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As Aventuras De Jorge - Ii
As Aventuras De Jorge - Ii
As Aventuras De Jorge - Ii
E-book298 páginas4 horas

As Aventuras De Jorge - Ii

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Sobre este e-book

Nesta nova aventura, Jorge e Simon descobrem um pergaminho que podem levá-los a conhecer os Atanasianos, um grupo intitulado de imortais. O que eles não sabem é que, nesta busca, encontrarão os tesouros de Salomão, mas para isto terão que enfrentar o ladrão de túmulos Muled. Jorge terá a chance de descobrir como é dividido o mundo espiritual, e, assim, conseguirá enfrentar um grande segredo familiar. Entre nesta aventura. Boa leitura.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento22 de jul. de 2013
As Aventuras De Jorge - Ii

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    As Aventuras De Jorge - Ii - Marcelo Lemes Mena

    MARCELO LEMES MENA

    AS AVENTURAS DE JORGE

    NA BUSCA DOS IMORTAIS

    ISBN: 978-85-912042-1-2

    1° edição

    São Paulo

    Edição do autor

    2013

    MARCELO MENA

    DEDICATÓRIA

    Dedico este livro as minhas filhas e esposa.

    2

    AS AVENTURAS DE JORGE NA BUSCA DOS IMORTAIS

    AGRADECIMENTOS

    Agradeço a Deus pela oportunidade de escrever a continuação do livro, aos meus alunos e amigos que tanto aguardaram por esta obra.

    3

    MARCELO MENA

    Índice

    Uma Nova Viagem..........................................................................05

    Jorge e o Sobrenatural....................................................................21

    Viajem ao Egito.............................................................................34

    Um Roubo Estranho......................................................................46

    Sequestrados ................................................................................53

    Os Atanasianos............................................................................67

    Conhecendo os Céus ..................................................................75

    Voltando pro Cairo.....................................................................94

    Encontrando as Chaves.............................................................100

    Terra Santa...............................................................................113

    Tesouro de Salomão.................................................................123

    Voltando pra Casa....................................................................139

    A Verdade.................................................................................148

    Consertando a Máquina............................................................169

    Ana e Pedro..............................................................................175

    Decifrando a Caixa do Cetro...................................................179

    Terra de Akmelon....................................................................183

    4

    AS AVENTURAS DE JORGE NA BUSCA DOS IMORTAIS

    Capítulo 1

    Uma Nova Viagem

    A máquina começou a fazer um barulho forte e logo uma luz começou a brilhar, e podíamos sentir a máquina se movimentando, a luz era intensa, os relógios marcavam uma contagem regressiva, estava chacoalhando bastante, era bem diferente de quando viajamos pra terra do Harmes, parece que estava levando mais tempo para parar, então a luz começou aumentar bem mais forte, já não dava pra ficar com os olhos abertos, e aos poucos a intensidade da luz foi diminuindo e o barulho da máquina foi parando, e podíamos ver que tudo estava escuro, não dava pra enxergar nada ao redor.

    — Vocês estão bem? – Perguntou o senhor Simon!

    — Sim, eu estou e você, Sandra?

    — Estou bem, onde estamos? – Respondeu Sandra se soltando do cinto!

    — É isso que vamos ver, parece que chegamos algum lugar de noite. – Falou o senhor Simon todo empolgado.

    — E agora, vamos sair? – Perguntei.

    — Primeiro, vou ligar os faróis que instalamos e vamos ver o que temos aqui fora.

    Assim que o senhor Simon ligou as luzes, foi incrível podíamos ver algumas vegetações ao redor e algo se movimentou ao nosso lado e quando olhamos para ver o que era, levantou, batendo as asas.

    — O que era aquilo? – Gritou Sandra me agarrando pelo braço.

    — Calma, era apenas uma coruja. Onde será que estamos senhor Simon?

    — Pelos cálculos do computador estamos no ano de 162 antes de Cristo.

    — Então não viajamos milhões de anos?

    — Pelo jeito não, Sandra!

    — Ah! Pensei que ia ver dinossauros. – Falou Sandra com um olhar decepcionada.

    — Graças a Deus! Eu não estava a fim de passar sufoco novamente. Podemos sair da máquina e dar uma olhada por aí, senhor Simon?

    — Só vou pedir pra vocês tomarem cuidado, e temos que ficar todos juntos, pois não sabemos o que podemos encontrar.

    Saímos da máquina e andamos um pouco, a luz da máquina iluminava bem o lugar, e percebemos que estávamos em cima de uma montanha, e podíamos ver sinais de fogo bem ao longe e espalhado, mas não conseguíamos perceber o que era, pois estava escuro.

    — Olha, Jorge! Lá embaixo, parece ser cavalos caídos no chão.

    — Estão mortos, Senhor Simon?

    5

    MARCELO MENA

    — Acredito que sim, estamos no fim de uma batalha, pode ver que tem alguns homens caídos e com flechas cravadas no corpo.

    — Não estou gostando daqui. Houve alguma batalha nesta época?

    — Que eu me lembre, a única batalha que houve nesta época foi à libertação dos Macabeus, e isto ocorreu próximo a Jerusalém!

    — E que batalha é essa?

    — Essa batalha, Jorge, foi iniciada com o sacerdote Matatias e seus filhos em busca de libertação do povo Judeu, onde queriam voltar à prática religiosa e sair da idolatria imposta pelos helenistas.

    — Eu não quero saber quem é Matatias e nem helenista e só tenho uma certeza, senhor Simon.

    — E qual é, Jorge?

    — Que temos de sair daqui o mais rápido possível, se aqueles homens estão mortos, provavelmente quem os matou estão por aí também.

    — É, Jorge, acho que você tem razão. Vamos voltar pra máquina e retornar.

    Cadê a Sandra?

    — Sandra? Ela estava bem aqui.

    — Ela sumiu, Jorge. Vamos ter que procurá-la!

    Nesta hora, começamos a olhar ao redor e havia muitas pedras ficava difícil achá-la, começamos a gritar então ela respondeu por detrás de uma pedra, e corremos até lá, ao chegarmos vimos a Sandra paralisada e bem na sua frente havia um homem deitado no chão com duas flechas na barriga.

    — Sandra, porque você se afastou de nós? – Perguntei.

    — É que escutei um barulho e achei que fosse outra coruja, então vim olhar e vi este homem. Será que está morto?

    — Sei lá, vamos embora que não quero levar nenhuma flechada!

    — Espere, Jorge, o homem está se mexendo!

    Nesta hora, o senhor Simon segurou a cabeça do homem que abriu os olhos e agarrando a roupa do senhor Simon, começou a falar uma língua que nunca tinha ouvido na minha vida, e ele tirou de uma bolsa de couro um rolo de pergaminho amarrado e entregou para o senhor Simon, e nesta hora o homem deu seu último suspiro.

    — Ele morreu, senhor Simon? – Perguntou Sandra quase que chorando.

    — Sim, Sandra, não tinha mais o que fazer! – Disse o Senhor Simon, olhando para o pergaminho.

    — E o que é este pergaminho? O senhor entendeu o que ele falou?

    — Um pouco, Jorge, ele falava grego e pelo que entendi era pra esconder ou guardar este pergaminho dos inimigos de Deus, pois levará ao dinheiro de Salomão.

    6

    AS AVENTURAS DE JORGE NA BUSCA DOS IMORTAIS

    — Dinheiro de Salomão? Será algum mapa? E onde o senhor vai guardar isto?

    Ele não vai interferir na história ou no tempo?

    — Calma, Jorge. Eu acredito que não iremos interferir no tempo ou na história, pois tudo já aconteceu, e não podemos mudar nada.

    — Isto é papo de cientista louco. E agora o que vamos fazer com o morto?

    Vamos deixá-lo aqui?

    — Sandra, não podemos mais perder tempo aqui. Podemos estar correndo perigo, temos que voltar para a máquina e retornar. Acho que o melhor lugar para guardar este documento será no futuro, e poderemos decifrar e entender o que é isto! – Falou o senhor Simon.

    — Senhor Simon, há pessoas vindo pra cá!

    — Aonde, Jorge?

    — Olha lá para trás!

    — Vamos correr até a máquina.

    Nesta hora, a Sandra saiu em disparada, parecia uma atleta tentando alcançar o primeiro lugar. Os homens que vinham em nossa direção pareciam um grupo de caçadores falando àquela língua que não dava pra entender nada, eles estavam com lanças e espadas que brilhavam com o aparecimento do sol.

    Corremos até a máquina. Para a idade do Simon até que ele correu muito rápido, os homens então pararam assustados, não sei se por ver um velho correr tão rápido ou pela máquina, pois acredito que nunca tinham visto algo tão luminoso. E nem preciso dizer que fui o último a chegar à máquina.

    — Vamos entrem! Acho que eles querem o pergaminho! – Disse a Sandra já colocando o cinto de segurança.

    — Será que viram o homem te entregando o pergaminho?

    — Talvez eles sejam os inimigos de Deus, Jorge!

    — Eles não estão com uma cara muito boa! – Falei.

    — Então devolve pra eles, senhor Simon!

    — Não posso, Sandra. O homem me pediu pra guardar, eles podem ser os inimigos!

    — Eles eram os inimigos só daquele homem, agora pelo jeito viraram nossos inimigos também, mas acho melhor discutirmos isso lá na sua casa senhor Simon!

    — Boa ideia, Jorge!

    Entramos na máquina e os homens ficaram falando mais baixo, e um deles estava com arco e flecha e se aproximou um pouco mais .

    — Senhor Simon, o vidro aguenta flechada? – Perguntei.

    — O vidro é resistente, mas a lataria talvez venha furar! – Respondeu o senhor Simon, fechando a porta.

    7

    MARCELO MENA

    — Liga logo essa máquina e vamos embora, pelo amor de Deus!

    — Vou ligá-la, Sandra!

    Neste momento ouvi uma flecha bater no vidro, e a máquina começou fazer barulho, alguns homens correram de medo, mas o que estava com o arco continuou flechando a máquina, então começou a iluminar tudo e a vibrar bastante, um barulho forte começou a fazer debaixo do painel, um cheiro forte de queimado começou a subir. A Sandra segurou a minha mão com força e começou a chorar, mas em pouco instantes estávamos de volta na sala do senhor Simon.

    — Puxa foi por pouco. Parece que a máquina foi danificada. – Falou o senhor Simon.

    — Nunca mais quero viajar com vocês, esse negócio dá medo, pensei que ia morrer!

    — Eu te avisei, Sandra!

    — Calma gente! Isto foi apenas um acidente! Nem eu esperava cair no meio de uma batalha! – O senhor Simon falou isto já com um extintor de incêndio na mão.

    — Ainda bem que chegamos vivos! – Falei.

    — Verdade, Jorge! – Disse Sandra com os olhos ainda molhados de chorar.

    Saímos da máquina e vimos que algumas flechas perfuraram a lataria e atingiram as placas internas.

    — E agora, senhor Simon, vai ter conserto?

    — Vou ter que verificar, Jorge, tentar consertar de novo!

    — Não acredito que vocês vão viajar de novo, essa viagem pra mim valeu, por isso não me convide mais!

    — Mas foi você mesmo que se convidou, Sandra!

    — Eu sei, mas mesmo assim, não quero mais!

    — Sem problemas. – Respondi.

    — E o pergaminho, senhor Simon. Podemos ver? – Perguntei por que estava curioso pra saber o que tinha.

    Então, o senhor Simon abriu o rolo, que tinha aproximadamente um metro de comprimento, sobre uma mesa e estava cheio de escrita estranha.

    — Que língua é esta, Senhor Simon?

    — Parece ser Sírio antigo, Jorge.

    — E o senhor entende?

    — Não, Sandra, mas tenho um amigo que poderá nos ajudar, vou tirar cópias e mandar pra ele.

    — Parece ter um mapa desenhado aqui no final, senhor Simon!

    — Deixe-me ver. Sim, parece um mapa.

    8

    AS AVENTURAS DE JORGE NA BUSCA DOS IMORTAIS

    — Mas de onde será?

    — Não sei ao certo, Jorge, a escrita é muito diferente, nunca vi algo parecido.

    — Jorge, me leva pra casa, quero beber um chá e me acalmar! – Falou a Sandra, já pegando sua bolsa.

    — Senhor Simon, nós vamos indo, depois nos falamos.

    — Certo, Jorge, enquanto isso, vou ligar pra este amigo meu e ver o que ele consegue descobrir.

    — Até mais, senhor Simon, desculpe atrapalhar a viajem! – Falou Sandra, ainda tremendo.

    — Que isso, se não fosse por você, não teríamos achado aquele homem e o pergaminho!

    — Não sei se foi uma boa coisa, mas não quero mais viajar!

    — Calma, Sandra. Acho que vai demorar pra viajarmos novamente, a máquina ficou bem danificada.

    Saímos da casa do senhor Simon e fomos caminhando até a casa da Sandra.

    — Olha, Jorge, o que será aquele pergaminho?

    — Não sei, mas estou vendo que o senhor Simon vai até o fim do mundo pra descobrir!

    — Ele é bem curioso, não é?

    — Ele é um cientista, o pior é que ainda vai sobrar pra mim!

    — É muito perigoso viajar no tempo, Jorge. Melhor você não ir mais, pois vou ficar preocupada.

    — Que isso, não precisa se preocupar, a gente toma cuidado.

    — Vi mesmo o cuidado que vocês têm. Levamos flechadas e, já pensou se a máquina pifa naquele lugar!

    — Graças a Deus não pifou, Sandra, e conseguimos voltar.

    — Poderíamos ter morrido! – disse Sandra

    — Como morreríamos se não tínhamos nascido?

    — Ai, Jorge, pare com este papo de louco, eu estava bem viva lá!

    — Eu sei, Sandra, só estou brincando, você já pode ficar mais calma.

    Chegamos à casa da Sandra, ela me abraçou e me beijou. Acredito que ela devia estar muito nervosa pelo que passamos, pois ainda continuava tremendo.

    — A gente se vê mais tarde, Jorge?

    — É claro, Sandra, não consigo ficar longe de você.

    — Eu te amo, Jorge.

    — Também te amo, Sandra. Vamos ao cinema mais tarde?

    — Sim, faz tempo que não vamos, passo na sua casa então, lá pelas dezoito horas.

    — Está certo, te espero então.

    9

    MARCELO MENA

    Fui para minha casa, no caminho encontrei meu pai com sua Brasília setenta e oito, comprada há alguns meses. Ele estava mexendo no motor. Me esqueci de dizer que meu pai fechou a eletrônica e acabou montando uma cozinha pra minha mãe, afinal, as encomendas de doces aumentaram tanto que tiveram de contratar duas funcionárias pra ajudar. Resumindo, meu pai virou entregador de doces e comprou este carro de um amigo, para ajudar na entrega, o problema é que o lucro dos doces acaba indo todo para o conserto dele. Meu tio Fred fica rindo do meu pai dizendo que o problema é o nome do carro, pois Brasília é símbolo de corrupção e por isso leva todo o dinheiro do meu pai!

    — Oi, pai, deu problema de novo?

    — Agora foi o carburador, mas já consegui consertar. Sua mãe está te procurando, parece que precisa entregar um doce pra sua tia!

    — Já sei. É desejo, não é?

    — Depois que sua tia ficou grávida, ela só pensa em comer!

    — É verdade.

    Entrei em casa e desci na cozinha, onde, antigamente, era a eletrônica do meu pai. Encontrei a Valdete, (ela com a Tânia ajudam minha mãe na cozinha), ela é uma solteirona de uns quarenta anos e vive me cantando, dizendo que quer me namorar. A Sandra morre de ciúmes dela. A Tânia já é casada e tem um filho de cinco anos, no final de semana ela o leva junto, ele gosta de ficar com meu pai e o velho fica todo cheio. Até já o levou para passear no zoológico, às vezes até eu sinto um pouco de ciúmes.

    — Oi, gatão! Qualquer hora eu vou te agarrar e dar uns beijos! – Disse a Valdete, me encarando.

    — Quero ver, Valdete, a namorada dele te pega na paulada!

    — Que nada, Tânia! Já falei que se ela bobear, eu caso com o Jorge!

    — Valdete, qualquer hora você vai me colocar em situação ruim com a Sandra!

    – Falei.

    — Isso pode ser tratado como assédio sexual na minha empresa, Valdete! –

    Disse minha mãe.

    — Me desculpa, Maria. A gente se fala depois do expediente, não é, Jorge?

    — Larga do meu pé, Valdete, eu amo a Sandra, e com ela quero viver até o fim da minha vida.

    — É isso aí, Jorge! Amor tem que ser até o fim. Não liga pra Valdete, ela já arrumou um admirador!

    — Verdade? E quem é? – Perguntei pra Tânia.

    — Sabe o Antônio do bar?

    — Aquele que anda movido a álcool?

    10

    AS AVENTURAS DE JORGE NA BUSCA DOS IMORTAIS

    — Este mesmo. Ontem, ele deu pra ela uma flor murcha, assim que fomos embora do serviço!

    — Fica quieta, Tânia. Deus me livre, ele deve ter roubado aquela flor do cemitério!

    — Jorge, deixa essas meninas discutirem sobre namorados, preciso que vá à casa de sua tia e leve esse doce de maracujá com feijão pra ela!

    — O que? Maracujá com feijão, mãe?

    — Ela me pediu, pois está com desejo!

    — Mãe, qualquer hora a vigilância sanitária vai proibir a senhora de fazer doces!

    — Pare Jorge, a sua tia acabou dando novas ideias pra doces, experimente esse pra você ver!

    — Eu prefiro levar pra tia, sei que ela vai comer e não estou nem um pouco tentado a comer este doce.

    Então, peguei os doces e levei pra minha tia, meu pai já havia saído com o carro pra fazer entrega. A nossa vida melhorou bastante, minha mãe não precisa mais trabalhar como diarista, pois agora tem seu próprio negócio.

    Meu pai se sente muito útil, até anda fazendo um curso, à noite, de administração, pois segundo ele precisa muito saber administrar os negócios da minha mãe. Quem viu como era meu pai e o vê hoje, quanta diferença!

    Cheguei à casa dos meus tios e meu tio Fred estava do lado de fora, sentado no banco de carro que fica na parte de fora da oficina.

    — Oi, tio, pensando na vida?

    — Ruela, vou falar uma coisa, quando você casar e a sua esposa resolver ficar grávida, fale pra ela que você prefere adotar uma criança, pois já vem pronto e não tem todo o trabalho da gravidez!

    — Como assim, tio?

    — Jorge, a sua tia é outra pessoa. Não posso chegar perto dela que já me manda ir tomar banho, pois fica enjoada com o cheiro de graxa. Fora isso, tenho, às vezes, que sair de madrugada pra comprar melancia, broto de mandioca, casca de canela e etc.

    — O senhor está triste com isto?

    — Claro que não, Ruela, estou super feliz, só estou dizendo que é sofrido, mas a gente aguenta, ainda mais sabendo da novidade.

    — Que novidade, tio?

    — Sua tia vai ter gêmeos, e será um casal!

    — E já sabe que nome colocar?

    — Ainda não, mas a sua tia já está fazendo pesquisa de campo, até cogitou a ideia de Jorge e Sandra, imagine!

    11

    MARCELO MENA

    — Seriam belos nomes!

    — Imagine, o meu filho com nome de Ruela!

    — No fundo o senhor sabe que é um nome bonito!

    — Vai levar a encomenda da sua tia, seu Ruela!

    Entrei na casa da minha tia e ela estava próximo da pia na cozinha, com um enorme barrigão!

    — Oi, Jorge. Tudo bem, filho?

    — Sim, tia, que barrigão, hein?

    — Você viu que lindo, Jorge. E vai ser um casal!

    — É, o tio me falou, eu trouxe o doce da senhora!

    — Que bom, não via a hora de experimentar!

    Ela sentou-se à mesa, pegou a sacola da minha mão e começou a comer com gosto, era até bonito de ver, e logo meu tio entrou.

    — E aí, querida, já está comendo doce de novo?

    — Esse é aquele doce que você não encontrou, a Maria fez pra mim!

    — O doce de feijão e maracujá?

    — Este mesmo, o Jorge me trouxe!

    — Cada sabor que você inventa! – Respondeu meu tio.

    — Quer experimentar? Está uma delícia! Mas não chega perto, com este cheiro de graxa! – Falou a minha tia, tampando o nariz com os dedos!

    — Vai, Ruela, me passa um pedaço!

    — Não chama o menino de Ruela, se a gente colocar o nome de Jorge no nosso filho, você vai chamá-lo de Ruela também?

    — Claro que não, querida, o Ruela sempre vai ser ele, o nosso filho pode ser Jorge e não vai dar confusão, mas ainda prefiro André e Lúcia.

    Meu tio começou a comer o doce, fez uma careta, mas não parou de comer.

    — Olha até que é bom esse doce! – Falou o meu tio, pegando mais um pedaço.

    — Não falei pra você? Quer um pedaço, Jorge?

    — Não obrigado, tia. Tio, o senhor já ouviu falar da guerra dos Macabeus?

    — Sim, Ruela! O que você quer saber? E porque esse interesse?

    — É que o senhor Simon, comentou sobre esta guerra, que foi aproximadamente no ano 162 a.C.

    — Então deixe sua tia aí comendo o doce e vamos pra sala conversar!

    — Isto, Jorge, conversa com o seu tio na sala, assim esse cheiro de graxa fica por lá! E não se esqueça de forrar o sofá Fred, pra não impregnar o cheiro.

    — Está vendo, Jorge, mulher grávida é complicada. E sua mãe ainda fica atendendo os desejos dela, se bem que o docinho ficou bom!

    — Minha mãe tem mãos abençoadas!

    12

    AS AVENTURAS DE JORGE NA BUSCA DOS IMORTAIS

    — Verdade, mas me diga, o quer saber? – Perguntou o meu tio, colocando um plástico na poltrona.

    — Queria saber como foi essa guerra.

    — Essa história está na bíblia católica, no livro dos Macabeus.

    — E porque não está nas bíblias evangélicas?

    — Por ser um livro histórico, não inspirado e por ter algumas contradições!

    — Entendi, mas me conta sobre esta história.

    — A história narra a luta da família Macabeus, contra os

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