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De Terry M. West

Prepare-se para gritar para sempre! Howie Payne e Nick Enlow trabalham no turno da meia-noite nos Serviços de transferência de vídeo e mídia de Big Carl. Um clipe AVI estranho começa a aparecer em sua unidade pública todas as noites. No começo, Howie e Nick acham que é um filme de terror serializado que alguém do turno do dia os envia em segredo. À medida que os clipes progridem, no entanto, a dupla agora obcecada descobre algo mais profundo e sombrio nos vídeos. O autor de terror Terry M. West gostaria de apresentá-lo à Sala Verde e seu ocupante principal, The Screamer. Transfer é uma nova novela de horror absoluto de Terry M. West.
 

• Idioma: Português
• Editora: BadPress
• Data de lançamento: 1 de mar. de 2020
• ISBN: 9781071535172

Pré-visualização do livro

Para o meu filho Terrence, cujo amor por Creepypasta e Five Nights at Freddy’s inspirarão esta história.

Poem teus braços a minha volta querido Composto por Albert Von Tilzer Lyrics por Junie McCree Publicado pela York Music Co., New York, 1910.

1.

Omundo é um grande incêndio na lixeira, Howie, disse Nick Enlow ao entrar na sala de edição principal do Big Carl's Transferências de Vídeo e Serviços Midia.

Howard Payne olhou para seu colega de trabalho milenar depois de olhar para o relógio de parede. O garoto estava atrasado novamente. Howard (Howie para seus amigos) não se importou. Se o Big Carl não se importava, por que ele deveria? Mas os olhos dele sempre iam para o relógio quando o garoto aparecia. O Howie do Pavlov. Nick geralmente entrava no quarto escuro do Big Carl com uma reclamação nos lábios. Devia ter irritado o Howie, mas ele achava-o divertido na maior parte do tempo. Além de uma fita pornográfica caseira ocasionalmente mal etiquetada, não havia muito para se sentir entretido no buraco de edição.

Isto é uma epifania repentina? Disse Howie. Ele tomava conta de uma fita no leitor beta que estava a transmitir para um disco público. Howie rezou para que não fosse comida. Ele não estava com vontade de emendar a fita. Havia um ligeiro lamento que parecia que o cinto no motor de carregamento do leitor estava a ir-se. Ele teria de a abrir se o som piorasse.

Nick pôs a mochila do almoço perto do seu Mac e guardou as chaves no bolso. Depois pôs o cabo de recarga da estação no seu telefone. É pior do que alguma vez foi. Estamos lixados, meu.  Em breve não poderás sair sem um fato de radiação revestido de teflon, disse Nick, finalmente puxando sua cadeira e ligando seu computador. Aqueles cabrões ricos estão a terraformar secretamente um planeta.

Sabes, estava a ouvir um talk show conservador no caminho para cá. O anfitrião disse que a mudança climática é na verdade uma grande farsa puxada por uma cabala socialista que quer controlar a humanidade, brincou Howie. Ele não acreditou nem por um minuto naquele monte de merda, mas ele sabia que isso iria ficar debaixo da pele de Nick.

Raios partam Howie, avisou Nick. Não me dês corda.

Tem sido sempre uma desgraça e uma tristeza lá fora, miúdo. Está a pairar sobre todos nós. Especialmente quando se é jovem. Acostumas-te a isso. A única diferença entre eu e tu é que não precisava de um saco para respirar sempre que via as notícias.

O Nick resmungou. Passou uma mão pela sua confusão de cabelo escuro-—uma cabeça com um monte de cabelo que o Howie invejava muito. Estás a usar a tua pulseira de alerta médico, certo, velhote? Talvez tenha de te deixar sozinho durante trinta segundos para mijar. E os gajos da tua idade podem morrer só de espirrar demais, disse ele com um sorriso apertado e escuro.

Howie riu e ejetou a fita. Ele colocou-a no rebobinador. Ele gostava do miúdo. Eles já trabalhavam juntos há seis meses. Howie não tinha filhos——que ele soubesse (como ele gostava de brincar).

Ele foi divorciado duas vezes. A primeira foi nos seus vinte e poucos anos e durou pouco menos de um ano. O nome dela era Melissa Ronald. Ela era uma loira bipolar, mas muito boa, viciada em comprimidos de dieta. Saber que ela podia matá-lo durante o sono só tornava o sexo mais quente. Ele pôs um fim a isso depois da terceira cicatriz que ganhou. Dolores Noble aconteceu quando ele estava na casa dos trinta e poucos anos. Essa durou onze anos. Dolores era uma pedra e uma querida. Ele detestava que a tivesse magoado. Mas ela queria filhos e a janela dela estava a encolher. O Howie não o queria. Chegou um ultimato, e foi isso. Dolores nunca teve um filho. E culpou o Howie por lhe ter atrasado o relógio biológico.

Howie sempre soube que ele era demasiado egocêntrico para crianças. Mas por alguma razão profana Nick, o pequeno traquina, inspirou de vez em quando um tique paternal em Howie.

Howie tinha pensado primeiro em Nick da forma como ele pensava na maioria das crianças da idade de Nick: macio, sensível e intitulado. Mas o Nick era mais astuto do que a maioria. E ele podia tirar o melhor de si mesmo. Ele tinha senso de humor e isso era importante para Howie.  Se ele tivesse tido um filho, que ele soubesse, ele poderia ter feito muito pior do que Nick Enlow, imaginava ele.

Howie lembrou-se do último miúdo que se peidou na almofada da cadeira do Nick.  Ele não se lembrava do nome do desperdício de esperma para lhe salvar a vida. Percy. Perry. Parker. Algo assim, embora Pussy tivesse sido o nome mais adequado. Aquele merdoso queixou-se de todo o seu tempo no Big Carl's. E não de uma forma divertida. Ele era um merdoso com um anel labial, cabelo azul, e aqueles anéis de lóbulo da orelha esticados. O Howie