Gestão por Sustentabilidade Integrada - GSI: Uma Alternativa de Gestão Profissional para as Organizações
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Sobre este e-book
A conscientização dos proprietários, acionistas, empreendedores, gestores públicos e da força de trabalho da relevância da GPS para seus negócios tornou-se imprescindível para o êxito dos resultados que contemple seus colaboradores, seu público alvo, e garanta lucro financeiro e social aos seus proprietários, aos acionistas e à sociedade.
Gestão por Sustentabilidade Integrada - GSI: uma alternativa de Gestão Profissional para as Organizações, obra oriunda de pesquisas na literatura e da aplicação do modelo GSI em organizações privadas e públicas, apresenta os resultados de investigações de como a GSI, a Gestão Pública Profissional e as Tecnologias da Administração Contemporânea favorecem a gestão, o sucesso e a perenidade das organizações e o desenvolvimento de um estado, região ou país.
Os resultados sugerem que a Gestão das organizações privadas e públicas das amostras, quando aplicada nos modelos da GSI e com o uso de tecnologias da Administração contemporânea, favorece o sucesso e a perenidade, impacta no desenvolvimento industrial de um estado e chama a atenção para a necessidade de otimizar investimentos em Gestão profissional para atender com eficiência a crescente demanda dos serviços prestados, e o uso racional, ético e eficaz dos recursos.
Este livro destina-se a profissionais de administração e gestão, acadêmicos, professores e pesquisadores, empreendedores, gestores privados e públicos e qualquer pessoa que se interesse pela Administração e Gestão Profissional...
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Gestão por Sustentabilidade Integrada - GSI - Ilmar Polary Pereira
COMITÊ CIENTÍFICO DA COLEÇÃO CIÊNCIAS SOCIAIS
Dedico esta obra à minha mãe Raimunda Polary (In memoriam), pelo exemplo de perseverança e autonomia, que em vida nos abençoou e, na eternidade com Deus, é a nossa luz, e aos meus filhos: Bruno Polary, que já nasceu psicólogo,
graduou-se nessa ciência do comportamento humano e atua nela em sua vida; e Lara Polary, que aumentou a
minha felicidade desde que nasceu, há onze anos, e optou também em me acompanhar na música.
Todos pela saudável convivência em família, aprendizado contínuo e a
motivação de continuidade na vida para que sejamos cada vez mais felizes.
AGRADECIMENTOS
A Deus, ser maior de minhas inspirações e proteção.
Aos professores Paulo Emílio M. Martins e José C. Castanhar pelas sólidas orientações e incentivos em meu doutoramento na FGV/EBAPE.
À UEMA, na pessoa do Prof. Gustavo Costa, então vice-reitor e atual reitor, pelo exemplo de aplicação da Gestão Profissional Integrada – GSI e incentivador das pesquisas acadêmicas.
Aos meus orientandos de projetos institucionais de extensão e iniciação científica.
Ao Prof. José Pinheiro Franco (in memoriam), amigo eterno e parceiro de pesquisas das Ciências Exatas, que não mediu esforços para colaborar na tabulação estatística de dados da pesquisa de campo.
Ao Dr. Sérgio Tamer, Presidente da SVTFESU, pelo exemplo de empreendedor.
Meu especial agradecimento à minha assistente de pesquisa, Maryluce Bayma Araújo, que com equilíbrio pessoal-profissional honra-me com suas colaborações técnicas, e à Maria Ivone C. Branco, pelas suas colaborações nas revisões normativas.
APRESENTAÇÃO
Esta obra, denominada Gestão por Sustentabilidade Integrada – GSI: uma alternativa de gestão profissional para as organizações, é aplicável a qualquer contexto organizacional, seja pelo porte (micro, pequena, média e grande empresa), pela propriedade (pública, privada, sociedade de economia mista) ou pela natureza (industrial, comercial e prestadora de serviços) desse universo dinâmico, complexo e desafiador que são as organizações sociais.
O objeto central de estudo neste livro é a Gestão Profissional, como um dos caminhos viáveis de êxito e perenidade das organizaçoes contemporâneas. Esta pesquisa foi motivada pela busca de respostas para muitas indagações sobre gestão, pela necessidade de ampliação de modelos alternativos de Gestão Profissional para a Administração, para gerar conceitos e práticas inovadoras e acrescentar na literatura novas perspectivas para o ensino e pesquisa em Administração na academia, de modo que enriqueçam essa área e sejam eficazes na busca de resultados para as organizações, as pessoas e a sociedade.
O Modelo da Gestão por Sustentabilidade Integrada – GSI é uma ampliação do termo gestão, da forma que Drucker (2002) a caracterizou, considerando as dimensões e os desafios da administração, com destaque para a dimensão administrativa, motivo por que é diferente do termo Gestão Sustentável da Dimensão Geoambiental
(CASAROTTO FILHO; PIRES, 2001).
A GSI fundamenta-se na teoria do empreendedorismo em duas abordagens da literatura: a gerencial (McCLELLAND, desenvolvida nos anos de 1970), posterior às teorias das organizações e de administração, na perspectiva das estratégias das empresas (LUMPKIM; DESS, 1966); e a econômica (SCHUMPETER, 1934), introduzida nas Ciências Sociais pela teoria econômica.
A GSI é um modelo alternativo de gestão profissional para a Administração, que requer do gestor conscientização pessoal e profissional para administrar com orientação empreendedora e visão integrativa diante de suas variáveis, componentes e dimensões; para favorecer a gestão, o sucesso e a perenidade da empresa (POLARY, 2012). O modelo integra três dimensões, cinco componentes e 12 variáveis.
No desenvolvimento do livro são apresentados os resultados e análises de pesquisas na literatura sobre Gestão Profissional, a GSI como Gestão Profissional Sustentável, o contexto das micro, pequenas, médias e grandes empresas – MPMGEs, o panorama do empreendedorismo no Brasil e no mundo, a adaptação do modelo GSI para as organizações públicas (POLARY, 2014) e a caracterização da administração e gestão pública brasileira.
Apresenta os resutados e análises das pesquisas de campo nas MPMGEs industriais, por porte de dados consolidados de todos os portes (POLARY, 2012); das pesquisas nas MPEs industriais e de prestação de serviços de São Luís (POLARY et al., 2016), sobre as tecnologias da administração contemporânea, conclusões e recomendações; nos hospitais públicos e nas universidades públicas (POLARY; SILVA, 2015); e nas universidades públicas e privadas (POLARY; FONSECA, 2015); seguidos do método, conclusões e recomendações.
Ressalta-se a relevância de estudos e pesquisas que favoreçam a atuação profissional nas organizações, na acadêmia e que beneficiem a sociedade. Assim, registra-se a expectativa de que esta obra contribua com as práticas da Gestão Profissional Sustentável e que possamos obter cada vez mais resultados de forma leve, saudável e produtiva.
Ilmar Polary Pereira
PREFÁCIO
Sustentabilidade Integrada e Integral: talvez seja esta a maior lição com que o livro de Ilmar Polary Pereira, ora publicado, nos brinda.
Mais que tudo, um corajoso enfrentamento de um grande desafio. Oriundo de sua tese de doutoramento em Administração na Fundação Getúlio Vargas (Rio de Janeiro), ocasião em que fui seu professor e orientador, este livro tem, sobre seu universo, uma visão de compromisso.
Confesso que, ao ser apresentado à proposta de investigação de Ilmar, fiquei atencioso com a pretensão do então doutorando de abarcar um espaço de análise tão amplo quanto diverso, a partir de um modelo quantitativo, multidimensional e de alta complexidade. Ou, nas palavras de seu autor: "Esta obra denominada Gestão por Sustentabilidade Integrada – GSI: uma alternativa de gestão profissional para as organizações, é aplicável a qualquer contexto organizacional, seja pelo porte (micro, pequena, média e grande empresa), pela propriedade (pública, privada, sociedade de economia mista), ou pela natureza (industrial, comercial e prestadora de serviços) desse universo dinâmico, complexo e desafiador que são as organizações sociais".
Empregando os significantes linguísticos sustentável e sustentabilidade nas suas denotações originais sobre tudo o que permanece, que tem vida longa, Ilmar escapa ao uso consagrado pelos media e referido à sustentação da nossa frágil biosfera, cada vez mais ameaçada.
Permito-me a liberdade de uma reflexão que este livro me desperta: nos dias em que vivemos, é muito provável que a inquietação do professor Polary com a sobrevivência das organizações, em parte inspirada pela destruição criativa
de uma de suas mais clássicas referências teóricas, advenha de um desejo inconsciente do autor de nos abrir a mente para um tempo de redenção em que a superação da ameaça permanente à vida das organizações também possa ser a de salvação do nosso tão ameaçado ecossistema, em um mundo em acelerado processo de destruição não criativa e que ainda não aprendeu a lidar com os rejeitos desse avassalador processo de descarte global e irresponsável de quase tudo.
Não é este, entretanto, o espaço para perscrutar o que esta obra não se propõe a estudar. Fiquemos com as lições que Ilmar generosamente divide com seus leitores, seu modelo GSI e sua rica experiência de administrador, mestre e pesquisador.
Paulo Emílio Matos Martins
Professor do PPGAd/UFF
Diretor do Núcleo de Estudos de Administração Brasileira (ABRAS)
Rio de Janeiro, 25 de fevereiro de 2019
Sumário
CAPÍTULO I
A GESTÃO POR SUSTENTABILIDADE INTEGRADA – GSI, COMO ALTERNATIVA DE GESTÃO PROFISSIONAL PARA AS ORGANIZAÇÕES
1.1 A pesquisa do Modelo da Gestão por Sustentabilidade integrada – GSI
CAPÍTULO II
AS MICRO, PEQUENAS, MÉDIAS E GRANDES EMPRESAS – MPMGEs
2.1 As micro, pequenas e médias empresas – MPMEs e sua importância para a economia dos países e a sociedade
2.1.1 Definições e concepções, fases e processos das MPMEs
2.1.1.1 Definições e concepções das MPMEs
2.1.1.2 Fases e processos das micro, pequenas e médias empresas – MPMEs
2.1.2 Aspectos políticos, econômicos sociais, legais, de gestão, sucesso, perenidade, insucesso e
mortalidade das MPMEs
2.1.3 Dados comparativos das MPMEs em alguns países
2.1.4 A grande empresa – GE
2.2 O Modelo Conceitual da Gestão por Sustentabilidade Integrada – GSI
2.2.1 A GSI e suas Dimensões, Componentes e Variáveis
2.2.1.1 A Dimensão Administrativo Tecnológico, seus componentes e variáveis da Gestão por Sustentabilidade
Integrada – GSI
2.2.1.1.1 Competências e Habilidades Gerenciais – Gestão Profissional (a GSI), fundamentada no Empreendedorismo
2.2.1.1.2 Estudos de viabilidade: Técnica, Econômica e Financeira
2.2.1.1.3 Aporte Tecnológico: Máquinas e Equipamentos e Sistemas e Métodos de Trabalho
2.2.1.1.4 Nível de Eficiência Industrial
2.2.1.2 A dimensão Político Institucional, seus componentes e variáveis da Gestão por Sustentabilidade Integrada – GSI
2.2.1.2.1 Políticas públicas do governo federal, estadual e municipal
2.2.1.2.2 Aspectos legais, fiscais e trabalhistas
2.2.1.2.3 Estratégias locais e parcerias: Político Institucional, Setor Industrial e Sociedade Civil
2.2.1.2.4 Plano Estratégico de Desenvolvimento Industrial – FIEMA – PDI – 2020
2.2.1.3 A Dimensão Econômico Social, seu componente e variáveis da Gestão por Sustentabilidade Integrada – GSI
2.2.1.3.1 Mão-de-obra industrial qualificada.
2.2.1.3.2 Atrativos de investimentos: interno, externo e do Governo do Maranhão
2.2.1.3.3 Preservação do meio ambiente local da indústria
2.2.1.3.4 Localização do Negócio
2.2.2 A Gestão por Sustentabilidade Integrada – GSI como Gestão Profissional, fundamentada no Empreendedorismo
2.2.2.1 Análise Conceitual da GSI como Gestão Profissional e o Empreendedorismo
2.2.2.2 A Literatura Gerencial e Econômica do Empreendedorismo
2.2.2.2.1 A Literatura Gerencial sobre o Empreendedorismo
2.2.2.2.2 A literatura econômica sobre Empreendedorismo: estado-da-arte e estudos empíricos
2.2.3 Uma análise do panorama mundial e brasileiro do Empreendedorismo
2.2.3.1 Considerações iniciais
2.2.3.2 O panorama mundial do Empreendedorismo em 2008
2.2.3.3 Evolução da atividade empreendedora no Brasil
2.3 Os cenários de impacto da Gestão por Sustentabilidade Integrada – GSI
2.3.1 Cenário I: A GSI e o impacto na gestão, sucesso e perenidade das MPMGEs industriais do
Estado do Maranhão
2.3.2 Cenário II: O impacto da perenidade das MPMGEs industriais no Desenvolvimento Industrial do Estado do Maranhão
CAPÍTULO III
O modelo da Gestão por Sustentabilidade Integrada – GSI adaptado para as organizações públicas
3.1 Administração e Gestão Pública
3.2 Reformas Administrativa, Gerencial, do Estado e Modernização da Administração
CAPÍTULO IV
AS PESQUISAS DE CAMPO NAS MICRO, PEQUENAS, MÉDIAS E GRANDES EMPRESAS – MPMGEs INDUSTRIAIS E NAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS INDUSTRIAIS E DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS
4.1 O Método nas MPMGEs industriais
4.1.1 Delimitação
4.1.1.1 Literatura
4.1.1.2 Pesquisa de campo
4.2 Resultados e análise de dados apresentados por porte das MPMGEs das amostras na visão dos
gestores
4.2.1 Tempo de Existência no Mercado – TEM por portes das MPMGEs das amostras na visão dos gestores
4.2.2 Número de sócios e não sócios por portes das MPMEs das amostras na visão dos gestores
4.2.3 Grau de instrução dos sócios que dirigem e de outros que administram o negócio das MPMGEs das amostras na visão dos gestores
4.2.4 Teste de Levene de Homogeneidade das Variâncias e Análise da Variância (Anova) das variáveis do Modelo da Gestão por Sustentabilidade Integrada – GSI, aplicado nas MPMGEs das amostras na visão dos gestores
4.2.5 Variáveis que mais influem positivamente na gestão, sucesso e perenidade das micro (A),
pequenas (B), médias (C), grandes empresas (D), (MPMGEs), e dados consolidados (ABCD), das
amostras e suas médias na visão dos gestores
4.2.6 Variáveis que mais interferem negativamente na gestão e favorecem o insucesso e mortalidade das micro (A), pequenas (B), médias (C), grandes empresas (D), (MPMGEs) e dados consolidados (ABCD), das amostras na visão dos gestores
4.2.7 Variáveis mais importantes para o sucesso das micro (A), pequenas (B), médias (C), grandes empresas (D) (MPMGEs) e Dados Consolidados (ABCD), das amostras, nas fases de criação, manutenção, manutenção perene, crescimento e perenidade na visão dos gestores
4.2.8 Conhecimentos e habilidades que necessitam de qualificação dos micros, pequenos, médios e grandes empresários industriais do Maranhão, para a gestão, sucesso e perenidade das micro (A), pequenas (B), médias (C), grandes empresas (D), (MPMGEs), e dados consolidados (ABCD), das amostras na visão dos gestores
4.2.9 Variáveis que mais interferem negativamente na qualificação das competências gerenciais e habilidades dos empresários das micro (A), pequenas (B), médias (C), grandes empresas (D), (MPMGEs) e dados consolidados (ABCD) das amostras na visão dos gestores
4.2.10 Variáveis mais importantes para o Desenvolvimento Industrial, oriundo da perenidade das micro (A), pequenas (B), médias (C), grandes empresas (D), (MPMGEs) e dados consolidados (ABCD), das amostras, que aplicaram a Gestão Profissional (a GSI) na visão dos gestores
4.2.11 Como as micro (A), pequenas (B), médias (C), grandes empresas (D) (MPMGEs) e dados consolidados (ABCD) das amostras, preparam-se para a chegada dos investimentos no Maranhão com a vinda da Refinaria Premium I, a MPX, a Suzano e a ampliação do Porto de Itaqui na visão dos gestores
4.2.12 De que forma os dados de Gestão e da realidade socioeconômica das micro (A), pequenas (B), médias (C), grandes empresas (D), (MPMGEs) e dados consolidados (ABCD) das amostras devem ser divulgados, por quem e qual a periodicidade na visão dos gestores
4.2.13 Resultados do Teste de Correlação entre as variáveis e Regressão e Correlação Múltipla das micro (A), pequenas (B), médias (C), grandes empresas (D), (MPMGEs) e dados consolidados (ABCD) da mostra na visão dos gestores
4.2.14 Resultados da Regressão e Correlação Múltipla das variáveis que mais influem positivamente na gestão, sucesso e perenidade (Independentes) e as variáveis mais importantes para o sucesso na fase de perenidade (Dependente) das micro (A), pequenas (B), médias (C), grandes empresas (D) (MPMGEs) e dados consolidados (ABCD) das amostras na visão dos gestores
4.3 Conclusões e Recomendações
4.3.1 Conclusões
4.3.2 Recomendações para futuras investigações
4.4 A pesquisa nas microempresas – MIs e Empresas de Pequeno Porte – EPPs industriais e de Prestação de Serviços
4.4.1 O método
4.4.1.1 Delimitação
4.4.2 Resultados e análises dos dados das MIs e EPPs das amostras
4.4.3 Conclusões e Recomendações
CAPÍTULO V
AS PESQUISAS DE CAMPO: NOS HOSPITAIS PÚBLICOS E NAS UNIVESIDADES PÚBLICAS; E NAS UNIVERSIDADES PÚBLICAS E PRIVADAS
5.1 A Pesquisa de campo nos Hospitais Públicos e nas Universidades Públicas
5.1.1 O método
5.1.1.1 Delimitação
5.1.2 Resultados e análise dos dados nos Hospitais Públicos e nas Universidades Públicas
5.1.3 Conclusões e Recomendações
5.2 A Pesquisa de Campo nas universidades públicas estaduais e privadas
5.2.1 O método
5.2.1.1 Delimitação
5.2.2 Resultados e análise dos dados nas universidades públicas estaduais e privadas
5.3 Conclusões e Recomendações
CAPÍTULO VI
ANÁLISE E COMENTÁRIOS FINAIS
REFERÊNCIAS
CAPÍTULO I
A GESTÃO POR SUSTENTABILIDADE INTEGRADA – GSI, COMO ALTERNATIVA DE GESTÃO PROFISSIONAL PARA AS ORGANIZAÇÕES
1.1 A pesquisa do Modelo da Gestão por Sustentabilidade integrada – GSI
Esta obra originou-se de pesquisas na literatura, nas micro, pequenas, médias e grandes empresas – MPMGEs industriais da amostra (POLARY, 2012), e de outras pesquisas acadêmicas com a aplicação do modelo da GSI em organizações privadas e públicas.
A motivação repousa na busca de respostas para muitas indagações sobre a gestão profissioanl e considerando a necessidade de modelos alternativos de Gestão Profissional para a Administração específicos à realidade de um estado, uma região ou país; gerar conceitos e práticas inovadoras sobre Gestão Profissional; e acrescentar na literatura administrativa novas perspectivas para discussão e o ensino da Administração na academia, nos órgãos que apoiam o segmento empresarial e na organizações públicas, visando novas pesquisas que enriqueçam a Gestão Profissional e propriciem resultatos com qualidade, produtividade e eficiência.
A questão de pesquisa representa o que o investigador deseja esclarecer e parte das ideias da formulação do problema e dos objetivos, e podem indicar entre as variáveis, relações de associações (TRIVIÑOS, 2009). Nesse contexto, inúmeras questões de pesquisa, problemas e hipóteses foram analisados pelo autor nas MPMGEs industriais e públicas das amostras, as quais destacaram-se:
– Por que mesmo com tantos atores envolvidos com os aspectos de gestão das MPMGEs (bancos de fomento, universidades, Sebrae, conselhos de classe, associações de apoio, ONGs, políticas dos governos Federal, estadual e municipal, dentre outros), há ainda altos índices de mortalidade? Como a Gestão por Sustentabilidade Integrada – GSI favorece a gestão, sucesso e perenidade das MPMGEs industriais da amostra? Como a perenidade das MPMGEs industriais impacta no desenvolvimento industrial do Maranhão?
– Qual o nível de importância das variáveis da GSI para o sucesso das MPMGEs industriais nas fases de criação, manutenção, manutenção perene, crescimento e perenidade? Qual relação poderia ser estabelecida com esse nível de importância das variáveis de cada fase, com os processos de sucesso, baixa planejada, insucesso e mortalidade dessas MPMGEs?
– Qual o Tempo de Existência no Mercado – TEM? Tempo de Existência Médio no Mercado – TEMM? E Tempo de Existência Geral no Mercado – TEGM das MPMGEs industriais da amostra por portes? O que se pode concluir quando da análise comparativa do TEMM dessas MPMGEs com o TEMM das MPMGEs brasileiras descrito na literatura? Qual relação poderia ser estabelecida entre TEM, TEMM e TEGM com Gestão Profissional, sucesso e perenidade das MPMGEs?
– Qual a importância do aporte tecnológico para a gestão, sucesso, perenidade, insucesso e mortalidade das MPMGEs industriais da amostra? Qual relação poderia ser estabelecida entre aporte tecnológico e gestão, sucesso, perenidade, insucesso e mortalidade dessas MPMGEs? Qual a importância da mão de obra industrial qualificada e da eficiência industrial das MPMGEs industriais para a sua gestão e o sucesso? Qual relação poderia ser estabelecida entre a qualificação da mão de obra e eficiência industrial, com perenidade das MPMGEs?
– Quais os conhecimentos e habilidades dos empresários das MPMGEs industriais da amostra são necessários para a gestão, sucesso e perenidade das empresas? Qual relação poderia ser estabelecida entre conhecimentos e habilidades dos empresários com gestão, sucesso e perenidade das MPMGEs? Como as empresas industriais estão preparando-se para a chegada dos investimentos no Maranhão com a implantação de empresas como a Refinaria Premium I, a MPX, a Suzano Papel e Celulose e a ampliação do Porto do Itaqui?
– De que forma, como e qual a periodicidade que os dados da Gestão e realidade socioeconômica das empresas industriais da amostra devem ser divulgados? Até em que parte essas reflexões e discussões servirão de subsídios para os empresários e para que a comunidade acadêmica avance na teoria e prática do pensamento organizacional da Administração como ciência?
– De que forma as tecnologias da Administração contemporânea podem contribuir com a perenidade das MPEs industriais e de prestação de serviços? Qual relação poderia ser estabelecida entre o sistema físico, base de dados, máquinas e equipamentos com perenidade das MPEs industriais e de prestação de serviços da amostra? De que forma os produtos e serviços impactam na perenidade das MPEs da amostra? Qual relação poderia ser estabelecida entre a qualificação formal dos gestores, suas experiências e talentos com perenidade das MPEs da amostra?
– De que forma a Gestão Pública Profissional torna-se viável para a excelência de resultados nas organizações públicas? Quais as alternativas viáveis de excelência organizacional para as organizações públicas, oriunda da Gestão Profissional e Gestão com Pessoas? De que forma o modelo de Gestão Pública Profissional e Gestão com Pessoas aplicadas nas organizações públicas reflete na sociedade? Como o modelo de Gestão da universidade, integrada com as políticas públicas e de estado, reflete no desenvolvimento regional sustentável?
Foram analisados, também, aspectos e variáveis que favorecem a gestão, o sucesso e a perenidade e desfavorecem o insucesso e a mortalidade das organizações; a eficácia do modelo da GSI nas MPMGEs industriais; conhecimentos e habilidades necessários à qualificação dos empresários (POLARY, 2012). Em hospitais públicos e universidades públicas (POLARY; SILVA, 2015), a Gestão Pública Profissional e Gestão com Pessoas como alternativa de Excelência Organizacional; em universidades públicas e privadas (POLARY; FONSECA, 2015), o modelo de Gestão da universidade como diferencial no desenvolvimento regional sustentável; e em MPEs industriais e prestadoras de serviços (POLARY et al., 2016), as tecnologias da Administração contemporânea e o impacto na perenidade desse segmento. Polary (2017) enfatiza que o governo, empreendedores, administradores e gestores das MPEs buscam na administração contemporânea tecnologias, informações e parcerias que melhorem a gestão de seus negócios.
Num problema de pesquisa (TRIVIÑOS, 2009) requer considerar que o pesquisador esteja envolvido na realidade em que apresenta uma situação que precisa ser esclarecida. Os problemas investigados foram: Como a Gestão por Sustentabilidade Integrada – GSI favorece a gestão, sucesso e perenidade das MPMGEs industriais do Maranhão e a perenidade dessas MPMGEs impacta no Desenvolvimento Industrial?
Nos hospitais e universidades públicas de que forma a Gestão Pública Profissional e Gestão com Pessoas torna-se viável para a excelência de seusresultados?
Em universidades públicas e privadas Como o Modelo da gestão da universidade torna-se um diferencial no desenvolvimento regional sustentável
; e nas MPEs industriais e prestadoras de serviços De que forma as tecnologias da Administração contemporânea impactam na perenidade das MPEs industriais e de prestação de serviços
.
A hipótese prevê uma relação entre dois termos, que podem ser conceitos ou fenômenos. Construir um conceito consiste primeiro em determinar as dimensões que as constituem, e em seguida, precisar os indicadores aos quais as dimensões poderão ser medidas. No critério de refutabilidade da hipótese duas condições devem ser atendidas (QUIVY; CAMPENHOUDT, 1995): a primeira, para ser refutável, deve ter um caráter de generalidade; a segunda só pode ser refutada se admitir enunciados contrários que sejam teoricamente suscetíveis de verificação. Para Triviños (2009), a hipótese surge depois da formulação do problema, em que o investigador vislumbra prováveis soluções e envolve uma possível verdade, um resultado provável, em que os fatos poderão verificar ou não a hipótese. A seguir, hipóteses verificadas.
Hipótese: a gestão das micro, pequenas, médias e grandes empresas – MPMGEs, quando aplicada na Gestão por Sustentabilidade Integrada – GSI na visão dos gestores da amostra, favorece a sua gestão, o sucesso e a perenidade.
Para atender as condições de sua refutabilidade, concebe-se que as variáveis, componentes e dimensões da GSI podem ser verificadas em outras economias, estados ou regiões, e assim confirmar ou não se interferem na perenidade das MPMGEs, portanto, pode atender o caráter de generalidade; como há outros fatores além da GSI que favorecem a perenidade das MPMGEs, como por exemplo, abundância de recursos naturais, contempla a segunda condição, de admitir enunciados contrários.
Hipótese: a perenidade das micro, pequenas, médias e grandes empresas MPMGEs industriais da amostra na visão dos gestores, impacta positivamente no desenvolvimento industrial do Maranhão. Para verificação da refutabilidade dessas duas hipóteses, constata-se que é possível analisar se a perenidade das MPMGEs industriais de outros estados brasileiros e/ou países emergentes impacta positivamente no setor industrial, o que faz atender o caráter de generalidade. Concebe-se que além da perenidade das MPMGEs, há outras variáveis que impactam positivamente no desenvolvimento industrial, como investimentos em educação e em eficiência industrial, o que faz atender a condição de admitir enunciados contrários.
Para a aplicação do modelo (POLARY, 2012), na parcela determinística, foi verificada na visão dos gestores, a relação entre a Gestão por Sustentabilidade Integrada – GSI, aplicada às MPMGEs da amostra (variável X), independente, explicativa, exógena, e à gestão, sucesso e perenidade das MPMGEs industriais do Maranhão (variável Y), dependente, explicada, endógena. Avaliou-se que a GSI (X) na visão dos gestores das MPMGEs da amostra, favorece a sua gestão, sucesso e perenidade, sendo uma das condições necessárias para o impacto positivo no desenvolvimento industrial do Maranhão (Y), logo Y poderá ocorrer, se ocorrer X.
Nas organizações públicas em hospitais e universidades (POLARY; SILVA, 2015), a hipótese foi A Gestão Pública Profissional e Gestão com Pessoas é uma alternativa viável de Excelência Organizacional
; em universidades privada e pública (POLARY; FONSECA, 2015), a hipótese foi: O modelo de Gestão da Universidade, integrada com as políticas públicas e de estado, é um diferencial no desenvolvimento regional sustentável
; e nas MPEs industriais e prestadoras de serviços (POLARY et al., 2016), foi As tecnologias da Administração contemporânea impactam favoravelmente na perenidade das MPEs industriais e de prestação de serviços de São Luís do Maranhão.
As questões de pesquisa, problemas e hipóteses foram analisadas em duas vertentes: na primeira, a acadêmica, que buscou na literatura a fundamentação que sustenta a viabilidade do modelo da GSI fundamentada no empreendedorismo, como uma alternativa de gestão profissional para as organizações privadas e públicas, a Gestão Pública Empreendedora – GPE, que a reforma gerencial busca resgatar os princípios e instrumentos da gestão empresarial, e a Gestão Pública Sustentável – GPS, que aborda os desafios nas mudanças que vem ocorrendo no mundo e o conhecimento passou a ser o recurso mais importante para a perenidade das organizações (POLARY, 2016a), logo sugere serem alternativas viáveis para as organizações.
A segunda, que é a de Atuação Profissional nas MPMEs e na Administração Pública
, foram considerados exemplos e experiências de boas práticas que reflitam o contexto desse segmento relevante para as economias dos países, que são as MPMEs, incluindo a grande empresa – GE e a realidade da administração e gestão pública, em especial, no Brasil.
O modelo da Gestão por Sustentabilidade Integrada – GSI é uma ampliação do termo gestão, no sentido de comparar com a Administração da forma que Drucker (2002) a caracterizou, com destaque para a dimensão do desempenho administrativo, logo é diferente da Gestão Sustentável da Dimensão Geoambiental
(CASAROTTO FILHO; PIRES, 2001, p. 112-113), entendido como o somatório das condições do ambiente social, desde a conservação da natureza até a conservação das características e da cultura social inserida
. A GSI fundamenta-se na teoria do empreendedorismo em duas abordagens da literatura: a gerencial McClelland, desenvolvida nos anos de 1970) e posteriormente das teorias das organizações e de administração, e na perspectiva das estratégias das empresas e modos de gestão estratégica (LUMPKIM; DESS, 1966) e a econômica (SCHUMPETER, 1934), introduzidos nas Ciências Sociais pela teoria econômica.
A GSI como um modelo alternativo de Gestão Profissional para a Administração sugere conscientização pessoal e profissional dos gestores para atuarem com Orientação Empreendedora – OE e Visão Integrativa – VI. A GSI vai além da dimensão geoambiental, mas considerou em seu modelo o meio ambiente como uma variável independente. Polary (2012, p. 41) conceitua a GSI:
Gestão por Sustentabilidade Integrada – GSI – é um modelo alternativo de Gestão Profissional para a Administração, que requer do gestor conscientização pessoal profissional para administrar com Orientação Empreendedora – OE e Visão Integrativa – VI, diante de suas variáveis, componentes e dimensões, para favorecer a gestão, o sucesso e a perenidade da empresa.
O modelo da GSI integra três dimensões, cinco componentes e 12 variáveis, o qual está descrito no Quadro 7. Enquanto gestão profissional foi motivada além das questões já descritas, também em algumas reflexões descritas a seguir:
À medida que o campo da gestão estratégica se desenvolveu, a questão de pesquisa muda de Em que negócio devemos entrar? para Como o processo de empreendedorismo ocorre nas organizações? ou seja, quais os métodos, práticas e processos decisórios que os gerentes e Empresários utilizam para agir de
forma empreendedora". (LUMPKIN; DESS, 1996, p. 136).
Aproximadamente 88% dos Empresários das MPEs perdem tudo ou parte dos recursos investidos, e, na maioria dos casos são recursos próprios. (SEBRAE-SP, 2014, p. 22).
A longevidade das empresas interessa a toda a sociedade, porque é um patrimônio intangível. Desde Porras e Collins (1995) e Arie de Geus (1998), há uma necessidade de se entender por que, no contexto empresarial brasileiro, algumas empresas sobrevivem com sucesso ao longo de muitos anos, enquanto outras também de sucesso perdem sua capacidade de sobrevivência. (ARRUDA et al., 2007, p. 13).
Essas citações levam a uma reflexão sobre a relevância da gestão na forma de administrar, como descreve Duarte (2009), na visão sistêmica de organização, para interagir os subsistemas ao conjunto do todo, nos ambientes interno e externo das organizaçoes. Por outro lado, há desafios e histórias seculares, desde pequena empresa no Brasil que já ultrapassou 164 anos de existência, mas continua reinventando-se de forma permanente (BERNHOEFT; MARTINEZ, 2011), como de outras empresas no mundo, a exemplo do Grupo Sumitomo, fundada por Riemon Soga, em 1590, com mais de 400 anos, e a Stora, fabricante de papel, celulose e produtos químicos, que existe há mais de 700 anos como mina de cobre na região central da Suécia (DE GEUS, 1999).
Nesse quadro de considerações, despertou o interesse do pesquisador para analisar na literatura dados da realidade das MPMGEs brasileira e pesquisar nas MPMGEs industriais da amostra, o nível de interferência das variáveis da GSI em cada uma de suas fases e processos, dada a relevância que tem esse segmento para a economia do Brasil que, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2005) tornou-se uma força representativa, com mais de 4,6 milhões de empresas, respondendo por mais de 2/3 das ocupações do setor privado.
Para a compreesão da realidade das MPMGEs no Brasil e nas empresas industriais da amostra, esbarrou-se se em diversas vertentes, como questões administrativas, políticas, econômicas, legais, culturais, educacionais, dentre outras. Assim, delimitou-se no objeto de estudo, por meio da literatura e da pesquisa de campo, a três dimensões para o modelo da GSI: Administraivo Tecnológico, Político Institucional e Econômico Social (POLARY, 2012), posto que atendam o amplo contexto desse segmento, considerando as forças macroambientais e as variáveis do ambiente interno (WRIHHT; KROLL; PARNELL, 2000).
Tachizawa (2006) evidencia que a Administração e a Gestão Empresarial podem constituir-se em um dos fatores de influência para a maior longevidade da micro e pequena empresa – MPE, ligada aos fatores de tecnologia de gestão e longevidade e dar suporte, não somente aos administradores da academia, mas também aos seus gestores. Assim, a Gestão por Sustentabilidade Integrada – GSI emergiu da necessidade da Administração ter um modelo alternativo de gestão profissional e sustentável para as organizações no mundo contemporâneo.
Quanto às tecnologias da Administração contemporânea e o seu impacto na gestão e perenidade das organizações, ressalta-se a capacidade tecnológica em nível organizacional, conceituada como o conjunto de recursos que podem ser tangíveis, codificados ou intangíveis, tácitos, codificáveis e não codificáveis; incorporados em diversas dimensões da organização (técnicas de gestão e produção, rotinas organizacionais (implícitas e explícitas), estruturas organizacionais, valores e normas da organização)
(Penrose, 1959; Nelson & Winter, 1982; Bell & Pavitt, 1993; Teece & Pisano, 1994; Lall, 1992; Figueiredo, 2001, 2004), sendo relevante para os resultados organizacionais.
Bell e Pavitt (1993; 1995) formularam uma definição ampla, segundo a qual a capacidade tecnológica incorpora os recursos necessários para gerar e gerir mudanças tecnológicas. Tais recursos acumulam-se e incorporam-se aos indivíduos (como aptidões, conhecimentos e experiência) e aos sistemas organizacionais.
Na Administração e Gestão Profissional Pública, um dos sentidos atribuíveis à Administração é o de: Em contextos sociais e políticos, com atividades de Gestão e Direção
sendo sinonímia: Administração, Gestão e Gerência (MARTINS, 2001, p. 45). No contexto da Gestão Pública Sustentável -GPS, considerando a vertente acadêmica (POLARY, 2016a), ressalta-se que uma das razões de uma boa formação é melhorar o modo como às organizações são administradas, posto que haja um contexto organizacional de integração Organização e Homem Social
. Organizações bem administradas por gestores que aplicam a GPS desenvolvem consistência, crescimento e prosperidade, e quando mal administradas pela atuação da Gestão não Profissional, declinam e muitas vezes, morrem.
Paes-Paula (2005, p. 28) aponta duas correntes de pensamento que orientam a constituição do modelo da nova administração pública: o pensamento neoliberal e a teoria da escolha pública. As ideias do pensamento liberal e neoliberal que deram sustentação ao gerencialismo estão relacionadas à amplitude ideal do papel do Estado na sociedade e na economia
, o qual teria as seguintes funções: manter a segurança interna e externa, garantir o cumprimento dos contratos e prestar serviços essenciais de utilidade pública. A teoria da escolha pública defende que os princípios econômicos devem ser aplicados para explicar temas políticos como: a teoria do Estado, regras eleitorais, comportamento dos eleitores, partidos políticos e a burocracia.
Pode-se considerar que o pensamento neoliberal e a teoria da escolha pública buscavam um modelo de administração pública inovador. Assim, surgem as recomendações de aproximar o modelo de gestão das organizações públicas às práticas gerenciais utilizadas no setor privado, como a introdução de conceitos de avaliação de desempenho, eficiência e responsabilidade (HOOD, 1995). Já o movimento gerencial no Brasil, empenhado efetivamente em mudar o modelo de administração pública brasileira, o então presidente Fernando Henrique Cardoso criou o Ministério da Administração e Reforma do Estado (Mare), para tratar de assuntos especificamente referentes a essa reforma.
A Gestão por Sustentabilidade Integrada – GSI integra a linha de pesquisa Administração e Gestão: estudo de modelos de Gestão Profissional Sustentável e Empreendedorismo, das áreas do conhecimento Ciências Sociais Aplicadas, Gestão Profissional e Sustentabilidade, Administração Pública e Recursos Humanos, do grupo de pesquisa Administração, Gestão e Estado (AGE/CNPq), criado em 2015.
O desenvolvimento do livro está assim organizado: no capítulo I – a Gestão por Sustentabilidade Integrada – GSI, como alternativa de Gestão Profissional para as organizações, a contextualização da obra e o método, a motivação para a pesquisa; o problema, as questões de pesquisa e hipóteses, as análises na literatura e no campo de investigaçao e o desenvolvimento do livro.
No capítulo II, a revisão da literatura em três seções: na primeira, as micro, pequenas, médias e grandes empresas – MPMGEs, aspectos gerais e sua importância para a economia dos países e a sociedade; a segunda, o modelo conceitual da Gestão por Sustentabilidade Integrada – GSI, suas dimensões, componentes e variáveis, como Gestão Profissional para as organizações privadas e públicas, fundamentada no empreendedorismo, com uma análise do panorama mundial e brasileiro do empreendedorismo; e a terceira, cenários de impacto da GSI na perenidade das MPMGEs e no desenvolvimento industrial do Maranhão e as tecnologias da administração contemporânea nas MPEs.
No capítulo III, o modelo da GSI adaptado para as organizações públicas, a caracterização da administração e gestão pública e trajetória das reformas administrativas, modernização administrativa e reforma do Estado. O capítulo IV refere-se às pesquisas de campo nas MPMGEs industriais da amostra, o método, os resultados e análise de dados por cada porte e depois de dados consolidados de todos os portes; e nas MPEs industriais e de prestação de serviços de São Luís sobre as tecnologias da administração contemporânea, conclusões e recomendações. No capítulo V, as pesquisas nos hospitais públicos e nas universidades públicas; e nas universidades públicas e privadas, o método, os resultados e análise dos dados, conclusões e recomendações; e finaliza com as conclusões, referências e apêndices.
CAPÍTULO II
AS MICRO, PEQUENAS, MÉDIAS E GRANDES EMPRESAS – MPMGEs
As análises da pesquisa na literatura foram desenvolvidas considerando: aspectos gerais das MPMEs e a grande empresa – GE; o modelo da Gestão por Sustentabilidade Integrada – GSI, como Gestão Profissional; o panorama mundial e brasileiro do empreendedorismo; cenários de impacto da GSI na perenidade das MPMGEs e no desenvolvimento industrial; as tecnologias da administração contemporânea; o modelo da GSI adaptado para as organizações públicas; e uma analogia da administração e gestão pública na trajetória das reformas administrativas.
2.1 As micro, pequenas e médias empresas – MPMEs e sua importância para a economia dos países e a sociedade
As MPMEs exercem um papel relevante na economia dos países, em especial nos emergentes, como o Brasil, pois como geradoras de emprego e renda, elas têm forte impacto no setor produtivo e no desenvolvimento econômico. Foram analisados: definições e concepções, fases e processos; aspectos políticos, econômicos sociais, legais, de gestão, sucesso, perenidade, insucesso e mortalidade; dados comparativos das MPMEs em alguns países; e considerações sobre a grande empresa – GE.
2.1.1 Definições e concepções, fases e processos das MPMEs
2.1.1.1 Definições e concepções das MPMEs
Na definição das MPMEs, um ponto comum na literatura Brasil e Fleuriet (1979) referenciado por Lacerda (2006), é de que existem vários critérios: definições que se baseiam no número de empregados, no capital social, na receita bruta, na receita operacional líquida, no grau de sofisticação tecnológica etc., considerados de forma isolada ou em conjunto.
Conceituando empresa, é uma instituição social dinâmica, estruturada em torno de uma missão, de valores e um negócio, com a finalidade de gerar resultados humanos, sociais e econômicos para acionistas, empregados e comunidade
. Seu motor é a inovação tecnológica e a gestão (ARRUDA et al., 2007, p. 11).
Pinheiro (1996, p. 21-22), referenciado por Filion (1997), aponta que os EUA foram os primeiros a definir a pequena empresa em determinação oficial do Selective Service Act, de 1948, estabelecendo: sua posição no comércio ou indústria da qual faz parte não seja dominante; o número de empregados não seja superior a 500; seja possuída e operada independentemente. Acrescenta os critérios mistos da associação de aspectos qualitativos e quantitativos e combina com indicadores econômicos e sociais.
Constata-se que não existe um padrão universal que classifique as empresas como micro, pequena ou média, pois cada órgão, estado ou país tem sua própria definição, com base nos critérios que melhor lhe conduzem a seus objetivos. O MERCOSUL estabelece os limites visando a padronizar sua classificação nos países participantes do bloco. A seguir, quadro de classificação pelo SEBRAE.
QUADRO 1 – CRITÉRIOS DE CLASSIFICAÇÃO DE EMPRESAS NO BRASIL
FONTE: Puga (2000)
Em outras classsificações de PeME, Montaño (2001) define em duas determinações: a primeira, como organização, sua estrutura, e cita três aspectos: a dimensão numa organização produtiva; pela sua complexidade; e a formalização. Na segunda, como parte da estrutura econômico-produtiva: sua composição orgânica do capital
. Para Leone (1991, p. 51), depende dos fins que se tem em vista, que podem ser quantitativos, qualitativos ou mistos.
A Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, instituida pela Lei Complementar n.º 123, de 14 de dezembro de 2006 (BRASIL, 2006), estabelece normas gerais ralativas ao tratamento diferenciado e favorecido a ser dispensado às microempresas (ME) e às Empresas de Pequeno Porte (EPP), no âmbito dos poderes da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, nos termos dos artigos 146: 170 e 179 da Costituição Federal (SEBRAE, 2007).
Assim, a definição da ME e da EPP, quanto aos limites de receita bruta anual seguiu as mesmas diretrizes adotadas pela Lei do Simples Federal, Lei n.º 9.317/96 (Rais/TEM, 2000) que, vale ressaltar, sua revogação a partir de 1º de julho de 2007, que assim definiu: microempresa (ME): pessoa jurídica que auferia, em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 240 mil; Empresa de Pequeno Porte (EPP): pessoa jurídica que auferia, em cada ano-calendário, receita bruta superior a R$ 240 mil e igual ou inferior a R$ 2,4 milhões, sendo que esses valores sugerem atualizações, quando necessárias, pelos órgãos competentes.
Com alterações da Lei Geral, diz o Art. 3o, que para os efeitos dessa Lei Complementar, consideram-se microempresas ou empresas de pequeno porte a sociedade empresária, a sociedade simples, a empresa individual de responsabilidade limitada e o empresário a que se refere, devidamente registrados no Registro de Empresas Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, conforme o caso, desde que:
I – no caso da microempresa aufira, em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais);
II – no caso da empresa de pequeno porte, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta superior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) e igual ou inferior a R$ 3.600.000,00 (três milhões e seiscentos mil reais), Lei Complementar n.º 139, de 2011. A partir de 01/01/2018 o limite será de R$ 4,8 milhões, conforme Resolução CGSN n.º 135/2017, de 22 de agosto de 2017 (RFB, 2017. Art. 2º, p. 1).
A Lei Complementar n.º 128/2008 cria a figura do microempreendedor individual (MEI) e modifica parte da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa – Lei Complementar 123/2006 (BRASIL, 2006, p. 13). O Art. 18-A descreve que o MEI poderá optar pelo recolhimento dos impostos e contribuições abrangidos pelo Simples Nacional em valores fixos mensais, independentemente da receita bruta por ele auferida no mês, na forma prevista neste artigo
.
§ 1o Para os efeitos desta Lei, considera-se MEI o empresário individual a que se refere o art. 966 da Lei n.º 10.406, de 10 de janeiro de 2002 – Código Civil, que tenha auferido receita bruta, no ano-calendário anterior, de até R$ 36.000,00 (trinta e seis mil reais), optante pelo Simples Nacional e que não esteja impedido de optar pela sistemática prevista neste artigo. A Lei Complementar n.º 139/2011 altera o limite de faturamento do MEI