Temores de toda mulher: Aprenda a enfrentar aquilo que a impede de alcançar seus objetivos
De Angie Smith
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Temores de toda mulher - Angie Smith
alma.
CAPÍTULO 1
Sentando-se junto ao poço
MEDO DO E SE …
Pelo que dizem, ela havia feito tudo o que deveria.
Agar havia concebido um filho com Abraão, mediante o encorajamento de Sara, esposa dele. Esta acreditava que a única maneira de manter o legado de seu esposo vivo era fazer com que sua serva engravidasse, e ela contou a Abraão o seu plano. Ele deu sequência ao plano da esposa, apesar do fato de que Deus lhe havia dado uma promessa que não incluía outra mulher.
Aparentemente, o plano de Deus não estava acontecendo da maneira que Sara esperava, assim, ela tomou o assunto em suas próprias mãos.
É isso o que fazemos quando temos medo, não é?
Nós tomamos o assunto em nossas mãos e fazemos valer nossa vontade no limite do que não faz sentido.
Segue uma conversa que tive com o Senhor, de cerca de um milhão de diferentes maneiras ao longo dos anos: Eu ouvi o Senhor falar aquilo, mas parece que talvez ele tenha se esquecido de que falou. Parece que talvez seja necessário eu fazer isso para colocar as coisas no lugar; por isso irei na frente, e o Senhor poderá me alcançar na próxima parada. Tudo bem?
Por muitas vezes, tenho feito isso de tantas maneiras sutis que não demorou muito para que eu fosse condenada por minhas próprias investidas e intervenções. Por trás de tudo isso está a voz de Satanás, torcendo que eu me mantenha preocupada, esforçando-me e manipulando tudo que eu possa tocar.
O plano de Sara não aconteceu exatamente da maneira que ela esperava, e ano depois ela se viu grávida de um filho e com bastante ciúmes da mulher que havia arrumado para carregar o primeiro filho de seu marido. Assim, mesmo depois de Sara e Abraão terem agido motivados pelo medo e pela falta de fé, Deus cumpriu sua promessa e lhes deu um filho, Isaque. Durante uma festa para celebrar esta criança, Sara vê Ismael, o filho de Agar, rindo, e isso foi a gota d’água. Ela diz a Abraão que é hora de a escrava pegar a estrada com seu filho.
Sempre me lembro das dores que eu trouxe para minha vida pelo fato de ajudar
Deus, e imagino que você também consegue pensar em ocasiões assim. Queremos confiar nele e fazemos isso até certo ponto. Mas então chegam momentos em que o mundo começa a não fazer sentindo e nos apoiamos em nossa própria força, enquanto nossa mente luta com a questão que produz o medo.
Onde o Senhor se encontra nesta situação, Deus?
Acredito que era isso que estava no coração de Sara quando ela pediu que seu marido gerasse um filho em Agar, e a grande agonia que se seguiu deve tê-la machucado muito.
Eu deveria ter escutado, Deus. Eu deveria ter confiado no Senhor mesmo quando não podia ver sua mão em minha vida… Agora, olha só a confusão que arrumei…
Todas as vezes que leio essa história em Gênesis, eu me identifico com Sara; enrolo-me em meus próprios planos e, então, entro em colapso. A pessoa em quem eu nunca havia prestado muita atenção era Agar. Quando reli essa passagem recentemente, fiquei fascinada por essa mulher e sua história. Passei um bom tempo caminhando com ela em suas adversidades e retornei com um presente do Senhor, que oro que também abençoe sua vida caso você já tenha caminhado pela estrada do medo do e se…
Tenho memórias bastante detalhadas de ser hospitalizada por causa da ansiedade quando era criança. Aos dois ou três anos de idade, comecei a me preocupar com coisas que crianças não precisam se preocupar. Eu insistia que meu pai me levasse pela casa, na hora de dormir, para que eu pudesse ter certeza de que a porta da frente estava trancada, que o forno estava desligado, que minha irmãzinha estava respirando etc. Mesmo assim, era atormentada por pensamentos do que aconteceria a eles se eu não estivesse atenta. Com o passar dos meses, a situação piorou, e meus pais decidiram que seria uma boa ideia para mim que eu visse um psicólogo. Toda semana, eu tinha uma sessão com uma mulher muito agradável, e ela me punha para fazer alguns desenhos, e então me pedia para descrevê-los.
Eu era uma criança muito esperta, assim, percebi na segunda semana que ela estava mais interessada nos desenhos em que eu parecia triste e os demais pareciam felizes. Eu já era alguém que gostava de agradar às pessoas, assim, anulei a mim mesma. Ela achou que aquilo fosse uma janela para minha alma, mas, a verdade é que, se me fizesse de criança triste, meus pais me levariam para comer comida mexicana em vez de hambúrguer.
Nós nos sentávamos à mesa, eles na minha frente, e discutíamos o que havia acontecido na sessão daquele dia. Eu mergulhava a tortilla no molho e lhes contava que a psicóloga havia me dado lápis de cor, e que fiz um desenho em que eu estava fora de casa em vez de dentro, com eles. Fazíamos o pedido e eu explicava como a Angela do desenho estava fugindo e eu tinha uma carinha triste enquanto todos os demais de minha família tinham um rosto alegre.
Por que você se sente dessa forma, querida?
Minha mãe bebia seu refrigerante, tentando descobrir onde ela havia errado.
Enquanto isso, eu estava convencida de que se pudesse manter a conversa ao longo das chimichangas, estaria garantindo uma porção de sorvete mexicano.
Por mais que eu adorasse a atenção, não tenho certeza se aquelas primeiras sessões produziram algum outro efeito além de fazerem me apaixonar por tacos e o tempo só para mim com minha mãe e meu pai. Lembro-me muito bem de achar que era bobagem ir à psicóloga e fazer desenhos, pois aquilo tudo era apenas fingimento. Aquilo de que eu tinha medo era real. E não havia nada que aquela mulher pudesse fazer a respeito daqueles medos. Os desenhos eram apenas desenhos. Na vida real, um monte de coisa podia sair errado.
Eu perguntava ao meu pai o que ele faria se alguém invadisse nossa casa no meio da noite. Eu fazia a mesma pergunta, mas em diferentes situações, para me sentir segura e acabar dormindo devido à exaustão da preocupação. Lembro-me de pedir a meu pai que erguesse algumas coisas pela casa para que eu pudesse julgar se ele era forte o bastante. Ele deve ter passado no teste porque depois lhe perguntei se ele seria capaz de arrancar o vaso sanitário do chão do banheiro se precisasse, e ele me disse que não achava necessário ter que fazer aquilo. Lembro-me de não ter ficado satisfeita com aquela resposta, mas ainda não tenho certeza do porquê do vaso ter vindo à minha mente em primeiro