Memória viva e interatividade (vol 1): Testemunhos atuais sobre Nelson Werneck Sodré
De Olga Sodré
()
Sobre este e-book
Leia mais títulos de Olga Sodré
Memória viva e interatividade (Vol. 4): Testemunhos atuais sobre Nelson Werneck Sodré Nota: 0 de 5 estrelas0 notasMemória viva e interatividade (vol. 2): Testemunhos atuais sobre Nelson Werneck Sodré Nota: 0 de 5 estrelas0 notasMemória viva e interatividade (vol. 5): Testemunhos atuais sobre Nelson Werneck Sodré Nota: 0 de 5 estrelas0 notasMemória viva e interatividade (vol. 3): Testemunhos atuais sobre Nelson Werneck Sodré Nota: 0 de 5 estrelas0 notas
Relacionado a Memória viva e interatividade (vol 1)
Ebooks relacionados
Memórias Digitais: Histórias Escolares nas Comunidades do Orkut Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA simplicidade de um rei: Trânsitos de Roberto Carlos em meio à cultura popular de massa Nota: 0 de 5 estrelas0 notasMemória viva e interatividade (vol. 6): Testemunhos de encerramento sobre Nelson Werneck Sodré Nota: 0 de 5 estrelas0 notasCompensação e cegueira: Um estudo historiográfico Nota: 0 de 5 estrelas0 notasBiografia e História em Raimundo Magalhães Junior: Narrativas de panteonização e iconoclastia Nota: 0 de 5 estrelas0 notasMemórias de vida: Poesia e prosa Nota: 0 de 5 estrelas0 notasQuem Não é Visto Não é Lembrado: Biografia, Retrato, Prestígio e Poder no Brasil do Século XIX (1800-1860) Nota: 0 de 5 estrelas0 notasTecituras das Cidades: História, Memória e Educação Nota: 0 de 5 estrelas0 notasCrônicas Do Meu Lugar Nota: 0 de 5 estrelas0 notasComo Fica A Comunicação Não Verbal Num Mundo Virtual Nota: 0 de 5 estrelas0 notasCrer e Saber: pilares da vida de Urbano Zilles Nota: 0 de 5 estrelas0 notasQuando não é quase a mesma coisa: traduções de Lev Semionovitch Vigotski no Brasil Nota: 0 de 5 estrelas0 notasLapponia: A descrição dos povos sámi e o projeto imperial sueco na obra de Johannes Schefferus (1648-1673) Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO jornal "A Voz da Infância" (1936-1950): Educação e cultura na modernidade paulistana Nota: 0 de 5 estrelas0 notasGuia do Politicamente Correto Nota: 0 de 5 estrelas0 notasHistória da Ponte Internacional da Amizade: Representações de um espaço binacional Nota: 0 de 5 estrelas0 notasReflexões De Um Lobo Solitário Nota: 0 de 5 estrelas0 notasComo ler um texto de filosofia Nota: 4 de 5 estrelas4/5O Reflexo de Narciso nas Águas da Internet: Consumo e Narcisismo nas Sociabilidades em Rede Nota: 0 de 5 estrelas0 notasCultura Política e Islã: História e Representações Nota: 0 de 5 estrelas0 notasHaroldo de Campos: para sempre Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA Última Dança Nota: 5 de 5 estrelas5/5Viagens virtuais psicodramáticas: A travessia da Sociedade de Psicodrama de São Paulo Nota: 0 de 5 estrelas0 notasAs narrativas transmidiáticas no Ensino Médio: da leitura crítica da obra O Bem Amado à produção textual Nota: 0 de 5 estrelas0 notasArtes, mídias e outras literaturas Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPelo muito amor que lhe tenho: A família, as vivências afetivas e as mestiçagens em Minas no século XVIII Nota: 0 de 5 estrelas0 notasHipertexto: um gesto de leitura projetado na composição de textos produzidos em mídia digital Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPoéticas como políticas do gesto Nota: 0 de 5 estrelas0 notasEnvelhecimento E Sexualidade Nota: 0 de 5 estrelas0 notasNA VELOCIDADE DA TECNOLOGIA: a transformação digital e os impactos na sociedade Nota: 0 de 5 estrelas0 notas
Ensaios, Estudo e Ensino para você
O Grande Computador Celeste Nota: 5 de 5 estrelas5/5A Peste Negra: A Europa dizimada no século XIV Nota: 0 de 5 estrelas0 notasRebeldes e marginais: Cultura nos anos de chumbo (1960-1970) Nota: 0 de 5 estrelas0 notasProvíncia Imensa e Distante: Goiás de 1821 a 1889 Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO desastre nuclear de Chernobyl: O desastre nuclear e as suas consequências devastadoras Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPedagogia das Encruzilhadas Nota: 4 de 5 estrelas4/5Barreirinha conta a sua história Nota: 0 de 5 estrelas0 notasAnos 40: Quando o mundo, enfim, descobriu o Brasil Nota: 0 de 5 estrelas0 notasEncantamento: sobre política de vida Nota: 5 de 5 estrelas5/5Capoeiras e malandros: Pedaços de uma sonora tradição popular (1890-1950) Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO Enigma Gilberto Freyre: ensaios de imersão Nota: 0 de 5 estrelas0 notasFlecha no tempo Nota: 5 de 5 estrelas5/5Corpo: sujeito objeto Nota: 0 de 5 estrelas0 notasBumbás da Amazônia: Negritude, intelectuais e folclore (Pará, 1888-1943) Nota: 0 de 5 estrelas0 notasHistória e ensino de história hoje: Uma defesa Nota: 0 de 5 estrelas0 notasEnsaios e inéditos Nota: 0 de 5 estrelas0 notas"Diz o índio...": Políticas Indígenas no Vale Amazônico (1777-1798) Nota: 0 de 5 estrelas0 notasSinfonia de Birimbau Cultura da Capoeira em Música Clássica Nota: 0 de 5 estrelas0 notasFogo no mato: A ciência encantada das macumbas Nota: 3 de 5 estrelas3/5Histórias das justiças 1750-1850: Do reformismo ilustrado ao liberalismo constitucional Nota: 0 de 5 estrelas0 notasExplorações: Ensaios de sociologia interpretativa Nota: 0 de 5 estrelas0 notasHistória e dimensões do imperialismo: A crescente dependência externa do Brasil Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA medida de todas as coisas Nota: 0 de 5 estrelas0 notasManual Jurídico da Escravidão (vol. 2): Cotidianos da opressão Nota: 5 de 5 estrelas5/5Amai e... não vos multipliqueis Nota: 0 de 5 estrelas0 notasTrabalhadores e trabalhadoras: Capítulos de história social Nota: 0 de 5 estrelas0 notas1822: Café e a jornada da independência Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO lado sombrio dos contos de fadas: A Origem Sangrenta das Histórias Infantis Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPedrinhas miudinhas: Ensaios sobre ruas, aldeias e terreiros Nota: 4 de 5 estrelas4/5Chico Xavier: Uma Mentira? Nota: 1 de 5 estrelas1/5
Categorias relacionadas
Avaliações de Memória viva e interatividade (vol 1)
0 avaliação0 avaliação
Pré-visualização do livro
Memória viva e interatividade (vol 1) - Olga Sodré
INTRODUÇÃO
RENOVAÇÃO DA MEMÓRIA PELA INTERATIVIDADE
– NELSON WERNECK SODRÉ NO NOVO CONTEXTO DA COMUNICAÇÃO EM REDE –
Olga Sodré
Sérgio Caldieri
Conexão Mundial em Rede
Fonte: Disponível em: https://bit.ly/2XokytX. Acesso em: 8 dez. 2021.
1. Novas formas de relação e comunicação
Com a aproximação dos 110 anos de Nelson Werneck Sodré (1911-1999), despontou a ideia de criar um blogue em sua homenagem. Em 2011, havíamos comemorado de forma maravilhosa o seu centenário. Em 2019, publiquei dois livros pela Paco Editorial sobre ele, a fim de começar a impulsionar as celebrações dos 110 anos em 2021: Desenvolvimento brasileiro e luta pela cultura nacional e Odisseia de um general do povo e de sua geração intelectual. No final de 2020, ao nos aproximarmos dessas celebrações, brotou o projeto do blogue Memória Viva de Nelson Werneck Sodré, como uma nova forma de homenagem.
Ao longo do trabalho de construção deste blogue, fiz muitas descobertas sobre como manter viva sua memória. Tendo adotado o caminho das redes sociais para transmitir o conhecimento da obra dele, considerei importante respeitar as inovações das formas de linguagem e escrita, embora seguindo em meus textos as regras clássicas de nossa língua. Minha participação, nessas redes e na construção do blogue em homenagem a ele, muito me ensinou sobre a questão da memória como algo vivo a ser constantemente atualizado. Concluí que ela não é, de modo algum, apenas uma forma de registro do passado ou um objeto morto a ser preservado e pesquisado pelos estudiosos do assunto.
Tendo em vista a riqueza dos testemunhos de vários estudiosos e leitores da obra do autor, em particular entre os mais jovens, ocorreu-me reunir essa experiência inovadora sobre o memorialismo em um livro que contribuísse não só para a preservação da memória de Nelson Werneck Sodré, mas também para o aprofundamento desta questão. Estes testemunhos e os novos olhares e interpretações sobre um escritor que é patrimônio da cultura nacional podem criar novos referenciais humanos e sociais para as futuras gerações, estimulando os que o lerem a retornarem a um estudo mais aprofundado de sua obra.
Como estamos atravessando um sombrio período de desvalorização da educação e da cultura, torna-se vital rever a experiência de uma geração intelectual que floresceu numa época de efervescência cultural e debate democrático. Espero justamente que este esforço de recuperação da memória possa atingir brasileiros de diferentes pontos de vista e pessoas que não necessariamente partilhem as mesmas concepções de mundo de Nelson Werneck Sodré, porém aspirem como ele a um ideal de vida democrática, de superação das injustiças sociais, de desenvolvimento e paz. Só assim poderemos ultrapassar o contexto de violência e ódio no qual estamos vivendo, sem podermos realmente conviver e compartilhar nosso patrimônio cultural e nossos ideais nem mesmo com os nossos familiares e amigos que pensam de modo diverso.
Venho, portanto, enfatizando em minhas publicações sobre Nelson Werneck Sodré que a história e as memórias não são registros de fatos passados e pessoas mortas. Entendo a memória como uma construção viva que transmite ao presente e ao futuro o sumo das experiências das gerações anteriores a serem continuamente revistas e atualizadas. Se elas permanecerem vivas em nós, elas podem nos permitir avançar com passos firmes em nossa história, renovando-a pela nossa vida e participação histórica.
Percebo muitas pessoas e intelectuais absorvidos pelas discussões correntes e pelos confrontos dos personagens presentes no cenário atual, esquecendo-se da perspectiva histórica e da elaboração de projetos futuros. No entanto, a renovação humana e social depende de sua íntima relação com o tronco da história e da cultura no qual estamos inseridos e do qual recebemos o alimento para a transformação do momento presente e a força que nos impulsiona a continuarmos avançando. Quando ignoramos, apagamos ou negamos nossa história e nossa memória, não temos raízes para nos posicionarmos e mudarmos o curso dos acontecimentos.
A ideia de interatividade é recente. Ela surgiu com o desenvolvimento da informática e o advento da internet, e está presente em quase tudo que nos cerca hoje: TV, rádio, jogos e aparelhos eletrônicos. O conceito de interatividade transcende a prática