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Apocalipse hoje: Pequeno comentário ao livro do Apocalipse
Apocalipse hoje: Pequeno comentário ao livro do Apocalipse
Apocalipse hoje: Pequeno comentário ao livro do Apocalipse
E-book216 páginas2 horas

Apocalipse hoje: Pequeno comentário ao livro do Apocalipse

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Sobre este e-book

Nessa obra, Padre Flávio Cavalca reflete sobre os principais temas presentes no livro do Apocaplise. Trata-se de uma valiosa contribuição para esclarecer as dúvidas daqueles que buscam desvendar os segredos de um dos mais bonitos livros do Novo Testamento.

O Apocalipse é também palavra de Deus como todo o resto da Escritura. Deve, pois, servir para nossa salvação. Não o podemos deixar de lado, se queremos ter uma ideia mais completa do plano de Deus.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento1 de mar. de 2021
ISBN9786555270686
Apocalipse hoje: Pequeno comentário ao livro do Apocalipse

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    Apocalipse hoje - Flávio Cavalca de Castro

    demais.

    I

    A Mensagem, o Mensageiro, os Destinatários

    Émuito prático se, ao abrirmos um livro, temos logo uma ideia de seu conteúdo, sabendo a quem se dirige, quem é seu autor, quais as suas credenciais e o que pretende. Tudo isso encontramos logo no primeiro capítulo do Apocalipse.

    Título e conteúdo

    Os antigos não economizavam palavras no título de seus livros. Bem ao contrário do que se faz hoje em dia. Em nosso caso podemos considerar os três primeiros versículos como o título do Apocalipse:

    "Revelação de Jesus Cristo. Revelação que Deus lhe deu para mostrar a seus o que vai acontecer brevemente. Revelação manifestada com sinais por meio de seu Anjo enviado a seu servo João, que garante tudo o que viu, como sendo a Palavra de Deus e o Testemunho de Jesus Cristo.

    Feliz aquele que lê e felizes aqueles que ouvem as palavras desta profecia e guardam o que nela está escrito: pois o Tempo está próximo". (1,1-3)

    A palavra forte é Revelação, que em grego se diz: Apocalipse, e ficou sendo como que o nome abreviado para todo o livro. Revelação é a manifestação, a publicação de um segredo. Na Escritura, indica sempre a manifestação da vontade de Deus, de seus planos, do que pretende fazer para realizar suas promessas de salvação. Jesus é, ao mesmo tempo, o conteúdo principal dessa revelação de Deus e o mensageiro, o Anjo, que a anuncia. As palavras do Cristo, e principalmente sua presença entre nós, tornam possível compreender o sentido dos acontecimentos, ajudam-nos a perceber como, de fato, Deus vai orientando tudo para nossa salvação. É exatamente isso que todo o livro irá mostrar para aqueles cristãos do primeiro século e também para nós.

    Essa compreensão dos planos de Deus não é o resultado de especulações humanas. É um conhecimento que vem de Deus pelo Cristo e chega até nós na medida em que participamos da comunidade dos servos de Deus, aceitando o testemunho de João, nosso irmão.

    João, aliás, faz questão de se apresentar como testemunha. Ele assume um compromisso com Deus e com seus leitores. Garante que vai dizer só a verdade e toda a verdade. Para que não reste dúvida, apresenta suas credenciais: recebeu uma missão, foi escolhido pelo próprio Deus para ser seu mensageiro.

    Neste ponto surge espontaneamente a pergunta: Quem é esse João? Possivelmente você responda que é o mesmo João, autor do quarto evangelho e discípulo do Senhor. É possível. Essa aliás é a tradição conservada por muitos escritores cristãos (Santo Irineu, São Clemente de Alexandria, Tertuliano) do final do segundo século. Nem por isso se pode falar de uma tradição unânime. Se por um lado o Apocalipse mostra certas semelhanças com o quarto evangelho, apresenta outras características que parecem indicar um outro autor. Tanto mais que entre os especialistas não existe clareza se o livro foi composto todo ao mesmo tempo ou se é o resultado de vários escritos anteriores. O que podemos afirmar com toda a certeza é que o Apocalipse foi escrito por inspiração divina e faz parte da Sagrada Escritura. Os três primeiros versículos terminam proclamando felizes os leitores ou ouvintes da profecia do Apocalipse pois o Tempo está próximo. Em que sentido o livro é uma profecia e qual o Tempo que está próximo? Isso irá ficando claro à medida que formos avançando na leitura.

    Dedicatória do Livro

    Não é fácil apresentar uma divisão aceitável do Apocalipse. Há muitas opiniões entre os estudiosos. Há, contudo, uma divisão que logo se percebe: uma primeira parte traz sete cartas a sete comunidades; uma outra, uma série de visões proféticas.

    A série de sete cartas determinou a dedicatória do livro:

    Eu, João, escrevo para sete igrejas que estão na Ásia. Para vocês a graça e a paz da parte daquele que é, que era e que há de vir, da parte dos sete espíritos que estão diante de seu trono, e da parte de Jesus Cristo, que é a testemunha fiel, o primogênito dos mortos e o chefe dos reis da terra. (1,4-5a)

    Era assim, ou de modo semelhante, que os antigos costumavam começar suas cartas. Veja, por exemplo, o início da carta de Paulo aos Gálatas: Eu, Paulo, escrevo esta carta... com todos os irmãos que estão comigo, para as igrejas da Galácia. Que a graça e a paz de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo... estejam com todos vocês.

    É bom saber que essas introduções geralmente já estão cheias de ensinamentos e são como que um resumo da fé cristã.

    João escreve para sete igrejas. Por que só para sete? Uma primeira resposta é bastante simples: era com essas igrejas que ele tinha um relacionamento mais estreito, conhecendo bem seus problemas e tribulações. Mas, também podemos lembrar que essas sete cidades estavam colocadas ao longo da estrada principal dessa região: formavam assim como que um todo e eram também centros de divulgação para o mundo antigo. Talvez a explicação mais razoável esteja mesmo no número sete. Esse era o número da perfeição, da totalidade. Escrevendo para sete igrejas, João estava escrevendo para todas as comunidades de todo o mundo cristão e de todos os tempos.

    Para você a graça e a paz: a graça e a paz são como que o resumo de todo o bem, de toda a felicidade, de toda a salvação. É o que João deseja para todas as comunidades. Ao mesmo tempo indica de onde podemos esperar graça e paz: aquele que é, que era e que vem, os sete espíritos que estão diante de seu trono e Jesus Cristo, testemunha fiel...

    No livro do Êxodo (3,14) lemos que Moisés perguntou o nome de Deus. Recebeu a resposta: "Eu sou aquele que é!" Também aqui, no Apocalipse, Deus é chamado de "Aquele que é, que era e que há de vir". Com esse nome está indicado que Deus está infinitamente acima de nós, é o Senhor, é o eterno, é o que virá para realizar com força nossa salvação completa. Salvação que virá também dos Sete espíritos. Talvez aqui esperássemos que João dissesse Espírito Santo. Pois é isso mesmo que está dizendo; só que de outra maneira. Ainda há pouco vimos que o número sete indica a perfeição. Falar, pois, nos sete espíritos é o mesmo que dizer: Espírito Perfeito, Plenitude da Vida de Deus. A Salvação vem ainda do poder de Jesus Cristo. É assim que logo na introdução do Apocalipse é reafirmada a divindade de Jesus, colocando em pé de igualdade com o Pai e o Espírito. Em seu livro, João irá exatamente procurar mostrar o lugar ocupado por Cristo na história de nossa salvação. É por isso que logo a seguir dá a Cristo três títulos muito importantes: Testemunha Fiel, Primogênito dos mortos, "Chefe dos reis da

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