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Voltando a ser criança: Os doze passos que irão mudar sua vida
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Voltando a ser criança: Os doze passos que irão mudar sua vida
E-book258 páginas3 horas

Voltando a ser criança: Os doze passos que irão mudar sua vida

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Sobre este e-book

Você já passou ou está passando por um momento onde parece que o mundo está desabando sob sua cabeça? Não vê saída para o seu problema, sua situação? Não se desespere, elimine os pensamentos negativos de sua mente e leia este livro. Voltar a ser criança foi a porta que apresentaram a Priscilla, para que suas dificuldades fossem resolvidas. Embarque nesta história e a tome como exemplo.
IdiomaPortuguês
EditoraViseu
Data de lançamento1 de jul. de 2019
ISBN9788530007911
Voltando a ser criança: Os doze passos que irão mudar sua vida

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    Voltando a ser criança - Thamires Cristiane

    perdidos.

    Capítulo 1

    O convite inusitado

    Nem sempre a nossa vida está sob o nosso controle, às vezes ela toma um sentido totalmente oposto ao que esperávamos; As pessoas neste momento aparentam nos desprezar e até mesmo a desaparecer. E a coisa mais louca deste mundo é saber que somente voltando a ser criança podemos resolver os nossos problemas.

    Era mais um dia árduo para Priscilla. A adolescente de quinze anos desligou o alarme de seu celular que acabara de tocar e levantou-se da cama apressadamente. Aquele dia, Quarta-feira, 20 de setembro de 2006, seria o dia que teria a tão badalada prova do Flávio, seu professor de Matemática. O homem falou dela desde que o mês começara, sendo assim, era quase impossível de se esquecer.

    A garota andou em direção ao seu guarda roupa da cor de caramelo e o abriu. Assim que o fez, uma pilha de roupas caiu no azulejo esverdeado. Reconhecendo a calça jeans preta e a camiseta branca, pegou-as e correu para o banheiro. Espero que consiga arrumar essa zona depois de chegar da escola... pensava ela.

    Em questão de minutos tomou o seu banho e, após se secar, vestiu o uniforme rapidamente, tentando ignorar as estrias que tinha por quase todo seu corpo. Era difícil se amar quando estava naquela situação e ainda mais com tantos problemas a sua volta. Queria ser magra e voltar a ter paz. Parecia que o mundo inteiro havia caído ou estava desabando sobre sua cabeça.

    Por conseguinte, olhou-se no espelho do banheiro. Seus olhos encontravam-se inchados de tanto que havia chorado na noite passada, mas não se importou muito, até porque não podia faltar a escola naquele dia. Com delicadeza pegou sua escova, penteou suas longas madeixas castanhas e, logo em seguida, escovou seus dentes. Feito isso, andou apressadamente em direção a sua cama, sentou-se, guardou o celular dentro de sua mochila, calçou as meias e o tênis preto, alvoroçada. 

    Apesar de saber que não estava atrasada, queria chegar cedo, bem mais cedo do que de costume, pois, quem sabe assim, não conseguiria sumir aos olhos críticos das pessoas que lhe fitavam, nem que fosse por questão de segundos. Só gostaria de um pouco de paz.

    A garota, sem hesitar, colocou a mochila colorida em suas costas e andou em direção à porta de seu quarto. Porém, antes disto, deu pela primeira vez uma olhadela para o céu ainda escuro: O mundo era tão grande, sentia-se pequeninha em comparação a ele. Parecia que estava presa em uma espécie de globo, muito semelhante a de lembrancinhas que costumava ver, quando era pequena, na loja de brinquedos, que ficava não tão distante de onde morava. 

    Priscilla respirou fundo e saiu de seu dormitório, fechando atrás de si o pequeno mundinho que nos últimos dias costumava ficar trancada e deitada em sua cama, simplesmente chorando. Logo, deparou-se com o relógio gigante que ficava na sala de estar e ao lado da porta de saída. Analisou-o por um instante; Ainda eram seis horas da manhã e os ponteiros pareciam se dirigir tão lentamente, como uma lesma! Era a primeira vez que iria sair de casa tão cedo. — Vai valer a pena, sei que vai... Encorajava-se a si mesma, enquanto caminhava a passos curtos.

    Ao passar pelo quarto de Jonathan - seu irmão mais velho - que tinha 21 anos, veio em sua mente as palavras que ele dissera, Você é um caso perdido... você foi a culpada... se tivesse ao menos largado a porcaria do celular, quando nosso pai estivesse falando com você, nada disto teria acontecido... O jovem tinha toda razão: lembrava-se como se fosse hoje do ocorrido. Aquela fora uma semana conturbada.

    Estava conversando com Felipe - o garoto mais bonito da escola - fazia boas semanas, através de um perfil falso que havia criado no Facebook e também por mensagens de texto. Ele já havia confessado que estava gostando dela, sem saber da real verdade. Porém, em um dia ela se encontrava tão entretida no celular, que mal se atentara para o que seu pai lhe dizia. Talvez, havia lhe pedido para ajudar na cozinha, não se lembrava muito bem. Com isto, um grande conflito criou-se em sua casa: Sua mãe, Raquel, que sofria de depressão, possivelmente esgotada da vida de miséria que levava ao lado de seu marido e junto com sua filha problemática, Priscilla, disse: Eu quero me separar de você, Otávio!.Para mim chega! Essa vida que estou levando está um inferno. Melhor seria não ter saído da casa dos meus pais...

    Desde aquele dia sua vida tinha passado de mal a pior. Suas atitudes também ajudaram a piorar o convívio familiar. Estava tendo um desempenho ruim na escola, tinha um vício incontrolável pela internet e pelo celular. Fora isso, era o tipo de pessoa que falava mas não cumpria; que ouvia, porém não prestava atenção. Como seus pais brigavam por qualquer coisinha, não tinha ânimo para ficar em casa. Às vezes fazia hora na rua depois que saia da escola e quando chegava em seu lar, enfurnava-se em seu quarto, saindo somente quando Otávio lhe pedia. Ele era a única pessoa naquela casa que parecia se preocupar de verdade consigo. Jonathan e sua mãe só lhe jogavam pedras, e seus irmãos mais novos - bem, eram mais novos- não tinha o que reclamar deles!

    Logo, Priscilla pôs-se a andar e, assim que passou pelo quarto que seus irmãos mais novos dividiam, Júlia de nove anos, e Arthur de quatro, seus olhos cravaram-se na porta do cômodo de seus pais. Eles estavam separados de cama e já até tinha ouvido que no mês seguinte não estariam mais casados. Ficara parada por um momento, entretanto não se reteve mais do que cinco segundos.

    A garota avançou a passos largos em direção a porta de saída da casa. No percurso, olhou para Otávio, que estava dormindo no sofá cinza, de dois lugares, com as mãos e o lençol esparramados no chão. Sua careca lembrava muito a de seu falecido avô, e a barbicha preta, mais ainda! Parecia que seu pai havia resolvido copiá-lo ou algo do tipo.

    Após isso, fitou a televisão de tubo: ela encontrava-se ligada na Record, onde passava o jornal da manhã. De repente, a tela do televisor apagou-se, o que a assustou de início: Será que faltou energia ou a luz foi cortada? pensava a adolescente consigo mesma. Seu pai estava muito endividado, os mil reais que ganhava mal lhes serviam para sobreviver. Gastar sem planejamento ou gastar mais do que se ganha, é isto que ocasiona! Ainda mais quando o assunto é cartão de crédito.

    As condições de vida de Priscilla estavam precárias, já era um bom motivo para se suicidar, coisa que havia pensado na madrugada de ontem, porém não tinha coragem de fazê-lo. Logo, respirou fundo, olhou ao redor, como se fosse sair de casa e não fosse mais voltar. A estante cinza que sustentava a televisão reluzia como um espelho; o sofá de três lugares e uma poltrona que estava ao lado de Otávio lhe trazia certo charme, apesar de velhos; as cortinas amarelas que balançavam com a brisa que saia da janela, faziam-lhe o convite para que dançasse no mesmo ritmo, e as chaves sob uma pequenina mesa de vidro davam-lhe o sentimento de liberdade e de autoridade.

    Sem querer esperar mais um segundo, pegou as chaves, dirigiu-se para a porta, encaixou-a na fechadura que tinha mais ou menos o formato de um coração; girou duas vezes para o lado, retirou-as e voltou a colocá-las na mesinha. Por conseguinte, correu e abriu a porta de casa, fechando-a rapidamente atrás de si. Logo, uma rajada de vento lhe sobreveio, fazendo seus cabelos ondulados voarem, mas, de imediato, cessaram e repousaram sobre seus ombros.

    Priscilla respirou fundo, olhou para as casinhas e casarões de sua rua, e se pôs a andar. Seus passos eram cansados como de um escravo. Por um momento hesitou em pensar, mas logo foi bombardeada por vários pensamentos. Sentiu-se perdida dentro de si mesma. Era como se tivesse perdido sua personalidade. Se lhe perguntassem quem era, não saberia responder!

    Continuou andando, entretanto, agora mais lentamente e observando cada detalhe. Podia ouvir o som dos bem-te-vis. A cor meio rosada do céu lhe encantava e fazia seus olhos brilharem. Fora isso, a rua encontrava-se um pouco vazia, o movimento de carros e ônibus não eram frequentes, muito menos o de pessoas. Sobre as árvores -não havia nem o que se falar delas- uma riqueza a rodeava há tanto tempo e só agora tinha parado para prestar atenção.

    Após alguns minutos caminhando pela calçada meio esburacada, seus olhos contemplaram a grande escola. Apesar de pública, era bastante estruturada, e o que mais lhe chamava a atenção, mesmo que fosse simples, era um letreiro grande com o nome Escola Estadual Professor Martin Luther King Jr., que ficava em frente ao jardim, cercado de rosas e arbustos. Suas letras eram fascinantes, por estar em itálico e com um preto bem forte.

    No mesmo momento em que pisou seus pés diante a instituição, ela se abriu. Uma mulher ruiva, de vestido azul e longo, que segurava uma caderneta preta saiu por entre os grandes portões do ginásio e caminhou em sua direção, sorrindo.

    Pois bem, pelo menos não estou completamente sozinha. Ainda tem gente que se importa comigo e gosta de mim! Pensava Priscilla enquanto a moça vinha em sua direção.

    — Olá, Pri! Tudo bem contigo? Aproximou-se a adulta, dando um abraço na jovem, com um ar de preocupação.

    — Olá, Andrea. Tudo sim, e com você? Mentiu a garota abrindo um sorriso forçado, tentando mostrar que tudo estava em mais perfeita ordem.

    — Tem certeza? Não parece que você está bem... Disse a mulher, pondo seus cabelos ondulados, curtinhos por trás das orelhas, analisando os olhos da adolescente. — Seus olhos estão inchados. Você andou chorando esta noite? O que aconteceu? Perguntava ela, como se fosse um detetive.

    — Nada demais... Respondeu Priscilla, meio sem jeito.

    — Hum... sei... Retrucou Andrea parecendo meio desconfiada. — Então, o que explica à mocinha ter chegado tão cedo a escola?

    Priscilla gostava da inspetora: o tempo passava quando conversavam, porém não era o tipo de pessoa que contava sua vida aos outros. Para se ter noção, nem mesmo seus pais sabiam que sofria bullying na escola. O coração da jovem começou a acelerar. Não sabia o que ia falar, entretanto, em questão de segundos, ao lembrar-se da prova de matemática, disse calmamente:

    — Eu cheguei cedo para estudar.

    Andrea franziu as sobrancelhas, mostrando através de sua expressão facial que não acreditara em nada do que havia dito até agora; Priscilla, porém, olhou para o seu tênis, torcendo para que sua amiga viesse liberá-la.

    Quando menos esperava, a moça riu de uma maneira engraçada e falou:

    — Ah, Pri! Você continua a mesma! É uma terra cheia de segredos; uma caixinha de surpresas! Pelo visto não adianta insistir, né?!

    — Certo! Disse a garota, sorrindo meio sem jeito. — Posso ir? Tenho que passar na biblioteca e pegar uns livros de matemática!

    — Sim, claro que pode! Respondeu Andrea, liberando o caminho para ela.

    Priscilla respirou fundo, aliviada, e pôs-se a andar apressadamente. Em questão de segundos, adentrou a escola, a passos largos, avoada. Havia sido a primeira a chegar e só por este motivo, foi capaz de soltar um sorrisinho. Passou rapidamente pelo primeiro corredor, onde ficavam as salas de aula da 5ª a 8ª séries.

    Vale constar que, em sua escola, não eram os professores que mudavam de classe, mas sim os alunos. Havia uma sala só de matemática, por exemplo, e outra só de português. O que a deixava mais intrigada era a quantidade de adolescentes e pré-adolescentes com quem convivia diariamente, desde que fora estudar ali. Sentia-se como se estudasse em uma faculdade muito grande.

    Após chegar ao final do corredor, subiu uma pequena escada, dando de cara, logo em seguida, com uma fileira enorme de armários. O seu era o penúltimo da lista, número 4479, isto queria dizer que, cerca de quatro mil quatrocentos e oitenta alunos estudavam naquela escola. Sendo que havia apenas um só período: o matutino. Sem demora, dirigiu-se ao seu número, abriu a pequena portinha girando para a esquerda e direita. Era como se fosse um cofre; bastante intrigante e até bonitinho. Aquele cinza a fascinava.

    Imediatamente pôde ouvir um barulho. Diante de seus olhos apareceram seus dois cadernos, um simples - de uma matéria- e um de vinte matérias, do Snoopy. Em cima deles havia um estojo roxo, de bolinhas e alguns livros didáticos. Pensou por alguns instantes e ao lembrar-se que sua primeira aula era de matemática, abriu sua mochila e depositou dentro dela o material necessário. Em seguida, Priscilla fechou o armário, virou à direita e subiu alguns degraus que levavam ao corredor do ensino médio. Enquanto andava, observava atentamente cada detalhe. O tom azul da parede parecia estar muito mais forte do que o de costume. E o chão, nem se fale! Encontrava-se tão brilhante como um espelho.

    Em um momento, assustou-se: não era uma sensação boa caminhar em uma escola completamente vazia. Tinha a impressão de estar sendo seguida e ouvindo vozes, talvez sussurros.

    — O que está havendo? Indagou a garota. — Eu tenho de deixar de assistir filmes de terror!

    A jovem olhou para trás. Ao se certificar que não havia ninguém a seguindo, respirou fundo e virou para frente, agora segura de si. Em questão de segundos, avistou a tão famosa sala de matemática. Uma placa bem grande a indicava. Ela encontrava-se com a porta escancarada; Parecia até que estava sendo convidada a adentrá-la.

    Ao passar pela classe, não deixou de olhar para as carteiras e cadeiras igualmente azuis e enfileiradas. Hum...É hoje! Cheguei primeiro do que meu professor... Sorriu Priscilla, em seu íntimo.

    A garota continuou andando, virou à direita e se dirigiu a uma porta de madeira, um pouco maior do que o portão da escola. Ela a abriu e a fechou atrás de si, calmamente, como se fosse um ladrão entrando em uma casa para furtá-la. Logo, seus olhos contemplaram uma quantidade imensa de estantes lotadas de livros. Havia várias fileiras e, por um momento, sentiu-se perdida em um labirinto. Mas ali era o melhor lugar, pelo menos teria um pouco de paz.

    De imediato avistou o Sr. Pedro, um homem já de idade, que usava óculos, calça jeans e uma camiseta azul bem folgada. Ele segurava um livro velho, perto do balcão e folheava-o bem devagar. Demonstrava estar curioso, e essa curiosidade era espalhada pelo ar de tal forma que chamava a atenção de Priscilla, porém, antes que a jovem resolvesse dar um passo, um ruído ecoou pela biblioteca.

    Ambos se entreolharam espantados:

    — Que foi isso? Perguntou Sr. Pedro fechando o livro.

    — Boa pergunta! Respondeu Priscilla, andando em direção a ele.

    — Novo livro?

    — De novo não tem nada! Deu uma gargalhada bastante aconchegante.

    — Está mais velho do que eu, em piores condições...

    — Ah, seu Pedro! Você e suas piadinhas. Sorriu a jovem.

    Apesar de o senhor ser atencioso e simpático, não o tinha como amigo. Foram poucas as vezes que haviam conversado.

    — Chegou cedo. Disse Sr. Pedro franzindo a testa, parecendo estranhar ou desconfiar de algo. — E bem mais cedo do que o de costume!

    Pois ele tinha razão. As outras vezes não eram e nem chegavam a ser comparáveis àquela.

    — Vim estudar para a prova de matemática... Mentiu a garota, pondo as mãos na alça de sua mochila. — E... aliás... preciso ir! Lembre-se, quem muito conversa nada alcança!

    — Sim... sim... tudo bem! Soltou umas gargalhadas.

    Priscilla olhou para o senhor de idade. Parecia que ele havia esquecido totalmente daquele ruído que ecoou pela biblioteca pouco tempo atrás. Talvez a conversa o tenha feito esquecer, ou demonstrava estar escondendo, ocultando algo de si, pois ao prestar atenção em suas mãos, via-as tremendo sem cessar. Isso, sem contar a cor da pele do Sr. Pedro que estava tão branca quanto a parede daquele lugar: Ai tem alguma coisa... pensava a garota.

    Decidiu não incomodá-lo. Seja lá o que for, preferiu deixar este assunto de lado. Temia que se perguntasse algo do tipo: você está escondendo alguma coisa?, ele viesse lançar esta frase contra si.

    — Realmente, o feitiço pode virar contra o feiticeiro. Pensou Priscilla. Porém, pensou alto demais.

    — O que você disse? Perguntou o Sr. Pedro, olhando para o livro velho.

    — Nada disse nada, Sr. Pedro. Respondeu a adolescente, enfurnando-se em uma das fileiras enormes de livros.

    O seu refúgio nos últimos dias estava sendo a biblioteca: Até que mergulhar em um bom romance ou em uma história de ficção fazia-lhe bem. Ainda mais histórias de aventura e de ação, como A Droga do Amor, A Droga da Obediência, entre outros. Ao avistar a sua poltrona lá no fundo, ao lado de uma mesinha de madeira onde repousava um abajur antigo, animou-se, andou mais rapidamente e ao alcançá-la, sentou-se e respirou fundo. Queria pegar um livro, mas ao mesmo tempo, não. Sentia-se meio esquisita naquele dia, como se tivesse um buraco dentro de si e nada a pudesse preencher. Era como se faltasse uma peça no quebra-cabeça.

    De repente, seus pensamentos voltaram totalmente para aquele ruído que minutos atrás havia escutado. O Sr. Pedro ficara nervoso, tanto que suara frio. Não conseguia parar de pensar nisso. Logo, quando menos esperava, seus olhos começaram a ficar pesados. Não conseguindo resistir por muito tempo, fechou-os e adormeceu. Priscilla estava passando por um momento difícil em sua vida e aquele instante de descanso era mais precioso do que o ouro mais

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