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Michael Jackson, Black or White
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E-book170 páginas2 horas

Michael Jackson, Black or White

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Sobre este e-book

Entre todas as estrelas que surgiram em várias décadas, Michael Jackson permanece a mais fascinante, aquela que mais escapa à análise imediata.

Pleno de talento, capaz de encenar espetáculos de rara qualidade, de escrever canções eternamente memoráveis, de mover seu corpo duma maneira desconcertante, desde o início Michael Jackson seduziu o público pelas suas qualidades artísticas.

Em contrapartida, esse mesmo público precisou aceitar as excentricidades incomuns dum personagem que resta inclassificável, espécie de herói retirado dum conto de fadas, destrambelhado no caminho.

Resulta que a História reterá o essencial : Billy Jean, Thriller, Don’t stop till you get enough e outras canções que se tornaram clássicas, destinadas a resistir ao desgaste do tempo...

Como declarou outro mestre em sua arte, Steven Spielberg :

 « Assim como não haverá jamais outro Fred Astaire, ou outros Chuck Berry ou Elvis Presley, jamais haverá alguém comparável a Michael Jackson. 

 Seu talento, sua vivacidade e seu lado misterioso fazem dele uma lenda... »

Este livro conta a vida de Michael : concentra-se nos principais episódios de sua vida e descreve a evolução do cantor. Ele conta o making off de Thriller, o álbum de todos os recordes. Também inclui retratos de Quincy Jones, Janet Jackson e LaToya. Por que um gênio da música pop se tornou um personagem enigmático, em busca de uma identidade paralela?

IdiomaPortuguês
EditoraBadPress
Data de lançamento17 de jul. de 2019
ISBN9781547595662
Michael Jackson, Black or White
Autor

Daniel Ichbiah

Ecrivain, auteur-compositeur et musicien, Daniel Ichbiah est l'auteur de plusieurs livres à succès.* Les 4 vies de Steve Jobs (plus de 20 000 exemplaires* La saga des jeux vidéo (5 éditions : 14 000 ex.)* Bill Gates et la saga de Microsoft (1995 - 200 000 ex.),* Solfège (2003 - environ 100 000 ex.). Très régulièrement dans le Top 100 de Amazon.* Dictionnaire des instruments de musique (2004 - environ 25 000 ex.),* Enigma (2005 - 10 000 ex.)* Des biographies de Madonna, les Beatles, Téléphone (Jean-Louis Aubert), les Rolling Stones, Coldplay, Georges Brassens...)En version ebook, mes best-sellers sont :. Rock Vibrations, la saga des hits du rock. Téléphone, au coeur de la vie. 50 ans de chansons française. Bill Gates et la saga de Microsoft. Elvis Presley, histoires & légendes. La musique des années hippiesJ'offre aussi gratuitement à tous un livre que j'ai écrit afin de répandre la bonne humeur : le Livre de la Bonne Humeur.

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    Michael Jackson, Black or White - Daniel Ichbiah

    Michael Jackson

    Black or White?

    Daniel Ichbiah

    © Daniel Ichbiah

    2013, 2014, 2016, 2019

    Prólogo

    Entre todas as estrelas que surgiram em várias décadas, Michael Jackson permanece a mais fascinante, aquela que mais escapa à análise imediata.

    Pleno de talento, capaz de encenar espetáculos de rara qualidade, de escrever canções eternamente memoráveis, de mover seu corpo duma maneira desconcertante, desde o início Michael Jackson seduziu o público pelas suas qualidades artísticas.

    Em contrapartida, esse mesmo público precisou aceitar as excentricidades incomuns dum personagem que resta inclassificável, espécie de herói retirado dum conto de fadas, destrambelhado no caminho.

    Resulta que a História reterá o essencial : Billy Jean, Thriller, Don’t stop till you get enough e outras canções que se tornaram clássicas, destinadas a resistir ao desgaste do tempo...

    Como declarou outro mestre em sua arte, Steven Spielberg :

    « Assim como não haverá jamais outro Fred Astaire, ou outros Chuck Berry ou Elvis Presley, jamais haverá alguém comparável a Michael Jackson.

    Seu talento, sua vivacidade e seu lado misterioso fazem dele uma lenda... »

    Uma infância roubada

    « Eu apanhava por bobagens, fora das sessões de ensaios. Papai me deixava tão louco de raiva, e me fazia tão mal. Devolver seus golpes apenas piorava as coisas. Eu jogava um sapato no seu rosto, ou tentava dar-lhe um soco. Por isso, eu apanhava ainda mais que todos os outros. Eu esbarrava nele e meu pai me deixava no chão.

    Eu me lembro de correr sob as mesas para escapar dele e isso o deixava mais louco ainda. »

    É assim que Michael Jackson descreveu sua relação com seu pai Joseph (usualmente chamado Joe) na sua autobiografia Moonwalk.

    Joe Jackson era um tirano abominável? Certamente, o pai de Michael Jackson adquiriu a reputação de severo, brutal, um ser que não hesitava em depreciar seus filhos, a começar por Michael, de quem ele zombava do físico e tratava de big nose (narigão). No entanto, depois, Joe se defendeu da acusação de ter martirizado suas crianças, afirmando que não teria sido mais severo que os pais comuns, e que apenas se permitia de vez em quando uma palmada.

    Ainda assim, aquilo que foi relatado pelo próprio Michael sobre ele é sombrio. Além disso, Michael não deixou nem um centavo a esse pai que teria "roubado sua infância" - em 2002, ele simplesmente o riscou de seu testamento, e manteve o nome de sua mãe, Katherine...

    Músico de blues frustrado, o genitor dos Jackson havia sido membro dum grupo de r’n’b (rythm & blues), The Falcons, que não alcançou nenhuma popularidade. Como não conseguiu sucesso através da música, ele continuou trabalhando como operário numa fábrica. Nos anos 50, trabalhava todos os dias e assim, bem ou mal, cobria as despesas da família. Katherine, sua esposa, fazia ela mesma as roupas das crianças. Os Jackson eram adeptos da religião das Testemunhas de Jeová, o que condiz com uma disciplina estrita e uma atitude muitas vezes austera.

    Michael nasceu no dia 29 de agosto de 1958, na cidade de Gary, numa pequena casa no número 2300 da Jackson Street.

    « Bastava dar cinco passos para ir da frente aos fundos da casa », diria Michael Jackson mais tarde. « De fato, não era maior do que uma garagem ».

    Foi essa garagem minúscula que acolheu as nove crianças que o casal Jackson teve ao longo dos anos: os meninos conviviam num mesmo quarto com beliches, enquanto as filhas, Janet e La Toya, dividiam o sofá da sala.

    Parece que Joe não desistiu de se vingar da existência, e de chegar ao sucesso musical por procuração. Para isto, submeteu sua progenitura a duras provas, perseguindo um único objetivo: fazer dos irmãos um grupo célebre.

    Tudo começou numa noite em 1962, quando Joe se deu conta de que um de seus filhos, Tito, havia tocado em sua guitarra, o que era firmemente proibido. Engolindo a raiva, pediu ao filho que mostrasse o que sabia fazer. Ora, o que ouviu o agradou.

    Uma ideia germinou: por que não criar um grupo com Tito (9 anos) na guitarra, o mais velho, Jackie (11 anos) no vocal, assistido por Jermaine (8 anos)? Dois vizinhos juntaram-se à operação : Reynaud Jones, na guitarra, e Milford Hite na percussão. No entanto, estes seriam progressivamente substituídos por dois outros irmãos: Marlon, e depois Michael.

    Toda a atenção do pai voltou-se para tornar suas crianças estrelas, e com isso, Jackie, Tito, Jermaine, Marlon e Michael viram seu tempo de lazer dedicado a ensaios musicais incessantes.

    Michael contou que às vezes olhava com inveja para as crianças que brincavam lá fora, lamentando não ter direito a esses momentos de folga.

    « Quanto eu era pequeno, havia somente o trabalho, o trabalho, o trabalho », contou o Rei do Pop num programa de Oprah Winfrey em 1993.

    Desde a saída da escola, assim que as maletas são deixadas na sala, começam os ensaios, visando um resultado que beire a perfeição. Para atingir seus propósitos, Joe não hesita em empregar métodos rigorosos. Nem se pense em cantar numa tonalidade incorreta, ou perder um beat, pois o castigo é severo. Joe prova ser capaz de violência sobre sua progenitura, e manifesta uma ferocidade que chega a fazer contrapeso à sua esposa Katherine, que, por contraste, parece ser a bondade em pessoa.

    « Ele nos fazia ensaiar com um cinto na mão. Ele nos corrigia a cada passo em falso. Às vezes, usava fios elétricos, ou qualquer coisa que lhe caísse em mãos. Podia acontecer dele nos jogar contra a parede com toda a força. Eu ainda escuto minha mãe berrar : ‘Joe, você vai matá-lo, pare ! », contou Michael no documentário Living with Michael Jackson, realizado por Channel Four. Ele também dirá desse pai ditatorial : « Bastava um olhar dele para nos aterrorizar ».

    Por muito tempo, os mais velhos dos Jackson não quiseram que o caçula integrasse o grupo. No entanto, a partir do momento em que começou a se imiscuir, o anjinho se impôs instantaneamente como o mais talentoso da turma – e também, como o mais carismático dos Jacksons.

    Diz a lenda que um dia, quando Michael tinha apenas 4 anos, começou a improvisar sobre uma música de James Brown. Instantaneamente, ficou claro que era dotado de um talento fora do comum.

    « Minha mãe cantava canções country para nós », contou Michael em 1981. « No entanto, era o r’n’b (rythm & blues) que me entusiasmava. Era a música que me fazia avançar. Ela enchia meu coração de alegria e me dava vontade de cantar ».

    O verdadeiro estalo se produziu um pouco mais tarde, quando Michael se apresentou num palco para um show da escola. Ele interpretou a música « Climb Every Night », tirada da comédia musical The Sound of Music.

    « Quando eu acabei de cantar, a reação do público me submergiu. A sala desmoronava sob os aplausos. Minhas professoras choravam. Eu não podia acreditar que os tinha deixado felizes. Ao mesmo tempo, me sentia embaraçado, porque pessoalmente, não me achava nada de especial. Eu apenas havia cantado como fazia normalmente em casa, todas as tardes ».

    Pouco a pouco, Jermaine, que até então havia sido o cantor do grupo, teve que ceder o lugar à estrela natural dentre os irmãos: Michael, que então tinha somente seis anos! Entretanto, durante muito tempo o irmão mais velho foi o modelo a seguir:

    « Era sobre Jermaine que eu me concentrava mais. Ele me levava à escola. Eu vestia suas roupas. Eu o imitava o tempo todo. Em comparação à minha voz de bebê, Jermaine era um cantor completo. Eu amava seu timbre. Vocalmente, ele me mostrou o caminho ».

    Por toda parte em que os Jackson 5 se apresentem, Michael cristaliza a atenção sobre si, em razão da sua voz flauteada, mas intensa, de seu sorriso desarmante, e também pela sua presença, dum charme quase irresistível...

    Para tudo é preciso uma estréia; assim, o grupo passa a se apresentar nos finais de semana em clubes da região, inclusive boates de strip-tease. Os irmãos começaram por ganhar uma competição na escola de Gary, em que interpretaram "My Girl", dos Temptations. Pouco depois, Joe Jackson conseguiu um contrato em uma boate local, ao pagamento de US$ 8 por apresentação.

    De início, os irmãos se apresentavam sob o nome de Ripples and Waves (Ondulações e Ondas), mas logo logo, Joe escolheu chamá-los de Jackson 5. Seu profissionalismo foi rapidamente notado. De tanto atrair pessoas para as discotecas puídas do Estado de Indiana, o grupo veio a se tornar conhecido nas grandes cidades.

    Aconteceu uma virada em 1967, quando os Jackson 5 participaram duma competição num local, em muitos aspectos, mítico: o Apollo Theater, no Harlem (New York), salão no qual James Brown havia gravado um álbum lendário, Live at the Apolo. A reputação dos Jackson 5 os precedia: eles se apresentaram diretamente na final. Os irmãos saem vencedores do evento, e esta vitória, por si, escancara as portas para seu potencial estrelato.

    Em outubro de 1967, um contrato de seis meses foi assinado com uma produtora de discos de Indiana : Steeltown Records. Dessa vez, os irmãos precisam encontrar canções inéditas. A obra de um músico de Chicago, Ed Silver, foi escolhida como lado A : « Big Boy ». É uma música de boa qualidade, introduzida por um trecho cativante de guitarra, que em seguida dá lugar à voz hiper-sedutora de Michael. O 45 rpm saiu em 30 de janeiro de 1968. Difundido moderadamente pelas rádios locais, vendeu dez mil exemplares. Um segundo single seguiu a trilha e os Jackson 5 chegaram mesmo a gravar um álbum completo para a Steeltown - este, porém, não seria lançado comercialmente...

    Ocorre que nesse ano de 1968, que em muitos lugares do mundo foi marcado por revoltas estudantis, os Jackson 5 conhecem sua própria revolução: sua reputação chegou aos ouvidos de um certo Barry Gordy, fundador  do selo Motown, o mesmo que havia revelado estrelas do porte de Diana Ross, Supremes, Marvin Gaye, Stevie Wonder...

    Foi a cantora Gladys Knight que atraiu a atenção do chefe da Motown para os irmãos vindos de Indiana.

    Incrível, mas verdadeiro : os Jackson 5 viram-se contratados pela produtora de discos que construiu carreiras de estrelas do calibre de Stevie Wonder !

    « Foi um júbilo total quando soubemos que tínhamos conseguido uma audição na Motown. Eu me lembro que Berry Gordy nos convidou para sentar. Ele nos disse que íamos escrever juntos uma página da história », contou Michael Jackson em Moonwalk.

    « Vou fazer de vocês as maiores estrelas do mundo, e vão falar de vocês nos livros de História. É exatamente o que ele nos disse. E nós, ouvindo isto, pulamos de alegria e gritamos : ‘Sim ! Okay !’.

    Eu nunca vou me esquecer desse momento. Ele nos convidou à sua casa, e era como se estivéssemos vivendo um verdadeiro conto de fadas. Escutávamos esse homem cheio de talento, tão poderoso, nos predizer um sucesso fora do comum: ‘seu primeiro disco será número um, seu segundo disco será número um e seu terceiro também. Três lançamentos seguidos! Vocês estarão no topo de todas as listas de prêmios, como estiveram Diana Ross e os Supremes!’ »

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