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Desaforos amorosos de uma desprogramadora de medos
Desaforos amorosos de uma desprogramadora de medos
Desaforos amorosos de uma desprogramadora de medos
E-book124 páginas57 minutos

Desaforos amorosos de uma desprogramadora de medos

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Sobre este e-book

Medo do que os outros vão pensar, medo do que o chefe vai dizer, medo de não ganhar dinheiro, medo dos relacionamentos, medo de se olhar no espelho, medo de não ter um propósito na vida...
Os medos são programações mentais que muitas vezes podem ser desconstruídas com um novo olhar.
Aceite este convite: seja qual for o seu medo, existe um desaforo que pode desprogramá-lo com amor e bom humor!
Escolha o seu desoforo e seja feliz!
IdiomaPortuguês
EditoraSkoobooks
Data de lançamento21 de jan. de 2021
ISBN9786587039633
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    Desaforos amorosos de uma desprogramadora de medos - Darlene Coelho

    SOBRE DESAFOROS AMOROSOS…

    Sabe quando a gente pergunta pra uma criança quem ela quer ser, na história, e ela responde que quer ser a fada ou o cavaleiro ou o leão?

    Quando eu era pequena, contava-se uma história¹ sobre um rei que acreditou em dois malandros que cobraram para tecer-lhe uma roupa que só os inteligentes conseguiam enxergar. Enganado por sua vaidade, o rei pagou uma fortuna pelo traje invisível, andou peladão pelo reino, e toda a corte, querendo parecer inteligente, aplaudiu e celebrou o cortejo.

    Até que um menino começou a gritar e apontar, gargalhando, na direção do rei: O rei está nu, o rei está nu!. Finalmente, a corte ficou escandalizada, e o rei também. Imaginem vocês, diante de uma história dessas, se eu havia de querer ser fada, cavaleiro ou leão (hummm… peraí… dependendo do leão… talvez…).

    Esse jeito insuportável de ser, apontando incoerências e dando risada, muito me representa. Há em mim uma parte tão ingênua quanto irritante, que pensa que seria possível evitar o sofrimento, meu e dos outros, se todos deixassem de usar máscaras e, com humor, conseguissem viver uma vida mais autêntica. Por anos, venho observando os dramas existenciais humanos e percebo que alguns deles estão baseados em chavões, ou ideias preconcebidas, ou repetições de crenças que, por vezes disfarçadas de autoajuda, só servem pra minar a autoestima e a autoconfiança de quem as repete.

    Mas nem sempre esse engano é visível. Fico indignada de ver uma pessoa incrível deixando de ser quem ela é, tentando parecer boa o suficiente aos olhos dos outros, fingindo acreditar em absurdos, e é por isso que, tão ingênua quanto irritantemente, tento desconstruir essas crenças ou medos, que considero limitantes.

    Ao longo da vida, em reuniões de trabalho, de família, em salas de aula, conselhos, treinamentos, vivências, congressos, workshops, muitas vezes fui a voz que deixou todo mundo nu. Minha intenção era boa, juro. Mas tá aí o inferno, lotado, como sabemos.

    E assim eu seguia, desnudando as ideias que me pareciam abusivas. As reações das pessoas me mostraram que há razões muito fortes pra preferirem continuar fazendo de conta que está tudo bem. Elas são bem apegadas aos seus dramas e não gostam nadinha de vê-los desconstruídos publicamente. Algumas pessoas até me agradeciam fora da sala, no corredor, por e-mail, mas ali, na frente da corte, me fuzilavam, por considerarem que eu estava lhes dirigindo um desaforo pessoal, e fui acusada de ser agressiva e arrogante. Demorou muito para eu vir a ser, como hoje, remunerada pela minha capacidade de ajudar os outros a identificar seus pontos cegos.

    Daí pensei em uma maneira de dar vazão às minhas indignações sem ofender ninguém, pessoalmente. Pensei que, talvez, escrevendo, leria quem quisesse, e as pessoas se sentiriam mais à vontade com suas próprias carapuças. Para meu espanto, tudo aquilo que eu dizia e soava tão ofensivo ao vivo e a cores foi muito melhor aceito e até transmitido on-line; meu texto era compartilhado entre amigos e desconhecidos, não poucas vezes com uma recomendação pessoal: Olha aqui o que a Darlene escreveu! Chupa essa manga!. Eu repousei na certeza de que a agressividade não está só em mim.

    Mas a maioria conseguia reconhecer que estou tentando passar uma mensagem amorosa. Gus Benke, um dos amigos mais queridos e perspicazes, traduziu meu estilo como cavalo de troia invertido. Como assim, Gus? Você pensa que vai te foder, mas no fim descobre que é um presente.

    Adorei.

    Dali a pouco começaram a me pedir cadê aquele seu texto sobre o dinheiro? E aquele sobre não ser responsável por aquilo que cativas? E aquele que você fala sobre se vestir como mulher?… e eu lá sabia onde estavam os textos? Escrevo pela mesma razão que canto: porque é inevitável. Inspirada por algo que me aconteceu naquele momento ou semana, sem rascunhos, sem revisão ortográfica e, na esmagadora maioria das vezes, sem prudência nem ambição alguma. Passei um inverno juntando meus alfarrábios virtuais e, sob o olhar genuinamente curioso e a infinita paciência de Raquel Benchimol, a coletânea Desaforos amorosos… nasceu e permaneceu como uma vazão descompromissada de textos espontâneos que publiquei ao longo de uns dois anos em minha página pessoal de uma rede social.

    Escrevo como falo e como vivo. Não tem embasamento científico ou literário. Não tem ordem cronológica ou emocional. Não quer causar impacto nem deixar um legado. Tem um pouco de lucidez, um pouco de insensatez. Tem ironia profunda. Tem arrogância avançada. Tem puxões de orelha, seguidos de um abraço com cheiro de baunilha. Tem ritmo, e três verbos em sequência. Tem a cara da Darlene, com breves lampejos de compaixão. É uma experiência. Eu curti à beça. Mas não espero que vocês curtam também. Vocês façam o que quiserem de suas vidas.

    1A roupa nova do imperador, de Hans Christian Andersen.

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