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Livro dos afetos
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E-book129 páginas58 minutos

Livro dos afetos

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Sobre este e-book

Usando uma metáfora, podemos dizer que o Livro dos Afetos emerge e nos toca como ondas, oscilações eletromagnéticas variáveis, às vezes o impacto das ideias e das palavras vem com muita intensidade, às vezes de forma branda. Uma energia que se propaga e nos afeta, fazendo ressoar no vácuo do tempo as experiências vividas pelo autor. E, apesar de datadas — alguns escritos são da década de 1990 —, as reflexões são profundamente atuais.

Neste pérfido mundo de hoje, minado pela ganância, pela busca de lucro incessante e pelo desamor, somos presenteados, com afeto, por ideias e palavras que nos tocam a alma e nos fazem refletir sobre as incompletudes e limitações humanas e, dialeticamente, sobre força e coragem, apontando para a necessidade de nos reinventarmos, com dignidade e generosidade. Diria, mesmo, que o amor é o sentimento que perpassa todo o livro: o amor pela poesia, pela escrita, pela liberdade, pelas pessoas, pela natureza, pela vida.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento20 de mai. de 2022
ISBN9786586464931
Livro dos afetos

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    Livro dos afetos - Sidney Lianza

    CapaFolhaRosto_TituloFolhaRosto_AutorFolhaRosto_Logos

    Para Amanda e Eva.

    [ CAPA ]

    [ FOLHA DE ROSTO ]

    [ DEDICATÓRIA ]

    prefácio | VERA DE F. MACIEL LOPES

    nota do autor

    um dedo de prosa | escrever: ato de sistematizar a vida

    poesia numa hora dessa?

    desencontro

    sentido da vida

    um túnel interno

    ruminações

    explosão na paz

    dever, paixão e loucura

    pílulas poéticas

    o remédio entra pelo ouvido

    atitude no caos

    morte no sonho

    angústia e ansiedade

    compaixão

    ponto de exclamação colorido

    fragmentos de identidade

    três irmãos e a vocação

    amor adolescente e eterno

    vovô leonid

    dona mila

    a echarpe

    dodô, meu pai

    vila carioca

    estoy enamorado

    olha, meio quilo de jiló tá bom

    o polegar e o rei bebê

    dondeuvimprondeuvô?

    moço, me dá seu ovo?

    estação largo do machado

    pica pau no mourão

    do dragão ao ratão

    tortura e traição

    campanha eleitoral raiz!

    um herói no trem de prata

    legado de cesar

    fado no chiado

    diálogo com neta de 4 anos

    esperançando

    eu acabei concordando com a minha mãe

    joan baez e mercedes sosa?

    uma morada que vou chamar de minha

    frutas

    me safei

    quero minha caixa de brinquedos

    a calma é líquida

    arrasto na praia de itaipu

    casa grande queima rede de pescador

    um corpo na estrada e o tapete voando

    sabático em bogotá

    matutando as coisas

    agir e agitar!

    o medo em meio ao pânico

    eclipse

    liberdade e cibernética

    plano de invasão da minha normandia

    futuro, passado e cotidiano

    [ SOBRE O AUTOR ]

    [ CRÉDITOS ]

    prefácio

    VERA DE F. MACIEL LOPES

    USANDO UMA METÁFORA, podemos dizer que o Livro dos Afetos emerge e nos toca como ondas, oscilações eletromagnéticas variáveis, às vezes o impacto das ideias e das palavras vem com muita intensidade, às vezes de forma branda. Uma energia que se propaga e nos afeta, fazendo ressoar no vácuo do tempo as experiências vividas pelo autor. E, apesar de datadas — alguns escritos são da década de 1990 —, as reflexões são profundamente atuais.

    Neste pérfido mundo de hoje, minado pela ganância, pela busca de lucro incessante e pelo desamor, somos presenteados, com afeto, por ideias e palavras que nos tocam a alma e nos fazem refletir sobre as incompletudes e limitações humanas e, dialeticamente, sobre força e coragem, apontando para a necessidade de nos reinventarmos, com dignidade e generosidade. Diria, mesmo, que o amor é o sentimento que perpassa todo o livro: o amor pela poesia, pela escrita, pela liberdade, pelas pessoas, pela natureza, pela vida.

    Sidney Lianza é assim: um fogo que arde. Fogo que, como disse Galeano (1995), incendeia a vida com tamanha vontade que é impossível olhar para ele sem pestanejar; fogo que contagia, que nos envolve, que nos aquece e aglutina, e como aglutina! Nos anos da juventude, os amores, os amigos e as aventuras, com suas calças de tergal e vincos; nos tantos anos de militância política, a dedicação e o compromisso com a justiça social, cercado por valiosos companheiros e pelos trabalhadores; depois, na vida acadêmica, como professor da UFRJ, são incontáveis as gerações distintas, amigos, pesquisadores, estudantes, trabalhadores das mais diversas categorias que se aglutinaram em torno de suas ideias. Sidney Lianza é fogo que nos faz querer ficar juntos, sempre em grupo, à sua volta. Fogo de acalanto e de inquietude, que não nos deixa ficar inertes e indiferentes às injustiças do mundo.

    O Livro dos Afetos inicia com uma conversa franca, um dedo de prosa com o autor, que apesar de ter vivido boa parte da sua existência imerso no mundo acadêmico, mundo da razão científica, no livro deixou emergir o que de fato é: poeta, navegante, mas não de qualquer água, um navegante de mar bravios — das águas dos que elegem o compromisso com o conhecimento e a sabedoria como base para a libertação individual, social e humana.

    No segundo e no terceiro capítulos somos invadidos pela poesia: fogo, paixão, meteorito da vida, acalanto, no sofrimento do planeta, nos tornamos parceiros, tocados por ondas eletrizantes — por vezes mais intensas, outras muito suaves.

    O quarto capítulo é uma explosão de energia, em fragmentos da identidade nos tornamos íntimos, nos deliciamos, passamos a compartilhar memórias que, apesar de pessoais, particulares, se generalizam: nas imagens da cidade, nos personagens da vida real, no doce café preparado pelo avô, na ternura da vivência familiar. Somos sacudidos pelos relatos da militância, da prisão, da tortura da cela fria; pelas memórias dos tempos de chumbo da ditatura civil-militar no Brasil, uma história dolorida, porém necessária, que precisa ser repassada e denunciada, por tudo de ruim que representou, pelas tantas vidas interrompidas. Em meio à dureza dos fatos narrados, somos invadidos pelo acalanto, pelo carinho com que Sidney fala dos companheiros da prisão, com uma generosidade imensa, pleno de amor. Neste capítulo, o resgate da memória nos propicia

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