Febre Negra - Dark Fever

De Karen Marie Moning

Um bom dia é aquele em que não há ninguém tentando te matar. Ultimamente não vem sendo fácil ter um bom dia. MacKayla Lane pode dizer que tem uma vida muito boa. Ela tem amigos maravilhosos, um trabalho honesto e um carro que só de vez em quando dá algum problema. Em resumo, ela é uma garota como qualquer outra da sua idade. Ao menos é o que ela pensa, até acontecer algo extraordinário: antes de ser morta na Irlanda, sua irmã deixa uma única pista do que pode ter acontecido – uma mensagem cifrada na caixa postal do celular de Mac.A jornada em busca do assassino leva MacKayla a um território jamais imaginado; um mundo de sombras onde nada é o que parece, pois tanto o bem quanto o mal usam a mesma bela e traiçoeira máscara. Em meio a descobertas, Mac se depara com um desafio pessoal: preservar a própria vida enquanto lida com poderes que jamais imaginou ter. Dotada de faculdades especiais, ela pode ver além do que meros humanos veem. MacKayla pode enxergar o ameaçador domínio dos Fae...

• Idioma: Português
• Editora: Editora Novo Século
• Data de lançamento: 11 de jul. de 2012
• ISBN: 9788576796961

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Prefácio

Minha filosofia é muito simples: qualquer dia em que não estão tentando me matar é um dia bom.

Ultimamente, não tenho tido muitos dias bons.

Não desde que os muros entre os Homens e os Fae desmoronaram.

Pensando bem, não há nenhum vidente sidhe vivo que tenha tido um dia bom.

Antes de ser assinado o Pacto entre os Homens e os Fae (por volta de 4000 a.C., para aqueles que não estão por dentro da história dos Fae), nós eramos perseguidos como animais e mortos pelos Caçadores Unseelie. Mas o Pacto proibiu que os Fae derramassem sangue humano e assim, ao longo de 6 mil anos, acrescente ou tire alguns séculos, aqueles que possuíam a Verdadeira Visão – pessoas como eu, que não podem ser enganadas pelo encanto ou magia dos Fae – eram capturados e aprisionados em Faery até a morte. Grande diferença: morrer ou ficar confinado em Faery até a morte. Ao contrário de algumas pessoas que conheço, os Fae não me fascinam. Lidar com eles é como lidar com qualquer outro vício – se cedermos, eles nos possuirão; se resistirmos, eles nunca conseguirão nos dominar.

Agora que os muros tombaram, os Caçadores estão de volta para nos matar. Exterminando-nos como se fôssemos nós a praga deste planeta.

Aoibheal, a Rainha Seelie da Luz, não está mais no poder. Na verdade, ninguém parece saber onde ela está, e há quem duvide que ela ainda esteja viva. Desde seu desaparecimento, os Seelie e os Unseelie têm espalhado sua guerra sangrenta pelo mundo, e, embora alguns digam que estou sendo melancólica e pessimista, acredito que os Unseelie estão conquistando vantagem sobre seus irmãos.

O que é muito, muito ruim.

Não que eu goste mais dos Seelie. Não gosto. Em minha opinião, um Fae bom é um Fae morto. Mas os Seelie não são tão letais como os Unseelie. Eles não nos matam assim que nos veem. Nós temos uma utilidade para eles.

Sexo.

Embora nos considerem desprovidos de sentimentos, nos apreciam na cama.

Quando fazem sexo com uma mulher, ela fica em uma situação péssima. Ela se torna viciada. O sexo desprotegido com um Fae desperta no interior da mulher um frenesi sexual que ela nunca deveria ter conhecido e que nunca será capaz de esquecer. Levará muito tempo até que se recupere – mas ao menos estará viva.

O que representa a chance de lutar mais um dia. Para ajudar a encontrar uma forma de fazer nosso mundo voltar a ser o que era.

E mandar aqueles Fae bastardos de volta para qualquer inferno de onde tenham vindo.

Mas estou me antecipando aos fatos.

Tudo começou como começam a maioria das coisas. Não em uma noite escura e tempestuosa. Nem anunciado pela trilha sonora sinistra do vilão ou por profecias catastróficas no fundo de uma xícara de chá, ou por presságios aterradores no céu.

Começou pequena e inócua, como a maioria das catástrofes. Uma borboleta bate suas asas em algum lugar qualquer e o vento muda de direção, uma frente quente se encontra com uma frente fria na costa ocidental da África, e, antes que você perceba, um furacão se aproxima. Quando alguém se dá conta de que a tormenta chegou, já é tarde demais para fazer algo a não ser fechar as janelas e tentar controlar os danos.

Meu nome é MacKayla. Mac para abreviar. Sou uma vidente sidhe, fato que aceitei somente há pouco tempo e com muita relutância.

Há mais de nós lá fora do que a maioria imagina. O que também é terrivelmente bom.

Nós somos o controle de danos.

Capítulo 1

Um ano antes...

9 de julho. Ashford, na Geórgia.

34 graus. 97% de umidade do ar.

No Sul é absurdamente quente no verão, mas vale a pena para se ter aqueles invernos curtos e amenos. Gosto de quase todas as estações e climas. Posso me deixar envolver por um dia nublado e chuvoso de outono – perfeito para se enrolar em um canto com um bom livro – tanto quanto com o céu azul sem nuvens de um dia de verão, mas nunca apreciei muito a neve e o gelo. Não sei como o pessoal do Norte suporta isso. Ou por quê. Mas acho bom que seja assim, caso contrário, estariam todos aqui se acotovelando com a gente.

Acostumada ao calor abafado do Sul, eu descansava à beira da piscina na casa dos meus pais, usando meu biquíni rosa de bolinhas favorito, que combinava perfeitamente com a cor rosa do meu novo esmalte em meus pés e mãos. Eu estava tomando sol em uma espreguiçadeira, meus longos cabelos loiros presos com um nó no alto da cabeça, num daqueles penteados que você torce para que ninguém te veja usando. Meus pais estavam em viagem de férias, comemorando o seu trigésimo aniversário de casamento com um cruzeiro de 21 dias pelas ilhas tropicais, que havia começado há duas semanas em Maui e terminaria no próximo final de semana em Miami.

Na ausência deles eu trabalhava com dedicação no meu bronzeado, dando mergulhos rápidos no azul frio e cintilante da piscina para em seguida me esticar e permitir que o sol secasse as gotas de água na minha pele, desejando que minha irmã Alina estivesse por perto para matar o tempo comigo, e talvez convidar mais alguns amigos.

Meu iPod estava enfiado no Bose SoundDock¹ do meu pai em cima de uma mesa perto de mim, pulsando animadamente as músicas da playlist que eu havia elaborado especificamente para banhos de sol junto à piscina, composta das cem melhores músicas das últimas décadas, além de algumas outras que me deixavam feliz – músicas alegres e despretensiosas para horas alegres e despretensiosas. Estava tocando uma antiga música de Louis Armstrong, What a wonderful world. Nascida numa geração que acha que cinismo e desapontamento são legais, às vezes caio fora do lugar comum. Não me importo.

Eu segurava um grande copo de chá doce gelado, e o telefone estava por perto para o caso de minha mãe e meu pai resolverem aparecer antes da hora. Eles não estariam em terra até chegarem à próxima ilha amanhã, mas por duas vezes eles chegaram mais cedo do que o previsto. Já que deixei cair acidentalmente o meu celular na piscina alguns dias atrás, eu carregava o telefone sem fio comigo, para não perder nenhuma ligação.

Na verdade, eu estava louca de saudades dos meus pais.

No começo, quando eles saíram, eu estava radiante com a perspectiva de passar um tempo sozinha. Eu vivo em casa, e quando meus pais estão lá, às vezes ela fica tão irritante quanto a Estação Central, com as amigas da minha mãe, os companheiros de golfe do meu pai e as senhoras da igreja entrando de repente, intercalados pelos garotos da vizinhança com alguma desculpa, convenientemente vestidos com suas sungas – puxa, será que esperam ser convidados?

Mas depois de duas semanas da tão esperada solidão, ela começou a me sufocar. A casa enorme estava quieta demais, principalmente à noite. Na hora do jantar eu me sentia totalmente perdida. E também com fome. Mamãe é uma cozinheira de mão cheia, e eu já não aguentava mais comer pizza, batatas fritas e macarrão com queijo. Mal podia esperar por um de seus jantares com frango frito, purê de batatas, folhas de nabo frescas e torta de pêssego com chantili caseiro. Já fui ao mercado e comprei tudo o que ela precisará.

Amo comer. Felizmente, não parece. Tenho seios e traseiro fartos, mas minha cintura e coxas são finas. Tenho bom metabolismo, apesar de mamãe dizer Ah, espere até chegar aos trinta. Aos quarenta, cinquenta. Papai diz Mais para apalpar, Rainey, e lança um olhar à mamãe que me faz concentrar em alguma outra coisa qualquer. Qualquer coisa. Eu adoro meus pais, mas existe algo como IEE. Informação em excesso.

De um modo geral, tenho uma vida maravilhosa, exceto pela saudade dos meus pais e por estar contando os dias até que Alina volte da Irlanda, mas ambas são situações temporárias, que logo se ajeitarão. Em breve minha vida voltará ao normal.

Será que existe a possibilidade de tentar as Moiras², e com isto romper o fio mais importante que mantém sua vida em harmonia, simplesmente pelo fato de você estar muito feliz?

Quando o telefone tocou, pensei que eram meus pais.

Não eram.

É engraçado como algo pequeno, insignificante, que se faz uma dúzia de vezes por dia, pode se tornar uma linha divisória.

O ato de atender um telefone. O pressionar de um botão.

Antes de atender o telefone – até onde eu sabia – minha irmã Alina estava viva. No momento em que atendi, minha vida se dividiu em duas épocas distintas: Antes e Após o telefonema.

Antes do telefonema, eu não tinha nenhuma utilidade para a expressão linha divisória, considerada uma expressão simples, que eu conhecia apenas porque era uma leitora ávida. Antes, eu navegava pela vida de um momento feliz para outro. Antes, achava que sabia tudo. Eu pensava que sabia quem eu era, a qual lugar eu pertencia e exatamente o que o futuro me traria.

Antes, eu achava que tinha um futuro.

Depois, comecei a descobrir que na verdade eu não sabia absolutamente nada.

Esperei duas semanas, desde o dia em que soube que minha irmã tinha sido assassinada por alguém, para fazer algo – qualquer coisa – além de enterrá-la em um funeral com caixão lacrado, cobri-la com rosas, e chorar sua morte.

Chorar sua morte não iria trazê-la de volta, e com certeza não me faria sentir melhor sobre o fato de quem quer que a tenha matado estar andando vivo em algum lugar lá fora, feliz em sua maneira doentia e psicótica, enquanto minha irmã jazia gelada sob sete palmos de terra.

Aquelas duas semanas permanecerão confusas na minha memória. Chorei o tempo todo, a visão e as lembranças embaçadas pelas lágrimas. Minhas lágrimas eram involuntárias. Minha alma estava se esvaindo. Alina não era apenas minha irmã; era minha melhor amiga. Mesmo estudando no Trinity College³ em Dublin nos últimos oito meses, nós mantínhamos contato constante por e-mail e nos falávamos semanalmente, compartilhando tudo, sem segredos uma com a outra.

Ou eu pensava que não tínhamos. Como eu estava enganada!

Planejávamos comprar um apartamento juntas quando ela retornasse e mudar para a cidade. Lá eu levaria a sério a faculdade, e Alina trabalharia em seu doutorado, ambas na Universidade de Atlanta. Não era segredo que minha irmã herdara toda a ambição da família. Desde minha formatura no colégio, sentia-me perfeitamente satisfeita trabalhando como garçonete no The Brickyard, quatro ou cinco noites por semana, morando na casa dos meus pais, guardando a maior parte do meu dinheiro, e fazendo apenas o mínimo de cursos na universidade local de Podunk (um ou dois por semestre, tendo aulas de Como Usar a Internet e Etiqueta para Viagem, que não atendiam as expectativas de meus pais), para manter mamãe e papai com alguma esperança de que algum dia eu me formasse e tivesse um trabalho de verdade num mundo de verdade. Ainda que, com ou sem ambição, eu realmente planejasse fazer grandes mudanças em minha vida quando Alina retornasse.

Quando meses atrás me despedi dela no aeroporto, nunca passara pela minha cabeça que eu não a veria viva novamente. Alina era tão segura quanto o nascer e o pôr do sol. Ela tinha charme. Ela tinha 24 anos e eu 22. Viveríamos para sempre. Os trinta anos estavam a milhões de anos-luz. Os quarenta não estavam nem mesmo na mesma galáxia. Morte? Ah! Morrer acontecia somente com gente realmente velha.

Não.

Depois de duas semanas, o meu nevoeiro de lágrimas começou a se dissipar um pouco. Continuava doendo. Apenas acho que finalmente havia expelido a última gota de líquido do meu corpo que não era absolutamente necessária para me manter viva. E a raiva brotava de minha alma ressecada. Eu queria respostas. Eu queria justiça.

Eu queria vingança.

Parecia que eu era a única.

Fiz um curso de psicologia alguns anos atrás que ensinava que as pessoas lidam com a morte trabalhando o seu caminho através de estágios de sentimentos. Eu não me acomodei no torpor da negação, que dizem ser a primeira fase. Passei do torpor para o sofrimento no tempo de uma batida do coração. Com mamãe e papai longe, fui eu que tive que identificar o corpo. Não foi agradável e não havia jeito de negar que Alina estava morta.

Depois de duas semanas, eu estava na fase da raiva. Supostamente a depressão seria a próxima. E depois, para alguém saudável, viria a aceitação. Eu já podia ver os primeiros sinais de aceitação nas pessoas ao meu redor, como se tivessem passado diretamente da negação à resignação. Falavam de violência gratuita. Falavam de continuar vivendo. Diziam que certamente as coisas estavam em boas mãos com a polícia.

Eu não era tão saudável. Nem estava tão certa sobre a polícia na Irlanda.

Aceitar a morte de Alina?

Nunca.

– Você não vai, Mac, e ponto final. – Mamãe estava encostada na bancada da cozinha, com um pano de prato sobre seu ombro, um avental estampado com uma magnólia vermelha, amarela e branca amarrado em sua cintura, suas mãos sujas de farinha.

Mamãe estava assando. E cozinhando. E limpando. E assando de novo. Ela se tornara o verdadeiro diabo da Tasmânia dos afazeres domésticos. Nascida e criada no Sudeste dos Estados Unidos, era a maneira como mamãe tentava lidar com a dor. Por aqui, as mulheres tornam-se superprotetoras quando pessoas morrem. É só o que elas fazem.

Já discutíamos havia uma hora. Na noite passada a polícia de Dublin havia ligado para nos dizer que sentiam muito, mas que por falta de evidências, e pelo fato de não terem uma única pista ou testemunha, não podiam prosseguir com a investigação. Eles estavam nos comunicando oficialmente que não tinham escolha a não ser entregar o caso de Alina para a Divisão de Casos Não Resolvidos, o que qualquer um com um pouquinho de inteligência sabia que não era uma divisão, mas um arquivo morto, mal iluminado e grande em um porão esquecido qualquer. Mesmo afirmando que periodicamente reexaminariam o caso atrás de alguma nova evidência, que fariam tudo o que estivesse ao alcance deles, a mensagem era clara: Alina estava morta, despachada para seu país e não era mais problema deles.

Eles haviam desistido.

Era um recorde de tempo ou o quê? Três semanas. Míseros 21 dias. Era inconcebível.

– Você pode apostar seu traseiro que, se nós vivêssemos lá, eles nunca teriam desistido tão rápido – disse com amargura.

– Você não pode afirmar isto, Mac.

Mamãe retirou sua franja loira acinzentada dos seus olhos azuis, que estavam vermelhos de tanto chorar, deixando um pouco de farinha em sua sobrancelha.

– Dê-me a chance de descobrir.

Seus lábios foram comprimidos em uma fina linha branca.

– Absolutamente não. Já perdi uma filha naquele país. Não perderei outra.

Impasse. E assim estávamos desde o café da manhã, quando anunciei minha decisão de pedir uma licença e ir para Dublin e descobrir o que a polícia realmente havia feito para solucionar o assassinato de Alina.

Eu solicitaria uma cópia do arquivo e faria tudo o que estivesse ao meu alcance para motivá-los a continuar a investigação. Eu daria um rosto e uma voz – uma voz forte e altamente persuasiva, eu esperava – para a família da vítima. Eu não podia deixar de acreditar que, se minha irmã tivesse um representante em Dublin, a investigação seria levada mais a sério.

Tentei fazer meu pai ir, mas não havia como convencê-lo no momento. Estava perdido em tristeza. Apesar de nossos rostos e a estrutura de nossos corpos serem muito diferentes, tenho a mesma cor de cabelos e olhos de Alina, e, nas poucas vezes que ele realmente olhou para mim ultimamente, seu olhar era tão terrível que me fez desejar ser invisível. Ou morena com olhos castanhos como ele, ao invés de loira com olhos verdes.

No começo, após o funeral, ele estava extremamente dinâmico, fazendo intermináveis telefonemas, entrando em contato com todo mundo. A embaixada havia sido gentil, mas o encaminhou à Interpol. A Interpol o manteve ocupado por alguns dias examinando os fatos antes de, diplomaticamente, levá-lo de volta ao ponto de partida – a polícia de Dublin. A polícia de Dublin manteve-se inabalável. Sem evidências. Sem pistas. Nada para investigar. Se você não está satisfeito, senhor, contate sua embaixada.

Ele entrou em contato com a polícia de Ashford – não, eles não poderiam ir até a Irlanda para investigar. Entrou em contato com a polícia de Dublin novamente – eles tinham certeza de ter interrogado todos os amigos, colegas e professores de Alina? Eu não precisava ouvir os dois lados desta conversa para saber que a polícia de Dublin estava ficando irritada.

Por fim ligou para um antigo amigo de faculdade que tinha alguma influência, uma posição de confiança no governo. O que quer que este amigo tenha dito fê-lo murchar completamente. Fechou a porta para o mundo e não saiu desde então.

Definitivamente o clima não estava bom na casa dos Lane, com mamãe feito um tornado na cozinha e papai como um buraco negro no escritório. Eu não podia ficar sentada esperando eles reagirem. O tempo estava passando e as pistas estavam esfriando a cada minuto. Se alguém fosse fazer algo, tinha que ser agora, o que significava que tinha que ser eu.

Eu disse: – Estou indo e não me importo se vocês aprovam ou não.

Mamãe irrompeu em lágrimas. Largou a massa que estava sovando sobre o balcão e saiu correndo da cozinha. Depois de um tempo, ouvi a porta do quarto bater no corredor.

Isto é algo com que eu não sei lidar – as lágrimas de mamãe. Como se ela não tivesse chorado o suficiente ultimamente, acabei de fazer com que chorasse novamente. Esgueirei-me da cozinha e rastejei pelas escadas, sentindo-me a mais baixa das criaturas da face da terra.

Tirei meu pijama, tomei uma ducha, sequei meu cabelo e me vesti, e então fiquei parada sentindo-me completamente perdida por um momento, com o olhar vago através do corredor para a porta fechada do quarto de Alina.

Quantas milhares de vezes nós tínhamos nos chamado durante o dia, cochichado durante a noite, acordado uma à outra para nos confortar quando tínhamos pesadelos?

Agora eu estava sozinha com os pesadelos.

Controle-se, Mac. Repreendi a mim mesma e decidi ir até a universidade. Se eu ficasse em casa, o buraco negro poderia me engolir, também.

Apesar de tudo, pude sentir um novo horizonte se abrindo.

A caminho da cidade, lembrei-me que havia deixado meu celular cair na piscina – céus, já haviam se passado todas estas semanas? – e decidi que seria melhor parar no shopping e comprar um novo celular para o caso de meus pais precisarem me encontrar enquanto eu estivesse fora.

Se é que notaram que eu havia saído.

Parei na loja, comprei o Nokia mais barato que eles tinham, desativei o velho, e ativei o novo.

Eu tinha catorze novas mensagens, o que provavelmente era um recorde para mim. Estou longe de ser uma pessoa sociável. Não sou dessas pessoas que estão ligadas às últimas maravilhas da tecnologia, sempre de posse do mais novo e melhor serviço de localização. A ideia de ser encontrada tão facilmente me assusta um pouco. Eu não tenho um celular com câmera ou habilidade com mensagens de texto. Não tenho serviço de internet ou rádio via satélite, apenas seu plano básico, obrigada. O único gadget⁴ de que preciso é meu fiel iPod – música é minha válvula de escape.

Voltei para meu carro, liguei o motor para que o ar condicionado pudesse iniciar a batalha contra o calor implacável de julho, e comecei a ouvir minhas mensagens. A maioria delas era de semanas atrás, de amigos da escola ou do The Brickyard com quem eu não tinha conversado desde o funeral.

Eu acho que, no meu subconsciente, relacionei o fato de eu ter ficado sem o serviço de celular alguns dias antes de Alina morrer, e tinha esperança de ter recebido uma mensagem dela. Desejava que ela tivesse ligado, parecendo feliz antes de morrer. Desejava que pudesse ter dito alguma coisa que me fizesse esquecer da minha tristeza, mesmo que apenas por um momento. Eu estava desesperada para ouvir a voz dela só mais uma vez.

Quando ouvi, quase derrubei o telefone. A voz dela irrompeu de um pequeno alto-falante, soando frenética, apavorada.

– Mac! Meu Deus, Mac, onde você está? Eu preciso falar com você! Sempre cai direto na sua caixa postal! O que você está fazendo com seu celular desligado? Você tem que me ligar assim que ouvir isto! Eu quero dizer no mesmo instante!

Apesar do calor opressivo do verão, de repente eu estava gelada, minha pele fria e úmida.

– Ai, Mac, tudo tem dado tão errado! Eu achava que sabia o que estava fazendo. Pensei que ele estivesse me ajudando, mas – Deus, eu não acredito que fui tão idiota! Pensei que estava apaixonada por ele e ele é um deles, Mac! Ele é um deles!

Pisquei os olhos sem compreender. Um de quem? A propósito, primeiramente, quem era esse ele que era um deles? Alina – apaixonada? De jeito nenhum! Alina e eu não tínhamos segredos. Desconsiderando alguns caras com quem ela teve alguns encontros sem compromisso nos primeiros meses em Dublin, ela nunca mencionou qualquer outro cara em sua vida. Muito menos alguém por quem estivesse apaixonada!

Sua voz foi tomada por um soluço. Minha mão agarrou o telefone com força, como se eu talvez pudesse segurar minha irmã através dele. Mantenha essa Alina viva e longe de qualquer perigo. Fiquei alguns segundos paralisada, e quando ela falou novamente sua voz estava mais baixa, como se estivesse com medo de ser ouvida.

– Nós temos que conversar, Mac! Há tanta coisa que você não sabe. Meu Deus, você nem sabe quem você é! Há tantas coisas que eu devia ter lhe contado, mas pensei que pudesse manter você fora disso até que as coisas ficassem seguras para nós. Tentarei fazer isso em casa – ela interrompeu e riu com amargura, um som cáustico em nada parecido com a Alina – mas não acredito que ele me deixará sair do país. Ligo para você assim que possível... – Mais estática. Um soluço. – Ai, Mac, ele está vindo! – A voz dela se tornou um sussurro urgente. – Ouça-me! Nós temos que encontrar o – a próxima palavra soava distorcida ou estrangeira, algo como shi-sadu⁵, pensei. – Tudo depende dele. Não podemos deixar que eles o peguem! Temos que encontrá-lo primeiro! Ele estava mentindo para mim o tempo todo. Agora eu sei o que é e onde...

Silêncio.

A mensagem havia terminado.

Sentei chocada, tentando dar sentido ao que acabara de ouvir. Achei que tinha dupla personalidade e que havia duas Macs: uma que tinha uma vaga ideia sobre o que estava acontecendo no mundo ao seu redor, e outra que mal tinha o domínio para se vestir de manhã e colocar os sapatos nos pés certos. A Mac-que-tinha-uma-vaga-ideia deve ter morrido quando Alina morreu, pois esta Mac obviamente não sabia a coisa mais importante sobre sua irmã.

Ela estava apaixonada e nunca me disse nada! Nenhuma vez. E agora parecia que esta era a menor das coisas que ela não havia me contado. Eu estava atônita. Fui traída. Havia uma grande parte da vida de minha irmã que ela estava escondendo de mim há meses.

Com que tipo de perigo ela estava envolvida? Do que ela estava tentando me manter de fora? O que era mais seguro para nós? O que nós tínhamos que encontrar? Teria sido o homem por quem ela pensava estar apaixonada que a matou? Por que – ah, por que – ela não me disse o nome dele?

Verifiquei a data e a hora do telefonema – a tarde depois que eu deixei cair meu celular na piscina. Senti-me enjoada. Ela precisou de mim e eu não estava lá. No momento em que Alina estava tentando me encontrar tão desesperadamente, eu estava preguiçosamente tomando sol no quintal, ouvindo minhas cem músicas alegres e despretensiosas favoritas, meu celular em curto-circuito e esquecido na mesa da sala de jantar.

Cuidadosamente pressionei o botão para salvar a mensagem, e então ouvi as demais, esperando que ela pudesse ter telefonado outra vez, mas não havia mais nada. De acordo com a polícia, ela morreu aproximadamente quatro horas após tentar me encontrar, embora eles tenham localizado seu corpo num beco quase dois dias depois.

Esta era uma visão que eu sempre me esforçava ao máximo para bloquear.

Fechei meus olhos e tentei não me deixar obcecar pelo pensamento de que eu havia perdido minha última chance de falar com ela, tentei não pensar que talvez eu pudesse ter feito alguma coisa para salvá-la se eu apenas tivesse atendido ao telefonema. Estes pensamentos poderiam me enlouquecer.

Ouvi a mensagem novamente. O que era um shi-sadu? E como lidar com sua frase enigmática: Você nem sabe quem você é! O que Alina queria dizer com aquilo?

Na terceira vez, eu sabia a mensagem de cor.

Também sabia que eu não poderia mostrar a mensagem para meus pais. Não somente levaria eles ainda mais para o fundo do poço (se é que isso era possível), mas provavelmente me trancariam em meu quarto e jogariam a chave fora. Não conseguia imaginá-los correndo algum risco com a filha que sobrou.

Mas... se eu fosse para Dublin e mostrasse a mensagem para a polícia, eles teriam que reabrir o caso, não é mesmo? Esta era uma ótima pista. Se Alina estava apaixonada por alguém, alguém a teria visto com ele em algum momento, em algum lugar. Na faculdade, no seu apartamento, no trabalho, em qualquer lugar. Alguém saberia quem ele era.

E se esse homem misterioso não fosse o seu assassino, certamente ele era a chave para descobrir quem era. Afinal, ele era um deles.

Eu estremeci.

Quem ou o que eram eles?

Capítulo 2

Rapidamente aprendi que uma coisa era pensar em ir a Dublin exigindo justiça para minha irmã – e outra completamente diferente era estar lá, sofrendo pelo jet lag⁶, do outro lado do oceano, a quase 7 mil quilômetros de distância de casa.

Mas lá estava eu, a noite descendo rapidamente, em uma rua calçada com pedras no coração de

Avaliações de Febre Negra - Dark Fever

[sweet_serenity · Nota: 3 de 5 estrelas]

*******NOTE: EVERYTHING IN THIS REVIEW STILL STANDS, BUT I JUST WANTED TO SAY THAT SHADOWFEVER, THE FIFTH BOOK IN THE SERIES, IS REALLY SUPER AMAZING, SO KEEP PATIENCE AND FAITH AND READ THROUGH THE OTHERS BECAUSE YOU DO NOT WANT TO MISS IT***

So..This book was underwhelming given the hype that surrounds it, and its high Goodreads rating. It wasn't all bad though, and I do have high hopes for the sequels.

The heroine of this book was super-annoying for 90% of the time. She was a stereotypical "blonde" to the max. Loves pink, blabs on about ridiculous nail polish colours... But a note at the back of the book made clear to me that the author deliberately made her that way, rather than merely thinking she was writing someone at the height of cool. And a better, more serious "Mac" shines through every now and again, so I'm hoping to see more of her.

The male lead was also super-annoying. Too stand-offish, too much the arrogant mentor, too mysterious. But this too, I sense will change. The first book is pretty much devoid of romance after all.

The world and plot are good, though there are signs it may move too fast/make things too simple. Sidhe-seers who have to pretend not to see the monstrous Fae for what they are like normal humans? Awesome. The villains are a little shallow though. The story is at its best at its darkest, grittiest moments, and when the action is thickest.

At other times, well... the story has too many little "quirks" that frustrated me. Every few scenes the author would turn prophetic and say something like "little did I know at the time..." or "later I would come to realise..." which served little purpose and was very annoying. Also, the character had a habit or making digs at pop-culture like the paranormal, and pushing the "OMG! I can't believe this, the supernatural DOES NOT EXIST!" line too far. This sort of thing can work in shows like Buffy the Vampire Slayer, because they are self-aware or making fun of themselves in a cool way, rather than an alienating way, but this book really screwed it up. Speaking of Buffy, I suppose that also illuminates my dislike for Mac. Buffy was often shallow to start with, but it was alongside her likable qualities, whereas Mac seemed to have almost none.

Anyway, I would definitely advise you to pick up this book, because though flawed, it is also short, and I'd like to think of it as an investment in future reading. HOPEFULLY, after reading this book whilst 50% annoyed & frustrated, I will pick up the sequel and be amazed by the transformation. Stay tuned to see if I'm right or wrong.

****I HAVE JUST READ THE SECOND BOOK IN THE SERIES:
Bloodfever is a HUGE improvement on the first book! Mac does mature and become more interesting and likeable, and most of the annoying quirks I mentioned above thankfully disappear (especially the little "prophetic" interjections- I only remember one in the entire second book). So I really really think you should read this book, and continue with the series even if you don't entirely love it, because the second book is worth it.

[stewartry · Nota: 5 de 5 estrelas]

As I was reading and writing about Karen Marie Moning’s ”Highlander” books, I kept seeing things out of the corner of my eye about the Fever series. Things about how absolutely incredible it was, how much people loved it, how amazing it was, omg. I smiled indulgently, thinking how nice it was that readers were so very loyal to KMM. I had the first book, Darkfever, sitting by waiting for me to get to a stopping point with other books, and I expected it to be as much fun as the other KMMs, more urban fantasy than fantasy romance, and enjoyable. It was incredible. I loved it. It was amazing. And, yes, even a little: omg. My mind is very slightly blown by how good it was, and how thoroughly it exceeded expectation. Oh, it wasn’t perfect – not by a long mark. But it ranks among some of the best urban fantasy, I think.More of the review: on my blogI love that on KMM’s website Mac is represented by Kristen Bell, of Veronica Mars fame. It’s perfect – the blonde blue-eyed wide-eyed appearance, and steel within the magnolia. That would be awfully nice casting. There are breadcrumbs out there leading toward a movie adaptation of the series. Dear Casting Director: Kristen Bell please.)The story was good, though it was a little annoying that the origins were not anything the “Highlander” series accounted for (unless I seriously missed something). It’s the beginning of something (and I chuckled at one review I saw out there in which the reader was steamed that there were no neat resolutions. “Series”, dear heart. Look it up.) I like that the good guys’ team seems very small so far, though there is room for expansion, while the bad guys are numerous and very, very dangerous: what they are capable of is horrifying. (I.e.: That wasn’t parchment.) There is a lot of room to grow in the series – and having said that I need to riff on it, because growth is what has occurred since that first “Highlander” book. That series was play, practice, prologue. The Fever series is what grew out of that.

[stefferoo · Nota: 4 de 5 estrelas]

I actually hovered between giving this book 3.5 or 4 stars. I'm pretty picky when it comes to choosing my urban fantasy, considering how bloated the genre is these days. The good things I've heard about this series made me try it out.There are a couple of things I loved about this book; mainly the world building and the narrator's voice. That said, the main character Mac is bit of a flake and not my type when it comes to favorite heroines, but the way the author writes her makes her quite believable, and I'm hoping her personality will evolve with the series.I'm also not too fond of cliffhangers, but I liked this book enough to want to read the next one anyway, even without the abrupt ending.

[mlleehreen · Nota: 5 de 5 estrelas]

I picked up DARKFEVER two days ago, and just a few hours back I finished the fourth book in the series, DREAMFEVER - if the fifth one was out, I'd be reading it now. I don't know how people who started with earlier installments have managed to wait for each new book to come out, what with the heart-in-your-throat cliffhanger endings. Putting up with that kind of anxiety for years would be tough; as it is, the fifth will be the last one in the series so I'll only be biting my nails through one cycle.

Point here is: the Fever books will suck you in and pull you along like the funnest, sexiest, scariest roller coaster you have ever ridden.

A few of the reviewers have expressed some frustration with Mac, the protagonist, and expressed their undying devotion for Jericho Barrons, the male lead. I have a few qualms with that. We'll root for tough-girl Mac in later books because we meet Southern sweetheart Mac in this one. DARKFEVER is the first book in the series, and there is a LOT of character development throughout. In DARKFEVER, Mac starts off as a pampered small-town girl who loves pink, looking pretty, and cute boys. We get to experience her innocence, and we'll watch as it's stripped away. One of the things that I loved about DARKFEVER is the poignancy of it - Mac narrates the novel, but it's an older Mac re-living the past. I cherished young Mac's naivete right along with the narrator, because I knew it could not last.

By the end of the novel, it's clear that Mac is smart, insightful, and tough. One of the things that tipped me off to Mac's true grit - what made me really start to LIKE her - was the fact that she refused to even contemplate sleeping with Jericho Barrons. He's a character that's got a lot of evolving to do too. He's a dangerous, and dangerously appealing man - physically powerful, wealthy, seemingly omniscient, living by the credo that might makes right and utterly convinced that he's the mightiest, and therefore the rightest. He is exactly the kind of larger-than-life, too-thrilling hero that will make readers swoon, and I was soooooo proud of Mac for resisting the temptation. Because it would have been suicide.

The whole series is full of amazing stories that keep you on the edge of your seat, but that's one of the things that fascinated me most: the more I read, the more I fell for Jericho Barrons, and the more convinced I was that Mac (who I was rooting for wholeheartedly) should keep a safe distance.

I would recommend this book (very highly!) to readers who like strong urban fantasy - not just romance readers. If you like Ilona Andrews, Patricia Briggs, Kim Harrison, Jim Butcher, or Charlaine Harris, this is definitely a series you should check out. The author's background is in romance, and I'd intentionally avoided her until now, but these books completely reversed my opinion. Her writing is muscular, smooth, and fast-paced. The setting is amazing, the secondary characters crackle with life and energy, and she's not afraid to go some very dark places.

[elkehannover · Nota: 3 de 5 estrelas]

Inhaltsangabe:MacKayla Lane, von allen Mac genannt, ist eine unbeschwerte junge Frau, die knallige Mode und Musik liebt. Doch ihre glückliche kleine Welt in Ashford, Georgia, wird jäh zerstört, als ihre Schwester Alina in Dublin bestialisch ermordet aufgefunden wird.In ihrer tiefen Trauer reist Mac nach Irland, um den Mörder ihrer Schwester zu finden. Doch kaum hat sie irischen Boden betreten, passieren merkwürdige Dinge: In einem Pub sieht sie anstelle eines Adonis‘ ein furchterregendes Monster und eine alte Frau keift sie an, sie solle dahin gehen, wo sie hergekommen ist, ehe sie ermordet wird.Mac versucht sich einen Reim drauf zu machen, doch erst der starke und überaus attraktive Buchhändler Jericho Barrons kann ihr Hilfe bieten. Doch kann sie ihm wirklich trauen? Was verbirgt er vor ihr und welche Geheimnisse warten noch auf Mac? Und wer ist Alinas Mörder?Mein Fazit:Nun, der Hype um Vampir-Romane ist ja inzwischen deutlich abgeebbt und ich habe diesen Hype kaum an mich heran gelassen. Einzig die Twilight-Saga habe ich natürlich gelesen und an so etwas ähnliches hatte ich gehofft, würde ich in diesem Buch auch finden.Nun ja, ist es nicht, soviel kann ich sagen. Es geht um ziemlich dunkle und uralte Mächte, den hellen und dunklen Feen, köngliche Häuser, Kasten, Monster und Schatten. Und der Ursprung des ganzen Übels und weshalb Alina wohl vermutlich ermordet wurde, ist das Buch Sinsar Dubh. Es soll vor einer Millionen Jahren von einem dunklen Lord geschrieben worden sein und hat unbeschreibliche Macht. Mac stellt sehr schnell fest, dass Barrons, ihr Mentor und Beschützer, ebenfalls hinter diesem Buch her ist. Den Mac hat die besondere Gabe, als Sidhe-Seherin die Feen-Objekte zu erspüren. Und so scheint es, dass Barrons sie genau wegen dieser Fähigkeit ausnutzt und seine wahre Identität kaum preis gibt.Der Anfang war stark und sehr emotional. In einem Rutsch konnte ich die 140 Seiten nahezu verschlingen. Die Diskussionen mit den Eltern um ihre Reise, die Ankunft in Dublin und ihre Erlebnisse waren wirklich sehr spannend. Doch dann flachte es ab. Warum? Barrons zeigt Mac die Nacht-Unterwelt von Dublin, auf der Suche nach Feen-Objekten oder gar nach diesem mächtigen Buch. Dabei scheint er sich mit Mac schmücken zu wollen. Das missfällt ihr natürlich. Sie fühlt sich benutzt, ist sich gleichzeitig aber auch bewußt, dass sie ohne ihn wahrscheinlich schon längst ebenso ermordet wäre wie ihre Schester. Und auch wenn es Abweichungen gab, so kamen mir die Nächte in der Unterwelt irgendwie alle gleich vor. Und dann sind da noch die merkwürdigen Feen, die durch ihre sexuell-potente Ausstrahlung Mac dazu bringen können, sich an Ort und Stelle auszuziehen und bereit zu empfangen – egal wo sie sich gerade befindet. Das finde ich nicht wirklich erotisch oder spannend, schade!Im weiteren Verlauf wird die Geschichte um die Feen und Monster ziemlich verwirrend, weil so viele Dinge dazu kommen, dass ich dann irgendwann aufgab, genauer darüber nachzudenken. Gott sei Dank hat die Autorin einen Glossar am Ende erstellt, so kann man es noch einmal nachlesen. Wenn ich ehrlich bin, kamen soo viele Vampire nicht darin vor. Nun gut, was ja nicht ist, kann ja noch werden. Den zweiten Teil der Reihe werde ich dann auch bald lesen, vielleicht werden da einige Fragen beantwortet.Dieser bekommt leider nur 3 Sterne, aber ich hoffe auf Besserung in den Fortsetzungen.

[librarycin · Nota: 4 de 5 estrelas]

Mac is 22 years old and living with her parents in Georgia. Her sister, Alina, has gone to study for a year in Dublin, but when Mac gets a phone call that Alina has been murdered, her world changes forever. Mac heads to Ireland to find out what happened to Alina, and discovers things about herself, and the world, that she really never wanted to know. There is (literally) a world, a supernatural world, she knew nothing about. I really liked it. There were even some humorous bits, as Mac is really a girly girl, shoved into this dark supernatural world. Some of the most exciting parts for me were before Mac learned some of the supernatural stuff. Overall, though, I really did enjoy it. It did end on a bit of a cliffhanger, though. If I'm lucky, it won't be too long before I get to book two.

[turningleaves-1 · Nota: 4 de 5 estrelas]

This series is Amazeballs! First book is 3.5 stars, but read this and as the books progress in the series you will be rewarded like a God and loving yourself for treating yourself so right.

5 stars!

[loosemoose-1 · Nota: 3 de 5 estrelas]

Moving on to the next book. Hoping it gets better.

[cynical_ames · Nota: 2 de 5 estrelas]

I'm sorry, I don't get it. I'm not sure why Darkfever is so popular. For most of the book I was bored and on top of that the characters are incredibly unlikeable. I only continued because I was advised that it gets better and it did improve a little but not enough for me to give it 3 stars.

My major problem was Mac and Barrons. Mac is supposed to be a bartender from a small town so she's sheltered but she's spoilt and lacks brains and common sense. She stumbles into bad situations without thinking of her own safety, basically she's Too Stupid To Live. Her Barbie look which had me thinking of Paris Hilton makes this worse. By the end, I thought she deserved to die. I couldn't believe how she managed to fight so well and survive without any training.

Barrons is arrogant and rude and not in a good way. He may be gorgeous and intelligent but he's not someone I'd ever want to spend time with. His change in behaviour at the end, painting Mac's nails for her because she was unable to do it herself, was completely out of character. However, I did feel sorry for him for having to deal with Mac. I'd have snapped and killed her quite early on. But that's me.

The story is occasionally commented on by Mac herself reflecting on these events from some future time. Every now and then this broke and ruined the tension and disappointed me by giving away information I didn't need to know yet. It was like someone telling me the end of a joke just before it was told. I didn't like this quirk at all. Why the author thought this was necessary, I don't know.

Not much is resolved within Darkfever so it tries to peak your curiosity to encourage you to buy the next one. Well, I got this for free from Amazon (thank goodness) and I don't see myself buying the next book. I may give it a shot at some point in the future but I'm not itching to get it from the library any time soon.

[rabidgummibear-1 · Nota: 4 de 5 estrelas]

This book was still interesting as a reread. I'm curious to see how I feel about the series as I continue to read through.

This is like the first round before the weird story starts coming out.

[booklizard_1 · Nota: 4 de 5 estrelas]

I liked this novel, but it didn't quite live up to its promise. The prologue introduces a character who seems sure of herself, who knows who she is and what she needs to do. The book itself is supposed to be a "how this all got started" story. However, at the end of the novel you don't have the feeling that she's quite there yet. This is especially troubling because of the annoying tendency she, as the narrator, has of making these portentous statements, usually at the end of a chapter. There's only so many times you can hear someone say how they might have been killed before you want to say, "Well, obviously you weren't, so shut up and get on with it." I'm also not buying into the whole love triangle thing, if that's even what it is. At this point, it's just silly. Maybe it gets better later in the series. I hope so. I'll most likely read the next book to see if the narration gets less annoying.

[alesi1_1 · Nota: 5 de 5 estrelas]

Wow, its got a little more punch than Marr's Fae's. Thanks to Marr though this book made it into My Wish List. This was a gift to me through SantaThing2011, but I finally got around to reading it. Awesome story. I never thought to like PINK on one of my favorite heroines, but Mac has surprisingly decorated her way in there... And Barrons, HOT DOG...Did someone order a side of Tall, & Dark and Mysterious!!!I'm really excited to read the rest of the books in the series. I have already bought almost the whole set.

[ursulatexas · Nota: 2 de 5 estrelas]

This is a typical urban fantasy book. It starts out well, even compelling; I read the first half quickly, but somewhere around the halfway mark I started to lose interest. I finished the book, but I had to make myself. The heroine is interesting, vain and silly, a little different from some of the superwomen who star in similar series, and the world the author builds is good, but the energy fizzles out. There is an annoying cliff-hanger ending. I'm not sure how many more of the series I will read; I would like to know what happens, but I'm not sure it is worth the time. There are so many other books!

[luvlylibrarian · Nota: 4 de 5 estrelas]

Loved it. Fast paced and evil, with sexy fairies. What could be better?

[lissaj_4 · Nota: 4 de 5 estrelas]

I enjoyed this book but it really did feel as if it was just a long introduction to the series. I liked it enough that I already began the second book but I didn't feel as if I could give this more than a few stars. Looking forward to exploring this world more.

[lisat131 · Nota: 3 de 5 estrelas]

I want more. That's as much as I can say right now. I'm not usually much of a first person fan but I'm gonna keep on with the series and the reviews seem to get stronger and stronger.

[aribookzilla · Nota: 4 de 5 estrelas]

I've resisted reading these for a long time. I have a fear of vampire books and someone has this shelved under "vampires".
Took a bit of persuasion from a friend to finally give it a shot :D And I'm glad I did.

I bought the first book but then I returned it for a refund and got the five-book bundle instead. What the hell? I always do this, smh.

As refreshing as it is to read an actual planned out series - where the first book was never meant to be a standalone ever, it's also a double edged sword.

On the one hand, I really really enjoyed the world building and finding out things along with Mac, being as in the dark as she was about what was going on.
I loved Mac (yes, despite her love for shiny, pink things). I had a brief thought that perhaps she is tstl, and... I still think so, haha. Nevertheless I loved her for how feisty and unrelenting she is in her search of her sister's murderer.

Barrons took a bit or warming up to. I'm guessing this was intended. I had serious doubts about this guy.
AND I HAVE A THEORY. Or theories, rather. I'd just like to lay it out that I have theories about Barrons, so when I'm right, I can say "HA! Called it."

Now, on the other hand, I was bored as hell through parts of this book because, despite learning things, not much happens. A basic, introductory, world-building book. The first in a series. That's it.

Hopefully with this established, the other books pick up. I'm definitely curious to see where the story goes.

I did have an issue with the writing. F O R E S H A D O W I N G! Never like it in a book. Future Mac sort of tells you that the things that happen in present aren't what you think they are or what she thought. No kidding.
Oh well.

No graphic sex scenes but definitely some implied sex (for those who like to know these things).

Okay, well. That's it from me. Onwards to the second book!

[renrav · Nota: 5 de 5 estrelas]

LOVE! I had so much fun reading this. I adored Mac. Yes she started out as a pink wearing bubbly blonde but everyone has to start somewhere. I rarely care where people start just how they react to events and how change.

[lacello · Nota: 4 de 5 estrelas]

Third time's the charm. It took me 3 tries and nearly a year to finish this book. I've never been able to get more than 100 pages in (if that) but today I finished it in one afternoon. I'll read the next one I think, but it's not a compulsion like the best series are. More of a 'meh, might as well' attitude.

[creativejunkie · Nota: 3 de 5 estrelas]

Pretty good. It did take a great while to get into it, though, and the overwhelming telling rather than showing contents of the book wore on me.

Also, not gonna lie, I was expecting sex both from what I was told and from the distinctly sexual content of the cover. In case you were wondering, there's no sex. Not even a really good kiss.

[theseprettywords · Nota: 4 de 5 estrelas]

Slow start but really picked up toward the end. can't wait to start the next one.

[erikawastaken · Nota: 3 de 5 estrelas]

Pros:
* Awesome world building
* Neat use of Fae
* Interesting plot twists and actions

Cons:
* The single most annoying main character ever written.
* The main character breaks the fourth wall and talks to the reader -- constantly.
* Did I mention the annoying, Mary Sue of a main character who suffers from issues like being too pretty, too blonde, and having too high of a metabolism?

I don't know how I made it past the first 100 pages. The main character is completely ridiculous and nearly impossible to relate to. Now don't get me wrong, I love a unreliable narrator (i.e. anyone Gillian Flynn writes), but this chick was beyond ridiculous.

And yes, I do have the next one sitting on my bedside table ready to go!

[nsjlh_1 · Nota: 4 de 5 estrelas]

I read this book as it was the selection from my Kindle Shelf post. In the beginning, I wasn’t sure if I was going to like it or not. It seemed like a lot was going on and I was getting confused. However, I persevered and I am glad that I did. As the pieces slowly came together, I was intrigued and wanted to keep reading. It was a quick read after that.There are a lot of things that were going on that I don’t want to give away, but were the best part of the book. I guess what I can say is that as you read, don’t get discouraged with all that is going on. The pieces of the puzzle are not as cleanly put together and so getting through the rough areas can be tough.I did like Patrick and Darina, the main characters. Patrick holds a lot of secrets and some he did not know himself. However, Darina’s people also hold a lot of secrets as well, and as these are revealed this is when the story comes alive. The author has created some great characters besides Patrick and Darina, the two young boys grabbed my heart strings. I loved the paranormal action going on. This is what I think the other books are hinged on. This book definitely leaves you hanging. Several things have not been resolved, in fact several avenues are left unfulfilled. I am intrigued enough to want to continue on with the series.What to Read Next?If you enjoyed this but want less confusion, try Julie Garwood’s The Secret. Definitely very similar in feel.

[mindistacey · Nota: 4 de 5 estrelas]

I almost stopped reading after the first chapter becuase this really didn't seem to be the type of book I normally read, but I'm SO glad I decided to keep going. This was such an exciting book and I can't wait to read the next in the series!! Lots of action, mystery and potential romance--can't wait!

[lcrabtree-1 · Nota: 4 de 5 estrelas]

Oooh...i have to read the next one now...

[onyx95_1 · Nota: 4 de 5 estrelas]

Learning of her sister Alina's murder in Ireland, MacKayla "Mac" Lane was the only one that felt the need to find answers. Shortly after arriving in Dublin things started to get strange. Seeing things that just could not be real led her to what she would later refer to as the Dark Zone. Once there, things got stranger. She found herself in a book store, learning about fairy tale nightmares that would soon become her new reality and life. Meeting Jericho Barrons there answered some questions, but raised so many others. Trust, in the situations she found herself in now was going to be even more difficult than normal. So much information to learn about a wold that she never knew existed, and now it was trying to take over her world, unless she could stop it. Book 1..... This book (series) has been recommended to me so many times, I just had to finally see what it was all about. The story is a good one, and the characters are too. The tragedy of Alina's murder carries most of the book and provides a set up for future stories. At times it was difficult to get into the characters and the book is written as if Mac is telling a story, so some times it adds little comments like "I would learn later" - a little things I know, but it does disturb the flow of the story sometimes. Even with the sisters murder being the main story line, I had trouble connecting to Mac, emotionally. I am hoping that I can find that connection in the next book (Bloodfever) which I am planning to read soon.

[lizasarusrex · Nota: 5 de 5 estrelas]

Mac is rainbow, cheerful girl without a serious care in the world. Assuming you don't count getting her nails painted Razzle-Dazzle-Hot-Pink. Mac is going to Ireland with our without her parent's consent, she must find her sister's murderer. Alina left a few decrypted messages on Mac's voicemail while Mac lay by the pool side, her phone accidentally dropped to the bottom of the pool. Mac couldn't feel guiltier, and she is on a serious mission to find her sister's killer. Fortunately for her she meets Jericho Barrons the mysterious man who is willing to help her find her destiny and even find her sister's murderer. I love all the different' creatures and mysterious beings that exist in Dublin, Ireland. I think it's even more clever, the names that Karen Marie Moning uses for each monster. There's a touch of humor while being loaded with action and suspense in the paranormal sense. I took forever to discover this series, and then forever to actually pick it up and read it, and boy do I wish I started this series years ago! It's amazing, brilliant and extremely addicting! I was up way past my bedtime with this book, I think I even started the second one at three or four in the morning. I was very insistent on getting the book started immediately . This is a five star book! I can't wait to finish the series!

[iamchrysanthemum · Nota: 3 de 5 estrelas]

I found Mac to be a bit flouncy, but I suppose that's her charm. The writing is casual and by no means extraordinary, but what shines in this book is the plot. Moning has created a rich world with a mythology I can't wait to learn more about in the following volumes.

[katebond-1 · Nota: 3 de 5 estrelas]

Hmm. How on Earth does this book have such high ratings? Does the author have a following? I guess...I mean, the world building is pretty good, and the creepy stuff is MAD creepy; I just wish I liked a single character, like, at all. I'm giving book two a try because so many people have recommended that I read this weird, dumb series. We'll see.

[mlsimmons-1 · Nota: 2 de 5 estrelas]

I am not sure what I think about this book. I have heard from several people that this book is not great, but that the series gets much better. It seems that this book is plot building. Then it cuts off pretty much in the middle of the story. I am going to start Bloodfever next and see how it goes. That will determine if I continue reading. I do see the possibility of a great series. There was just so much to explain that is all that seems to have been accomplished in this first book of the series.

I would also like to say that it was great to see Mac grow up in the book. It is girls like her (at the beginning of the book) that give us small town south Georgia girls a bad name.