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Da eternidade até aqui: Redescobrinho o propósito eterno de Deus para a sua vida
Da eternidade até aqui: Redescobrinho o propósito eterno de Deus para a sua vida
Da eternidade até aqui: Redescobrinho o propósito eterno de Deus para a sua vida
E-book339 páginas4 horas

Da eternidade até aqui: Redescobrinho o propósito eterno de Deus para a sua vida

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Sobre este e-book

Da eternidade até aqui apresenta três histórias maravilhosas. Cada uma percorre um tema divino que é tecido através da Bíblia. Juntas, elas oferecem um clarão extraordinário do que é a grande paixão de Deus e sua grande missão. Tal como aconteceu com o autor, o que você vai descobrir irá mudar para sempre a sua visão da vida, da igreja e de Deus. Da Eternidade até aqui é considerada a melhor obra de Frank Viola e um dos seus mais importantes trabalhos publicados. Como ele diz: "este representa o fardo central de minha vida e ministério". As grandes obras são assim, forjadas em meio a conflitos interiores, inquietudes e buscas, as vezes insana, por respostas.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento18 de mar. de 2021
ISBN9786589767046
Da eternidade até aqui: Redescobrinho o propósito eterno de Deus para a sua vida

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    Da eternidade até aqui - Frank Viola

    3.11)

    PARTE UM

    UMA MULHER ESQUECIDA:

    A NOIVA DE CRISTO

    Nem revolução ou reforma pode mudar em última instância uma sociedade, ao contrário, devemos contar um novo e poderoso conto, que seja tão persuasivo que possa varrer os velhos mitos para se tornar uma história preferida, tão inclusiva que junte todos os pedaços de nosso passado e de nosso presente formando um todo coerente, que jogue alguma luz sobre o futuro para que possamos caminhar mais um passo… Se quiser mudar a sociedade, então você precisa contar uma história alternativa.

    (Ivan Illich, filósofo austríaco)

    CAPÍTULO 1

    O romance escondido da Bíblia

    Oro também para que os olhos do coração de vocês sejam iluminados, a fim de que vocês conheçam.

    (Efésios 1.18)

    Antes do início, ela estava lá. Ela era a mulher mais elegante do universo. Ela é tão antiga quanto Deus. E existiu antes dos anjos. Suas origens remontam aos tempos desde antes da antiguidade. E, ainda assim, ela é muito jovem.

    A palavra admirável não é suficiente para descrevê-la. Ela é tão bela quanto a face de Deus. Ela é mais do que cativante: é hipnótica e magnética. A maioria de nós nunca imaginou a glória que ela traz. Um olhar para sua beleza perfeita poderia conquistar seu coração e dominar seu ser. Ela é irremediavelmente atraente.

    Essa mulher define liberdade; ela personifica independência. E foi feita para o amor.

    Ela se encontra no centro do propósito eterno de Deus. Ela é sua maior paixão, sua santa obsessão. Ela é o propósito de toda a criação no qual estamos. E o Senhor está completamente arrebatado por ela.

    Ainda assim, apesar de sua beleza, ela tem sido totalmente negligenciada. E com rara exceção, tem permanecido escondida da maioria de nós. Por isso, esse é o motivo para eu escrever a primeira parte deste livro: para dar a ela seu merecido lugar de importância.

    A paixão definitiva de Deus

    Desde o início, Deus tem um segredo. No início de tudo, o Todopoderoso ocultou seu Alto e Santo Propósito como um mistério. Ele o escondeu em seu Filho. Por séculos, ninguém conheceu qual era seu propósito. Deus o escondeu em seu Filho. Esse era o segredo – o segredo dos séculos (Romanos 16.25; Colossenses 1.26; Efésios 3.4-5, 9).

    Adão andou com Deus, e ainda assim ele não conheceu o mistério. Abraão foi amigo de Deus, mas não conheceu o mistério. Moisés foi profeta de Deus, mas também não conheceu o mistério. Tampouco Davi, ou Isaías ou Jeremias conheceram.

    O mistério não estava apenas velado para os mortais, estava também escondido dos anjos. Gabriel e Miguel não sabiam dele. Nem Lúcifer ou as hostes demoníacas (1 Coríntios 2.7-8; Efésios 3.9-10).

    Por que Deus manteve seu propósito em segredo por tanto tempo? Provavelmente porque ele não queria que seu intento fosse frustrado prematuramente. O propósito de Deus personifica seu sonho, sua paixão e o pulsar de seu coração. Assim, ele manteve esse propósito escondido até que o tempo se cumprisse.

    Os autores do Antigo Testamento primeiro proclamaram o mistério sagrado nas histórias, tipos, imagens e sombras. Mas, embora reis, profetas e sagas o proclamassem, eles não o compreenderam.

    Então, um dia, tudo aconteceu. Deus abriu a cortina e revelou o secreto. Ele escolheu um homem chamado Paulo de Tarso para descobri-lo ao mundo (Colossenses 1.25-29; Efésios 3.1-11). Nas cartas de Paulo, especialmente Efésios e Colossenses, o apóstolo fala desse mistério com grande fervor. Ele praticamente esgota a linguagem humana para falar das profundidades incomparáveis e das alturas incomensuráveis. Paulo, outros apóstolos e profetas do primeiro século eram encarregados do mistério divino (1 Coríntios 4.1; Colossenses 1.25-26; Efésios 3.2-9).

    No dia em que Deus ergueu a cortina e deixou que o segredo fosse descoberto, seu inimigo congelou de terror. Satanás nunca vira, sonhara ou pensara que tal coisa fosse possível. Embora Deus tenha revelado seu mistério no primeiro século, ele ainda permanece como um segredo para muitos cristãos hoje em dia. O Espírito Santo deve abrir os olhos de seu povo em cada geração para que possam apreendê-lo. Desse modo, a grande oração de Paulo em Efésios 1.17-23 ainda está sendo respondida.

    O mistério divino tem tudo a ver com a mulher sobre a qual lhes falei anteriormente. Essa senhora incrível enche as páginas das Santas Escrituras. Ela aparece no início, no meio e no fim da Bíblia. A leitura bíblica nos dá uma visão sublime dessa mulher junto com seu Esposo imaculado. Cada livro da Bíblia pulsa com sua fragrância.

    O drama eterno

    Em Gênesis 1 e 2, a Bíblia tem início com um homem e uma mulher. Em Apocalipse 21 e 22, encerra-se com um homem e uma mulher. A Bíblia começa com um casamento e termina também com um casamento. Ela tem início com um menino e uma menina, e termina com um menino e uma menina.

    A Bíblia é essencialmente uma história de amor.

    De fato, é a maior história de amor de todos os tempos. É o clássico romance. Aqueles que me conhecem podem lhe dizer que sou um fanático por histórias de amor. Os filmes românticos são os meus favoritos. Eles têm o poder de evocar emoções fortes, arrancar lágrimas dos espectadores. Mas, nem mesmo a mais poderosa história de amor pode ser comparada ao romance épico que encontramos nas páginas da Bíblia.

    Preste atenção à próxima frase: cada história de amor que a mente dos mortais, homens e mulheres construíram, cada história de amor que surgiu nas páginas da história humana – seja ficção ou não – é apenas um reflexo, uma imagem pálida, um retrato descolorido, uma versão confusa do sagrado romance das eras.

    Deus é o autor da mais incrível história de amor. É uma história que estabeleceu os padrões para a literatura romântica. Cada saga grandiosa segue o fio da história do romance escondido das Escrituras. Ninguém pode inventá-lo.

    Nós nascemos nesse romance, o romance das eras.

    O romance celestial do qual venho falando começa em Gênesis 2. Vamos revisitar o sétimo dia da criação de Deus e observar esse drama se desenrolar.

    CAPÍTULO 2

    A mulher no interior de um homem

    No sétimo dia Deus já havia concluído a obra que realizara, e nesse dia descansou (…) Então o Senhor Deus declarou: Não é bom que o homem esteja só; farei para ele alguém que o auxilie e lhe corresponda. Depois que formou da terra todos os animais do campo e todas as aves do céu, o Senhor Deus os trouxe ao homem para ver como este lhes chamaria; e o nome que o homem desse a cada ser vivo, esse seria o seu nome. Assim o homem deu nomes a todos os rebanhos domésticos, às aves do céu e a todos os animais selvagens. Todavia não se encontrou para o homem alguém que o auxiliasse e lhe correspondesse. Então o Senhor Deus fez o homem cair em profundo sono e, enquanto este dormia, tirou-lhe uma das costelas, fechando o lugar com carne. Com a costela que havia tirado do homem, o Senhor Deus fez uma mulher e a levou até ele. Disse então o homem: Esta, sim, é osso dos meus ossos e carne da minha carne! Ela será chamada mulher, porque do homem foi tirada. Por essa razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e eles se tornarão uma só carne.

    (Gênesis 2. 2, 18-24 )

    Acriação está terminada, mas Deus não. Não ainda. A terra está cheia de vida. Plantas, pássaros, peixes. Vida animal. Mas Adão, o primeiro humano concebido por Deus, está sozinho. Completamente sozinho.

    O Sabá termina e já é domingo, o primeiro dia da semana. É o oitavo dia da criação. Deus dá a Adão uma tarefa assustadora: dar nomes a todos os pássaros e criaturas terrestres. Assim, Adão começou a dar nomes aos animais. Cada criatura que marchava à sua frente ele a observava, e via que cada uma tinha companhia. Cada animal estava junto de outro de sua espécie, mas de algum modo diferente. Cada forma de vida tinha uma contrapartida.

    O cervo tinha sua corça; o leão sua leoa. Adão via o tigre e a tigresa juntos assim como o leopardo, macho e fêmea. Cada animal e sua companhia marchavam diante de um humano solitário, sem parceira.

    O resultado? Uma angústia encheu a alma de Adão. Ele percebeu mais do que nunca que estava sozinho, completamente sozinho. Não havia ninguém como ele.

    De todas as criaturas que passaram diante de Adão naquele dia, nenhum tinha a mão igual a dele para que ele segurasse. À medida que os animais passavam, Adão esperava por algum que fosse como ele. Mas não passou nenhum. O final do oitavo dia se aproximava.

    Todas as criaturas que Deus formara haviam passado diante de Adão. Sua solidão se intensificara. Ficou bastante claro para ele que ele era a única criatura na Terra que não tinha companhia. Ele era o único de sua espécie em todo o universo. E não nos esqueçamos, a criação havia terminado.

    A solidão do homem

    Alguma vez você já sentiu solidão? Já sofreu a agonia de estar sozinho? Considere por um momento, e pense na solidão ímpar que Adão deve ter sentido neste planeta depois que foi criado. Não havia outro ser humano sequer em toda a Terra.

    Não somente Adão era a única criatura sem uma companheira, mas havia algo mais nele que nenhuma outra criatura compartilhava. Algo dentro dele que desesperadamente ansiava por liberdade. Algo pulsava em seu peito ansiando por ser livre. Você imagina o que era isso?

    Era paixão.

    Deus colocou no peito palpitante de Adão uma paixão consumidora e intensa. Um amor irresistível, se você preferir. Mas Adão estava sozinho. Assim, não tinha como extravasar essa paixão. Ele não podia desejar derramar essa paixão em outro alguém, diferente de si mesmo. Ele queria uma companhia humana, um complemento, uma criatura como ele, que seria um recipiente de sua paixão. A tragédia: em todo o universo esse ser não existia, e, assim, a paixão que estava aprisionada no mais profundo do peito de Adão não tinha como fugir. Não havia como.

    Por isso estava profundamente frustrado, pois era um homem possuído pela paixão. Mas não havia ninguém com quem extravasá-la. Deus viu e sentiu o profundo dilema de Adão. De algum modo insondável, o Todopoderoso podia se identificar com o dilema dele. Como podemos saber isso? Porque Adão foi feito do molde da divindade. Portanto, a solidão de Adão não foi um acidente da parte de Deus. Ele tinha as digitais da divindade em seu corpo.

    Diante da solidão e frustração de Adão, o Senhor Deus pronunciou estas palavras: Não é bom que o homem esteja só.

    Essencialmente Deus disse: Adão, não é bom que você esteja só. Vou lhe dar uma companhia, e assim você poderá derramar essa paixão que pus em seu coração. Vou lhe dar uma companhia. Vou lhe dar alguém que irá lhe completar. Você terá a Sra. Adão, alguém que será como você, mas não será você.

    Uma nova vida no oitavo dia

    Lembre-se que a criação estava concluída. O sétimo dia havia passado. Estamos perto do final do oitavo dia – o primeiro dia da semana.

    Era noite. E Deus faz algo extraordinário. Ele faz o homem dormir profundamente. Essa pode ser a primeira vez que o homem tenha dormido antes da queda. Se for assim, aquele sono profundo não foi uma coisa pequena para Adão.

    Eis que lhe mostro um mistério: havia uma mulher escondida dentro de Adão.

    Tente imaginar Adão deitado no chão em um sono hipnótico quase como a morte. Veja seu corpo inerte à medida que Deus vai até ele e abre o seu lado. De dentro de Adão, ele extrai outro ser. O Todo-poderoso tira de Adão uma parte para criar um segundo ser humano. E aquele segundo ser tem aquele coração pulsante, que é parte do primeiro humano, incluindo a paixão.

    Deus fez seu trabalho mais esplendoroso enquanto Adão dormia. Esse episódio contém uma importante mensagem: Quando o homem descansa, Deus trabalha.

    Assim, do lado de Adão, Deus moldou uma mulher (Gênesis 2.22, texto hebraico). Essa mulher não é parte da primeira criação. Ela surge depois da criação no oitavo dia. Por conseguinte, essa mulher é nova criação.¹

    A cirurgia drástica de Adão está concluída, e ele acorda do sono anestesiante de Deus. Ele esfrega os olhos para eliminar o sono, e olha ao redor. O que ele vê está além da imaginação. Diante de seus olhos está um ser vivo e pulsante. Outro ser humano. Mas não um ser humano qualquer, ela é Adão com outra forma.

    Imediatamente, ele percebe que ela tem as mãos iguais às suas, nas quais pode segurar. Ela tem lábios como os seus, porém mais carnudos e atraentes. Naquele momento, Adão percebe que ele não está mais sozinho. Que tem uma companhia como ele. Imediatamente os dois são atraídos um ao outro e Adão se apaixona perdidamente por ela, e ela por ele.

    De acordo com o texto hebraico, quando Adão viu essa nova criatura, ele pronunciou as seguintes palavras: Esta, sim, é osso dos meus ossos e carne da minha carne! (Gênesis 2.23). Finalmente… não estou sozinho! Finalmente… a paixão de meu coração encontra um escape. Finalmente… o amor que bate em meu coração tem um lar!"

    Finalmente…

    Adão estivera na Terra sozinho. Ele foi a criatura mais solitária do planeta. Sozinho e solitário. Mas agora, no primeiro dia depois da criação, ele estava na presença daquela que era igual a ele. Ela era Adão de uma forma diferente. E, como em uma ofuscante percepção, ele notou que sua solidão havia desaparecido. Sua paixão tinha lugar para aportar. Ele podia descansar agora.

    Adão amou sua noiva. Ele a amou apaixonadamente, uma paixão palpitante em seu peito, a primeira mulher derramou seu amor para o primeiro homem.

    O círculo da paixão

    Eu gostaria de levantar uma pergunta agora: de onde a mulher tirou essa capacidade de amar apaixonadamente? A resposta: de Adão, porque ela é parte dele. A mulher precisou forçar esse amor por Adão? Absolutamente. Sua paixão era simplesmente a resposta natural da paixão de Adão por ela. A primeira mulher tinha essa paixão pulsando em seu coração e correndo em suas veias porque ela fora feita do próprio Adão.

    Assim, finalmente, o primeiro homem de Deus ganhava uma companhia. Com certeza foi amor à primeira vista. Logo ela se tornou sua noiva. Mas aí chegou o momento do clímax, quando ela se tornaria mais do que uma noiva. Ela se tornou sua esposa, por que os dois se tornariam um. E essa paixão acelerada que brotara do coração de Adão agora poderia ser completamente satisfeita.

    CAPÍTULO 3

    Um close-up da primeira eva

    (…) homem e mulher os criou. Quando foram criados, ele os abençoou e os chamou Homem.

    (Gênesis 5.2)

    Considere a primeira mulher, a noiva de Adão. Ela é magnífica, muito mais do que qualquer descrição. Ela é mais empolgante do que a maioria de nós poderia imaginar. Há características nela que perdemos rotineiramente quando lemos os capítulos de abertura de Gênesis. Vamos explorá-lo agora:

    • Ela era Adão em outra forma, porque foi tirada dele (Gênesis 2.23).

    • Ela tomou o nome de Adão. De acordo com Gênesis 5.2, Deus chamou o homem e mulher Adão. Depois da queda, Adão chamou sua noiva de Eva. Mas antes da queda, ela tomou o nome do marido.

    • Ela era a obra-prima de Deus. A companheira de Adão era mais bela que ele. É interessante como um artista sempre faz sua obra-prima por último. Essa mulher era a obra-prima de Deus. Seu magnum opus, se você preferir. Ela era o pináculo de toda a criação.

    • Ela era completamente devotada a Adão, que lhe era igualmente dedicado. Pense nisso. Não havia nenhuma outra mulher na criação que Adão pudesse escolher. Ele não tinha opções. Ela era tudo o que ele tinha. Por conseguinte, Adão não tinha olhos para outra mulher. Seus olhos nunca se desviavam dela, porque não havia nenhuma outra para distraí-lo. Da mesma forma, Eva só tinha olhos para Adão. Não havia nenhum outro para ela amar. A completa devoção que tinham um pelo outro era determinada.

    • Ela não foi criada. Eva não foi criada do nada. Foi desenhada e moldada a partir do próprio corpo de Adão. Ela era carne de sua carne, ossos de seus ossos. Seu DNA era idêntico ao de Adão. Ela foi inteiramente feita dele e para ele. Ela tinha os genes de seu marido.

    • Ela era perfeita. Adão foi criado antes da queda. Ele existiu antes do pecado surgir. Portanto, ele era perfeito. Ele era inocente e não tinha pecado. Ele não tinha culpa ou vergonha de nada. Ele não tinha nenhum complexo de inferioridade. E sua querida noiva? Quando Deus formou Eva a partir da costela de Adão, ela não era perfeita? Sem defeito algum? Ou será que ela surgiu nesta Terra com uma dor de cabeça de culpa e uma alma latejando com condenação? Claro que não! Ela era tão perfeita quanto seu esposo. Não havia nela imperfeições. As palavras não conseguem descrever o quão bela Eva deve ter sido. Ela era de tirar o fôlego, com uma pureza além da própria pureza, mais bela do que a própria beleza. Como Adão, ela estava vestida de luz e de glória (Salmo 8.5). Ela era a mulher perfeita.

    • Ela era o corpo de Adão. Ela foi feita de sua costela. Ela foi tirada de sua anatomia. Portanto, Eva possuía a mesma vida que Adão. Ela era parte inseparável dele, mas, ainda assim, diferente.

    • Adão foi a fonte da vida de Eva. Adão foi a base para a existência dela. Eva somente pôde existir porque uma parte de Adão estava nela. Sem Adão, ela não existiria.

    • Ela foi inteiramente feita para ele. Deus criou Adão com um desejo de extravasar sua paixão. Ele desejou amar e ser amado. Eva era a resposta para esse desejo.

    • Ela estava sempre nele. Ela pré-existiu em Adão antes de sua aparição na Terra. Adão vagou pela terra com uma mulher dentro dele. Seu corpo continha o útero do qual ela surgiria um dia.

    • Ela era uma extensão de Adão. Quando ela surgiu, foi como uma continuação dele. Quando ela foi formada, Adão se tornou maior. Em última instância, ela iria gerar filhos de Adão e encher a Terra com a sua imagem.

    • Ela era interdependente de Adão. Deus a formou da pleura de Adão, de seu lado. Deus dividiu Adão, e tirou dele a parte mais gentil, fazendo dele sua melhor metade. Juntos, eles geraram a completa imagem de Deus.

    • Ela era a glória de Adão. Em 1 Coríntios 11.7, Paulo diz: a mulher é glória do homem. Isso significa que Eva era o reflexo de Adão. A mulher era a expressão gloriosa do homem. Quando você a viu, você o viu.

    Eva significa mãe de todos os seres viventes (Gênesis 3.20). Ela era a mãe de toda a humanidade.

    Assim, eis então o conto romântico das eras. O primeiro homem e sua esplêndida noiva, e a paixão arrebatadora que bate em ambos os corações, um pelo outro.

    Mas há uma questão na trama desta história que ainda não mencionei. Eu não contei a você apenas a história de Adão e Eva. Estou contando uma história muito maior do que…

    CAPÍTULO 4

    O mistério das eras

    Por essa razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e os dois se tornarão uma só carne. Este é um mistério profundo; refiro-me, porém, a Cristo e à igreja.

    (Efésios 5.31-32)

    Depois dos filmes românticos, eu gosto de um bom mistério. Meus favoritos são aqueles cujas histórias vão sendo construídas até que o segredo é finalmente desvendado no final do filme. Tudo fica claro naquele momento. Gosto de ser surpreendido pela inteligência de um diretor que encobre as questões mais importantes da trama até a cena final, quando o mistério é resolvido.

    Entre a pletora de mistérios clássicos criados pelas imaginações de pessoas engenhosas, o maior mistério de todos é aquele que o próprio Deus escreveu. O Todo-poderoso não é o autor somente do romance, mas também do maior mistério da história universal. É o mistério de seu propósito eterno.

    Usando a linguagem de Winston Churchill, seu Deus escondeu seu propósito eterno em um enigma embrulhado em uma adivinhação e envolto em um mistério. Em um passado remoto, antes do tempo e da criação, Deus era. Deus e Deus somente. Ninguém mais existia. Nada mais existia. No seio de Deus, o Pai era Deus, o Filho. E eles eram um. O Espírito também estava presente, compartilhando desta unidade do Pai e do Filho.

    Pulsando no centro da Trindade estava a essência da divindade, um amor apaixonado (João 17.24; 1 João 4.16).

    Todas as coisas jorravam em abundância de Deus, o Pai. Ele é a fonte de tudo, e isso inclui a paixão do amor divino. Agostinho disse certa vez que, "Se Deus é amor, então deve haver nele um amante, um amado e um

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