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Relacionamentos: Simples assim. Ou nem tanto... : aprenda como criar e cultivar relacionamentos excelentes e transforme sua vida
Relacionamentos: Simples assim. Ou nem tanto... : aprenda como criar e cultivar relacionamentos excelentes e transforme sua vida
Relacionamentos: Simples assim. Ou nem tanto... : aprenda como criar e cultivar relacionamentos excelentes e transforme sua vida
E-book205 páginas2 horas

Relacionamentos: Simples assim. Ou nem tanto... : aprenda como criar e cultivar relacionamentos excelentes e transforme sua vida

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Sobre este e-book

A era em que vivemos está repleta de opções e artefatos tecnológicos que nos envolvem e roubam toda a nossa atenção e o nosso tempo. Este envolvimento alimentou o distanciamento entre as pessoas. Se os relacionamentos já eram difíceis quando convivíamos "de verdade" uns com os outros, é fácil perceber a situação em que se encontram agora: falta compreensão... Falta empatia... Em alguns casos, falta até mesmo confiança. Parece que estamos perdendo a habilidade de lidar com as diferenças e aprender com elas. Parece que estamos perdendo a capacidade de nos relacionarmos bem fora do mundo virtual.
Com o objetivo de ajudar as pessoas a melhorar sua qualidade de vida através de relacionamentos de qualidade, Priscilla Moreira deposita neste livro seu conhecimento e suas experiências, incluindo técnicas práticas e aplicáveis no dia a dia. Você vai aprender como fazer uma viagem interessante e enriquecedora pelo mundo do outro e, assim, alcançar a verdadeira compreensão de uma perspectiva que não é a sua. Não é mágica: funciona e funcionará para todos aqueles que quiserem se dedicar a alcançar resultados extraordinários.
Se você deseja ser capaz de "criar e cultivar relacionamentos excelentes", então, chegou o momento de transformar a sua vida.
Boa leitura.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento16 de ago. de 2021
ISBN9786525205625
Relacionamentos: Simples assim. Ou nem tanto... : aprenda como criar e cultivar relacionamentos excelentes e transforme sua vida

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    Relacionamentos - Priscilla Moreira

    1. Pratos Limpos

    Desde minha adolescência, observo a dificuldade para se ter e manter um bom relacionamento em todas as áreas da vida. Conflitos estão em toda parte assombrando as relações das pessoas, que, se não resolvidos, terminam em brigas, tristeza, desunião, ressentimento, divórcio, fim de sociedades, guerras...

    Cedo, também, comecei a busca pela melhoria dos relacionamentos, meus e dos outros e, com isso, intrometia-me na vida alheia para aconselhar. É claro que eu fazia isso com a melhor das intenções, sempre em busca de soluções para os conflitos que as pessoas me traziam agoniadas – assim como para os meus próprios.

    Olhando para trás, vejo claramente o conforto que as pessoas sentiam com aquelas conversas. Às vezes, duravam horas a fio. Elas desabafavam e pareciam se sentir compreendidas em sua dor e, muitas vezes, até mesmo com a autoestima fortificada. Porém, hoje vejo também que minha contribuição ficava nesse ponto. Os conflitos na verdade perduravam.

    Com o passar dos anos, aprendia mais e mais e, dessa maneira, minha capacidade de compreender as pessoas e seus problemas aumentava. A qualidade dos conselhos que eu oferecia era cada vez melhor. Assim, ao longo do caminho, percebia que minha contribuição era maior em cada tempo. As pessoas ficavam mais fortes, mais conscientes e até mais felizes. Mas... os conflitos perduravam.

    Foi quando, em um dado momento que não vou saber precisar, aprendi que os conflitos entre as pessoas nascem quando suas necessidades não são atendidas. Foi uma descoberta tão impactante para mim. "Como não percebi isso antes?", perguntei a mim mesma com certa frustração. "Uma coisa tão óbvia."

    Comecei, então, a refletir, pois estava inconformada de ter sido incapaz de perceber algo tão simples. Observei a mim mesma e os outros por um tempo. E, então, percebi outra coisa impactante: como é difícil ter nossas necessidades atendidas. Por mais óbvia que possa ser a revelação de que os conflitos nascem das necessidades não atendidas, por outro lado, como é difícil para as pessoas conseguir entendê-las e supri-las.

    E, assim, iniciei uma turbulenta etapa em minha vida. Essas revelações me trouxeram incertezas e eu me vi inapta a aconselhar as pessoas que me procuravam. Os meus próprios conflitos se intensificaram, afinal, queria que todas as minhas necessidades fossem atendidas. Nada funcionava direito e minha frustração só aumentava com tudo isso. Foi um período intensamente difícil.

    Com isso, vieram os rótulos das pessoas mais próximas. ‘Egoísta’, ‘arrogante’ e outros semelhantes dos quais não me lembro mais. Por que? Bem, eu estava tão focada em ter minhas necessidades atendidas que perdi o contato com a empatia.

    UMA NOVA ERA

    Nessa nova luta de prestar atenção em minhas necessidades, que precisavam ser atendidas, perdi o foco nas outras pessoas. Era como se não me importasse mais com ninguém além dos meus filhos. E, naquela época, pela minha perspectiva, estava tudo bem.

    Esse comportamento extremista fez com que meus conflitos, praticamente, não existissem mais. E eu achava isso o máximo dos máximos. Estava quase sempre alegre e sorridente. Que vida maravilhosa é essa, eu diria naqueles tempos. Porém, o que eu não conseguia ver era que eu estava, também, sozinha.

    Minha atenção ficou voltada, durante os anos que se seguiram, em atender minhas próprias necessidades e fazer-me feliz, independentemente dos outros. Assim, eu cuidei de mim mesma muito bem e fiquei razoavelmente em paz, feliz.

    Ocasionalmente, entretanto, a solidão batia à minha porta. E eu podia sentir o peso da consequência daquele caminho. Mantinha meu foco apenas naquilo que eu precisava, me afastei das pessoas e me isolei em mim mesma. O preço foi a dor profunda da solidão.

    Apesar de ser um preço bem alto, eu não posso dizer que foi tão ruim. Eu gostava muito da minha própria companhia e de viver comigo mesma. Realmente, aprendi muito sobre mim mesma. Todavia, olhando para trás, acho graça dessa ingenuidade, dessa imaturidade. E, depois de alguns anos, chegou o dia em que a dor da solidão falou mais alto.

    Então percebi que, sem o outro, eu não estaria verdadeiramente completa. Eu queria um pouco mais da vida. Dei-me conta de que, apesar de estar relativamente feliz, as conquistas eram rasas e eu não seria capaz de, sozinha, ir tão longe quanto eu planejava. Afinal de contas, o ser humano é um ser social e não foi feito para viver ou construir coisas sozinho., eu concluí.

    FINAL (QUE NÃO É O FIM) FELIZ

    Assim, o outro voltou a fazer parte das minhas preocupações conscientes. Percebi que conexão é uma necessidade essencial em minha vida e, por isso, iniciei uma trajetória de aprendizado contínuo, para ser capaz de construir relacionamentos excelentes.

    Meus resultados atuais são revigorantes e meu objetivo de construir um mundo melhor tem se consolidado a cada dia, a cada nova pequena vitória que alcanço, seja aprendendo uma coisa nova, seja apoiando alguém em sua própria caminhada. E, desta vez, com a solução de conflitos, finalmente.

    Minhas descobertas e conquistas, daquele momento até aqui, compartilho com você neste livro.

    PRATOS LIMPOS

    Como toda moeda tem dois lados, antes de começar esse mergulho, quero deixar você ciente do preço que temos que pagar. Você sabe: tudo na vida tem um preço. Construir relacionamentos excelentes também e, quanto mais alta a qualidade, mais alto é esse preço.

    A dor de olhar para si mesmo, reconhecer suas fraquezas e capacidades é um deles. Assumir a responsabilidade da ação – e agir – é outro, considerável. Ter humildade para entender o mundo do outro e respeitá-lo, mais um. Superar a dor dos reveses... e há, possivelmente, outros, que você vai descobrir ao longo do caminho.

    O objetivo dessa obra é compartilhar conhecimento, experiência e estratégias de ação para a construção de relacionamentos excelentes. Estes, por sua vez, proporcionam maior consciência, melhoria contínua e alto desempenho nas mais diversas áreas da nossa vida. A parte de pôr a mão na massa é com você.

    2. Um Sobrevoo

    Podemos definir relacionamento como o ato de manter trato de cortesia, negócios, amizade ou intimidade com uma ou mais pessoas, por algum período de tempo.

    Quando eu penso na palavra ‘relacionamento’ me vem à mente a imagem de duas pessoas que se gostam, confiam uma na outra e compartilham suas vidas através do diálogo. Na verdade, porém, isso é apenas uma maneira de se relacionar com alguém e há várias outras formas. É por isso que vamos fazer um sobrevoo no assunto e perceber que há tipos diferentes de relacionamentos.

    TIPOS DE RELACIONAMENTOS

    A imagem mental que se forma na minha cabeça, que comentei há pouco, se enquadra no que eu chamo de Relacionamento de Proximidade. A amizade é um bom exemplo. Esse tipo de conexão pode se dar com um membro da família ou com alguém de fora. O que vai caracterizar um Relacionamento de Proximidade é o nível de intimidade entre as pessoas envolvidas.

    Gosto muito da forma como Matthew Kelly modela isso em seu livro Os 7 níveis da intimidade. O que eu chamo de Relacionamento de Proximidade estaria em um nível um pouco mais profundo, considerando a abordagem dele. Estaria em um nível em que as pessoas compartilham seus sonhos, seus sentimentos e até mesmo seus medos e fraquezas.

    Olhando por outro ângulo, temos, na vida, relacionamentos mais superficiais como os Episódicos e os de Camaradagem. Aquele garçom que você gosta em seu restaurante favorito, por exemplo, faz parte de seus Relacionamentos Episódicos. Com ele você vai trocar algumas poucas palavras de cumprimento, talvez elogios e amabilidades, uma brincadeira banal e pronto.

    Também se encaixam nos Relacionamentos Episódicos as pessoas com as quais fazemos transações ou nos encontramos socialmente, normalmente sem qualquer planejamento. E, às vezes, os encontros são até regulares, como seu cabeleireiro ou o médico.

    Por sua vez, um Relacionamento de Camaradagem é aquele em que as pessoas estão conectadas pelos fatos que ocorrem em suas vidas: resultados obtidos, lições aprendidas, coisas que aconteceram, expectativas sobre o que pode acontecer e assim por diante. Elas são aptas para emitir e ouvir opiniões sobre esses fatos e – quem sabe? – falar sobre seus sonhos.

    Os relacionamentos profissionais são assim. Mas, nem todos os Relacionamentos de Camaradagem estão ligados ao trabalho. Um bom vizinho pode ser um exemplo: é uma pessoa com quem você encontra com certa regularidade, conversa sobre ‘como vão as coisas ultimamente’, conta o que você acha sobre algum assunto e quer saber a opinião dele também. Algumas vezes, vão até falar sobre seus sonhos e projetos para o futuro. Mas as interações param por aí.

    Por fim, o último tipo dessa classificação é o Relacionamento Medular, que se dá com o nosso companheiro ou companheira. Essa relação, para ser Medular, não tem que ser representada pelo casamento: podemos estar namorando ainda, no início dessa construção.

    A base de um Relacionamento Medular é vulnerabilidade, confiança e troca. Com essa pessoa estamos dispostos a mostrar quem somos, nossos mais temidos defeitos e vergonhosos fracassos, sem máscaras. Permitimos a nós mesmos ficar vulneráveis. Ou, pelo menos, deveria ser assim.

    E, pensando no Relacionamento Medular ideal, há muito mais: expomos também nossos anseios mais profundos e confiamos que essa pessoa será capaz de atendê-los porque, de nossa parte, certamente faremos o mesmo. Estaremos lá para nosso companheiro, ou companheira, e atenderemos suas necessidades mais íntimas. Com essa pessoa compartilhamos nossa intimidade, nossos sonhos e construímos nossa vida, com todo amor e toda dor característicos da vida e da relação à dois. Confiamos, entregamos, recebemos.

    Infelizmente, poucas pessoas conseguem construir uma relação com esse nível de conexão. Espero que o conhecimento e experiências compartilhados com você nesse livro o ajudem a construir um Relacionamento Medular excelente. Espero também que consiga o mesmo com os demais: Proximidade, Camaradagem e Episódicos. Todos os tipos têm sua importância e merecem a devida atenção.

    Relacionamento Episódico: contato ocasional e ameno; sem envolvimento emocional.

    Relacionamento de Camaradagem: compartilhamento de ocorrências da vida, opiniões e, em alguns casos, expectativas; pouco envolvimento emocional.

    Relacionamento de Proximidade: compartilhamento de sonhos, sentimentos e fraquezas; grande envolvimento emocional.

    Relacionamento Medular: compartilhamento de sonhos, sentimentos, fraquezas e anseios; envolvimento emocional profundo e intimidade em todos os níveis; é único.

    É importante você ter sempre em mente que a classificação definida aqui não é rígida, de forma alguma. Muito pelo contrário, na verdade. O limiar de um tipo de relacionamento sempre se mistura com outro, pois a forma como nos envolvemos com alguém depende muito da afinidade que temos ou vamos desenvolvendo com essa pessoa ao longo do tempo.

    E mais: existem casos em que um Relacionamento Episódico pode, em determinada circunstância, assumir o papel do Relacionamento de Camaradagem ou, até mesmo, de Proximidade. Afinal de contas, nós, seres humanos, somos seres complexos e mutáveis demais para sermos tabulados de forma definitiva, não é mesmo?

    O valor inestimável dessa classificação é fornecer um norte, dar orientação na difícil tarefa de construir relacionamentos excelentes.

    O QUE ESPERAMOS DE NOSSOS RELACIONAMENTOS

    Compreensão. Temos uma necessidade inata de sermos compreendidos e esperamos isso do outro. Ao contar um caso, a expectativa é ser escutado com atenção e ser compreendido completamente. Infelizmente, não é bem assim que as coisas acontecem para uma enorme quantidade de pessoas.

    Quantas foram as vezes que você comentou alguma coisa com alguém e foi interrompido com outro assunto? "Nossa! Comigo aconteceu uma coisa... Quantas vezes você viu sua frase concluída pela pessoa que o estava ouvindo" e, pior, com a conclusão errada? E quantas vezes sua história acabou com um comentário – bem intencionado – de conforto ou um conselho para você melhorar ou corrigir seu comportamento?

    Frustração talvez seja uma boa qualificação para o sentimento que vem quando estamos em situações como essas. Nosso desejo profundo é ter a atenção do outro, ser ouvido e ser compreendido para, assim, nos sentirmos valorizados e importantes. Não estamos querendo ser corrigidos; muitas vezes, nem mesmo estamos buscando conselhos. E fica, então, a frustração.

    Quando cultivamos um relacionamento é o que esperamos da outra pessoa: que nos compreenda. Queremos que essa pessoa nos conheça de verdade, incluindo nossas fraquezas, e saibam ouvir-nos, entender e respeitar o nosso jeito. Queremos que entenda o nosso tempo e goste de nós exatamente como somos.

    Confiança é o segundo ponto no ranking do que esperamos de nossos relacionamentos. E ela é crucial de fato. Dá para pensar em uma relação sem confiança? Quando eu penso nessa palavra, imagino que estou de olhos fechados jogando-me de um lugar mais alto e a pessoa em quem confio lá embaixo, pronta para segurar-me. Confiança tem a ver com entrega, com lealdade, com segurança, com acreditar plenamente.

    É, dessa maneira, uma construção fundamentada na verdade, na honestidade. É fundamentada na capacidade – e humildade – de reconhecer um erro cometido. É fundamentada em aprendizado e compartilhamento. É uma construção diária e eterna.

    Imagine trabalhar para uma pessoa em quem você não confia. Imagine ter um funcionário em quem você não acredita e não ‘põe a mão no fogo’ por ele. Imagine um companheiro assim... A dúvida estará sempre no ar: "Será que está falando a verdade?, Será que está me enganando?". Você consegue levar adiante um relacionamento com alguém em quem você não confia? Eu, particularmente, não. E quando arriscamos, esse caminho costuma ser um desalento.

    Acreditar no outro e ser acreditado é tão importante

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