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Análise Técnica para Mercados Financeiros: um guia prático com abordagem simplificada e direta
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Análise Técnica para Mercados Financeiros: um guia prático com abordagem simplificada e direta
E-book248 páginas4 horas

Análise Técnica para Mercados Financeiros: um guia prático com abordagem simplificada e direta

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Sobre este e-book

Este livro tem como objetivo fornecer as técnicas básicas e avançadas para que, através do estudo de gráficos, o investidor possa tomar decisões de investimento de maneira mais assertiva e eficiente, minimizando sua margem de erro e consequentemente o retorno de seus investimentos, tudo de maneira clara e em linguagem simplificada.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento30 de mai. de 2022
ISBN9786525243221
Análise Técnica para Mercados Financeiros: um guia prático com abordagem simplificada e direta

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    Análise Técnica para Mercados Financeiros - Nathan Meirelles

    1 ANÁLISE TÉCNICA: INTRODUÇÃO AO TEMA

    Antes de começarmos o estudo das ferramentas e gráficos que compõem o universo da Análise Técnica, é importante definirmos seu conceito ou, pelo menos, termos uma ideia do que é esta ferramenta de estudo de mercado e o que ela se propõe a fazer.

    Pois bem, a Análise Técnica, ou Análise Gráfica, é o estudo da movimentação de preços do mercado, feita através de gráficos com cotações de diferentes períodos, também chamado de price action¹ que, juntamente com o auxílio de indicadores, osciladores e interpretação de padrões/figuras gráficas, busca compreender a ação/percepção de diferentes agentes econômicos em relação a um ativo específico. Dessa forma, a Análise Técnica tenta prever o próximo movimento de preço ou tendência de um ativo alvo.

    O principal objetivo da Análise Técnica é, portanto, determinar a direção futura dos preços e, com isso, usar este elemento de probabilidade -através da observância de uma ferramenta bidimensional, onde usa-se um gráfico com tempo e preços, analisando indicadores e padrões que são derivados deste-, para prover pontos de entrada e saída mais precisos em determinado ativo.

    1.1 FUNÇÕES DA ANÁLISE TÉCNICA

    A Análise Técnica possui, basicamente, duas funções principais:

    Identificação: tendo como base o uso de desejos, decisões, informações e perspectivas que foram e são traduzidas a partir do comportamento dos preços no passado e presente, a Análise Técnica usa esse conjunto de informações para refletir a opinião geral dos participantes do mercado, assim como suas perspectivas futuras.

    Previsão: uma vez que esse movimento/opinião geral dos participantes de mercado é identificado, o analista poderá usar essas informações para prever, com maior grau de probabilidade, a ação que os preços tomarão no futuro. Isso parte do pressuposto de que o mercado possui memória e, desse modo, deverá repetir as mesmas ações do passado, também no futuro.

    Em suma, a ação dos preços é capturada por meio da observância de volume, preço e sentimento, utilizando dos gráficos como ferramentas de descrição visual de informações passadas para inferir o futuro.

    John Murphy, em sua obra Technical Analysis of Financial Markets (1999, p. 1), assim a definiu: Análise Técnica é o estudo de ação do mercado, primariamente através do uso de gráficos, com o propósito de prever as tendências futuras dos preços.


    1 Movimento dos preços.

    2 ALGUMAS PREMISSAS

    A Análise Técnica possui algumas premissas básicas que envolvem o arcabouço central e a forma de interpretar os movimentos do mercado. Como nosso objetivo é ir direto ao ponto da questão, nesta sessão tomarei a liberdade de já introduzir as premissas da Teoria e Dow, tal como questionar a lógica e/ou sabedoria de cada premissa, para que possamos ter uma visão mais prática e real da aplicabilidade de cada ensinamento.

    2.1 O MOVIMENTO DE PREÇOS DESCONTA TUDO

    A Análise Técnica nos diz que o price action desconta todas as informações possíveis referentes àquele ativo e, assim sendo, os gráficos contam toda a história que há para saber, antecipando informações e descontando-as na forma de tendência.

    No fim, os grafistas não estão muito interessados no real motivo de o ativo analisado ter seu preço caindo ou subindo. Para eles, através da movimentação dos preços -reflexo dos efeitos de oferta e demanda- é possível adquirir uma ideia geral e suficiente para se prever o próximo movimento de preço que o ativo analisado deverá seguir.

    Analisando essa afirmação, isso seria verdade se o mercado fosse, em sua essência, um mercado completamente eficiente, em que notícias e informações, tanto as publicamente divulgadas quanto as de conhecimento apenas interno da empresa e seus colaboradores, já fossem refletidas nos preços.

    Sabemos que não é bem isso que acontece e que, na melhor das hipóteses, o mercado é semieficiente, isto é, não completamente eficiente, já que é possível observar mudanças de direção e oscilação nos preços dos ativos com base em novas notícias e informações que chegam ao conhecimento do público em geral, e que, não obstante, são os responsáveis por determinar os níveis de oferta e demanda e, assim, oscilações/tendências do preço do ativo alvo.

    2.2 O MERCADO SE MOVIMENTA EM TENDÊNCIAS

    Todo movimento de preço que vemos diariamente se comporta como um grão adicionado a outros tantos grãos na formação de uma tendência.

    Em uma tendência de alta, os preços trabalham de forma a fazerem topos cada vez mais altos que topos anteriores, como representado pelo gráfico a seguir:

    Figura 1 – Formação de topos em uma tendência de alta

    Fonte: Elaborado pelo autor através do programa Nelogica Profichart Pro.

    O inverso segue para uma tendência de baixa, com preços fazendo fundos cada vez mais baixos que os anteriores, vejamos:

    Figura 2 – Formação de fundos em uma tendência de baixa

    Fonte: Elaborado pelo autor através do programa Nelogica Profichart Pro.

    Sem tendência, zona de congestão ou tendência lateralizada, os preços ficam sem direção definida, tocando linhas de resistência e suporte com frequência (como se fosse aquele joguinho antigo do Atari, o famoso Pong), até finalmente romper a barreira para algum dos lados, observemos:

    Figura 3 – Ausência de tendência

    Fonte: Elaborado pelo autor através do programa Nelogica Profichart Pro.

    2.3 O QUE NOS DIZ A TEORIA DOW?

    Antes de mergulharmos nas características básica da Teoria Dow, é necessário que tenhamos em mente a definição de uma tendência propriamente dita.

    Em linhas gerais, tendência é uma formação de preços, em que, graficamente, podemos observar topos mais altos e fundos menos baixos que os anteriores, em caso de tendência de alta, e fundos mais baixos com topos menos altos, em caso de tendência de baixa. Alguns analistas também definem uma tendência como uma manutenção de algum nível de preços, sustentando resistências, suportes e validade de barreiras. Falaremos destas questões mais tarde.

    É importante observar que a Teoria Dow não é somente similar às premissas básicas, mas responsável pela composição destas, que nos diz que as tendências se movem em três etapas similares ao mar, como a maré, ondas e marolas, respectivamente:

    2.3.1 TENDÊNCIA PRIMÁRIA

    Essa tendência é formada por uma série temporal mais alongada e sua duração é de um ano ou mais. A hipótese é que essa tendência seja mais confiável e um melhor barômetro para decisões de investimentos.

    Em outras palavras, a tendência de longo prazo deve possuir mais peso acerca da provável direção futura dos preços. E, aqui, a tendência se encerra quando os próximos movimentos são insuficientes para romper um pico ou fundo anterior. O gráfico a seguir representa essa ideia:

    Figura 4 – Tendência primária

    Fonte: Elaborado pelo autor através do programa Trading View.

    2.3.2 TENDÊNCIA SECUNDÁRIA

    Formada por um período de três semanas a três meses -e, às vezes, um pouco mais-, essa tendência faz por volta de ¹/3 a ²/3 de retracement² da tendência anterior e, com frequência, até 50% -nesses casos pode-se supor que a tendência secundária deu início a uma nova tendência primária-.

    A depender do período gráfico, essa tendência pode parecer algo bem mais alongado e, também, representar oportunidades para compra de algum ativo, vejamos:

    Figura 5 – Tendência secundária

    Fonte: Elaborado pelo autor através do programa Trading View.

    2.3.3 TENDÊNCIA TERCIÁRIA

    O movimento aqui é similar ao de uma marola que chega até a praia. Os movimentos de preço são afetados por pequenas oscilações e a impressão que temos é que seria como de um breve respiro que os preços dão, corrigindo parte do movimento anterior, para continuar sua escalada/descida rumo ao seu objetivo final.

    Figura 6 – Tendência terciária

    Gráfico, Histograma Descrição gerada automaticamente

    Fonte: Elaborado pelo autor através do programa Trading View.

    A teoria Dow se assemelha às leis da física de Ação e Reação de Newton, que diz que um corpo deve continuar em movimento e em uma mesma direção, até que seja obrigado a mudar por efeito de uma força proporcional e disferida de maneira oposta.

    Devemos lembrar que todo movimento tem uma origem e ponto no tempo e, por mais que exista uma tendência primária em curso, uma mudança em direção oposta deverá se iniciar de uma tendência terciária, que se transformará em uma secundária, até virar uma nova tendência primária.

    É interessante notar que essa mesma questão é a que, de certa forma, questiona parte da lógica em que grafistas não dão importância aos porquês dos movimentos dos preços, o que entendemos que não deveria ocorrer, considerando que são estes mesmos porquês -através de notícias, mudanças de humor do mercado, dados econômicos e financeiros, etc.-, que são os responsáveis por transformar e dar forças às tendências terciárias até que virem uma tendência primária.

    Em tendência de alta e em se tratando da Teoria Dow, temos:

    2.3.4 FASE DE ACUMULAÇÃO

    Fase inicial da tendência, em que o movimento de alta começa a ser formado por alguns poucos investidores mais bem informados do que a grande maioria do mercado. Aqui, estes investidores acreditam que o mercado reagiu de forma desmedida com relação aos motivos que levaram o preço do ativo a níveis tão baixos, e que agora o preço se encontra abaixo do valor intrínseco³, sendo, assim, uma barganha.

    2.3.5 FASE DE PARTICIPAÇÃO PÚBLICA OU DE SUBIDA SENSÍVEL

    Nesta fase, muitos seguidores de tendência começam a participar. A tendência do ativo se tornou mais nítida e fácil de identificar, não correspondendo mais a uma antecipação do que estava por vir. As notícias, em geral, começam a ficar positivas e o otimismo em relação

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