Letícia & Emma
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Letícia & Emma - Adriano Soares
Capítulo 1
Quando aquela mulher entrou na galeria, fez com que o coração de Letícia pulasse dentro de seu peito. Ela era alta, usava dreads que se enrolavam n
o topo d
e sua cabeça, d
eixando
apenas uma mecha solta, que descia pelo lado esquerdo de seu rosto. Sua pele era marrom, e estava usando um cardigan vermelho, que se estendia até um pouco abaixo do joelho, e por baixo vestia uma camiseta azul, com uma calça cigarrete preta.
Calçava uma bota cano curto de tons cinza. Ela atravessava o salão com pressa, parecia se incomodar com a quantidade de pessoas que estavam no local.
– Ei, tá pronta para ir? – disse um rapaz de cabelos dourados.
Ele se chamava Felix. Félix foi a primeira pessoa que Letícia conheceu quando chegou em São Francisco.
Fazia seis meses que ela tinha se mudado por conta de um estágio que havia conseguido em uma empresa de jogos chamada Dark House Game Studios. Era o sonho de Letícia trabalhar em criações de jogos, e viu uma ótima oportunidade quando a Dark House anunciou que estava abrindo vagas de estágios para b
rasileiros. Letícia logo t
ratou de se i nscrever p
ara
concorrer a uma das vagas. O processo de seleção durou quase três meses, e no fim Letícia foi uma das selecionadas.
Letícia ouve dedos e
stalando em sua frente, fazendo e
la voltar
sua atenção para Félix.
– Então? Você quer ir embora agora? – Felix pergunta novamente.
– N-não, acho que vou ficar mais um pouco. – gaguejou Letícia.
– certeza?
– sim.
– Então passo na sua casa mais tarde.
– para quê?
– para a gente ir para o bar, ou você já desistiu?
Letícia andava deprimida, pois fazia quase um mês que ela havia terminado com sua namorada. E naquela manhã Félix veio com dois convites para uma exposição da Alex Leblanc, a qual Letícia era muito fã. E dês que os dois saíram de casa, ele não parava de falar sobre um bar que a Zoey – uma amiga em comum que Félix estava interessado - havia lhe apresentado, e ele queria levar Letícia para tentar esquecer sua ex.
– Claro que não – Letícia dá um soquinho no ombro de Félix.
–, você insistiu tanto que eu fosse, e a Zoey vai estar lá, quem sabe eu tenha alguma chance com ela.
– Nem pense nisso, – Félix sabe que Letícia nunca faria algo assim sabendo que ele tem interesse em Zoey, e e
le e
stava certo,
Letícia nunca faria algo desse tipo. – passo na sua casa às 08h, okay?
– Okay. – os dois se despedem com um soquinho.
Logo depois que Félix vai embora, Letícia vê aquela mulher passando de volta, parecia estar irritada, e logo atrás dela via uma outra mulher, um pouco mais alta que a Letícia.
– EMMA ESPERA!!! – falava a mulher que via logo atrás dela.
Então ela se chama Emma.
Pensou Letícia.
Letícia adentrou o seu apartamento, e se jogou em sua cama.
O apartamento se resume a um quarto, com uma cama, uma tv, um videogame, um espaço que seria a cozinha, e um banheiro que só cabia uma pessoa. Foi o mais digno que Letícia pode pagar. Ela tira os sapatos, pega o seu laptop, e inicia uma chamada de vídeo. Depois de um tempo alguém finalmente atende.
– Olha quem lembrou q
ue ainda tem i rmã. – d
isse Carol, a
irmã
mais velha de Letícia.
– Até parece que eu não te liguei ontem.
– Ontem? Achava que fazia um mês.
As duas riram por um tempo.
– Então? Como você está hoje? – perguntou Carol de boca cheia.
– Na verdade estou ótima, e é falta de educação falar de boca cheia.
Carol mostra o dedo médio em um gesto vulgar, e Letícia respondi com o mesmo gesto.
Carol e Letícia sempre foram próximas, compartilhavam tudo, tanto é que ela foi a primeira pessoa que Letícia contou que era gay. Foi em uma noite, Letícia tinha 14 anos, Carol havia acabado de chegar do seu trabalho. Letícia estava nervosa, mas tinha que contar aquilo para alguém, não aguentava mais guardar aquele segredo, e sua irmã era a melhor pessoa para ela contar. Letícia foi até Carol, respirou fundo, e disse, eu sou gay
, e l ogo depois ela começou a chorar, Carol abraçou a sua irmã mais nova e disse que estava tudo bem.
– Você tem algo para me contar não é? – Carol sempre sabia quando Letícia queria lhe contar algo.
– Você me conhece bem.
– Não me diga que é sobre a Laura, porque eu já não aguento mais essa garota.
– Não é sobre ela.
– E é sobre o que?
– Eu fui hoje para uma exposição da Alex Leblanc.
– Espera, não vai me dizer que ela estava lá, por que é muito provável que eu tenha um ataque cardíaco. – disse Carol enquanto colocava a mão em seu peito.
A Alex Leblanc nunca apareceu em público, era algo que todos esperavam acontecer. Sempre havia notícias de que ela finalmente iria revelar seu rosto, mais nunca eram notícias verdadeiras. Uma vez até apareceu um homem dizendo que se tratava dela, mas isso foi comprovado que também era só mais uma mentira.
– Não foi isso. – Letícia revirava os olhos.
– Então me fala de uma vez o que foi.
– Eu vi uma garota hoje durante a exibição, ela era linda, provavelmente a mulher mais linda que eu já vi na minha vida.
– havia um brilho em seus olhos.
– Você falou o mesmo da Laura.
– Você é bem estraga prazeres às vezes.
– Não, espera. – havia um sorriso no rosto da Carol. – você falou com ela?
– Na verdade não, só vi quando ela entrou, e quando saiu, e aliás, parecia está bem brava.
– Então você nem sabe como ela se chama.
– Emma, o nome dela é Emma.
– É meio bizarro você saber o nome de alguém depois de ter a visto uma vez. Vai me dizer que você é algum tipo de stalker.
– O quê? Não, tinha uma mulher gritando o nome dela na galeria.
Letícia escuta um choro de beber no meio da chamada.
– Droga, ele acordou. – disse Carol. – preciso ir, depois a gente conversa.
– Okay, pode ir fazer o papel de boa mãe.
As duas e
ncerram a chamada de vídeo, e Letícia se levanta em direção ao banheiro.
Era quase 8h quando Félix bateu em sua porta. Letícia havia acabado de se arrumar. Felix usava o s
eu cabelo amarrado p
ara
trás, vestia uma camisa de manga longa, da cor vermelha, e uma calça jeans. Ele não era muito bonito, mas existia um charme que encantava as garotas, além da simpatia.
– Nossa! Você tá muito bonita. – Félix sempre costuma fazer esse tipo de comentário sobre Letícia, mas nunca existe m alícia
vindo de suas palavras.
Letícia usava uma jaqueta preta, com uma blusa vermelha por dentro, seu cabelo era curto e loiro, com um dos lados raspados. Ela pega seu celular junto com sua carteira e chaves, tranca a porta, e os dois seguem no corredor.
Ela estava na garupa de uma moto, agarrando a cintura de Félix. A moto não é dele, e sim de um colega de quarto, que o emprestou aquela noite. Letícia não conseguia parar de pensar