Memória viva e interatividade (vol 1): Testemunhos atuais sobre Nelson Werneck Sodré
De Olga Sodré
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Memória viva e interatividade (vol 1) - Olga Sodré
INTRODUÇÃO
RENOVAÇÃO DA MEMÓRIA PELA INTERATIVIDADE
– NELSON WERNECK SODRÉ NO NOVO CONTEXTO DA COMUNICAÇÃO EM REDE –
Olga Sodré
Sérgio Caldieri
Conexão Mundial em Rede
Fonte: Disponível em: https://bit.ly/2XokytX. Acesso em: 8 dez. 2021.
1. Novas formas de relação e comunicação
Com a aproximação dos 110 anos de Nelson Werneck Sodré (1911-1999), despontou a ideia de criar um blogue em sua homenagem. Em 2011, havíamos comemorado de forma maravilhosa o seu centenário. Em 2019, publiquei dois livros pela Paco Editorial sobre ele, a fim de começar a impulsionar as celebrações dos 110 anos em 2021: Desenvolvimento brasileiro e luta pela cultura nacional e Odisseia de um general do povo e de sua geração intelectual. No final de 2020, ao nos aproximarmos dessas celebrações, brotou o projeto do blogue Memória Viva de Nelson Werneck Sodré, como uma nova forma de homenagem.
Ao longo do trabalho de construção deste blogue, fiz muitas descobertas sobre como manter viva sua memória. Tendo adotado o caminho das redes sociais para transmitir o conhecimento da obra dele, considerei importante respeitar as inovações das formas de linguagem e escrita, embora seguindo em meus textos as regras clássicas de nossa língua. Minha participação, nessas redes e na construção do blogue em homenagem a ele, muito me ensinou sobre a questão da memória como algo vivo a ser constantemente atualizado. Concluí que ela não é, de modo algum, apenas uma forma de registro do passado ou um objeto morto a ser preservado e pesquisado pelos estudiosos do assunto.
Tendo em vista a riqueza dos testemunhos de vários estudiosos e leitores da obra do autor, em particular entre os mais jovens, ocorreu-me reunir essa experiência inovadora sobre o memorialismo em um livro que contribuísse não só para a preservação da memória de Nelson Werneck Sodré, mas também para o aprofundamento desta questão. Estes testemunhos e os novos olhares e interpretações sobre um escritor que é patrimônio da cultura nacional podem criar novos referenciais humanos e sociais para as futuras gerações, estimulando os que o lerem a retornarem a um estudo mais aprofundado de sua obra.
Como estamos atravessando um sombrio período de desvalorização da educação e da cultura, torna-se vital rever a experiência de uma geração intelectual que floresceu numa época de efervescência cultural e debate democrático. Espero justamente que este esforço de recuperação da memória possa atingir brasileiros de diferentes pontos de vista e pessoas que não necessariamente partilhem as mesmas concepções de mundo de Nelson Werneck Sodré, porém aspirem como ele a um ideal de vida democrática, de superação das injustiças sociais, de desenvolvimento e paz. Só assim poderemos ultrapassar o contexto de violência e ódio no qual estamos vivendo, sem podermos realmente conviver e compartilhar nosso patrimônio cultural e nossos ideais nem mesmo com os nossos familiares e amigos que pensam de modo diverso.
Venho, portanto, enfatizando em minhas publicações sobre Nelson Werneck Sodré que a história e as memórias não são registros de fatos passados e pessoas mortas. Entendo a memória como uma construção viva que transmite ao presente e ao futuro o sumo das experiências das gerações anteriores a serem continuamente revistas e atualizadas. Se elas permanecerem vivas em nós, elas podem nos permitir avançar com passos firmes em nossa história, renovando-a pela nossa vida e participação histórica.
Percebo muitas pessoas e intelectuais absorvidos pelas discussões correntes e pelos confrontos dos personagens presentes no cenário atual, esquecendo-se da perspectiva histórica e da elaboração de projetos futuros. No entanto, a renovação humana e social depende de sua íntima relação com o tronco da história e da cultura no qual estamos inseridos e do qual recebemos o alimento para a transformação do momento presente e a força que nos impulsiona a continuarmos avançando. Quando ignoramos, apagamos ou negamos nossa história e nossa memória, não temos raízes para nos posicionarmos e mudarmos o curso dos acontecimentos.
A ideia de interatividade é recente. Ela surgiu com o desenvolvimento da informática e o advento da internet, e está presente em quase tudo que nos cerca hoje: TV, rádio, jogos e aparelhos eletrônicos. O conceito de interatividade transcende a prática
