Inclina O Ouvido Do Coração
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Inclina O Ouvido Do Coração - Mauro De Almeida
Mauro de Almeida
Inclina o ouvido do coração
(obediência segundo São Bento para os dias atuais)
2015
Clube de Autores
São Paulo
Sem títuloAos monges do Mosteiro em Jequitibá, pelo esforço e desdobramento na Escuta...
Rasgai os vossos Corações e não as vossas vestes, retornai ao Senhor vosso Deus, porque Ele é bondoso e misericordioso, lento na cólera e cheio de amor...
Joel
Sumário
Prefácio
"Eis que venho, ó Pai, para realizar a tua vontade"
Jo 6,38.
Esse versículo do capítulo sexto do Evangelho de São João, também citado por São Bento em sua Regra, no capítulo onde trata sobre a obediência (RB 5,13), ilustra com exatidão e acerto a obra de nosso amigo e autor Mauro de Almeida.
Muito feliz e agradecido pelo convite a prefaciar a sua obra, após atenta leitura, observei sua clareza e objetividade, sua penetração e abrangência, abordando o tema com leveza e densidade, profundidade renovada e elegância. Entretanto, percebi que não seria tão fácil elaborar um prefácio que fosse correspondente e satisfatório.
No entanto, o versículo escolhido para iniciar, parece-me interiorizar e sintetizar o argumento do autor que, por feliz escolha, se intitula: ‘Inclina o ouvido do Coração’, tendo como subtítulo: ‘obediência segundo São Bento para os dias atuais’.
Sabemos que frente às realidades de nossos dias, onde se sobressai os valores materiais e passageiros do mundo, torna-se um tanto difícil e até soa um pouco inadequado falar em ‘inclinar o ouvido do coração’, isto é, solicitar a disponibilidade interior, reverência e temor de Deus e, mais difícil ainda se torna, quando falamos da obediência conforme São Bento, nesse mundo de contradições, contestações, críticas, rebeldia, etc...
Levamos em consideração que a proposta do autor é apresentar-nos um questionamento frente a essa realidade conformista que o sistema de vida preestabelecido pela sociedade nos impõe: o mito (da vida fácil e descomprometida, criando um dilema no uso da própria liberdade), a moda (o consumismo para saciar a sede de felicidade) e a mídia (o sensacionalismo fútil e manipulador de consciências), o autor apresenta-nos uma reflexão frente esse modo de vida consentido e assumido sem um critério de reflexão no sentido vertical para os valores sobrenaturais, deixando assim, o homem escravo de si mesmo e limitado em sua grandeza diante do Criador.
Por outro lado, o autor nos desperta um processo de reflexões e nos conduz a um percurso de vida, onde percebemos a importância e a atualidade de valores que transcendem a história da humanidade. Dentre esses, está a graça da obediência que o autor nos apresenta como o âmago da questão e resposta aos grandes questionamentos e às grandes metas da vida do ser humano, nesse aparente caos em que vive. Apresenta-nos a obediência de um modo original e próprio, conforme a tradição monástica, embasada e integrada a partir da Regra de São Bento, onde filtra a espiritualidade beneditina e incluindo valores essenciais que fazem parte da mesma Regra. Entretanto, nesse percurso de reflexão e vida, tange os problemas de nossos dias.
O versículo acima citado encontra-se no contexto do discurso do Pão da vida, apresentado no capítulo sexto de São João. Tal versículo nos faz entender precisamente a fonte original e a essência da obediência. Cristo é o modelo perfeito da plena realização da vontade do Pai: é a fonte, e, como modelo, produz a essência do que deve ser a nossa vida no seguimento do mesmo Cristo, na experiência contínua da obediência.
Parece-nos contrastante que esse versículo esteja dentro do discurso sobre o Pão da vida, pois o interessante é que Cristo ao falar sobre esse assunto, refere-se à intima relação dele com o Pai, na obediência e realização de Sua vontade. Sua humanidade está inteiramente a serviço da vontade do Pai e disposto à realização de Sua obra, a isso nos prefiguram as duas grandes realidades que se integram: a terrena e a celeste, a natureza humana e a divina, ou seja, Cristo estabelece o perfil do obediente, daquele que, com seus limites e condições humanas abraçou, de modo sábio e divino, a obediência.
O Cristo que se despoja de si mesmo, entra e participa inteiramente das condições humanas, sacia a fome material da multidão na multiplicação dos pães, coloca-se humanamente junto àqueles que têm fome e desejam os sinais e, no desenrolar dos fatos, promete-nos a Eucaristia como o verdadeiro pão do céu, o pão que deveras sacia e da a vida, prefiguração do banquete divino no Reino celeste, mostrando-nos, entretanto, que a obediência nos permite essa mesma integração e participação, não só na prefiguração do banquete celeste, mas nos introduz e nos permite participar no mistério do Reino dos céus já aqui na terra, segundo a realização da vontade divina.
Com o título: ‘Inclina o ouvido do Coração’ e o versículo ‘Eis que venho, ó Pai, para realizar a tua vontade’, somos introduzidos no mistério e deparamo-nos com uma realidade ímpar: o empenho na vigilância cotidiana sobre todos os nossos atos, a integração de nossa natureza mediante a graça do bem da obediência e a transcendência da natureza humana numa vida de amor, onde Deus é o primeiro, servido, buscado e amado sobre todas as coisas, a exemplo de Cristo que deu a sua vida para nos reconciliar com o Pai e ensinar-nos os caminhos do amor, ordenando-nos que fizéssemos o mesmo em relação ao Pai e aos nossos irmãos.
Ao autor, os nossos cumprimentos.
João Crisóstomo, O.Cist.[1]
Introdução
Diante de uma realidade marcada pelo individualismo, como se apresenta os nossos dias, urge o sair de nosso comodismo que nos aprisiona na esfera de nossas ideias, as mais apegadas, e confundidas por vezes como verdade absoluta.
Passaram-se mais de 1500 anos de história e as palavras do grande patriarca São Bento, que viveu em um período parecido com o nosso – apesar das limitações contextuais e culturais da época – se tornam até os nossos dias como sendo válidas e atuais em sua regra, ecoando como um forte meio de orientação e exemplo, numa abertura que se dá para os acontecimentos hodiernos, para tudo disposto à nossa volta, como de sua mensagem característica, que de certa forma nos exercita para aquele atender do coração e seu movimento.
O grande motivo a que esta se debruça, é para o confronto com a realidade atual, no intuito de se pôr paralela à compreensão da vontade de Deus, que não é senão o querer da plena realização do homem, de seu chamado específico, sob os seus vários aspectos e aspirações, em vista da construção de uma sociedade baseada na verdade, a qual nos inspira e garante Sua Palavra. Para este fim, faz-se mister a disposição para a Escuta
, como encontramos na orientação dada por São Bento, aos que militam sob sua paternidade espiritual, já no início de sua regra.
Este apelo para a Escuta
permeia toda a instrução de São Bento, percebida na regra do começo ao fim, e subentendida por vezes pela obediência
, como forma de fazer inculcar na mente e no coração de seus discípulos, a importância que a mesma se deve dar, como primeiro passo para o galgar do entendimento da vontade divina que se dá no chão de nossa história, quer pessoal ou comunitária, passando pelas experiências externas como preparação do terreno interior, que é o coração de cada homem.
É interessante como a