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A arte de ter razão
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E-book66 páginas52 minutos

A arte de ter razão

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Sobre este e-book

Em A arte de ter razão, Schopenhauer traz orientações básicas para o enfrentamento de contendas e dilemas deste século XXI. Para o filósofo, o ser humano é por natureza vaidoso, desonesto e imperfeito, mas precisa sobreviver entre seus iguais por meio dos 38 estratagemas expostos neste livro. Estratagemas "úteis tanto para uso próprio quanto para frustrá-los quando outra pessoa lançar mão deles". Um manual de sobrevivência cotidiana num mundo regido pela expansão da internet e das redes sociais.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento6 de mai. de 2022
ISBN9786556405070
A arte de ter razão
Autor

Arthur Schopenhauer

Nació en Danzig en 1788. Hijo de un próspero comerciante, la muerte prematura de su padre le liberó de dedicarse a la actividad comercial y le procuró un patrimonio que le permitió vivir de las rentas, pudiéndose consagrar de lleno a la filosofía. Fue un hombre solitario y metódico, de carácter irascible y de una acentuada misoginia. Enemigo personal y filosófico de Hegel, despreció siempre el idealismo alemán y se consideró a sí mismo como el verdadero continuador de Kant, en cuya filosofía encontró la clave para su metafísica de la voluntad. Su pensamiento no conoció la fama hasta pocos años después de su muerte, acaecida en Fráncfort en 1860. En esta misma Editorial han sido publicadas sus obras Metafísica de las costumbres (2001), El mundo como voluntad y representación I (4.ª ed., 2022) y II (5.ª ed., 2022), Parerga y paralipómena I (5.ª ed.,2023) y II (4.ª ed., 2023), Dialéctica erística, o El arte de tener razón en 38 artimañanas (2023), Diarios de viaje. Los Diarios de viaje de los años 1800 y 1803-1804 (2012) y Sobre la visión y los colores (2.ª ed., 2024).

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    A arte de ter razão - Arthur Schopenhauer

    Título original: Die Kunst, Recht zu behalten

    Direitos de edição da obra em língua portuguesa no Brasil adquiridos pela Editora Nova Fronteira Participações S.A. Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra pode ser apropriada e estocada em sistema de banco de dados ou processo similar, em qualquer forma ou meio, seja eletrônico, de fotocópia, gravação etc., sem a permissão do detentor do copirraite.

    Editora Nova Fronteira Participações S.A.

    Rua Candelária, 60 — 7.º andar — Centro — 20091-020

    Rio de Janeiro — RJ — Brasil

    Tel.: (21) 3882-8200

    Imagem de capa: Giulia May (Unsplash)

    Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

    S373a

    Schopenhauer, Arthur

    A arte de ter razão / Arthur Schopenhauer ; tradução de Petê Rissatti. – Rio de Janeiro : Nova Fronteira, 2022.

    104 p. ; (Clássicos para Todos)

    Formato: epub com 2,6 MB

    Título original: Die Kunst, Recht zu behalten

    ISBN: 978-65-5640-507-0

    1. Filosofia alemã. I. Rissatti, Petê. II. Título.

    CDD: 158.1

    CDU: 130.2

    André Queiroz – CRB-4/2242

    Sumário

    Capa

    Folha de rosto

    Créditos

    Um manual de sobrevivência

    Dialética erística

    Base de toda dialética

    38 estratagemas

    Anexo

    Sobre o autor

    Colofão

    Notas

    Um manual de sobrevivência

    Se este ensaio (datado de 1830) não estava com­ple­tamente finalizado, tendo sido publicado pos­tumamente em 1864, ele não deixa de ter uma inteireza conceitual a toda prova. O problema diante do qual Arthur Schopenhauer se colocou é mais do que nunca contemporâneo em uma sociedade que lincha virtualmente indivíduos quando estes participam de intervenções públicas.

    O ensaio parte da seguinte premissa: em uma disputa, só é proibido perder. Não é inocente, portanto, a metáfora usada pelo filósofo ao apresentar seu conceito de dialética erística como a arte da esgrima intelectual para se ter razão. Os contendores necessitam de habilidades tanto de ataque quanto de defesa. Daí a sistematização de regras e contrarregras na parte central do livro, os 38 estratagemas.

    Simbolicamente, a espada (instrumento da esgrima) está relacionada ao domínio da expressão. O Apocalipse descreve uma espada de dois gumes a sair da boca do Verbo (Chevalier, Dicionário de símbolos). O mesmo verbete lembra que ela designa tanto a palavra quanto a eloquência, pois a língua tem, à maneira da espada, dois gumes. Estes dois gumes fixam a potência dual da espada: destruir (acabar com algo bom) ou construir (evitar a injustiça pelo manejo da arma).

    Também é duplo o aspecto deste manual de vencer um debate a qualquer preço. As estratégias — o que nos remete a uma ideia militar — podem servir para evitar o mal ou para produzi-lo, tanto justa quanto injustamente. Ao recomendar as táticas, Schopenhauer as expõe como forma de alertar quem participa do debate público, mas o material também funciona como uma cartilha para derrotar o inimigo, como se estivéssemos em um jogo. Ensaio avesso à abstração conceitual ou a idealizações, este livro nasceu do conhecimento de nossa espécie, marcada por uma maldade natural. Se o gênero humano é por natureza vaidoso, falastrão e desonesto, qualquer enfrentamento tem como objetivo central não a busca da verdade, mas o triunfo, a vitória, a palavra final — a afirmação do eu, do grupo, da irmandade. Na gíria de internet, o importante é lacrar, ou seja, destruir os argumentos do adversário. Nesta guerra de discursos a que fomos expostos, impor uma vitória ao opositor é questão de sobrevivência, tanto na esfera política quanto empresarial e intelectual. Multidões são hoje levadas a forjar a própria afirmação, referendando crenças, mesmo quando falaciosas, porque elas criam um sentido de sucesso sem o qual se inexiste socialmente.

    Com A arte de ter razão, Schopenhauer antecipava os grandes dilemas da humanidade sob a égide cibernética. É importante salientar que o ponto de vista assumido no ensaio não é o do inocente, o do justiceiro ou o do profeta de um novo mundo, e sim de alguém que se via como parte deste gênero imperfeito que é o humano. O filósofo escreve sem se preocupar em converter o leitor a uma verdade ou para corrigir moralmente comportamentos tidos como inade­quados. Ele indica formas de sobrevivência no debate público, buscando tipificar os movimentos da espada (ou florete, ou sabre) durante a ação do esgrimista. Estes estratagemas são úteis tanto para uso próprio quanto para frustrá-los quando outra pessoa lançar mão deles. O conhecimento filosófico acumulado é posto

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