Emoção criativa
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Sobre este e-book
Pedro Garcia de Moura
Pedro Garcia de Moura (@__pepegarcia) é o fotógrafo criador do perfil Cartiê Bressão, com exposições e publicações no Palácio do Planalto, Instituto Inhotim, CCBB e Aeroporto do Galeão; co-fundador da plataforma de shows Queremos! – convidados para falar sobre seu modelo de negócios no MIT, TEDx, TechCrunch e World Economic Forum; premiado criativo publicitário com carreira internacional, palestrante no SXSW, Wired Festival e consultor de criatividade para marcas e artistas.
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Pré-visualização do livro
Emoção criativa - Pedro Garcia de Moura
. Sumário .
Apresentação
Prefácio
Introdução
Sobre este livro e mais um pouco
Para começo de conversa
Este livro – modo de usar
O que é arte
Ser artista
Essência
Vocação e Propósito
Expressão e Coragem
Ego e Amor Próprio
Rigidez e Flexibilidade
Linguagem e Vocabulário
Moda e Tendências
Influências
Poesia e Mistério
Saúde
Fluxo e Instinto
Fluência
A criança interior
O artista interior
Presença
Desapego
Exercícios – Parte I
Exercícios – Parte II
Exercícios – Parte III
Conclusão
Próximos Passos
Posfácio
Apêndice I – Lista de perguntas
Apêndice II – O questionário Proust
Bibliografia
Lista de Links
Agradecimentos
© Pedro Garcia de Moura, 2021
Foto e capa
Pedro Garcia de Moura
Revisão de originais
Maria Eduarda C. de Garcia
Projeto gráfico
Laura Fleury
Revisão
Laura Chaloub
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Moura, Pedro Garcia de
Emoção criativa / Pedro Garcia de Moura. – Rio de Janeiro: Ventania Editorial, 2021.
ISBN 978-65-995862-0-0
1. Arte 2. Criatividade 3. Emoções I. Título.
21-78084 CDD-153.35
Índices para catálogo sistemático:
1. Emoção criativa : Psicologia 153.35
Cibele Maria Dias - Bibliotecária - CRB-8/9427
para Angela Herz
Que eu possa manter o coração aberto para o novo, para o conhecimento e para a descoberta.
Que eu tenha a capacidade de reproduzir aquilo de melhor que eu consegui aprender de todos aqueles que me ajudaram ao longo do caminho.
E que a criação seja sempre libertadora.
Acho que você está precisando conversar com suas emoções.
Cena 1
– Mãe, acho que você está precisando conversar com o Pedro.
– Quem é Pedro?
Do outro lado da linha, meu filho descreveu o currículo de um publicitário inquieto e brilhante, cheio de prêmios internacionais e projetos apaixonantes. E finalizou:
– Ele anda fazendo um trabalho muito sério de branding pessoal. Acho que pode ser ótimo para você.
Embatuquei. É certo que eu precisava de orientação. Aos 60 anos, já tinha dado certo
em muitas áreas, acumulava meus próprios prêmios na estante, mas não estava segura de qual caminho seguir. No entanto, a palavra branding repercutia negativamente em mim. Não queria ser tratada como uma marca, ou como um produto. Ora bolas, sou uma pessoa... Uma escritora com larga experiência editorial... Que só está confusa a respeito de para onde dirigir sua energia.
Marquei a entrevista com certa má vontade. Não acreditava que sairia nada de muito útil dali. Ainda assim, fiz meu dever de casa. Montei uma lista com todas as vivências profissionais que julgava relevantes e marquei uma conversa com o Pedro.
Para minha surpresa, as perguntas dele não tinham nada a ver com o que eu tinha anotado. Pedro não parecia muito interessado na minha experiência concreta. Queria, antes, saber quais músicas me sensibilizavam, quais cenas de filmes me faziam rir ou chorar, quais livros me provocavam, quais imagens me evocavam momentos positivos ou negativos. Em pouco mais de quinze minutos de entrevista, eu tinha sido abduzida para um lugar até então desconhecido para mim e que, à falta de melhor definição, vou chamar de minha emoção produtiva.
Até aquele momento, eu jamais tinha pensado minha carreira em termos emocionais. Quando tomava decisões, elas nunca levavam em conta determinados cheiros, sons, imagens, temperaturas, vontades de rir ou de chorar, raivas, pequenas felicidades... Nada daquilo combinava com o que eu entendia ser uma trajetória profissional. E, perplexa, descobri que elas eram a essência de tudo o que produzia. A explicação racional sempre vinha depois. Quem tinha, realmente, tomado a decisão era uma outra eu. Uma eu
que a entrevista, magicamente, revelava.
Cena 2
A entrevista tinha sido muito mobilizadora, mas eu tinha que seguir adiante e não me julgava capaz de, simplesmente, deixar de fazer coisas que não me agradavam ou não combinavam comigo. Afinal, eu precisava sobreviver. A conversa com o Pedro tinha tocado em pontos muito epidérmicos e significativos demais para que eu os ignorasse. Mas eu não via como adotar aquele conjunto de conhecimentos subitamente revelados como guia confiável.
Como mudei de rumo, então? Foi tudo muito sutil. Alguns nós tinham sido desatados. E, a partir dali, passei a recusar determinados trabalhos, a abrir espaço para outras experiências, a encarar com mais segurança alternativas que, antes, me pareciam inviáveis.
O resultado – e, à falta de palavra melhor, tenho que chamá-lo de mágico – foi que vários projetos começaram a dar certo, mesmo quando minha racionalidade torcia o nariz para eles.
Eu não tinha mais como ignorar que minha vida profissional estava intimamente ligada à minha emoção. E isso incluía desde trabalhos feitos para mega corporações até minha produção autoral. Afinal, a pessoa que escrevia um texto literário era a mesma que editava o relatório anual de uma empresa multinacional ou a mesma que redigia um texto como ghost writer. Eu não era vinte, era uma só.
A virada que a nova percepção deu na minha vida resultou, entre outras experiências felizes, na Ventania Editorial, um sonho longamente acalentado, finalmente realizado e crescentemente bem-sucedido.
Depois da entrevista, não mantive mais contato com Pedro.
Cena 3
Meses mais tarde, tocava o telefone. Era Marianna Teixeira Soares, agente literária.
– Amore, tudo bom por aí? Deixa eu te contar uma coisa: estou com um livro aqui que é a cara da Ventania Editorial. Tive um papo ótimo com o autor e disse a ele: Cara, você precisa conversar com a Rosa Amanda
.
– Quem é o autor?
– Um publicitário chamado Pedro Garcia. Já ouviu falar?
Dei uma risada.
– Sim, vou adorar conversar com ele sobre o livro.
Menos de vinte e quatro horas mais tarde, foi a vez do meu filho fazer uma ligação.
– Sabe quem escreveu um livro muito incrível? O Pedro. Lembra dele?
– Claro.
– Pois é. Quando ele me falou do projeto, disse logo a ele: Cara, você precisa conversar com a minha mãe
.
Nem precisei ler o texto para saber que o lugar do livro era aqui, na Ventania Editorial.
Tem gente que chama certos movimentos inexplicáveis da vida de vontade do universo, teia espiritual de afinidades, magia do cotidiano. Passei a chamar de conexão criativa, um fluxo que liga todos os nossos movimentos – o que inclui os profissionais – à nossa emoção. Ele está ali, sempre esteve ali, mas nem sempre conseguimos nos dar conta de sua existência.
O que Pedro Garcia nos oferece, neste livro, é um roteiro para acessar esse tesouro interno, que faz parte de todos nós, sejamos profissionais denominados criativos ou não. Você pode ser artista plástico, head comercial, ascensorista, camelô, musicista, astronauta, gari, anatomopatogista, poeta, coveiro, arquivista, radiologista, CEO, jornalista... Mas pode ter certeza de uma coisa: o que faz a diferença no seu dia a dia profissional é a sua criatividade – ou seja, sua capacidade de conectar-se à emoção que o trabalho desperta em você.
O resultado dessa conexão varia demais de pessoa para pessoa. Não existe fórmula universal. Como você verá ao longo deste livro, as histórias de quem ousou abrir as portas da emoção criativa mostram desde profissionais que aprenderam a elaborar contratos mais justos até artistas que produziram seus trabalhos mais intensos.
Não existe receita, mas existe caminho.
Se eu puder resumir o espírito desse caminho, diria: você precisa aprender a conversar com a sua emoção criativa.
Rosa Amanda Strausz
É escritora e editora da Ventania Editorial
. Prefácio .
Todo mundo pode ser um artista. Nem todo mundo consegue ou quer viver da própria arte, mas todos têm a capacidade de se expressar. Se você já disse eu te amo
para alguém de maneira sincera, você já transmitiu seus sentimentos e, quando isso é feito através de algo que você cria, isso é arte. Qualquer coisa. De canções a arranjos com plantas ou criações culinárias, tudo pode ser arte se transmite seus sentimentos. É a partir da conexão da expressão e do sentimento com nossas características individuais que surge um processo criativo mais potente, único e transformador. Ao permitir que nossos sentimentos se expressem livremente, tocamos em nossa essência e, aos poucos, damos a ela permissão para criar a partir de seu próprio estilo e ritmo. É assim que criamos uma conexão verdadeira com o mundo.
Ao longo da vida, no entanto, vamos construindo carapaças para não sofrer, para ser amados ou para lidar com dificuldades. Vamos deixando de sentir. Este livro é para que todos possamos superar nossos medos, enxergar nosso artista interior e deixá-lo falar fluentemente, dando vazão a seus sentimentos.
O método aqui descrito é fruto de inúmeros encontros que tive com os mais variados tipos de pessoas que trabalham com a criatividade, como artistas, comunicadores e empreendedores. Nos últimos anos, individualmente e em workshops coletivos, refletimos juntos sobre como ter acesso à emoção criativa de cada um, driblando o lado racional para atingir o lado emocional, e despertar o que cada um traz de único, encontrando uma fonte de potência, saúde e evolução pessoal.
Esse processo permite conectar a arte proveniente desse fluxo com um propósito interno. Independentemente do sucesso comercial ou da realização interior, ela também é capaz de transformar e ressignificar quem a pratica e quem a consome. Quando uma pessoa está conectada com seu fluxo criativo, toda forma de expressão se transforma num catalisador de seu brilho interior. É como viver em estado de arte, ou estado de poesia.
Emoção criativa propõe uma metodologia para chegar a conclusões que possam ser materializadas em projetos práticos. Vamos mergulhar na investigação da nossa relação com a arte, a cultura e os sentimentos que vêm junto com isso, para tentar descobrir, não quem achamos que somos ou quem queremos ser, mas sim quem somos de fato.
Pedro Garcia de Moura
Arantina/MG, verão de 2021
. Introdução .
Se você fosse escrever um livro, qual seria sua frase de abertura?¹ Existem perguntas que conseguem revelar nossa essência de maneira indireta