A arte de ter razão
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Sobre este e-book
Arthur Schopenhauer
Nació en Danzig en 1788. Hijo de un próspero comerciante, la muerte prematura de su padre le liberó de dedicarse a la actividad comercial y le procuró un patrimonio que le permitió vivir de las rentas, pudiéndose consagrar de lleno a la filosofía. Fue un hombre solitario y metódico, de carácter irascible y de una acentuada misoginia. Enemigo personal y filosófico de Hegel, despreció siempre el idealismo alemán y se consideró a sí mismo como el verdadero continuador de Kant, en cuya filosofía encontró la clave para su metafísica de la voluntad. Su pensamiento no conoció la fama hasta pocos años después de su muerte, acaecida en Fráncfort en 1860. En esta misma Editorial han sido publicadas sus obras Metafísica de las costumbres (2001), El mundo como voluntad y representación I (4.ª ed., 2022) y II (5.ª ed., 2022), Parerga y paralipómena I (5.ª ed.,2023) y II (4.ª ed., 2023), Dialéctica erística, o El arte de tener razón en 38 artimañanas (2023), Diarios de viaje. Los Diarios de viaje de los años 1800 y 1803-1804 (2012) y Sobre la visión y los colores (2.ª ed., 2024).
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A arte de ter razão - Arthur Schopenhauer
Título original: Die Kunst, Recht zu behalten
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Imagem de capa: Giulia May (Unsplash)
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
S373a
Schopenhauer, Arthur
A arte de ter razão / Arthur Schopenhauer ; tradução de Petê Rissatti. – Rio de Janeiro : Nova Fronteira, 2022.
104 p. ; (Clássicos para Todos)
Formato: epub com 2,6 MB
Título original: Die Kunst, Recht zu behalten
ISBN: 978-65-5640-507-0
1. Filosofia alemã. I. Rissatti, Petê. II. Título.
CDD: 158.1
CDU: 130.2
André Queiroz – CRB-4/2242
Sumário
Capa
Folha de rosto
Créditos
Um manual de sobrevivência
Dialética erística
Base de toda dialética
38 estratagemas
Anexo
Sobre o autor
Colofão
Notas
Um manual de sobrevivência
Se este ensaio (datado de 1830) não estava completamente finalizado, tendo sido publicado postumamente em 1864, ele não deixa de ter uma inteireza conceitual a toda prova. O problema diante do qual Arthur Schopenhauer se colocou é mais do que nunca contemporâneo em uma sociedade que lincha virtualmente indivíduos quando estes participam de intervenções públicas.
O ensaio parte da seguinte premissa: em uma disputa, só é proibido perder. Não é inocente, portanto, a metáfora usada pelo filósofo ao apresentar seu conceito de dialética erística como a arte da esgrima intelectual para se ter razão
. Os contendores necessitam de habilidades tanto de ataque quanto de defesa. Daí a sistematização de regras e contrarregras na parte central do livro, os 38 estratagemas.
Simbolicamente, a espada (instrumento da esgrima) está relacionada ao domínio da expressão. O Apocalipse descreve uma espada de dois gumes a sair da boca do Verbo
(Chevalier, Dicionário de símbolos). O mesmo verbete lembra que ela designa tanto a palavra quanto a eloquência, pois a língua tem, à maneira da espada, dois gumes. Estes dois gumes fixam a potência dual da espada: destruir (acabar com algo bom) ou construir (evitar a injustiça pelo manejo da arma).
Também é duplo o aspecto deste manual de vencer um debate a qualquer preço. As estratégias — o que nos remete a uma ideia militar — podem servir para evitar o mal ou para produzi-lo, tanto justa quanto injustamente
. Ao recomendar as táticas, Schopenhauer as expõe como forma de alertar quem participa do debate público, mas o material também funciona como uma cartilha para derrotar o inimigo, como se estivéssemos em um jogo. Ensaio avesso à abstração conceitual ou a idealizações, este livro nasceu do conhecimento de nossa espécie, marcada por uma maldade natural
. Se o gênero humano é por natureza vaidoso, falastrão e desonesto, qualquer enfrentamento tem como objetivo central não a busca da verdade, mas o triunfo, a vitória, a palavra final — a afirmação do eu, do grupo, da irmandade. Na gíria de internet, o importante é lacrar
, ou seja, destruir os argumentos do adversário. Nesta guerra de discursos a que fomos expostos, impor uma vitória ao opositor é questão de sobrevivência, tanto na esfera política quanto empresarial e intelectual. Multidões são hoje levadas a forjar a própria afirmação, referendando crenças, mesmo quando falaciosas, porque elas criam um sentido de sucesso sem o qual se inexiste socialmente.
Com A arte de ter razão, Schopenhauer antecipava os grandes dilemas da humanidade sob a égide cibernética. É importante salientar que o ponto de vista assumido no ensaio não é o do inocente, o do justiceiro ou o do profeta de um novo mundo, e sim de alguém que se via como parte deste gênero imperfeito que é o humano. O filósofo escreve sem se preocupar em converter o leitor a uma verdade ou para corrigir moralmente comportamentos tidos como inadequados. Ele indica formas de sobrevivência no debate público, buscando tipificar os movimentos da espada (ou florete, ou sabre) durante a ação do esgrimista. Estes estratagemas são úteis tanto para uso próprio quanto para frustrá-los quando outra pessoa lançar mão deles
. O conhecimento filosófico acumulado é posto