O Educador e a Assessoria EP/PI:: Uma Intervenção Psicanalítica com Crianças Pequenas com Sinais de Autismo
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O Educador e a Assessoria EP/PI: - Dorisnei Jornada da Rosa
COMITÊ CIENTÍFICO DA COLEÇÃO PSICOPEDAGOGIA
AGRADECIMENTOS
Minha gratidão destina-se, inicialmente, ao meu querido e falecido pai, que tanto lutou para ficar comigo e ver a concretização deste trabalho. Ele estará comigo em pensamento e no meu coração.
À professora Andrea Ferrari, pela aposta, paciência e sensibilidade em me acompanhar durante a pesquisa que deu origem a este livro.
Às professoras Maria Cristina Kupfer, Milena Silva, Cláudia Freitas e Marta D’Agord, pela importante contribuição no processo de escrita.
Um carinho especial à professora Marta D’Agord, cujas sábias palavras me afetaram e contribuíram para minhas considerações. Um agradecimento especial à Sofia Piccinini, pela sua contribuição na escrita do livro.
Às psicanalistas Lúcia Mees, Liz Nunes e Márcia Ribeiro, pelos momentos de escuta e aposta simbólica nesses anos de construção do meu percurso como sujeito, os quais foram muito importantes para os caminhos em que me deixei afetar. Um agradecimento especial às colegas da Appoa, do cartel do Feminino, pelo acolhimento de minhas angústias referentes aos muitos temas do trabalho com bebês e crianças com sinais de autismo.
Aos membros de minha família: Micael Bastos, Erody Jornada, Derme Porto, Neiva Collin e Jaciane, pois permitiram, com paciência e amor, que este fazer emergisse.
Às escolas infantis, que tanto me encantaram e me ensinaram que a subjetividade pode ser composta de muitos laços, sejam eles amorosos ou de transferência de trabalho. Dedico este livro às escolas municipais infantis Valneri Antunes, Integração dos Anjos, Somai, Humaitá, Marx Geiss, Padre Ângelo, Topogígio, Mamãe Coruja, Mapa I e II, Maria Marquês, Balão Mágico, Cantinho Amigo, Vovó Ida, Bento Gonçalves, Três Passos, Planeta Mágico e outras que, com seus componentes, tanto me inspiraram no campo educacional e terapêutico das crianças de inclusão.
Aos meus amigos e educadores especiais, Francisco Dutra, Vera Stona, Rejane Milanesi, CarmemArena, equipe EP/PI da Escola Municipal Especial Lygia Morrone Averbuck e colegas das escolas especiais. Meus agradecimentos a esses colegas especiais e o meu muito obrigado por me incentivarem nesta caminhada, apostarem e contemplarem o meu crescimento no compartilhamento das experiências terapêuticas e inclusivas na Secretaria Municipal de Educação de Porto Alegre.
PREFÁCIO
A prevenção do autismo em ato
O livro O educador e a Assessoria EP/PI: uma intervenção psicanalítica com crianças pequenas com sinais de autismo, de Dorisnei Jornada da Rosa, conduz a pensar sobre a potência do laço do educador com o bebê e crianças pequenas e com a Assessoria de Estimulação Precoce e Psicopedagogia Inicial (EP/PI) enquanto função preventiva com aqueles que se encontram em sofrimento psíquico. Preventiva não no sentido de cura, mas de pré-ver, ou seja, possibilitar que um sujeito de desejo ali surja.
A autora parte de sua larga experiência como assessora (EP/PI) da Prefeitura Municipal de Porto Alegre para ir tecendo os fios da história da criação da Educação Especial na cidade. Essa história remonta ao final da década de 1990, momento em que um grupo de pessoas concernidas com o sofrimento de crianças pequenas na educação infantil coloca-se a trabalhar para que a escola sustente o desenvolvimento daquelas que apresentavam sinais de sofrimento psíquico.
Assim, esta narrativa recupera o registro histórico e testemunha o surgimento de um trabalho implicado com bebês e crianças pequenas com risco de autismo no município de Porto Alegre. A escrita de Dorisnei deixa transparecer a fundação de um estilo de assessorar que se propõe a sustentar o surgimento de um sujeito naqueles bebês que se encontram psiquicamente fragilizados. Esse estilo de assessorar imprimiu uma ética, concernida em permitir ao bebê o acesso à condição de sujeito por meio da implicação amorosa da educadora em assessoria, permitindo a potencialização dos laços afetivos, tão fundamentais e fundantes para a vida de um bebê.
Então, a partir do que a autora denomina Educação Estruturante, vai sendo tecida uma reflexão sobre os laços e as possibilidades constitutivas dos atos educativos na escola infantil com crianças que apresentavam sinais de risco de autismo. A Educação Estruturante concebe que o trabalho da Assessoria EP/PI precisa sustentar, com os educadores, a tessitura do desenvolvimento do bebê e da criança pequena, sua singularidade e os aspectos importantes do planejamento educativo. A escrita de Dorisnei entretece a experiência com a teoria e com a reflexão sem perder o fio da meada na transmissão das ideias que vão sendo elucidadas. O fio condutor da escrita parece ser a postura ética da autora em relação ao trabalho de mais de duas décadas junto às educadoras e às pequenas crianças com sinais de sofrimento psíquico.
As ideias da autora vão sendo apresentadas junto da sua história de trabalho. Aí reside a riqueza de sua escrita! No a posteriori dos acontecimentos, ela ressitua e ressignifica passagens históricas do trabalho da assessoria no município de Porto Alegre e oferece bordas teóricas para essa experiência. Inicia apresentando o ir e vir dos tempos iniciais de sua prática como assessora e o tempo em que ela se propõe a trabalhar seu percurso no mestrado em Psicanálise: Clínica e Cultura (UFRGS). Nesse transitar de tempos, apresenta a construção do trabalho interdisciplinar em Educação Precoce e Psicopedagogia Inicial, sustentado pela Educação Estruturante. É pela Educação Estruturante que se podem tecer os diferentes personagens do cotidiano da educação infantil, permitindo uma formação implicada para as educadoras poderem investir naquelas crianças que apresentam sinais de risco de autismo.
Ao longo da escrita, Dorisnei vai introduzindo e detalhando os conceitos a partir dos quais operou sua pesquisa. Percorre os conceitos de autismo, alienação e separação, a importância da transmissão de marcas na educação infantil, a noção de semblante e as posições discursivas na educação infantil. O trabalho de assessoria permite que os giros discursivos ocorram e movimentem o desejo dos educadores ao intervirem e participarem do processo de subjetivação das crianças pequenas com sinais de autismo. Dorisnei é muito generosa em nos transportar ao seu cotidiano de assessoria, mostrando o seu trabalho com as educadoras da escola de educação infantil e compartilhando com o leitor suas preocupações, dúvidas e apostas!
Andreia Ferrari
psicóloga e psicanalista, Professora do Departamento de Psicanálise e
Psicopatologia e do Programa de Pós-Graduação em Psicanálise:
Clínica e Cultura da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
aPRESENTAÇÃO
O que é um bebê e uma criança pequena com sinais de autismo?
Eles não são nada sem seus pais...
Acrescento: Eles também não são nada sem seus educadores...
Na nossa realidade atual, deparamo-nos com a pergunta: os profissionais da educação infantil fazem parte da subjetivação das crianças pequenas? Será que eles fazem uma suplência dos pais ou desdobramento de suas funções ao passarem horas cuidando e educando as crianças pequenas? Será que eles produzem marcas psíquicas nessas crianças, ao serem participantes do campo discursivo e público?
Este livro é fruto de minhas indagações e considerações sobre as práticas e os discursos promovidos pelas educadoras com dois bebês que, na minha época de assessoramento ao berçário de uma escola infantil, apresentavam sinais de autismo precoce. Os casos são uma releitura de um trabalho de Assessoramento de Inclusão em interdisciplinaridade com os atendimentos de Educação Precoce (Estimulação Precoce). O assessoramento me assinalou a importância do tratar e do educar como funções complementares na intervenção com bebês e crianças pequenas com sinais de autismo.
Isso vem ao encontro do questionamento sobre o que é o autismo e como ele tem sido considerado pelos profissionais de saúde e pelos manuais diagnósticos. Atualmente, o autismo mostra-se como um transtorno do desenvolvimento com grande incidência epidemiológica, e seus efeitos permeiam as famílias contemporâneas e vários campos de atuação na área da infância. Muitas controvérsias têm acontecido em torno da Lei nº 13.257, que diz que os profissionais da saúde (pediatria) teriam de avaliar em consultas os riscos psíquicos dos bebês de 0 a 18 meses, de modo a estar referendado pela caderneta de saúde da criança. Isso é algo bastante polêmico, pois os pediatras (e os educadores) precisam de formação específica para detecção de sinais que mostrem que algo está em risco psíquico ou que não vai bem com o bebê. Sobre essa lei, também é mencionado que os profissionais que atuam com crianças na primeira infância receberiam formação específica e permanente para a detecção de riscos psíquicos e o desenvolvimento psíquico, bem como para o acompanhamento psíquico, que se fizer necessário
(JERUSALINSKY, 2018, p. 3). Nesse sentido, este livro pretende mostrar que a detecção, a formação e a intervenção com a educação infantil ocorrem em Porto Alegre há muitos anos, bem antes da metodologia IRDI e da discussão da referida lei. Fui contribuinte e testemunha desses trabalhos de assessoria às escolas infantis, notando que os educadores são bons detectores de sinais de autismo ou de que algo não vai bem
com suas crianças.
Desde 1990, os educadores têm formação e investimento específicos para intervir e encaminhar os casos à Educação Precoce, Psicopedagogia Inicial e serviços afins. Atualmente, com a criação do instrumento IRDI,¹ a formação metodológica foi expandida e colocada em relevância em várias escolas de diferentes estados do Brasil. Existe, assim, o alerta para a importância e a riqueza do espaço da educação infantil, no sentido de proporcionar formas de detecção e de antecipação para a construção de um sujeito. Desse modo, o serviço da Assessoria EP²/PI,³ em Porto Alegre, veio colaborar com esse trabalho, assinalando que os educadores da escola infantil podem ser considerados como participantes da construção subjetiva de uma criança, além de seus pais.
Este livro traz também um termo novo, que chamo de posições discursivas de semblante de uma educadora. Proponho essa designação ao pensar que os educadores, a partir do discurso psicanalítico e do instrumental da Assessoria EP/PI, podem produzir giros discursivos e uma movimentação desejante ao intervirem e participarem do processo de subjetivação das crianças pequenas com sinais de autismo. Dessa forma, aposta-se que, na cena lúdica entre educadores e crianças – as quais, parece-me, têm de ser suas prediletas –, os educadores podem se autorizar a exercer posições discursivas que são desdobramentos das funções materna, paterna, educativa e terapêutica.
Para tal leitura, a noção de semblante ganhou importância, no sentido de ser, nos quatro discursos de Lacan (1969-1970/1992), o agente e o sustentador do discurso analítico. Nessa direção, podemos pensar que o educador também pode ter suas posições discursivas de semblante, ao realizar um quarto de giro e produzir atos estruturantes nessas funções que lembram uma suplência parental, no caso de crianças que têm fraturas ou riscos psíquicos. Por ser usual, atualmente, o educador passar muitas horas com as crianças e ocupar papéis que ampliam o seu campo pedagógico, as posições discursivas de semblante tomariam, assim, um caminho de ato estruturante.
A partir dessas urgências, o educador foi lançado ao campo estruturante da invenção e do brincar (JERUSALINSKY, 1999). A assessoria ajudou nessas construções, entendendo que o brincar pode se mostrar como possibilitador na promoção e na articulação necessária para a construção das crianças como sujeitos. Também há um destaque especial ao desejo do educador e a sua boa transferência com a Assessoria EP/PI. Ao final do livro, apresento a relevância dos caminhos do semblante e do Entre (BHABHA, 1998), enquanto possibilidade da construção de um lugar transdisciplinar entre o campo da estrutura psíquica indecidida (BERNARDINO, 2004) e o campo do discurso (LACAN, 1969-1970/1992) para não fixação do autismo.
Sumário
INTRODUÇÃO
1
A HISTÓRIA DA JORNADA DA EP E PI EM PORTO ALEGRE
1.1 O CAMINHO DA ESCRITA DA PESQUISA ATÉ A FORMA DE LIVRO: Um Fort-Da entre os tempos de 1991 e 2018 E O Entre os campos na Educação Estruturante
1.2 O INÍCIO DA JORNADA: TECENDO UM TRABALHO INCLUSIVO NO TRÂNSITO ENTRE A EDUCAÇÃO ESPECIAL E A EDUCAÇÃO INFANTIL
1.3 A INTERDISCIPLINARIDADE DA EDUCAÇÃO PRECOCE E DA PSICOPEDAGOGIA INICIAL COM A ESCOLA INFANTIL E A REDE DE SERVIÇOS DE PORTO ALEGRE: TECENDO PARCERIAS NO SERVIÇO PÚBLICO COM HOSPITAL, CENTROS DE SAÚDE E ABRIGOS
1.4 A EDUCAÇÃO ESTRUTURANTE PARA AS ESCOLAS INFANTIS: SERÁ ISSO UMA UTOPIA? A HISTÓRIA DE SUA CRIAÇÃO E FILIAÇÃO
1.5 A EDUCAÇÃO ESTRUTURANTE E O BERÇÁRIO DE THOMAS MORUS
1.6 A FORMAÇÃO DE EDUCADORES PELA EDUCAÇÃO ESTRUTURANTE
2
A EDUCAÇÃO INFANTIL E AS CRIANÇAS COM SINAIS DE AUTISMO
2.1 O AUTISMO E A PSICANÁLISE
2.2 O AUTISMO PRECOCE NOS BEBÊS
2.3 A ALIENAÇÃO, A SEPARAÇÃO, O OUTRO PRIMORDIAL E OS CUIDADORES DA ESCOLA INFANTIL: A ALIENAÇÃO E O AUTISMO
2.4 A ALIENAÇÃO PONTUAL E OS EDUCADORES NA ESCOLA INFANTIL
2.4.1 A alienação pontual: uma forma de transmissão de marcas dos educadores
2.5 A TRANSMISSÃO DE MARCAS E A FUNÇÃO MATERNA NA ESCOLA INFANTIL
2.6 A NOÇÃO DE SEMBLANTE
2.7 OS QUATRO DISCURSOS DE LACAN: O SEMBLANTE COMO O AGENTE NOS DISCURSOS DO MESTRE, DO UNIVERSITÁRIO, DA HISTÉRICA E DO ANALISTA
2.7.1 O discurso do mestre
2.7.2 O discurso universitário
2.7.3 O discurso da histérica
2.7.4 O discurso do analista
2.8 O DISCURSO DO MESTRE E AS POSIÇÕES DISCURSIVAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL
2.9 ALGUMAS REFLEXÕES SOBRE O BRINCAR E O SEMBLANTE
2.10 A TRANSFERÊNCIA NA CLÍNICA COM CRIANÇAS COM SINAIS DE AUTISMO
3
O CAMPO DA ASSESSORIA
3.1 O TEMPO DA ASSESSORIA DA EDUCAÇÃO ESTRUTURANTE NA ESCOLA JOÃO ALHURES: OS MOMENTOS DE TRATAR E EDUCAR EM CENA
3.1.1 Reunião com a equipe diretiva, formada pela direção, vice-direção e coordenação pedagógica, para triar as demandas
3.1.2 Avaliação e observação dos bebês em diferentes espaços da escola
3.1.3 Escuta e orientação da Assessoria EP/PI aos educadores dos berçários. Pensar o coletivo
do planejamento atravessado pelas questões individuais de cada aluno
3.1.3.1 As educadoras de Manoela
3.1.3.2 As educadoras de Leopoldo
3.1.4 A escuta da Assessoria EP/PI aos pais dos bebês com sinais de autismo: a educadora na escuta da narrativa familiar
3.1.5 A formação aos professores/monitores e funcionários da escola realizada em 2014
4
O CAMPO DA PESQUISA
4.1 OS CASOS DOS BEBÊS COM SINAIS DE AUTISMO, ATÉ O TEMPO DE CRIANÇAS QUE CRESCERAM: A EDUCAÇÃO ESTRUTURANTE EM CENA
NA ESCOLA INFANTIL
4.1.1 Primeiro caso: Manoela
4.1.2 Segundo caso: Leopoldo
4.2 A PESQUISA
4.2.1 A Avaliação Psicanalítica aos 3 anos (AP3) adaptada para uso em ambiente de educação infantil e sua conceitualização
4.2.2 A Avaliação Psicanalítica de Manoela e Leopoldo, aos 3 anos de idade
4.2.2.1 A AP3 de Manoela
4.2.2.2 A AP3 de Leopoldo
5
CONSIDERAÇÕES FINAIS
5.1 AS PRODUÇÕES DISCURSIVAS DE SEMBLANTE DO EDUCADOR E OS SINAIS DE AUTISMO NAS CRIANÇAS DA PESQUISA: HÁ PREVENÇÃO DO AUTISMO?
5.1.1 O que as posições discursivas dos educadores promoveram nas crianças da pesquisa? Será que podemos considerar um serviço de prevenção?
5.2. CONSIDERAÇÕES DOS CAMPOS DE TRABALHO: UMA RETOMADA AO INÍCIO
5.2.1 O campo discursivo e o discurso do analista
5.2.2 O campo da Educação Precoce na escola especial: o atendimento individual terapêutico
5.3 OS GIROS E OS QUATRO DISCURSOS NA ESCOLA INFANTIL JOÃO ALHURES: UM EXEMPLO DO ENTRELAÇAMENTO TRANSDICIPLINAR NAS INTERVENÇÕES COM BEBÊS E CRIANÇAS COM SINAIS DE AUTISMO
5.4 A TRANSITORIEDADE DO ASSESSOR EP/PI E DO EDUCADOR NA VIDA DAS CRIANÇAS: SÃO MARCAS DE TRANSMISSÃO PONTUAIS
5.5 O CAMPO ATUAL DA EDUCAÇÃO INFANTIL
5.6 O ENTRE
NA EDUCAÇÃO INFANTIL: UMA OUTRA LEITURA PSICANALÍTICA
5.7 PALAVRAS FINAIS: DOS TEMPOS DA PEDAGOGIA ESPECIAL À PSICANÁLISE; DO EDUCADOR AO ASSESSOR; DO ASSESSOR AO PESQUISADOR; E A AGULHA INVISÍVEL DA RENDEIRA
REFERÊNCIAS
INTRODUÇÃO
Os debates acerca da prevenção, detecção e intervenção com bebês e crianças com sinais de autismo convocaram-me à transposição de uma pesquisa de mestrado⁴ para a forma de livro. A pesquisa surgiu da observação de educadores em suas intervenções com bebês e crianças que apresentavam transtornos em seus desenvolvimentos, feita em um trabalho de Assessoria de Inclusão da Educação Precoce e Psicopedagogia Inicial, promovido pela Secretaria Municipal de Educação (SMED)⁵ para as instituições de educação infantil