A Resiliência de Jó

De Rolando José Olivo

O livro de Jó é um excepcional texto poético bíblico, extremamente interessante, comovente, fascinante e misterioso.

Magistralmente, no mesmo propõem-se alguns mistérios existências, abordando principalmente o problema do sofrimento humano, imerso em uma batalha espiritual entre o bem e o mal.

O santo, justo e patriarca Jó é o herói desta história. Submetido a uma dura prova e suportando um imenso sofrimento, mantém-se fiel ao Senhor, consegue reivindicar seu nome e o de sua família, termina acercando-se mais a Deus, voltando-se mais rico e próspero que dantes, e se transforma numa nova pessoa, mais madura, racional, agradecida por seus sucessos e consciente do propósito de sua vida.

Por uma parte, efetivamente Jó foi resiliente e pela outra, realçam certas chaves de sua sensacional triunfo: a) fidelidade, lealdade e consistência, b) negação da maldade, inveja, ira e ódio, c) valentia e responsabilidade, d) emprego de qualidades e atitudes adequadas, e) insistência em cumprir um objetivo primordial, f) nunca render-se ante as adversidades, e g) aceitação do fim da dor para continuar com a vida.

• Idioma: Português
• Editora: Rolando José Olivo
• Data de lançamento: 29 de mar. de 2020
• ISBN: 9780463834336

Rolando José Olivo

[e-mail] Instagram: @rolandojolivo Systems Engineer with 3 postgraduate degrees: Master's Degree in Applied Economics, Diploma in General Management and Specialization in Management of Social Programs (Summa Cum Laude). Work experience in companies in the oil sector, occupying these positions: Planning and Logistics Manager, Project Coordinator, Financial Advisor and Consultant. Consultant in the economic and financial area. Writer of books on economics, management, self-help, novels and Christianity, among others.

Pré-visualização do livro

O livro de Jó é excepcional. Aclamado pelo destacado novelista e político francês Victor Hugo, este constitui um texto poético bíblico sumamente interessante, comovente, fascinante e misterioso, o qual aborda o imenso problema do sofrimento humano e ajuda a reflexionar a respeito destas perguntas:

Por que triunfam os malvados?

Por que a alguns justos lhes vai mal na vida, enquanto outros injustos são exitosos?

Por que sofrem os inocentes ou justos?

Por que há tantas injustiças no mundo?

Onde está Deus quando os inocentes ou justos sofrem ou lhe pedem ajuda?

Por que o Senhor permite o sofrimento dos inocentes ou justos?

É justo que Deus, Todo-poderoso e Eterno, autorize que os seres humanos mortais sofram?

Talvez a vida humana é injusta?

Há Justiça neste mundo?

Funciona a justiça humana?

A Justiça Divina é perfeita e infalível?

Como atua a Justiça Divina?

Prevalecerá a Justiça Divina sobre as injustiças?

Ainda que esta obra literária não proporciona respostas diretas a estas interrogantes, nem explica o porquê do sofrimento humano, sim dá bases para formular possíveis replicas, em concordância com o ponto de vista das principais religiões monoteístas que apoiam a tese de um conflito, confrontação ou luta espiritual entre o bem e o mal.

Por outro lado, ao longo da Idade Média e Moderna, têm surgido certas perguntas a respeito desta publicação:

Quem é o autor?

A história é verídica?

Quando foi escrita?

Também não há respostas precisas a estas interrogantes. Existem várias teorias: a) a autoria atribui-se-lhe a Moisés ou à tradição oral, b) o relato é real ou fictício (talvez, baseado em alguns fatos verdadeiros), e c) este se escreveu entre os séculos XX e XIV a. C. ou entre os séculos V e III a. C., sendo modificado posteriormente para adaptá-lo à visão eclesiástica (entre os séculos II e I a. C.).

Neste livro narra-se a história do santo Jó, o homem mais rico e famoso do oriente, quem sofre tragédias inconcebíveis, desde a perda da maioria de suas posses até a morte de todos seus descendentes, e a grave deterioração de sua saúde. Tudo isto porque Deus autorizou que Satanás agir contra ele.

Três amigos vêm a visitá-lo. No entanto, baseando nas crenças religiosas da época, acusam-no a ele e a seus filhos de ser grandes pecadores e merecer estes castigos divinos.

O justo Jó, comovido, afligido e triste, debate com os acusadores. Percebe que está enfrentando uma dura prova e convence aos três amigos de sua inocência, mas depois outra pessoa, Eliú, tenta desacreditá-lo e lhe revela que sua prova tem um motivo (comprovar se ele se volta injusto e desafia ao Senhor).

Posteriormente, Deus intervém, repreende a Jó e aos três amigos. Apesar de que o santo Jó não se rebelou contra o Senhor, ele cometeu certos erros, enquanto seus amigos sim pecaram (manejaram fundamentos religiosos a sua conveniência).

O Todo-poderoso perdoa aos três amigos e reivindica a Jó: duplica suas riquezas, concede-lhe outros dez filhos e muitíssimos anos mais de uma vida próspera, apartada da dor e o sofrimento.

Da análise do livro de Jó destacam estes aspectos:

1. A luta entre o bem e o mal:

Confirma-se a existência de um conflito espiritual entre o bem e o mal, no qual o primeiro referente abstrato derrota ao segundo.

2. O problema do sofrimento humano:

Este dilema justifica-se parcialmente concluindo que: a) o único Juiz Justo é Deus (Jó 34:12), b) nenhuma pessoa é justa (Jó 4:17, 9:2 e 9:21), c) a Justiça Divina é diferente à imperfeita justiça humana (Jó 34:12 e 35:8), e d) no futuro, os seres humanos serão julgados pelo Senhor (Jó 20:5, 20:19-23, 36:6-14 e 36:17).

Não obstante, os enigmas existenciais (luta entre o bem e o mal, o sofrimento humano e inclusive, a existência de Deus, entre outros), relacionados com a Justiça, superam amplamente ao entendimento humano (Jó 26:14, 36:26, 37:23 e 38:2). Portanto, só podemos vislumbrar uma ínfima parte da complexa realidade.

3. A resiliência de Jó:

O justo Jó foi resiliente. Empregou diversas qualidades e atitudes extraordinárias (otimismo, flexibilidade, empatia, curiosidade, equilíbrio emocional, negação do