Encontre milhões de e-books, audiobooks e muito mais com um período de teste gratuito

Apenas $11.99/mês após o término do seu período de teste gratuito. Cancele a qualquer momento.

Stryper: Alto e a Bom Som
Stryper: Alto e a Bom Som
Stryper: Alto e a Bom Som
E-book256 páginas2 horas

Stryper: Alto e a Bom Som

Nota: 0 de 5 estrelas

()

Ler a amostra

Sobre este e-book

Este livro relata toda a história desta lendária banda de metal cristão. Desde as infâncias dos seus membros, a era dos Roxx Regime, o sucesso na rádio e na MTV e as arenas cheias, atravessando as suas gravações digressões de reunião triunfantes, abrange basicamente tudo que há para saber acerca dos Stryper - não apenas o lado bonito. Questões como "Como é que os Stryper evoluíram?" e "O que aconteceu realmente no período do Against The Law?" são todas respondidas aqui, As respostas derivam de incontáveis horas de entrevistas, vindas directamente dos próprios membros da banda e de muitos outros.

IdiomaPortuguês
Data de lançamento26 de mar. de 2021
ISBN9781071506561
Stryper: Alto e a Bom Som

Relacionado a Stryper

Ebooks relacionados

Artistas e Músicos para você

Visualizar mais

Artigos relacionados

Categorias relacionadas

Avaliações de Stryper

Nota: 0 de 5 estrelas
0 notas

0 avaliação0 avaliação

O que você achou?

Toque para dar uma nota

A avaliação deve ter pelo menos 10 palavras

    Pré-visualização do livro

    Stryper - Dale Erickson

    Indíce

    AGRADECIMENTOS

    PREFÁCIO

    1 NO INÍCIO

    2 A MANEIRA DO OZ

    3 LIVRES DA TEMPESTADE

    4 DO ERRADO PARA O CERTO

    5 O ATAQUE AMARELO E PRETO

    6 SOLDADOS SOB O COMANDO

    7 PARA O INFERNO COM O DIABO

    8 EM DEUS NÓS CONFIAMOS

    9 CONTRA A LEI

    10 JUNTOS PARA SEMPRE?

    11 RISCAS DIFERENTES

    12 RENASCIMENTO

    DISCOGRAFIA

    BIBLIOGRAFIA

    AGRADECIMENTOS

    Dedicamos este livro a todos os apoiantes dos Stryper – pessoas como o Kenny Metcalf, Michael Guido, Daryn Hinton, Patti Gannon, Phil e Janice Sweet, Geri Miller, Doug Van Pelt, Wes e Bill Hein, as esposas dos músicos dos Stryper, ex-empregados, produtores, MTV e acima de tudo, aos mais leais fãs que alguém poderia desejar. Stryper não poderia existir se não fossem vocês.

    Gostaríamos de agradecer ao Mike, Tim, Oz e Robert por apoíarem este livro e pelas suas incontáveis horas de cooperação.

    Agradecimentos também para Brett Christensen, Larry Bolen, Rich Serpa, Raul Ries, Kyle Sweet, Irene Gaines, Leslie Martinez, Brian Kuehler, Mike Trichell, Erik Sellin e Glenn Kaiser.

    PREFÁCIO

    - DALE ERICKSON

    Sempre quis fazer algo por eles desde 1993, quando estava no meio de uma conversa com vários membros de uma banda (qual, não vou mencionar), que estavam a gozar com os Stryper. Eram supostamente uma banda cristã, o que me aborreceu mesmo. Fez-me pensar se alguém dava valor ao que os Stryper fizeram. Foi como se um dos nossos soldados de hoje rissem daquilo que os soldados do passado fizem na praia de Omaha, no dia D, a 6 de Junho de 1944. No meu pensamento havia um claro desrespeito pela história.

    O movimento de metal cristão foi um momento especial que não pode ser recriado ou reinventado. Mas não se enganem – foi um movimento, liderado por bandas como Stryper, Rez, Daniel Band, Petra, Bride, Whitecross, Bloodgood, Barren Cross, Holy Soldier, Guardian, Deliverance, Sacred Warrior e a lista continua interminavelmente.

    Eu sei que para mim foi um momento especial porque aceitei Cristo como o meu Salvador depois de ouvir o Soldiers Under Command em Dezembro de 1985. Naqueles tempos, eu acreditava mesmo que Deus estava a espalhar o seu espírito pelo mundo através de bandas como aquelas. Sempre esperei que os adolescentes de hoje em dia pudessem entender o que Deus fez naqueles tempos. Era uma grande história que apenas esperava que fosse contada e eu queria contá-la. Eu sabia que fazer uma cobertura de todo o metal cristão era uma tarefa demasiado grande para mim, então inevitavelmente disse a brincar ao meu amigo Jesse, que sabia tanto sobre os Stryper, que poderia escrever um livro sobre ele. Era uma frase verdadeira – ainda tenho os recortes de jornal e os artigos de revista de quase toda a carreira da banda. A minha mãe comprou-me duas t-shirts dos Stryper quando estava no secundário. Acho que as devo ter usado pelo menos três vezes numa semana – levando a que os outros alunos me chamassem Strypergajo ou Stryper – uma alcunha pela qual fiquei conhecido até ter acabado o secundário.

    Agora se eu fosse ler um livro dos Stryper, quereria ver perguntas respondidas. Perguntas como quem é que estava no Roxx Regime? Quando é que as riscas (stripes) começaram? De onde é que a carrinha saiu? Como é que o vídeo do Japão se materializou? Como é que eles chegaram à MTV? Quanto dinheiro é que gastaram em tudo? De que material eram feitos as suas vestimentas? E quanto ao Tim sair da banda? O que é que aconteceu mesmo nos tempos do Against The Law? Porque é que eles se separaram realmente? Para responder a estas perguntas sentimos que seria importante criar uma linha cronológica tão precisa quanto possível. Pegámos em todas as quatro histórias e misturámos todas juntas para dar lugar a uma cronologia detalhada – e não apenas a dar destaque aos eventos.

    Então aqui está a versão ebook da segunda edição de Alto e a Bom Som. Jesse e eu esperamos que a aprecies tanto quanto possível.

    Sinceramente, Strypergajo

    - JESSE STURDEVANT

    Através de sangue enegrecido e lágrimas manchadas de amarelo, a primeira edição de Alto e a Bom Som fez a sua estreia a Maio de 2001 na segunda Stryper Expo, ocorrida na Faculdade Azusa, em Azusa, Califórnia. A reação foi esmagadoramente positiva – há anos que os fãs queriam ouvir a sua história.

    Não penso que o Dale e eu alguma vez imaginámos que este livre pudesse ir para a gráfica quando falámos na brincadeira como seria fixe escrever a história dos Stryper em Fevereiro de 1999. E depois receber dias mais tarde um email directamente do próprio Michael Sweet, a querer ouvir as nossas ideias? Depois de uma longa conversa de telefone, nós estabelecemos uma data em Maio onde nos íamos encontrar com o Mike na sua cidade natal adoptada Massachusetts. Infelizmente, tinha começado um novo emprego e não conseguia tirar folgas, então o Dale voou para lá sozinho. Se eu tenho algum arrependimento em escrever este livro, foi de ter faltado àquela viagem.

    O Dale e o Mike desenvolveram uma amizade próxima naquela semana, a falar acerca da vida, música, jogar ping-pong e andar no jipe Ranger do Mike pelos campos. As engrenagens colocaram-se em movimento e voámos para L.A. uma semana depois para conhecermos o Tim e o Oz. Andar com o Tim foi uma diversão assim como visitámos a velha casa de Sweet em Receda onde os Stryper tiveram os seus primeiros ensaios, depois fomos encontrar-nos com o Oz para uma maratona de uma entrevista num carro a escaldar! Em Dezembro encontrámo-nos com o Robert em Las Vegas onde jogámos nalgumas slots, conhecemos a Janice e o Phil Sweet e, apesar de perdermos dois vôos (nem perguntes), passámos momentos maravilhosos. Estava espantado como é que todos estavam tão abertos e apoiantes do projeto. Não havia nenhuma razão para esperar aprovação para dois escritores sem experiência para cuidar da história da vida deles. Por isso estarei eternamente grato.

    Assim que as entrevistas estavam completas, escrever o livro não foi muito difícil. O que se tornou mais difícil foi com que o livro ficasse da forma que queríamos. Por causa da nossa ingenuidade, acabámos a trabalhar com uma gráfica que não cumpriu as promessas que tinham feito. Chegámos a um ponto em que não tivemos escolha a não ser apenas esperar que tudo corresse bem, com a Stryper Expo prestes a acontecer. Quando recebemos os nossos primeiros livros eram três da madrugada, a caminho do aeroporto para nosso vôo para a costa oeste. A sério.

    Pelas primeiras impressões, parecia estar tudo bem com o livro até que começamos a virar as páginas. De alguma forma, um esboço mais antigo (com todos os erros de gramática e ortografia) foi impresso em vez do esboço final. Dizer que era embaraçoso era eufemismo. Não bastava isso como muitas das capas saíram esborratadas devido ao processamento desprezível por parte da gráfica.

    Mas os fãs, Deus os abençoe, não se queixaram e em vez disso até ficaram mais que felizes por ter alguém a escrever sobre a sua banda favorita. Todas as mil cópias foram vendidas em seis meses sem nenhuma promoção ou publicidade, provando o facto que o fenómeno Stryper estava bem vivo.

    No final de tudo, todas as nossas despesas e tempo, não penso que tenhamos feito sequer quinhentos dólares de lucro. Não que nos estejamos propriamente a queixar disso mas teve um peso em não nos levar a investir numa segunda edição. Com  o passar dos anos, ouvimos os fãs a implorar por mais cópias, a pagar preços escandalosos em leilões online. Embora isso possa soar lisongeador, eu não queria que as pessoas gastassem metade de uma semana de ordenado para ler aquilo que foi outrora um livro de 20 dólares para toda a gente. Como os Stryper estavam a preparar-se para o Reborn, o seu agenciamente expressou o interesse de ter uma versão actualizada do livro. Também adicionámos uma discografia. Esperamos que gostes de Alto e a Bom Som tanto quanto nós gostámos de o escrever!

    Jesse Sturdevant

    1 NO INÍCIO

    Os Stryper são a banda mais falada na história da música cristã. Eles elevaram a música cristã a um novo nível e têm sidos apelidados da super-banda da música cristã. Pergunta ao normal fã de música sobre Stryper e eles diriam, Ah sim, a banda cristã.

    Apesar de serem cristãos, de certa maneira eles nunca foram uma banda cristã. Nenhuma banda cristã teve o tipo de sucesso que os Stryper tiveram. Eles venderam mais de seis milhões de álbuns e ainda continuam a vender; facturaram mais de 100 milhões de dólares, e foram a capa de quase todas as revistas de rock e metal na década de 80; arrasaram as ondas de rádio e dominaram o top 10 dos vídeos mais pedidos da MTV. Completaram quatro digressões mundiais e esgotaram muitas salas rock pelo mundo. Sim, os Stryper fizeram história. Mas o termo banda cristã significa uma banda ter contrato com editoras cristãs e venderem exclusivamente ao público cristão, enquanto 85% do público dos Stryper não era religioso ou não-cristão. Os Stryper estabeleceram o nível de sucesso que a maior parte das bandas cristãs almejam. Tem havido bandas cristãs bem sucedidas como os Jars Of Clay, dc Talk e P.O.D., e artistas cristãos individuais como Amy Grant e Michael W. Smith, mas nenhuma banda ou artista cristão conseguiu capturar a atenção do mundo como os Stryper conseguiram.

    Bandas não religiosas como os Creed e Collective Soul tiveram um enorme sucesso com as suas letras cristãs. Stryper era diferente. Mas porque é que eles eram tão diferentes de todas as outras bandas cristãs? Porque é que grupos religiosos protestaram em frente aos seus concertos em 2001 em vez de os apoiarem como fazem com bandas cristãs? A resposta é simples: Stryper foram escolhidos por Deus para serem os catalistas para a explosão da música cristã. Mas como é que isso acontece? Qual é a sua história? Como é que quatro tipos que tocam música heavy metal, alegam ser cristãos renascidos e quebram com quase todas as barreiras conhecidas na indústria da música? Os quatro membros dos Stryper – Michael e Robert Sweet, Tim Gaines e Oz Fox – escolheram contar a sua história nesta biografia. Conforme lês este livro, vais perceber o que Deus realmente fez com os Stryper. Juntos deitaram abaixo as portas da resistência e pavimentaram o caminho para o futuro das bandas cristãs. Podemos nunca mais vê-los outra vez mas a sua mensagem foi espalhada a Alto e a Bom Som e Deus usou-os de forma poderosa.

    A sua história única começa com uma família musical em Califórnia.

    Phil e Janice Sweet conheceram-se quando ela fazia coros para o single dele para a Liberty Records. Depois de um período de corte turbulento, casaram e a 21 de Março de 1960, Robert Lee Sweet nasceu. Uma filha, Lisa, veio pouco depois. Phil aceitou trabalhar com a Espy Railroad (que mais tarde foi comprada pela Union Pacific) para ajudar a sustentar a sua jovem família. Em Novembro de 1962, eles mudaram-se para Whittier, Califórnia, onde Michael Harrison Sweet nasceu a 4 de Julho de 1963. Depois de uma breve estadia em Oklahoma em 1972, a família voltou a Whittier e mais tarde, em 1978, finalmente se estabeleceram numa casa em Fonseca Street, em La Mirada, Califórnia.

    A Janice tinha cantado para vários artistas locais e o Phil também tinha tido uma carreira razoavelmente bem sucedida. Durante a década de setenta, Phil escreveu 25 ou 30 canções com Fred Imus, irmão de Don Imus, a celebridade da rádio. Na realidade, Don produziu a canção escrita e tocada por Phil Sweet e Fred Imus, gravada pela RCA e intitulada Everybody Needs Milk, uma sátira na promoção do leite pela indústria dos lactícinios. Phil e Fred finalmente conseguiram captar a atenção nacional com a sua canção, I Don’t Want To Have To Marry You, o single de Helen Cornelius e Jim Ed Brown que chegou ao número 1 dos tops do país em 1976; a canção ganhou um prémio BMI e a Music City News apelidou o disco single do ano. Em 1979, Phil gravou faixas de estúdio com dois músicos de Elvis Presley: Scotty Moore, que tocou guitarra para Presley de 1954 a 1958, e o baterista D.J. Fontana, que tocou com o Elvis após ter assinado contrato pela RCA em 1956. Phil fez versões de quatro êxitos do Elvis em 1979 no seu álbum Memphis Blue Streak, com a Janice, Lisa, Michael e Robert a aparecerem no ábum. Phil teve Michael na guitarra e o Robert na bateria numa das canções. Michael tinha 12 e o Robert, quinze. Foi o primeiro trabalho de estúdio deles alguma vez lançado.

    Os Sweets entretinham-se  a eles próprios assim como os outros com a sua música. Quando a família se juntavam, os instrumentos saíam cá para fora. Phil pegava na sua guitarra e num instante a família inteira estaria a cantar e a fazer música. Janice diz, Robert batia em qualquer coisa que estivesse ao alcance; ele batia em baldes de tinta vazios, virados de pernas-para-o-ar, tachos e panelas... o Robert tinha diversas baterias de brincar antes de ter a sua primeira a sério com apenas oito anos de idade. Os Sweets tinham uma ideia em como Michael se tornaria um cantor. O quer que acontecesse, Phil e Janice sabiam desde cedo que os rapazes qualquer dia fariam música.

    Quando Michael ainda estava a aprender a andar, ele sentaria-se no sofá ou numa cadeira, com as costas direitas como uma tábua, a abanar para trás e para a frente, e a fazer barulho de uma bateria com a sua boca. Ele depois passou a imitar instrumentos e bateria enquanto abanava para trás e para a frente. O seus pais chamavam isso de bopping[1]. Quando Michael tinha cinco anos, recebeu a sua primeira guitarra e cedo escreveu a sua primeira música, acerca da sua avó. Robert e Michael tornaram-se nos animadores habituais no lar dos Sweet. Maxine (a mãe de Janice) dava-lhes espaço para que cantassem a Blue Suede Shoes e I Can’t Stop Loving You do Elvis. O Phil lembra, Acabei por ensinar os rapazes alguns acordes na guitarra e ambos começaram por aí, sem uma aprendizagem própria. Um amigo do Phil mostrou-lhe como tocar bateria e apesar de nunca ter dominado o instrumento, foi capaz de mostrar ao Robert o que ele sabia. O Robert nunca mais parou de tocar bateria daquele dia em diante. Com a ajuda do Phil, formaram uma banda da vizinhança e ganharam um concurso de talento numa escola preparatória em Whittier, a tocar a Wipeout dos Safaris e Honky Tonk de Bill Doggett.

    Conforme cresceram, os rapazes aprenderam todos os tipos de truques da música, como ligar os amplificadores de forma diferente, como alterar o som de uma bateria, e por aí fora. Phil lembra-se que eles tinham uma aparelhagem vulgar da marca Realistic e mesmo antes de serem adolescentes, descobriram como ligar as guitarras e tocar através dela. Eles começaram a usar distorção, e a fazer todo o tipo de coisas novas nas suas guitarras. Estávamos tão espantados como apenas lhes tínhamos ensinado um pouco e como eles tinham chegado tão longe!

    Para os irmãos Sweet, crescer juntos foi bastante fácil, com algumas discussões. Robert lembra-se de algumas vezes em que brigaram um com o outro mas essas ocasiões foram poucas. Eles andavam em escolas primárias diferentes e depois na Escola Preparatória Katherine Edwards. Robert foi para a escola secundária Pioneer, formando-se em 1978, enquanto o Michael andou em três liceus diferentes, formando-se em 1981, no liceu La Mirada. Robert, três anos mais velho, começou a levar a música a sério antes de Michael e ouvia bandas como KISS, Grand Funk Railroad e Led Zeppelin desde os 10 anos. Cedo começou a tocar na bateria as músicas das suas bandas favoritas. Inevitavelmente, ele começou a sua primeira banda quando tinha 15. Não me recordo do nome mas lembro-me que soava muito bem para algo vindo de uns miúdos, relembra Robert.

    Robert e Michael foram ambos inspirados por um músico local chamado Richard Odourbegain, também conhecido como Odie. Odie tocavam numa banda local chamada Jekyll and Hyde, uma banda de rock teatral que incluía os irmãos Paul e Dave Stewart. Richard representava Sr. Hyde, vestindo-se  de preto e maquilhagem negra e a tocar guitarra, e o Paul interpretava Dr. Jekyll, vestindo-se de branco. Muitas pessoas da zona iam até à casa do Odie para vê-los tocar. Robert lembra, Richard tinha amplificadores de duas cabeças da Sound City, enorme equipamento stereo, a garagem de dois carros com luzes de presença, as paredes cobertas com posters e um Jaguar estacionado à frente. Ele tinha toda aquela aura de estrela de rock de Londres. Michael confirma tudo. Odie tinha todo este equipamento... foi a minha primeira experiência em algo parecido. Lembro-me de ir de bicicleta para os seus ensaios e do Robert dizer Tens de ver estes gajos! Tinha provavelmente 12 ou 13 anos e fiquei de boca aberta!

    Quando o Robert fez 16, pelo segundo ano no liceu, ele aproveitou a oportunidade de trocar a aula de Educação Física para ir tocar com a banda rock da escola. Ele juntou-se a três outros rapazes séniores, patrocinados pelo Liceu Pioneer. A banda tocou para universidades e liceus e pouco tempo depois da experiência, o Robert começou a sua própria banda, quando tinha 17. Ele encontrou alguns amigos do liceu que eram músicos e fez audições para vários cantores, mas nenhum resultou. Com um relacionamento muito próximo com os seus pais, contou-lhes o problema que estava a ter e Phil perguntou, Então e o Michael? Robert sabia que o seu irmão era talentoso, mas Mike tinha apenas 14. Robert diz, Eu nunca tive objecções em tocar com Michael mas ele era o meu irmão mais novo.

    Michael relembra, Eu era apenas um miúdo naquela altura, a querer divertir-me e a não levar nada a sério, nem mesmo a música. Robert era mais sério que eu porque era mais velho. Michael era caloiro no liceu quando tentou entrar na nova banda de Robert. Depois da audição de Mike, era óbvio para todos que ele era a escolha certa. Mike estava prestes a fazer 14 e Robert tinha 17. Formaram a sua primeira banda em 1977, experimentando uma série de nomes, tais como Aftermath, mas finalmente decidiram-se por Firestorm.

    Phil e Janice deram aos rapazes a garagem para ensaiarem. Phil diz, Eu disse-lhes que eles não tinham de arranjar empregos. Queria que eles se concentrasse na sua música. Firestorm tocou nas festas de quintais e em casas da vizinhança. A banda consistia em Robert Sweet na bateria, Michael Swee na guitarra e voz principal, Dean Serne no baixo e Larry Richardson na guitarra. O ultimo concerto da banda foi no final de 1978 num concurso de talentos no Centro Cívico de La Mirada, onde conheceram Kenny Metcalf, que estava a tocar com uma banda local e teria mais tarde um papel na formação dos Stryper.

    No final de 1978, Richardson deixou os Firestorm e eles mudaram o nome para Roxx. Tentaram vários guitarristas mas nada resultou e continuaram como um trio por quase um ano.

    Em 1979 Serne deixou a banda. Depois disso, Robert começou a fazer as coisas de forma professional, começando pela garagem da família. Ele formou-se do liceu e tinha algum tempo livre em mãos quando não estava a praticar, a procurar por músicos ou a pintar os seus kits de bateria. Tinha começado um novo emprego em Intedge, diminuitivo para Companhia de Ferramentas Internacional Edge, uma empresa de Nova Jersey com um armazém na costa leste; faziam utensílios para casa como caixas para guardanapos, saleiros e pimenteiros e outros utensílios para a cozinha. Neste seu novo emprego, Roberto disse depois que passou muito tempo a pensar e finalmente decidiu começar a levar a sério a hipótese de fazer a música a tempo inteiro.

    Ele começou a reconstruir a garagem do interior para fora. Começou por colocar no interior duas camadas nas paredes de gesso e espuma. Depois ele colocou um núcleo de espuma por cima dessas duas camadas, arrecadando espuma de todos os sítios que encontrasse. Depois ele

    Está gostando da amostra?
    Página 1 de 1