo novo nome de Abraão, pai da multidão de nações em Gn 17.4,5) sairia o povo escolhido de Deus chamado Israel. A relação especial dessa nação com Deus ocasionaria bênção para as demais nações do mundo que foram separadas de seu criador, voltando ao seu pai Adão.

    Para o bem das nações, Deus trabalhou nesta nação por dois mil anos, multiplicando-lhe

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