Revolução 4.0 a educação superior na era dos robôs
()
Sobre este e-book
Relacionado a Revolução 4.0 a educação superior na era dos robôs
Ebooks relacionados
Inovação em uma Sociedade Disruptiva Nota: 0 de 5 estrelas0 notasEmpreendedorismo, Formação E Inovação Tecnológica Em Instituições De Ensino Superior Nota: 0 de 5 estrelas0 notasEmpreendedorismo: Uma discussão de práticas brasileiras Nota: 0 de 5 estrelas0 notasInteligência competitiva: um estudo aplicado à gestão estratégica de instituições de ensino superior privadas Nota: 0 de 5 estrelas0 notasNovos produtos e serviços na Educação 5.0 Nota: 0 de 5 estrelas0 notasExpertise em aprender: Conheça o segredo dos melhores profissionais Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO novo normal: como desenvolver habilidades comportamentais para vencer na era digital Nota: 0 de 5 estrelas0 notasCiências empresarias e sua aplicabilidade Nota: 0 de 5 estrelas0 notasGestão Estratégica de Pessoas: Com Foco no Comprometimento Organizacional Nota: 0 de 5 estrelas0 notasAdeus, Facebook: O Mundo Pós-Digital Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA Quarta Revolução Industrial: (Des)Emprego? Nota: 0 de 5 estrelas0 notasRuptura no modelo tradicional das empresas Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA tecnologia que muda o mundo Nota: 4 de 5 estrelas4/5Inovação: uma demanda crescente Nota: 0 de 5 estrelas0 notasMemórias de líderes da alta gestão: um legado para a humanidade - volume 1 Nota: 0 de 5 estrelas0 notasSociedade da informação: para onde vamos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasEducação em um mundo 4.0 Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA inteligência artificial: Para onde caminha a humanidade? Os desafios da era digital Nota: 0 de 5 estrelas0 notasSociedade.com: Como as tecnologias digitais afetam quem somos e como vivemos Nota: 5 de 5 estrelas5/5Introdução À Indústria 4.0 Nota: 0 de 5 estrelas0 notas
Filosofia e Teoria da Educação para você
Felicidade ou morte Nota: 5 de 5 estrelas5/5Desenvolvimento e aprendizagem em Piaget e Vigotski: A relevância do social Nota: 5 de 5 estrelas5/5Piaget, Vigotski, Wallon: Teorias psicogenéticas em discussão Nota: 4 de 5 estrelas4/5365 Dias de Inteligência: Para viver o melhor ano da sua história Nota: 5 de 5 estrelas5/5COMO TIRAR PROVEITO DOS INIMIGOS - Plutarco Nota: 0 de 5 estrelas0 notasMudança de mindset uma nova forma de pensar a educação Nota: 0 de 5 estrelas0 notasViver, a que se destina? Nota: 4 de 5 estrelas4/550 ideias de Psicologia que você precisa conhecer Nota: 0 de 5 estrelas0 notasMetapsicologia Neofreudiana: A Psicanálise no Século XXI Nota: 4 de 5 estrelas4/5O Inferno somos nós: Do ódio à cultura de paz Nota: 5 de 5 estrelas5/5Projetos de vida: Fundamentos psicológicos, éticos e práticas educacionais Nota: 5 de 5 estrelas5/5Aforismos Para a Sabedoria de Vida Nota: 3 de 5 estrelas3/5Os setes saberes necessários à educação do futuro Nota: 0 de 5 estrelas0 notasEncontrando a Missão da Alma: A Psicoterapia Reencarnacionista e a Espiritualidade Abrindo Caminhos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasCrepúsculo dos Ídolos Nota: 5 de 5 estrelas5/5A Autoestima se constrói passo a passo Nota: 2 de 5 estrelas2/5Pedagogia histórico-crítica: Primeiras aproximações Nota: 4 de 5 estrelas4/5Análise de conteúdo Nota: 5 de 5 estrelas5/5Escola e democracia Nota: 5 de 5 estrelas5/5Sabedoria Da Torá Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA desconstrução do pensamento Nota: 5 de 5 estrelas5/5Sala de aula: Que espaço é esse? Nota: 0 de 5 estrelas0 notas4 Regras Simples para Acabar com o Bullying Nota: 0 de 5 estrelas0 notasHenri Wallon e a prática psicopedagógica Nota: 0 de 5 estrelas0 notasEducação em busca de sentido: Pedagogia inspirada em Viktor Frankl Nota: 0 de 5 estrelas0 notasLinguagem e o outro no espaço escolar (A): Vygotsky e a construção do conhecimento Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPráticas Socioeducativas em Espaços Escolares e Não Escolares Nota: 0 de 5 estrelas0 notasEnsinando comunidade: uma pedagogia da esperança Nota: 0 de 5 estrelas0 notas
Avaliações de Revolução 4.0 a educação superior na era dos robôs
0 avaliação0 avaliação
Pré-visualização do livro
Revolução 4.0 a educação superior na era dos robôs - Editora de Cultura
TÍTULOS DA SÉRIE SEMESP/EDITORA DE CULTURA
Klaus Kleber & Leonardo Trevisan (Orgs.)
PRODUZINDO CAPITAL HUMANO
O papel do ensino superior privado como agente econômico e social
José Roberto Covac
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS EDUCACIONAIS
Contrato – Legislação – Jurisprudência
Fábio Reis (Org.)
FORMAÇÃO E EMPREGABILIDADE
Os desafios da próxima década na educação superior
LIDERANÇA E EDUCAÇÃO
Formação de líderes na dinâmica do ensino superior
EMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO NO ENSINO SUPERIOR
COMPETITIVIDADE E MUDANÇAS NO DNA INSTITUCIONAL
Construindo a educação superior do futuro
ORGANIZAÇÕES SUSTENTÁVEIS NA EDUCAÇÃO SUPERIOR
(Re)pensando a gestão acadêmica para aumentar a competitividade
ECONOMIA DA EDUCAÇÃO
Geração de valor para a sociedade
DESTRUIÇÃO CRIATIVA NA EDUCAÇÃO SUPERIOR
Construindo modelos inovadores e sustentáveis para além da crise econômica
INOVAR PARA TRANSFORMAR
Como a inovação pode mudar o ensino superior
Fábio Reis
(organizador)
Guilherme Pereira
Hermes Figueiredo
Joanna Bryson
José Pastore
Liz McMillen
Maria Beatriz Balena Duarte
Mauricio Garcia
Pedro Doria
Rodolfo Bertolini
Rodrigo Capelato
Sidnei Oliveira
Stefanie Lindquist
Tabata Amaral
Thomas Philbeck
2019 © Semesp
2019 © EDITORA DE CULTURA
Dados de Catalogação na Fonte (CIP)
Aline Laura Nascimento Tavella CRB 8ª Região 8833
R375r Reis, Fábio (organizador)
Revolução 4.0: a educação superior na era dos robôs [livro eletrônico] / Fábio Reis (organizador). – São Paulo: Editora de Cultura, 2020.
5730 kb; ePub.
ISBN: 978-85-293-0212-6
1. Ensino Superior no Brasil. 2. Educação. 3. Recursos Humanos. I. Título
CDD 378.81
Todos os direitos desta edição reservados
EDITORA DE CULTURA
Rua Pirajás, 1.117
03190-170 – São Paulo – SP
Fone: (11) 2894-5100
atendimento@editoradecultura.com.br
www.editoradecultura.com.br
Partes deste livro poderão ser reproduzidas, desde que
obtida prévia autorização escrita da Editora e nos limites
da Lei no 9.610/98, de proteção aos direitos de autor.
Primeira edição: Setembro de 2019
Impressão: 5ª 4ª 3ª 2ª 1ª
Ano: 23 22 21 20 19
SUMÁRIO
Capa
Folha de Rosto
Apresentação: Quarta Revolução Industrial: Desafios para o ensino superior
Hermes Figueiredo
1: Como será o futuro do trabalho?
José Pastore
2: A educação em nova era
Thomas Philbeck
3: O ecossistema de aprendizagem e a nova IES
Rodolfo Bertolini
4: O ensino superior no século 21
Stefanie Lindquist
5: O futuro do trabalho e o ensino superior
Liz McMillen
6: O desafio das profissões do futuro
Rodrigo Capelato
7: Ferramentas que transformam a educação superior
Guilherme Pereira
8: A inteligência artificial e o futuro da sociedade e do ensino superior
Joanna Bryson
9: Inteligência artificial aliada à inovação do ensino superior
Maurício Garcia
10: As mudanças da Revolução Digital
Pedro Doria
11: A comunicação digital e a geração millenials
Sidnei Oliveira
12: Inovação acadêmica: o contraponto do ponto
Maria Beatriz Balena Duarte
13: O futuro da educação tem que começar agora
Tabata Amaral
14: Desafios para as IES no contexto da Revolução 4.0
Fábio Reis
Sobre o Organizador
Sobre os Autores
APRESENTAÇÃO
Quarta Revolução Industrial:
Desafios para o ensino superior
Hermes Figueiredo
Presidente do Semesp
No relatório The Future of Degree: How colleges can survive the new credential economy(1), publicado em agosto de 2017 pelo portal de notícias The Chronicle of Higher Education, a questão colocada era que a economia global, os empregadores e a própria sociedade exigem conhecimentos, competências e atitudes que não estão presentes na dinâmica das instituições de ensino superior. O documento estima que, em consequência da Quarta Revolução Industrial(2), o modelo convencional de formação acadêmica dos estudantes ficará cada vez mais distante das expectativas dos empregadores.
Decorridos dois anos da publicação do estudo, ninguém contesta essa visão. Klaus Schwab, autor do livro A Quarta Revolução Industrial(3) e fundador do Fórum Econômico Mundial, diz que o emprego crescerá em ocupações e cargos criativos e cognitivos e diminuirá em trabalhos repetitivos e rotineiros. E, como não é comum o ensino superior valorizar a criatividade e a capacidade de resolver problemas, esse cenário poderá tornar nossas instituições acadêmicas obsoletas nos próximos anos.
Não podemos esquecer que um estudo do Fórum Econômico Mundial(4) projeta que, até 2022, deverão ser eliminados cerca de 75 milhões de empregos em todo o mundo por força das mudanças tecnológicas que estão acontecendo. Embora o levantamento mostre que tais mudanças resultarão, ao mesmo tempo, na criação de 133 milhões de novos empregos, esse quadro vai exigir a melhoria da qualidade e da produtividade do trabalho, o que representa um desafio para a educação como um todo e particularmente para o ensino superior.
Sem dúvida, o mundo do trabalho enfrenta uma verdadeira conflagração diante das transformações da nova era tecnológica. De um lado, a Indústria 4.0 nos proporciona acesso a produtos inteligentes, fomenta a inovação colaborativa, exige a reorganização de modelos operacionais das instituições burocráticas e pouco criativas e demonstra que haverá uma fusão dos mundos digital, físico e biológico de forma a criar grandes promessas e possíveis perigos. De outro, como indica o relatório do The Chronicle, o diploma do ensino superior como o conhecemos hoje poderá perder sua relevância nos processos de seleção e contratação, pois os empregadores querem admitir pessoas capazes de resolver problemas e de trabalhar com desafios e com a diversidade.
Klaus Schwab argumenta, inclusive, que em futuro próximo as pessoas irão prestar serviços e realizar projetos para diferentes empresas e empregadores. Crescer na carreira exigirá maior flexibilidade dos indivíduos e uma reorganização da estrutura acadêmica das instituições de ensino. Os jovens tenderão a priorizar o investimento em uma série de cursos de curta duração que constituam um portfólio de habilidades e competências requeridas por um mundo que será impactado pelas mudanças da Quarta Revolução Industrial.
Inteligência artificial e robótica, uso contínuo de algoritmos, plataformas integradas de conhecimento e oferta de produtos e serviços por meios digitais são alicerces das mudanças em andamento, tornando imperativo equacionar os desafios da educação superior para manter a competitividade e a sustentabilidade das instituições acadêmicas, com a adoção de modelos inovadores e mais eficazes para a formação e a capacitação dos futuros profissionais.
Pensando no Brasil, é certo que quase todos os setores produtivos do país revelam baixo índice de investimento em inovação, o que os afasta da chamada fronteira tecnológica
da Quarta Revolução Industrial. É evidente que nos falta uma cultura de estímulo à inovação e ao desenvolvimento das habilidades analíticas, indispensável para que as informações geradas pelas máquinas possam acelerar o processo de tomada de decisão e beneficiar o país como um todo. Precisamos incorporar esses valores com urgência, pois, do contrário, não teremos a menor chance de nos aproximar dos países que já saíram na frente nesse processo de transformação tecnológica.
O Semesp tem consciência de tudo isso e sabe que é fundamental preparar as instituições acadêmicas brasileiras para essa nova ordem do trabalho e para as novas habilidades e qualificações profissionais que serão requeridas. Temos feito isso com a ajuda de um notável grupo de especialistas nacionais e internacionais, convidados a apresentar soluções, caminhos e possibilidades que nos permitam consolidar os avanços já conquistados e incentivar mantenedores e gestores do nosso segmento a incorporar em seus projetos acadêmicos a preparação dos alunos para as novas capacidades exigidas pelas transformações em andamento.
Este livro é resultado dessa preocupação permanente. A escolha do tema, que foi amplamente debatido por ocasião do 20º Fnesp e resultou na edição desta obra, mostra nosso comprometimento em apontar tendências e provocar a reflexão sobre questões que sejam capazes de inserir as nossas instituições acadêmicas no século 21.
Seus capítulos refletem o pensamento de renomados especialistas, a exemplo do professor José Pastore, PhD em Sociologia pela Universidade de Wisconsin, pesquisador da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) e um dos maiores especialistas brasileiros nas áreas de relações de trabalho e educação, ou do Dr. Thomas Philbeck, diretor de Estudos de Ciência e Tecnologia do Fórum Econômico Mundial, organização que conduziu o importante estudo citado nesta apresentação, e de vários outros profundos conhecedores da nova realidade global presentes nestas páginas
O Brasil não pode deixar de enfrentar esse desafio. Infelizmente, nosso país perpetua gerações sem acesso ao ensino superior, por conta de financiamento estudantil ineficiente, dificuldade de ingresso no ensino público e desmotivação dos jovens. E falta-nos, ainda, planejamento estratégico de longo prazo e capacidade para entender que questões como industrialização, criação de parques tecnológicos, geração de emprego e renda e implantação de programas educacionais para a população devem ser abordadas como políticas de Estado, não de governo, e que temas como a Quarta Revolução Industrial precisam ser tratados como uma oportunidade para reduzir desigualdades. É necessário também um grande esforço para que as instituições acadêmicas brasileiras possam assegurar a preparação profissional que corresponda às necessidades e características dessa nova realidade.
Este livro pretende contribuir para a discussão dessas questões. Estou convencido de que os líderes do ensino superior privado brasileiro conseguem perceber o impacto da Quarta Revolução Industrial na organização e na dinâmica das suas instituições, bem como os princípios das mudanças que estão por vir. Por esse motivo, com sua publicação, uma vez mais o Semesp antecipa tendências, mostra caminhos e aponta possibilidades na intenção de ajudar as instituições de ensino superior privado a ampliar sua competitividade acadêmica e melhorar sua sustentabilidade. Até porque, para tanto, serão forçosas as mudanças institucionais com visão de futuro e a implantação de novos sistemas de ensino com uso de tecnologia. Os desafios são a inserção do país no século 21 e a garantia de empregabilidade das novas gerações de brasileiros em um mundo em transformação.
Notas
1- O documento em questão encontra-se à venda na loja The Chronicle em
2- Simplificando, entende-se por Quarta Revolução Industrial a convergência de tecnologias digitais, físicas e biológicas, isto é, tecnologias como robótica, inteligência artificial, big data (análise de grandes volumes de dados), nanotecnologia, impressão 3D etc., que serão conectados umas às outras por meio da internet. Mais detalhes no capítulo de Thomas Philbeck adiante neste livro.
3- O livro A Quarta Revolução Industrial foi traduzido e publicado no Brasil em 2016. Nele, o autor, Klaus Schwab, defende que, apesar de perigos e ameaças decorrentes do uso indiscriminado das novas tecnologias, elas têm potencial para benefício de todos.
4- O relatório mencionado é The Future of Jobs Report 2018, publicado em 17 de setembro de 2018 pelo Fórum Econômico Mundial, cujo texto (PDF em inglês) pode ser baixado no endereço <https://es.weforum.org/reports/the-future-of-jobs-report-2018>.
1
Como será o futuro do trabalho?
José Pastore
Doutor em Sociologia, Pesquisador
Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe)
O cérebro humano pesa um quilo e meio, em média, e tem 86 bilhões de neurônios, que fazem 100 trilhões de conexões ativas, funcionando o tempo todo. Apesar dessa imensa capacidade, no novo mundo em que estamos vivendo, o cérebro dos melhores enxadristas não consegue competir com o de um robô. Atualmente, os campeões mundiais de xadrez perdem as partidas que disputam com computadores.
Ninguém poderia imaginar algo assim quinze ou vinte anos atrás. Mas esse novo mundo é uma realidade. Não é mais ciência imaginada ou ficção científica. Estamos na era da inovação dos algoritmos, os quais operam no mundo real por meio de sequências de regras automáticas, que podem produzir resultados extremamente complexos.
É também a era da biologia sintética, em que os alimentos podem ser produzidos sem recurso a plantas ou a animais. A era da realidade aumentada, com a qual podemos ver hoje exatamente o que se passou 500 ou 200 anos atrás, do descobrimento do Brasil às guerras napoleônicas.
As novas tecnologias permitem que a grande maioria dos robôs aprenda diariamente enquanto trabalha. Eles podem diagnosticar doenças com muita facilidade – e com mais precisão do que os diagnósticos feitos pelo ser humano. Também são capazes de elaborar uma ação judicial e saber qual o argumento que tem mais chance de ser vitorioso num tribunal com muito mais precisão do que o processo montado pelo ser humano.
Essas inovações estão abrindo caminhos, todos os dias, de uma forma que as pessoas nem esperavam que pudesse acontecer. Graças às novas tecnologias, tudo está mudando em velocidade espantosa e, na mesma velocidade, as tecnologias estão impactando o mundo do trabalho.
O primeiro impacto da Revolução 4.0 no mundo do trabalho é a substituição de ações rotineiras, tanto manuais quanto não manuais. Mas as novas tecnologias começam a substituir também os trabalhos inteligentes. Atualmente, existem máquinas que fazem tradução simultânea de idiomas sem a intervenção de seres humanos. Essa atividade, apesar de muito sofisticada, já está sendo substituída pela inteligência artificial.
Existem ainda muitas máquinas de inteligência artificial – AI na sigla em inglês(1) – que estão tomando decisões importantes no mercado financeiro. São robôs que usam as melhores combinações possíveis de algoritmos para comprar ou vender bens ou ações e maximizar a vontade de lucro do cliente.
Tudo isso é possível porque as máquinas estão aprendendo todos os dias.
Recentemente, um banco lançou um site no IPhone com inteligência artificial, cuja mensagem diz o seguinte: Por enquanto, nós não podemos dar todas as respostas. Mas continuem perguntando, porque, cada vez que vocês perguntam, esta máquina aprende e se capacita para dar mais respostas
.
Quadro 1
Futuro das profissões - Mais ameaçadas
Quadro 2
Futuro das profissões - Menos ameaçadas
Poderes da tecnologia
As máquinas já falam, já traduzem, já interpretam e já corrigem os próprios erros. E a fertilidade delas tem sido muito alta. O número de robôs aumenta em proporção exponencial a cada hora, assim como várias outras inovações. Segundo uma estimativa, em 2030, com algo como 1 mil dólares, poderemos comprar a capacidade computacional completa de um cérebro humano. E mais: em 2050, com os mesmos 1 mil dólares, vamos poder comprar a capacidade computacional não de um, mas de todos os cérebros humanos da face da Terra!
Será que os cérebros humanos ficarão obsoletos com a entrada de tanta tecnologia em velocidade tão espantosa? Considerando as peculiaridades dessas novas tecnologias, é possível notar que a primeira característica dessas inovações é que não são lineares. Ao contrário, elas têm trajetórias erráticas. Uma inovação entra em determinado setor e você acha que ela vai fazer o segmento se desenvolver linearmente. Mas, de repente, outro setor se apodera dessa inovação, que, ali, no nicho imprevisto, cria novos impactos. São inovações que têm desdobramentos totalmente inesperados, em todas as direções, e que ocasionam ondas de ruptura. Com frequência,