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Conversa cruzada
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E-book339 páginas10 horas

Conversa cruzada

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Sobre este e-book

Este livro pode ajudá-lo a ler a Bíblia e a "ler" as pessoas de maneira a promover o uso da Escritura centrado no evangelho e pessoalmente relevante na ministração a outros. Ele descreve uma maneira de usar as Escrituras para ajudar as pessoas a crescerem mais plenamente no amor a Deus e aos outros em meio às complexidades enfrentadas por elas na vida diária.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento5 de nov. de 2021
ISBN9786559890217
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    Conversa cruzada - Michael R. Emelt

    Capítulo 1

    CONECTANDO A BÍBLIA À VIDA

    É fácil ou difícil para você conectar a Bíblia à vida das pessoas de maneiras significativas? Para ajudá-lo a responder à pergunta, permita-me aplicar em você um tipo de questionário a título de autoavaliação.

    Vou apresentar-lhe dois conjuntos de perguntas: um sobre Passagens bíblicas e o outro sobre Conflitos da vida. Para a categoria Passagem bíblica, você deve pensar numa situação da vida contemporânea à qual poderia aplicar a passagem. Para a categoria Conflitos da vida, você deve escolher uma passagem bíblica que, na sua opinião, diria respeito ao problema. Cada pergunta pode ter várias repostas certas. Responda a cada pergunta antes de ler o parágrafo seguinte. Você é seu próprio fiscal, honre-se!

    Vamos começar com as passagens bíblicas.

    1. Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças (Fp 4.6).

    É mais do que provável que você tenha pensado em situações como as seguintes: confiar em Deus para vencer a preocupação numa crise financeira, lidar com a morte próxima de um ente querido, enfrentar os exames finais, pregar a primeira série de sermões, evangelizar na praia no projeto de missões no verão. O que essas respostas têm em comum? Todas são situações que podem provocar ansiedade e preocupação, certo? A passagem parece falar sobre como lidar com a preocupação; assim, naturalmente, situações que produzem ansiedade vêm à mente como pontos potenciais de aplicação.

    2. A história de José (Gn 37–50)

    Talvez venham à mente situações como as seguintes: como reagir de maneira piedosa ao ser demitido injustamente do seu emprego, como perseverar na esperança, quando perseguido por não crentes, como manter a perspectiva de que Deus está efetuando seus propósitos, mesmo numa sequên­cia de revezes, como o término de um relacionamento de dois anos ou a redução do salário no emprego. A maneira como você responde a essa pergunta depende do que acha que a história de José trata e do quanto você usou da experiência e do caráter de José na sua aplicação.

    3. Os filisteus capturam a arca da aliança (1Sm 4).

    Essa passagem talvez seja menos familiar para você. Só por isso, é possível que aplicações potenciais não venham à mente com facilidade. Mas se você leu a passagem, algo lhe vem à mente? Diferente da história de José, não há personagens para ser imitados. (Você com certeza não quer ser Hofni ou Fineias.) Ao contrário da narrativa de José, parece não haver um final feliz. Essa é uma passagem na qual a arca, o lugar da habitação de Deus, acaba capturada pelos arqui-inimigos de Israel. Foi-se a glória! O quanto dessa história é realmente aplicável? E, deveria ser aplicada em separado do que acontece nos capítulos 3 e 5?

    4. Alexandre, o latoeiro, causou-me muitos males; o Senhor lhe dará a paga segundo as suas obras. Tu, guarda-te também dele, porque resistiu fortemente às nossas palavras (2Tm 4.14-15).

    Se o primeiro pensamento que lhe ocorreu foi Hum?!, isso é bem apropriado. (Se sua resposta foi: Tomar cuidado com soldadores ateus, você merece pontos extras pela criatividade.) Falando sério, o que faria com uma passagem como essa? Poderia aplicá-la de fato a uma situação contemporânea da vida? Se conseguisse propor uma aplicação potencial, que lances interpretativos lhe permitiram produzir tal aplicação? Isso devia ser assim tão fácil?

    Vamos agora para a categoria Conflitos da vida. Para cada problema ou situação abaixo, considere que passagens bíblicas você poderia aplicar.

    1. Ira

    É provável que tenha escolhido passagens como as seguintes: Irai-vos e não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira, nem deis lugar ao diabo (Ef 4.26-27); Sabeis estas coisas, meus amados irmãos. Todo homem, pois, seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar. Porque a ira do homem não produz a justiça de Deus (Tg 1.19-20); A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira (Pv 15.1). Muito parecida com a primeira pergunta da categoria Passagens da Bíblia, esta parece fácil, certo? Com toda a probabilidade, as passagens que lhe vieram à mente mencionam a ira de alguma maneira e, sou capaz de apostar, são baseadas em ordenanças. Mas você considerou o relato de Caim e Abel? Não é uma história de ira? E quanto às passagens do Antigo Testamento que fazem referência à ira de Deus? Haveria a possibilidade de escolher alguma? E Jesus não ficou irado com os fariseus? Por fim, é sempre apropriado escolher uma passagem que não fale explicitamente sobre a ira para ajudar uma pessoa irada?

    2. Conflito em relacionamentos.

    Que tal isto? De onde procedem guerras e contendas que há entre vós? De onde, senão dos prazeres que militam na vossa carne? Cobiçais e nada tendes; matais, e invejais, e nada podeis obter; viveis a lutar e a fazer guerras. Nada tendes, porque não pedis; pedis e não recebeis, porque pedis mal, para esbanjardes em vossos prazeres (Tg 4.1-3); ou repele as questões insensatas e absurdas, pois sabes que só engendram contendas. Ora, é necessário que o servo do Senhor não viva a contender, e sim deve ser brando para com todos, apto para instruir, paciente (2Tm 2.23-24); ou talvez Seja a paz de Cristo o árbitro em vosso coração, à qual, também, fostes chamados em um só corpo; e sede agradecidos (Cl 3.15). Uma vez mais, não é tão difícil gerar uma lista de passagens que tratem do conflito de maneira bastante direta.

    3. Um casal infértil deseja saber que tecnologia a Bíblia permite usar para se conseguir a gravidez.

    Não é tão fácil, hein? Suspeito que nenhuma passagem da Escritura vem logo à mente. Pensando mais, pode-se considerar a resposta de Paulo aos coríntios, que testavam as fronteiras da liberdade cristã: Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas convêm. Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma delas (1Co 6.12). Certo, mas você entende que, nessa passagem, Paulo está enfocando a imoralidade sexual? Seria apropriado aplicá-la a um problema tão diferente? Ou você apelaria para o Salmo 139 e defenderia que a vida começa na concepção, como precaução contra a criação de múltiplos embriões? Ou há algo mais importante com o propósito de ministrar o evangelho com sabedoria e compaixão a esse casal?

    4. Um viciado em jogos de azar com transtorno bipolar, tomando agora três medicações psicoativas diferentes, e que tem uma filha que acabou de tentar o suicídio.

    Permita-me lhe poupar algum tempo. O mais apropriado aqui é a resposta de Jó: Sou indigno; que te responderia eu? Ponho a mão na minha boca. Uma vez falei e não replicarei, aliás, duas vezes, porém não prosseguirei (Jó 40.4-5). Em outras palavras, isso é complexo demais para ser solucionado com um simples apelo à Bíblia. O que não significa dizer que a Escritura é irrelevante para a luta desse homem. Muito pelo contrário! Mas é importante perceber que a facilidade de considerar o relevante testemunho da Escritura declinou de modo significativo desde o nosso primeiro exemplo.

    Agora, voltemos à minha pergunta inicial: É fácil ou difícil conectar a Bíblia com a vida? Depende, não é? Vou passar a chamar isso que você acabou de vivenciar de "o fenômeno vala versus fenômeno

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