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Evangelho de São João: Reflexões de um Discípulo Amado
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Evangelho de São João: Reflexões de um Discípulo Amado
E-book211 páginas3 horas

Evangelho de São João: Reflexões de um Discípulo Amado

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Sobre este e-book

A meditação do Evangelho de São João nunca mais será a mesma após você ler as reflexões de Joab de Carvalho.
O livro trará respostas a várias questões fundamentais da fé católica, tendo como base a Sagrada Escritura e o Catecismo da Igreja Católica. Tem como objetivo servir de instrumento da fé e de manual de apoio para as pessoas que buscam evangelizar, catequizar e pregar, mas sentem dificuldades em encontrar argumentos bíblicos e teológicos de forma prática e completa. É indicado também para os adeptos das demais religiões, pois ajudará a entender o pensamento católico e seu modo de interpretar a Bíblia.
No final dos capítulos, o leitor é agraciado com uma oração, que fixará o tema tratado não só na mente, mas no seu coração, tornando-o parte integrante do livro, inspirando-o e convidando-o a ser um discípulo amado do Senhor Jesus.
IdiomaPortuguês
EditoraViseu
Data de lançamento3 de out. de 2022
ISBN9786525428574
Evangelho de São João: Reflexões de um Discípulo Amado

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    Pré-visualização do livro

    Evangelho de São João - Joab de Carvalho

    Prefácio

    O leitor terá, diante de si, uma obra como todas as outras não acabada, porém bem elaborada; que se destina, como diz o próprio autor, aos padres, pregadores, catequistas, formadores, missionários e evangelizadores, de forma sintética, profunda, que leva o legente, não só a um maior conhecimento de Jesus Cristo, por meio do Evangelho de São João, mas também a uma autêntica viagem ou excursão interior, acompanhada de um crescimento espiritual e pastoral.

    São vinte e um capítulos com temas significativos que, logo, chamam a atenção nas primeiras linhas. É uma leitura dinâmica e de fácil entendimento, direcionada a qualquer público ou idade. Seu objetivo é de conduzir o leitor a uma meditação da Palavra de Deus, através de exemplos e situações reais da vida de qualquer cristão.

    É uma obra nascida, criada e construída a partir da vontade do autor, da inspiração Divina, da sua prática religiosa como católico praticante, orante, de seu conhecimento adquirido como excelente leitor de várias obras ligadas à Sagrada Escritura, aos documentos da Igreja, à Teologia e à interpretação.

    Nela há uma visão concreta da realidade vivida por tantas pessoas que frequentam a Igreja, percebendo a necessidade que cada homem, e cada mulher, sejam verdadeiros seguidores de Cristo Jesus, obedientes à doutrina da Igreja, além de pastores de almas. Lança passos concretos, que irão nortear eternamente a vida de cada pessoa que lê, no seguimento de seu projeto de vida cristã.

    É interessantíssimo perceber, em toda escrita, a Divina inspiração, que leva o autor a orar no final de cada capítulo, e claro, a orar junto com o leitor. Uma profunda oração que chega a levar o leitor não só a uma profunda emoção, mas a uma experiência da graça de Deus.

    São temas diversos, tratados a cada capítulo, que são aconselhados a serem encarados pausadamente; meditando, contemplando e tirando conceitos práticos, de forma extraordinária. Ao mesmo tempo que se lê, se sente logo uma edificação espiritual e pastoral, de forma crescente e nova. São textos motivadores, com interpretação e atualização raras. Ao ser introduzido em cada tema, o leitor, tendo a Bíblia Sagrada em mãos, logo é despertado a ler o capítulo sagrado por inteiro, o que aconselho logo no primeiro ponto da leitura.

    É uma leitura que traz respostas às questões fundamentais da fé, e que desperta imediatamente a vontade de seguir mais a Jesus Cristo, como discípulo amado. Essa individualidade, do termo discípulo amado, quer despertar no leitor a importância de ser esse discípulo, de se empenhar em seguir os passos do Amado e Enviado do Pai, na obediência e na disposição do discipulado, levando a uma radicalidade no seguimento a Nosso Senhor Jesus Cristo que impressiona na leitura, pois se percebe os traços concretos de que, quem escreve, o faz com bastante experiência de seguidor, de discípulo amado.

    O chamado universal à santidade está implícito em toda temática do livro, o qual, a todo momento, convida o leitor a uma transformação de vida, com o intuito de o tornar um verdadeiro adorador do Soberano Senhor.

    Dar respostas, ao sentido do sofrimento, como instrumento de provação, em meio a tantas angústias que atravessamos na atualidade. É um instrumento de transformação de vidas, a partir da decisão da entrega pessoal de cada um.

    É o autor, devotíssimo católico da Virgem Mãe, que se deixa escorrer nas letras, no amor a Ela, de forma sincera, amável e confiante. Ao ler, pode-se ir anotando quantas inspirações esta obra trará, pois como falamos, ela é inacabada, deixando portanto, espaço para você continuá-la em outras obras, e de forma pessoal, na sua mudança de vida.

    É uma obra teológica inspirada sob o impulso do Espírito Santo, portanto, vale a pena lê-la. Desejo, ardentemente, abençoada leitura.

    Padre João Zacarias.

    Pároco da Paróquia São Roque.

    Serrolândia – BA, 28 de agosto de 2021.

    Introdução

    "Anunciar o evangelho não é título de glória

    para mim; é, antes, uma necessidade que se me impõe. Ai de mim, se eu não anunciar o evangelho".

    (1Cor 9,16).

    É inerente a qualquer pessoa; diante de uma grande conquista, da aquisição de algo que sempre sonhou ter, da apreensão de um novo conhecimento, do encontro de uma coisa perdida há anos, até mesmo por qualquer coisa boa ou novidade que lhe acontece, ter como sua primeira atitude não guardar tal situação para si, mas sim, anunciar ou partilhar tal fato com todos aqueles que estão ao seu redor, fazendo com que a sua alegria só aumente na medida em que os outros vão tomando conhecimento da situação, principalmente com aquelas pessoas mais íntimas.

    Desta forma, não teria que ser diferente quando temos um encontro pessoal com o Senhor Jesus, a Pérola Preciosa ou com o Amor Incondicional do Pai, com o batismo no Espírito Santo. Seja qual for a alegria, a dádiva ou presente, nosso dever é contar para todo mundo essa Boa Nova, o que vimos e ouvimos do Mestre, de anunciar-lhe aonde quer que estejamos, de pregar o evangelho aos quatro cantos da Terra. E, por conta disso, o desejo mesmo de evangelizar se torna uma obrigação, como bem expressou São Paulo no trecho citado acima, pois do contrário, seria uma contradição, um egoísmo tremendo, querer guardar para si algo tão grandioso, o que, no fim, ocasionaria um desvalor da graça recebida, resultando em pecado por não glorificar a Deus pelas grandes obras que fez em nosso favor.

    Diante disso, este livro nasceu, primeiramente, do meu desejo de evangelizar, de anunciar o Senhor Jesus para todo o mundo. Segundo, do querer deixar registrado todas as meditações e reflexões inspiradas pelo Espírito Santo pela leitura da Bíblia, a qual conheci desde a adolescência e me apaixonei à primeira vista, tornando-me um leitor assíduo, lendo-a integralmente várias vezes, de traduções variadas, passando os textos sagrados, por graça divina, a preencher todo o meu pensamento e a guiar as minhas ações durante toda a minha vida.

    Em derradeiro, para servir de apoio a todas as pessoas que desejam também evangelizar, catequizar e pregar, mas sentem dificuldades em falar sobre determinado tema, ou até mesmo porque não conseguiam encontrar, em um único local, de forma prática, didática e linguagem acessível, as respostas para suas dúvidas e os argumentos para as suas respostas, com referências embasadas totalmente na Bíblia.

    Este livro é direcionado, especialmente, para os católicos, de modo que obtenham, por meio das reflexões retiradas a partir dos textos sagrados, o alimento sólido para crescerem espiritualmente, para manterem-se firmes na fé, para se afastarem de qualquer doutrina ou religião diferente da apostólica romana e, para aqueles que já são de longa caminhada, como uma fonte nova de conhecimento, mais uma rede para pescar os irmãos afastados, as ovelhas perdidas, e trazê-las de volta para a casa do Pai.

    Todas as reflexões, como o nome do livro já diz, foram iniciadas a partir do Evangelho de São João. Diante disto, para melhor compreensão, e de modo a se obter o melhor aproveitamento dos temas abordados, faz-se necessário, antes de qualquer coisa, a leitura do capítulo do Evangelho equivalente ao capítulo do livro que estará lendo. Os capítulos podem ser lidos de forma independente, mas recomendamos, por questão da evolução do próprio texto bíblico, que se faça uma leitura contínua, partindo-se do primeiro capítulo, depois o segundo e assim sucessivamente.

    Por fim, ao final de cada capítulo, é apresentada uma oração; algumas inspiradas por Deus a nós, outras retiradas do seio da nossa Igreja Católica e de seus inúmeros santos, que tem relação direta com o tema tratado, devendo a mesma não apenas ser lida, mas realmente rezada com fé, de modo que as palavras deste livro fixem, não só na sua mente, mas em seu coração, como semente que caiu em terra fértil, fazendo de você um verdadeiro discípulo amado do Senhor Jesus.

    Capítulo 1

    *

    Jesus, Verdadeiro Deus e Verdadeiro Homem

    O capítulo primeiro do Evangelho de São João é muito rico em informações, principalmente sobre a personalidade do Senhor Jesus, uma vez que atesta e deixa bem claro a sua origem e natureza divina.

    O evangelista inicia dizendo que "no princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus (v. 1), trazendo, de certo modo, uma alusão ao que encontramos no livro do Gênesis, onde lemos que: No princípio, Deus criou o céu e a terra (Gn 1,1). Ora, a Bíblia é clara ao afirmar que o Verbo é Deus. Mas quem é o Verbo? Bem, no versículo 14 encontramos a resposta: E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós; e nós vimos a sua glória, glória que ele tem junto ao Pai como Filho único, cheio de graça e de verdade".

    Diante disto, podemos fazer o seguinte raciocínio lógico: se o Verbo é Deus; se o Verbo se fez carne; se Jesus é o Verbo; se Jesus se fez carne; logo, Jesus é Deus. A isso, a Igreja denomina Encarnação, ou seja, o fato de o Filho de Deus ter assumido uma natureza humana para realizar nela a nossa salvação, reconciliando-nos com Deus (1Jo 4,10), para ser nosso modelo de santidade (Mt 11,29) e para que, assim, conhecêssemos o amor de Deus (1Jo 4,9).

    Pode até parecer um tanto insignificante e claro de mais essa conclusão, pois todos nós católicos sempre soubemos que Jesus é Deus, a segunda pessoa da Santíssima Trindade, o que aconteceu não de forma simples e pacífica, mas à custa de vários concílios, desde o século III, nos quais a Igreja Católica refutou várias heresias, umas das quais negavam a humanidade verdadeira de Cristo, outras negavam a sua divindade, outras consideravam existir duas pessoas distintas e outras ainda, afirmavam que a natureza humana tinha cessado de existir como tal em Cristo ao ser assumida por sua pessoa divina de Filho de Deus (CIC 467).

    Atualmente, sem muita dificuldade, tal passagem bíblica nos serve de respaldo contra determinadas seitas religiosas que não acreditam na divindade do Senhor Jesus, e pregam que Ele foi apenas um grande profeta ou uma alma evoluída, a exemplo das Testemunhas de Jeová e do Espiritismo. Aliás, vale informar que "a fé na Encarnação verdadeira do Filho de Deus é o sinal distintivo da fé cristã" (CIC 463), haja vista que quem acredita e ensina de forma diferente está sendo um falso profeta e possui o espírito do Anticristo, conforme nos ensina o próprio São João em sua primeira carta: "Nisto reconhecereis o espírito de Deus: todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio na carne é de Deus; e todo espírito que não confessa Jesus não é de Deus; é este o espírito do Anticristo" (1Jo 4,2).

    Dessa maneira, guardando estas passagens, estaremos vacinados contra as heresias daqueles que porventura vierem a bater na nossa porta para nos apresentar um Jesus apenas humano, pois refutaremos sabiamente apenas pegando os primeiros versículos do Evangelho de São João e confirmando a nossa fé no que a Igreja denomina de união hipostática, ou seja, que Jesus Cristo é verdadeiro Deus e verdadeiro homem, ao mesmo tempo, sendo Senhor dos céus e da Terra, Filho Unigênito do Pai, a Segunda Pessoa da Santíssima Trindade, possuindo também alma, vontade humana, coração humano, semelhante a nós em tudo, exceto no pecado, uma única pessoa com duas naturezas, unidas de forma inseparável.

    Outra verdade que encontramos neste capítulo é a de que Deus criou todas as coisas e sem Ele, nada do que foi feito se fez (v. 3), além do v. 10 que diz: "... e o mundo foi feito por meio Dele. Estas passagens ratificam o que o livro do Gênesis já havia relatado, ou seja, que Deus é o criador de tudo e que realizou essa obra por meio do Seu Filho Bem-Amado. Desse jeito, independentemente de como ocorreu a origem da matéria, de como aconteceu a evolução do mundo, dos planetas, de todos os seres vivos, o que precisamos guardar é que, o princípio de tudo é Deus e, por consequência, o fim de todas as coisas também é Ele, conforme encontramos no Livro de Isaías: Eu sou o primeiro e o último, fora de mim não há Deus (Is 44,6), e em Apocalipse: Eu sou o Alfa e Ômega" (Ap 1,8).

    Tais textos bíblicos servem de respostas para perguntas relativas a respeito de onde viemos? Para onde vamos? Qual é a nossa origem? Qual é o nosso fim? De onde vem e para onde vai tudo o que existe? Uma vez que as questões relativas à origem e ao fim das coisas são inseparáveis, e tem seu termo em Deus, o qual pôs um começo a tudo o que existe fora Dele, sem abandonar as criaturas, mas sustentando toda a criação no Seu Ser, conduzindo-a, sem nos tirar a liberdade, para o fim último de todas as coisas, ou seja, Deus, como nos diz São Paulo: "E, quando todas as coisas lhe tiverem sido submetidas, então o próprio Filho se submeterá àquele que tudo lhe submeteu, para que Deus seja tudo em todos" (1Cor 15,28).

    Ademais, a teoria da criação de todas as coisas por Deus não anula a teoria evolucionista ou qualquer outra que o homem venha a inventar ou descobrir em resposta para a questão das origens, pois esta é apenas o meio da qual aquela se utilizou. O que não podemos aceitar é que se diga que o mundo é fruto do acaso, de um destino cego, uma vez que "cremos que ele procede da vontade livre de Deus, que quis fazer as criaturas participarem de seu ser, de sua sabedoria e sua bondade" (CIC 295), nos exatos termos da Carta aos Hebreus: "Foi pela fé que compreendemos que os mundos foram organizados por uma palavra de Deus. Por isso é que o mundo visível não tem a sua origem em coisas manifestas" (Hb 11,3).

    Interessante passagem que também nos faz refletir é a do v. 12, que diz: "Mas a todos que o receberam, deu o poder de se tornarem filhos de Deus: aos que creem em seu nome". O entendimento deste versículo está, digamos que, encoberto para a grande parte das pessoas. Isso se deve ao fato de que o mundo propaga que todos são filhos de Deus, o que não é verdade. Toda a humanidade é criatura de Deus, mas filho de Deus só é a pessoa que crê e aceita o Seu filho Jesus como Senhor de sua vida, e demonstra isso por meio do Sacramento do Batismo. Aí sim, crendo e sendo batizada, a pessoa se torna cristã, filho adotivo de Deus, passando a fazer parte da Igreja, que é corpo de Cristo, por graça concedida segundo a vontade de Deus.

    Aliás, essa é a maior de todas as graças derivadas da Encarnação do Verbo, a qual consiste no fato de que "o Verbo se fez carne, e habitou entre nós" (v. 14), para tornar-nos, de fato, filhos de Deus pelo batismo, ou seja, participantes da natureza divina, feitos verdadeiros deuses, não apenas de um modo figurado, mas de forma real, substancial, por meio da Graça da vida nova trazida por Cristo, conforme nos assegura a Bíblia, na Segunda Epístola de São Pedro: "Por elas nos foram dadas as preciosas e grandíssimas promessas, a fim de que assim vos tornásseis participantes da natureza divina, depois de vos libertardes da corrupção que prevalece no mundo como resultado da concupiscência (2Pd 1,4), bem como a doutrina dos santos padres, a exemplo de Santo Irineu: ... Pois esta é a razão pela qual o Verbo se fez homem, e o Filho de Deus, Filho do homem: é para que o homem, entrando em comunhão com o Verbo e recebendo, assim, a filiação divina, se torne filho de Deus, como Santo Atanásio: Pois o Filho de Deus se fez homem para nos fazer Deus, e Santo Tomás de Aquino: O Filho Unigênito de Deus, querendo-nos participantes de sua divindade, assumiu nossa natureza para que aquele que se fez homem dos homens fizesse deuses" (CIC 460).

    Todavia, vale constar que, diferente é o entendimento dos protestantes, os quais não acreditam na deificação, ou seja, no fato do homem, sem deixar de ser homem, se configurar, se harmonizar e se compenetrar totalmente em

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