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Desista de desistir
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E-book914 páginas11 horas

Desista de desistir

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Sobre este e-book

Desista de desistir nasce como um grande apanhado de 250 textos – entre artigos, crônicas e ensaios – que foram produzidos como resultados de nossos debates. Tratamos aqui dos assuntos mais diversos, de vida pessoal a profissional, mercado de trabalho e empreendedorismo. São reflexões sobre o mundo em que vivemos, cada vez mais fluido e mutável.

Descubra a determinação de alcançar um propósito, qualquer que seja, sem a insistência cega em uma direção infrutífera. Concilie isso com a resiliência e a capacidade de enfrentar os obstáculos e desafios, sem sucumbir às pressões, mantendo a mira no objetivo principal.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento29 de dez. de 2022
ISBN9786555615319
Desista de desistir

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    Desista de desistir - Janguiê Diniz

    Janguiê Diniz e

    Marcos Alencar

    DESISTA

    DE DESISTIR

    Desista de desistir

    Copyright © 2022 by Novo Século Ltda.

    EDITOR: Luiz Vasconcelos

    ASSISTÊNCIA EDITORIAL: Tamiris Sene

    PREPARAÇÃO: Tamiris Sene

    REVISÃO: Samuel Vidilli e Simone Habel

    DIAGRAMAÇÃO: Manu Dourado

    CAPA: Kelson Spalato

    EBOOK: Sergio Gzeschnik

    Texto de acordo com as normas do Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa (1990), em vigor desde 1º de janeiro de 2009.

    Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

    Angélica Ilacqua CRB-8/7057

    Índice para catálogo sistemático:

    1. Autoajuda

    GRUPO NOVO SÉCULO

    Alameda Araguaia, 2190 – Bloco A – 11º andar – Conjunto 1111

    CEP 06455­-000 – Alphaville Industrial, Barueri – SP – Brasil

    Tel.: (11) 3699­-7107 | E­-mail: atendimento@gruponovoseculo.com.br

    www.gruponovoseculo.com.br

    Sobre os autores

    Sobre Janguiê Diniz

    A história de vida de Janguiê Diniz parece revelar uma identidade natural com as histórias, os caminhos ou mesmo os sonhos de cada um dos cerca de mais de 300 mil alunos que circulam diariamente pelas instituições de ensino do Grupo Ser Educacional, fundado por ele. Da infância pobre e rural em pequenas cidades do interior que sequer aparecem no mapa do país, da rotina sacrificada na adolescência, com noites de renúncia da juventude, dividindo-se entre o trabalho e a escola, passando horas e horas debruçado sobre livros, e da persistência nos momentos de fraqueza veio a vontade incansável de vencer a vida e vencer na vida.

    José Janguiê Diniz nasceu em 21 de março de 1964, no distrito de Santana dos Garrotes, na Paraíba. Era um dos sete filhos de Lourdes e João. Aos seis anos, sua família deixou o Sertão paraibano e seguiu para o Centro-Oeste, para o município de Naviraí, no Mato Grosso do Sul. Aos 8 anos, Janguiê montou seu primeiro empreendimento: uma caixa de engraxate. Pouco depois, trocou a graxa nos sapatos pela venda de laranjas e depois de picolés. Até que os seus pais decidiram, mais uma vez, mudar de região. Seguiram então para Pimenta Bueno, em Rondônia. Mesmo com tantas mudanças, os pais sempre o incentivaram a estudar.

    Aos 14 anos, ele se deparou com uma encruzilhada. Não havia 2º grau em Pimenta Bueno. Para continuar estudando, seria preciso deixar a família e seguir sozinho dali para frente. O destino escolhido foi o Recife, onde Janguiê procuraria um tio que nunca conhecera. O advogado Nivan Bezerra da Costa tomou um susto quando viu o sobrinho franzino entrar em seu escritório e pedir ajuda para estudar no Recife. Tio que logo se tornaria um segundo pai para Janguiê. O garoto ganhou um emprego (como office boy e datilógrafo) e um lugar para dormir numa gráfica em um dos antigos casarões da Rua Velha, no centro do Recife. Trabalhava de dia e estudava à noite. Estudava muito! O sonho de fazer medicina foi substituído pelo fascínio despertado pelo Direito. Prestou vestibular em 1983 e foi aprovado na UFPE.

    A experiência no escritório do tio fez com que Janguiê começasse a faculdade com um certo domínio da área. Isso talvez explique como, ainda no 4º ano do curso, ele já havia montado uma empresa de cobranças com 30 funcionários trabalhando para ele. Os lucros da empresa foram diminuindo e levaram Janguiê de volta aos livros. Eram seis horas diárias dedicadas aos estudos para o concurso da magistratura trabalhista. Em 1992, Janguiê tornou-se juiz togado do trabalho. Nessa época, já havia se formado em Letras na Unicap e ensinava na Faculdade de Direito de Olinda.

    Embora tenha conquistado uma vaga de juiz no Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região, exerceu o cargo por apenas um ano para se dedicar a outra carreira e a outros projetos. Em 1993, passou no concurso público para Procurador do Trabalho do Ministério Público da União e no de professor efetivo da Faculdade de Direito do Recife – UFPE. Fez várias pós-graduações lato sensu na Escola Superior da Magistratura de Pernambuco, na Universidade Católica de Pernambuco, na Organização Internacional do Trabalho em Turim, Itália, além de mestrado e doutorado na UFPE. Escreveu vários livros sobre direito e educação. Em 1994, fundou o Bureau Jurídico, curso preparatório para concursos públicos. No mesmo ano, Janguiê começou a investir na realização de congressos nacionais e internacionais na área jurídica. Fundador e acionista controlador do grupo Ser Educacional, hoje um dos maiores grupos educacionais do país, com mais de 300 mil alunos e 12 mil colaboradores. Mantenedor da Uninassau – Centro Universitário Maurício de Nassau, Uninabuco – Centro Universitário Joaquim Nabuco, Unama – Universidade do Amazonas, UNG – Universidade de Guarulhos, Univeritas – Centro Universitário Universus Veritas, Uninorte – Centro Universitário do Norte, Unifacimed, Unesc, Centro Universitário Juazeiro do Norte, dentre outras, ergue para o Brasil as instituições que têm se destacado ao promover ensino superior de qualidade e que, indiscutivelmente, fazem parte da história dos cidadãos nordestinos e do Brasil.

    É autor de diversos livros jurídicos, de educação e empreendedorismo, dentre eles: Recursos no Processo Trabalhista; Ação Rescisória dos Julgados; Ministério Público do Trabalho: ação civil pública, ação anulatória, ação de cumprimento; Sentença Trabalhista, Temas de Processo Trabalhista, A Justiça e o Direito do Trabalho diante da Globalização, Pagamento de Dívida com Títulos da Dívida Pública e a Atuação do Ministério Público do Trabalho como Árbitro, Desvelo – Poemas, Educação superior no Brasil, Educação na Era Lula, O Brasil e o mundo sob o olhar de um brasileiro, Política e economia na contemporaneidade, Discursos em Palavras e pergaminhos, Transformando sonhos em realidade: A trajetória do ex-engraxate que chegou a lista da Forbes, O Brasil da política e da politicagem: desafios e perspectivas, Fábrica de vencedores: aprendendo a ser um gigante, O sucesso é para todos: manual do livro Fábrica de vencedores, A Arte de Empreender: Manual do Empreendedor e do Gestor das Empresas de Sucesso, Axiomas da Prosperidade, Inovação em Uma Sociedade Disruptiva, Vem Ser S/A: Lições de Empreendedores de Sucesso. Vol. I e II, além de centenas de artigos publicados nas mais destacadas revistas jurídicas nacionais e jornais de grande circulação. Eis a polifonia em única voz e em páginas.

    Ao olhar para trás, Janguiê não se arrepende de ter passado boa parte de sua vida sobre os livros. Foram as páginas que lhe guiaram por uma bela trajetória de vitórias. Seu nome é reconhecido como sinônimo de talento e obstinação.

    Sobre Marcos Alencar

    Marcos Valério Prota de Alencar Bezerra nasceu em 16 de dezembro de 1967, na cidade de Recife, em Pernambuco. Marcos é o filho mais velho de um total de 4 filhos, de Luiz e Rosa.

    Aos 12 anos de idade, Marcos já acompanhava a trajetória do pai, que na ocasião era Juiz do Trabalho da 6ª Região e professor de Direito na Universidade Católica de Pernambuco. Apesar da forte influência do meio judiciário, quanto a carreira de Magistrado, Marcos sempre quis empreender e seguir a carreira da advocacia trabalhista.

    Aos 17 anos e seis meses, Marcos ingressou, pelo vestibular, na Universidade Católica de Pernambuco. Serviu no Exército em 1986 (C.P.O.R.) por um ano, formando-se em Direito em 1991.

    Em 1986, Marcos (ainda como estudante) passou a assessorar o seu pai, Luiz de Alencar Bezerra (juiz do trabalho já aposentado, na condição de advogado do escritório Professor Alencar & Advogados Associados). Em 1987, ainda como estagiário, trabalhou no departamento jurídico da Federação Pernambucana de Futebol, sendo responsável pelo acompanhamento de 81 execuções (de árbitros de futebol).

    Antes mesmo de se formar no curso de Direito, na condição de estagiário e de assistente administrativo, Marcos sempre esteve relacionado ao ramo da advocacia trabalhista, atuando como parte de grupos de trabalho voltados para prevenção de litígios trabalhistas.

    Em 1988, foi reconhecido como desenvolvedor do primeiro escritório de advocacia sem o uso de máquinas de escrever, do Norte e Nordeste do País, utilizando apenas computadores e impressoras de papel contínuo.

    Em 1992 integrou o escritório interno da agroindustrial Tabu, já como advogado recém-formado, coordenando um contingente de mais de 3 mil contratos de trabalho nos Estados de Pernambuco e Paraíba. Nesse mesmo ano, fez parte do único escritório de advocacia do país, terceirizado, que atendia a Mesbla Lojas de Departamentos S/A no Nordeste, o que perdurou até o seu fechamento em 1999.

    Em 1999/2000, coordenou o fechamento da Fábrica de Pólvora Elefante (S/A PPF) com a demissão negociada de 185 trabalhadores estáveis, com a instalação da primeira comissão de conciliação prévia do País.

    Em 2000/2001, participou no planejamento da expansão da Estaf S/A no Estado da Bahia, sendo parte da construção da fábrica da FORD em Camaçari. A Estaf S/A atualmente está presente em PE, CE, BA, MG, SP e PR, e continua na coordenação jurídica do grupo (desde o ano de 1994).

    Em 2001, Marcos participou da criação da empresa BIT, que era uma sociedade formada entre os sócios da NEGOCIAL FACTORING com Murilo Gun e outros. Essa Empresa despontou como uma das primeiras startups do Brasil.

    Em 2004, foi contratado para estruturar o departamento de pessoal e jurídico trabalhista da Moura Dubeux Engenharia e a sua expansão no Nordeste (Estados do RN, CE, BA e AL), em 2008, sendo consultor do grupo.

    Entre 2004 e 2006, coordenou a gestão trabalhista na construção de 4 grandes empreendimentos do Grupo Fator (sediado na cidade do Rio de Janeiro) em parceria com o Banco Pactual. Os empreendimentos realizados: Icone, Cesar Tower, Amazon e o Hospital da Bahia, todos no bairro de caminho das árvores, em Salvador, Bahia, com a entrega e finalização com praticamente zero passivo trabalhista.

    Em 2006, atingiu na sua carteira de clientes, empresas com um contingente de mais de 30 mil contratos de trabalho, sem contar com os contratos dos empregados terceirizados.

    Em abril de 2010, integrou uma comissão com as 30 principais personalidades do mundo digital no Brasil (sendo o único representante da advocacia e da área jurídica, por ser Autor do blog trabalhismo em debate) de orientação do Senado Federal para abertura do portal digital do Senado, da então Presidência do Senador José Sarney.

    Em 2011, passou a ser referência nacional no direito do trabalho, em relação a prevenção trabalhista, passando a ser citado em veículos (jornais, rádios e tvs) locais e nacionais.

    Atuou como advogado trabalhista para a República Francesa (França) nos anos de 2010 a 2012, na defesa dos interesses do país perante a Justiça do Trabalho da 6ª Região, Pernambuco e Tribunal Superior do Trabalho em Brasília.

    Em junho de 2014, atuou como coordenador jurídico e gestor da crise deflagrada contra o empreendimento do Consórcio Novo Recife (defendendo os interesses das empresas consorciadas – Moura Dubeux, Queiroz Galvão e GL) perdurando o trabalho de enfrentamento do movimento (de repercussão internacional) Ocupe Estelita.

    Em 2017, foi agraciado pelo Tribunal Regional do Trabalho de Pernambuco com a medalha João Alfredo Corrêa de Oliveira.

    Em 2019/2020, coordenou todas as informações trabalhistas para as auditorias, a fim de abertura de capital da Moura Dubeux Engenharia perante a B3, o que ocorreu em fevereiro de 2020 com levantamento de mais de 1 bilhão de reais.

    Em agosto de 2020, contabilizamos estimadas mais de 5.500 (cinco mil e quinhentas) horas de audiências presenciais (iniciais, instruções processuais), mais de 2.000 (duas mil) horas de sustentações orais perante o Tribunal Regional do Trabalho da Sexta Região, ao longo de quase 30 (trinta) anos de advocacia com atuação focada no direito do trabalho e por isso na Justiça do Trabalho em todos os Estados do Nordeste, Goiás, São Paulo, Distrito Federal.

    Em agosto de 2020, Marcos assumiu consultoria perante o GRUPO SEB (Sistema Educacional Brasileiro) para orientar na retomada das aulas, sob os aspectos trabalhistas, de todas as unidades do Grupo, em face a Pandemia do Covid-19. São escolas do referido grupo: Escola Concept, pueri domus, escola SEB, esfera internacional, pueri bilíngue, GEO, EPD, UniDSCO, AZ, visão, permanecendo até a presente data.

    Em março de 2021, passou a ser o CLO (chief Legal Officer) do Blog Garotas Estúpidas (Camila Coutinho) e GE Cosméticos (Ge Beauty).

    Marcos atualmente é reconhecido nacionalmente pela sua atuação ativa e continuada na advocacia trabalhista de pessoas físicas e jurídicas, sendo também especialista na prevenção trabalhista de litígios, e na atuação na gestão e controle de crises, através da TheySolve. Atua como conselheiro consultivo de pessoas físicas e jurídicas, para fins de orientação estratégica na tomada de decisões (em geral) e criação de negócios sob a ótica da contratação de mão de obra.

    Desde 2004 é editor do Blog trabalhismoemdebate.com.br, com mais de 3.000 artigos relativos ao direito do trabalho, publicados.

    Desde 2019 é secretário-geral do INSTITUTO ÊXITO DE EMPREENDEDORISMO e atualmente é o Diretor Geral do referido Instituto (desde julho de 2020).

    Em fevereiro de 2019, obteve registro como Jornalista perante o Ministério do Trabalho n. 6847/PE.

    É atualmente conselheiro consultivo da IMOBILIÁRIA RECIFE (IRL), do GRUPO AGÊNCIA UM, coautor do Livro Manual do Preposto Trabalhista (2018), coautor da Cartilha de retomada (no decorrer do Covid-19) das Entidades Superioras de Ensino vinculadas a ABMES (Associação Brasileira das Mantenedoras de Ensino Superior) que congrega mais de 3 mil Instituições – em julho de 2020.

    Diante de toda essa trajetória, de muitos desafios diários perante a advocacia trabalhista, Marcos é considerado no meio jurídico como visionário e disruptivo, por sempre entender que a inovação é necessária nas relações de trabalho, em todos os sentidos.

    Apresentação

    Prezado leitor, este livro é fruto de várias sementes plantadas ao longo dos anos de 2019 e 2020 e do primeiro trimestre de 2021, por nós, Janguiê Diniz e Marcos Alencar. Nesse período, de domingo a sexta-feira, sempre por volta das 18 horas, nós nos falávamos e conversávamos sobre os mais diversos temas. Tivemos a ideia de registrar estas reflexões diárias em texto. Um exercício rico que gerou diversos frutos e, principalmente, ideias e engrandecimento intelectual para ambos.

    Refletimos e pensamos: por que não fazer dessa linha tão acentuada de pensamentos uma obra pública? Foi aí que decidimos, então, organizar este livro, para sistematizar esse conhecimento e os insights que tivemos durante essa experiência e compartilhar com quem também possa se interessar. Desista de desistir nasce como um grande apanhado de 250 textos – entre artigos, crônicas e afins – que foram produzidos como resultados de nossos debates. Tratamos aqui dos assuntos mais diversos, de vida pessoal a profissional, mercado de trabalho e empreendedorismo. São reflexões sobre o mundo em que vivemos, cada vez mais fluido, mutável.

    Lembra-nos do conceito do mundo VUCA – volátil, incerto, complexo e ambíguo – que surgiu nos anos 1990, pós-Guerra Fria, e era utilizado inicialmente pelas unidades militares dos Estados Unidos para designar a nova realidade geopolítica mundial. A ideia do mundo VUCA passou a ser aplicada com mais força ao ambiente empresarial depois da crise econômica de 2008. Estamos, de fato, vivendo em uma realidade instável, cheia de incertezas – a tal modernidade líquida estabelecida pelo sociólogo polonês Zygmunt Bauman. A pandemia do coronavírus foi mais um ponto a corroborar essa ideia: veio para nos mostrar que diversos conceitos que defendíamos antes precisam mudar. É da natureza humana estar em constante evolução, e não poderia ser diferente com carreiras profissionais e empresas. Adaptar-se à realidade que se impõe é condição de sobrevivência.

    Em um mundo tão impreciso, em que tudo muda a toda hora e a velocidade das mudanças cresce exponencialmente, como manter a cabeça no lugar e sobreviver a essa enxurrada de informações a que somos expostos constantemente? Esta é também uma questão que Desista de desistir se propõe a debater. O próprio título, diga-se de passagem, traz um indicativo. O grande Thomas Edison asseverou certa vez que nossa maior fraqueza está em desistir. O caminho mais certo para vencer é tentar mais uma vez. Eis uma poderosa força que nos leva adiante: a persistência. Entenda-se como a determinação em alcançar um objetivo, qualquer que seja; não como a insistência cega em uma direção infrutífera. Aliada a ela, vem a resiliência, que é a capacidade de enfrentar os obstáculos e desafios sem sucumbir às pressões, mantendo a mira no objetivo final.

    O medo de errar também é um fator que influencia muitos a desistirem de seus sonhos. Ora, pessoas de sucesso e prósperas aprendem a dominar seus medos, fazendo deles aliados no processo de desenvolvimento, jamais barreiras. Mais importante: os erros e os fracassos são grandes professores que nos trazem inúmeros ensinamentos. Foi também Thomas Edison que disse: Eu não falhei. Apenas descobri 10 mil maneiras que não funcionam. A alegação faz todo sentido. Ao falhar, precisamos entender o que nos levou ao erro, aprender com a situação e não errar mais. Não podemos, no entanto, fazer do erro motivo para desistir. Daí intitularmos esta obra Desista de desistir: é essa postura que deve ser adotada na vida.

    Caro leitor, o maior desafio para produzir este livro foi conseguirmos alinhar nossas visões, uma vez que um de nós (Janguiê Diniz) tem uma visão mais pragmática das coisas, enquanto o outro (Marcos Alencar) tem uma abordagem mais romântica. Desafio que, no fundo, acabou por tornar-se um aliado das ideias. Os textos aqui contidos são frutos dessa mistura e de um consenso, uma vez que, em todos eles, chegamos a um ponto comum e estamos ambos em acordo com aquilo que foi escrito na essência. A experiência de troca de ideias, análise de novos pontos de vista e reflexão mais aprofundada sobre tantos temas nos fez sair diferentes dessa imersão inédita. E é o resultado desse embate diário de ideias esparsas que você pode acessar neste volume, prezado leitor, a fim de que, além de conhecer nossas opiniões, aprimore a sua visão de mundo, de forma ampla e mais humana.

    Por fim, cabe a nós desejarmos a você, caro amigo, uma boa leitura – acima de tudo, uma leitura reflexiva. Cada texto aqui incluso foi pensado e escrito com carinho com o objetivo primacial de suscitar debate e pensamento crítico. São visões destes dois autores, depois de muitos anos de caminhada no meio empreendedor e no mercado de trabalho em geral, analisando seus meandros, mudanças e evoluções e como tudo isso se reflete no dia a dia da sociedade. Absorva o que escrevemos e reflita sobre como pode transportar para a sua realidade e melhorar cada vez mais a sua vida. E lembre-se sempre de que, ao desistir de algo, você desistirá também de tudo aquilo que pode vir depois. Portanto, se for desistir, desista de ser fraco. Desista de desistir.

    JANGUIÊ DINIZ E MARCOS ALENCAR

    Prefácio

    Com a maré a favor até peixe morto nada, ou seja, quando está tudo indo bem as coisas andam normalmente, mas com a maré contra que é o grande segredo.

    Quando li o título deste livro, Desista de desistir, logo pensei que era mesmo uma obra fruto das mentes dessas duas pessoas que tenho a honra de chamá-las de amigos: Janguiê Diniz e Marcos Alencar. Os dois são mesmo grandes empreendedores que não desistem. Também foi uma honra ter sido convidado para prefaciar esta obra, pois acredito, assim como os autores, que desistir não pode ser uma opção para quem almeja algo na vida. Isso, temos em comum.

    Vejo Desista de desistir como um grande almanaque de conhecimento. Não falo aqui de conhecimento acadêmico, rigidamente estruturado, mas de conhecimento de vida, aquele que só a experiência traz. E experiência, há que se dizer, é o que Janguiê e Marcos têm de sobra, bem como competência. Neste volume, leitor, você encontrará diversos textos instigantes, em forma de crônicas e artigos, acerca de diversos temas que orbitam os universos de empreendedorismo, carreira e desenvolvimento pessoal. Cada texto faz refletir sobre um assunto diferente e relevante para o mundo do presente e do futuro; pensamentos que podem levar você a tomar decisões ou mudar sua perspectiva e transformar sua trajetória pessoal e profissional.

    Também me chamou atenção a metodologia de produção aqui desenvolvida: textos que são frutos de conversas e debates entre os dois autores. Coisa boa, um bate papo.

    Ora, que melhor maneira haveria de produzir um material conjunto se não fazendo um apanhado sobre as concordâncias de ambos acerca de diversos aspectos? Ainda mais quando escritos com tanto brilhantismo. Um material riquíssimo que é, ao mesmo tempo, aprofundado, suscitando questionamentos importantes, e acessível, de fácil assimilação. Com uma linguagem por vezes lúdica, torna-se também prazeroso de ler. E é também esse caráter lúdico que traz inúmeros ensinamentos valiosos, que você poderá levar para toda sua vida.

    Explorando um pouco mais o tema central do livro, o que posso garantir é que nenhum empreendedor, gestor, enfim, profissional de sucesso chegou lá por ter desistido. Muito pelo contrário. Lembro-me das inúmeras tentativas que fiz para conseguir meus objetivos. Bati muitas vezes de cara na porta, recebi diversos nãos, mas sabia que meu propósito estava correto e não desisti dele. Não foi fácil. Nunca é. Mas esse é o caminho, o único que trará resultados robustos e duradouros. Até criar meu grande empreendimento, foram anos de luta, suor e lágrimas.

    E aqui é importante diferenciar desistir com ajustar a rota. É comum, durante o trajeto, que você precise mudar um pouco seu direcionamento, mas mantendo o objetivo final. É como as águas de um rio, que ao encontrarem uma rocha resistente, não insistem em quebrá-la, mas a circundam e seguem seu curso.

    Ampliando a discussão, se eu pudesse deixar um conselho, seria: não tenha medo nem se detenha muito na falta de ação. Se tem um desejo, um propósito, trace um plano e, mesmo que ainda não tenha todas as ferramentas, habilidades ou competências para realizá-lo, comece.

    Seja atrevido, persistente. Nunca desista de seus sonhos, erre, mas tente.

    O importante é dar o primeiro passo, pois ele rompe a barreira da inércia e põe você em movimento. Daí para a frente, tudo se torna mais fácil e você pode ir se aperfeiçoando durante o processo. Mas comece. E não desista, mesmo que o caminho pareça sem saída. Use sua criatividade e pense de forma inovadora para se desvencilhar dos empecilhos. CRIA ATIVIDADE.

    Bom, prezado leitor, após apreciar este livro a que você tem acesso agora, posso dizer que é uma obra de relevância em diversos aspectos. Seu tamanho é um deles: 250 textos é um conjunto que traz um rol extenso e diverso de temas e reflexões. Também é uma oportunidade de engrandecimento para você, ao ter contato direto com ideias e pensamentos de dois grandes empreendedores. Espero que seja uma ótima leitura a levá-lo a um estado de consciência mais elevado sobre sua trajetória neste mundo, suas decisões, sua carreira e sua relação com as pessoas que o cercam de um modo geral. Aproveite!

    Para finalizar decore o que um líder precisa ter como meta e vida, os quatro Hs: Humildade, Humor, Honestidade e finalmente Habilidade.

    Observe o número 1 –, Humildade, nunca a perca em momento algum de sua trajetória.

    Parabéns aos meus amigos por esse fantástico lançamento.

    CHAIM ZAHER

    Fundador e presidente do grupo SEB – Sistema Educacional Brasileiro

    Desista de desistir

    Por vezes, na vida, surgem desafios que nos fazem fraquejar e até querer desistir. No entanto, são as capacidades de seguir em frente e resistir às intempéries que constroem pessoas de sucesso. O mais importante é começar e, se fracassar, recomeçar, mas não desistir jamais dos seus sonhos, projetos e propósitos de vida, pois quando você desiste de algo na vida, você desiste de tudo que vem depois (A. D.).

    Steve Jobs, fundador da Apple, disse certa vez que cada sonho de que você desiste é um pedaço do seu futuro que deixa de existir. Já Thomas Edison ressaltou que muitos dos fracassos da vida ocorrem quando não percebemos o quão próximos estávamos do sucesso na hora em que desistimos. Ambos são provas de que a persistência, a determinação e a resiliência são capazes de levar o ser humano a lugares inimagináveis.

    Edison, por exemplo, falhou cerca de 10 mil vezes antes de conseguir criar a lâmpada incandescente. Imagine se ele tivesse desistido na décima tentativa. Mais do que isso, em vez de apenas erros, ele encarou cada fracasso como um aprendizado. Segundo ele, ao errar você, no mínimo, aprende uma nova maneira de não fazer algo.

    Não podemos nos esquecer de que a vida tem duas regras que devem ser seguidas por aqueles que querem triunfar. A primeira é não desistir jamais. A segunda é nunca se esquecer da primeira. Como dizia Henry Ford, quando tudo parecer estar contra você, lembre-se de que o avião decola contra o vento, não com a ajuda dele. E é justamente nos momentos de adversidades, de provações e de desafios que podemos desenvolver novas habilidades, evoluir como seres humanos, expandir o pensamento e estimular a criatividade, chegando à resolução dos problemas existentes.

    Como afirmou o piloto Ayrton Senna uma vez: Nas adversidades, uns, os fracos, desistem, outros, os vencedores, batem recordes. É que covardes nunca começam, os fracos nunca terminam e os fortes e vencedores nunca desistem (A. D.) Não podemos nos esquecer de que o forte pode passar pelas mesmas dificuldades e adversidades que o fraco e que, sim, em algumas situações, o forte chora, o forte se entristece, o forte esmorece e, às vezes, desfalece (A. D.), mas, mesmo desacreditado e ignorado por todos, ele não se entrega e jamais desiste de seus sonhos e de tudo o que deseja e acredita.

    Seguindo essa mesma linha, nunca se esqueça de que 95% das pessoas que desistiram cedo demais de seus sonhos ou estão chorando amargamente a desistência ou estão trabalhando para os 5% que nunca desistiram. Como vaticinou Henry Ford, há mais pessoas que desistem do que pessoas que fracassam.

    E se você cansar, ficar exausto de tanto tentar e não conseguir? Ora, aprenda a descansar, mas não desista, pois a pessoa não é derrotada quando perde, falha, quebra ou fracassa, ela é derrotada quando desiste de seus sonhos e de seus projetos de vida. Você pode diminuir o ritmo, parar e até dar um passo para atrás para redefinir estratégias, rumos e trajetórias. Não há problema nisso. Mas depois de descansar e de redefinir os planos, recomece e volte a avançar, sem desistir. Comece, avance, diminua, pare, recue, pivote, reinvente-se, recrie-se, refaça, recomece, avance novamente. Faça isso quantas vezes forem necessárias, só nunca desista de sua caminhada rumo aos seus propósitos.

    É importante lembrar que quem não quer desistir precisa ter as ferramentas necessárias para seguir em frente: preparo, estudo, determinação e, principalmente, trabalho duro. Não adianta querer começar uma jornada no escuro, sem adquirir o mínimo de conhecimento para se preparar para aquele desafio.

    Da mesma forma, a falta de dedicação tampouco leva alguém a progredir. É preciso decidir se dedicar verdadeiramente a um propósito para que seu corpo e sua mente entendam o que você quer e trabalhem em conjunto para esse fim. Em suma, é uma soma de fatores que torna alguém vencedor, com prosperidade plena. Quando junta-se todos os fatores – ou a maioria deles –, a trajetória se torna muito mais fácil – embora não mais simples – e realizável.

    Não se esqueça: o impossível é composto de várias partes possíveis, então, é importante saber transformar um objetivo que parece inexequível em um conjunto de metas alcançáveis para que, passo a passo, degrau a degrau, a vitória seja construída.

    As etapas menores facilitam todo o processo, uma vez que permitem, a cada marco alcançado, a alegria de uma realização, mesmo que pequena, o que traz motivação para continuar a luta. Como dito por Bill Gates, se tiver que desistir de algo, desista de ser fraco.

    Reafirmamos o que já escrevemos em outros livros, principalmente no livro 12 Chaves para Criação de Riqueza: se tiver que desistir de um sonho, um ideal, um projeto ou um propósito de vida, desista de desistir. Na verdade, você pode até desistir de algo em sua vida, desde que seja para sair do bom e perseguir o ótimo, ou do pequeno para perseguir o grande. Para os conquistadores, esse é o único tipo de desistência que se deve ter na vida.

    Faça um juramento para si: embora dificuldades e obstáculos apareçam em sua vida, você nunca vai desistir até viver a vida que sempre sonhou, pois, segundo Fagner Borges, a vida é questão de fazer e agir até dar certo e não ‘se’ der certo.

    Sumário

    Sobre os autores

    Apresentação

    Prefácio

    Desista de desistir

    1. O ser humano é fruto do meio em que vive

    2. Amigo de fé e irmão camarada

    3. A fábula do lenhador

    4. A água precisa estar perto do fogo

    5. Os superpais

    6. O síndico malabarista

    7. O barco da vida

    8. A doação da sabedoria

    9. Modal do eu

    10. A consideração ativa e passiva

    11. Os amigos e os seus espinhos

    12. Uma reflexão sobre o equilíbrio

    13. A superação da raiva

    14. Caráter, reputação e ostentação

    15. Deixe o fluxo correr

    16. A necessidade de feedback mais preciso

    17. A alegria cura

    18. O alfabeto emocional e a verdadeira alegria

    19. A ansiedade e os problemas

    20. O verdadeiro amigo

    21. O poder da comunicação amigável

    22. A dopamina e o relacionamento afetivo

    23. Amor fraterno

    24. A felicidade não é tudo

    25. Aplicando a lei da doação por meio de bençãos

    26. Os olhos azuis

    27. Doação e descarte

    28. A frequência vibracional

    29. Proteja a sua retaguarda

    30. A fé

    31. O impacto social humano

    32. O carma

    33. Os mantras

    34. A felicidade a caminho

    35. A terapia do amor

    36. Lava-pés

    37. Nascer de novo

    38. A história de bill gates nos ensina

    39. O comprador ambicioso descomedido

    40. Invista na agenda positiva

    41. Um passeio nas origens

    42. Combata a pré-ocupação e olhe para o prazer das coisas

    43. O escolhido do dia

    44. Estude rabindranath tagore

    45. O supersensato

    46. A coragem precisa de motivação

    47. Os ensinamentos de Stephen Hawking

    48. O reconhecimento dos que lhe cercam

    49. O álcool na nossa vida

    50. Andar reto numa rua cheia de curvas

    51. As atitudes curam a ansiedade

    52. O filho é um pedaço de nós

    53. Shabat

    54. Ver e ouvir com os olhos humildes

    55. A gentileza das flores

    56. O uso e o abuso

    57. O rico e o céu

    58. As decisões precipitadas e os aconselhamentos

    59. É a fé que nos move

    60. É importante serenidade nas respostas

    61. Cuidado com quem andas

    62. O livro e a bíblia

    63. Considere o seu verdadeiro valor

    64. A mente é o nosso lago

    65. Homens de bem não se acotovelam

    66. A história dos dois amigos

    67. Abrace quem não te ama

    68. A verdadeira humildade

    69. Como combater o ciúme corporativo

    70. A ameaça do cavalo de troia

    71. Roma ruiu

    72. Liquidez em tudo na vida

    73. As viagens com a mente e o fortalecimento da fé

    74. Pratique mais a prece

    75. A lei do sábado e as nossas leis pessoais

    76. O nível diário de felicidade

    77. Os ansiosos e os punhados e terra

    78. A felicidade nota 8,0

    79. A construção do hospital chinês e a fé do impossível

    80. Sêneca, o pensador

    81. Valorizar os santos de casa

    82. Use da falsidade para mudar o seu dia

    83. Pratique o desapego

    84. O impuro não entra em nós, é gerado por nós

    85. O filme parasita e o êxito

    86. O dilúvio e a nossa vida

    87. Comprometa-se com a vida

    88. A motivação de realizar

    89. Vamos estudar o confucionismo

    90. O homem feliz é maior do que as posses

    91. O petróleo e as incertezas

    92. Drauzio varella e a reputação

    93. E agora, josé?

    94. Como identificar os puxa-sacos

    95. O poder do otimismo e da alegria

    96. O líder

    97. A graxa dos coturnos

    98. Estratégia, rotina e moderação

    99. A fé e a prática da mentalização

    100. Como combater fakenews

    101. Temos que ajustar as velas e olhar para o futuro

    102. A gratidão e o amor precisam ser exercidos

    103. Reflita sobre o domingo de ramos

    104. A páscoa e pentecostes

    105. Roteiro para lives

    106. O olhar deve ser mundial

    107. O caso Gabriela Pugliesi

    108. As frases de efeito têm poder

    109. A inspiração, as sementes e os jornalistas

    110. As fakenews e a necessidade de esperança

    111. Alimente positivamente os cinco sentidos

    112. Aprendemos com os erros e os acertos dos outros

    113. É o coração que faz o caráter

    114. A maturação das nossas reações

    115. A meditação sob medida

    116. As cobras e os perfumes

    117. Cautelas com o avante

    118. Como fazer amigos depois de velho?

    119. A lei do mínimo esforço

    120. Mais freio e novos olhos

    121. O silêncio é o antídoto da ansiedade

    122. Valorize os amigos e faça a sua parte

    123. Vitimize-se mais

    124. A origem da festa junina

    125. A prática do telepsiquismo

    126. A riqueza e o reino dos céus

    127. A tríade do tempo

    128. A vida e os vários ecos

    129. a.C. e d.C. sejamos assim

    130. Advogando contra qualquer zumbido

    131. Amar ao próximo e o exemplo de A.E.M.

    132. Amplie as suas habilidades emocionais

    133. Antídoto para os ansiosos resolvedores

    134. Aprenda a ser feliz sem motivo

    135. As lições da luiza trajano

    136. As seis dicas para empreender a si mesmo

    137. Autoridade, egocentrismo e impulsividade

    138. Caminho das trevas e da luz

    139. Como afastar a hipocondria

    140. Como buscar a paz

    141. Como enfrentar a ansiedade

    142. Como evitar a antipatia

    143. Como praticar o espírito de natal

    144. Corte o cordão umbilical

    145. Dar o que nos faz falta

    146. Dê importância a quem lhe acrescenta

    147. De pai para filho

    148. Defenda-se dos ansiosos de plantão

    149. Depressão vs gratidão

    150. Diga não ao abafado

    151. Dormir é um ritual

    152. Dos Beatles à gratidão a Deus

    153. E se Jesus batesse na nossa porta?

    154. Em tempos de guerra nunca pare de lutar

    155. Entusiasmo e comunicação rasteira

    156. Enxergue o joio e o trigo

    157. Escolhas e a autoexigência

    158. Evite voar a noite

    159. Experimente o novo

    160. Faça o que digo e não faça o que eu faço

    161. Faça tudo com amor

    162. Ferramentas para o controle emocional

    163. Filho de peixe, peixinho não é

    164. Fique de olho no passivo judicial

    165. Fortaleça-se em todos os sentidos

    166. Habilidades socioemocionais

    167. Vamos falar do livro antifrágil

    168. Hoje vamos revisar a sua árvore

    169. Livramentos existem, sejamos sensíveis

    170. Meditação para iniciantes

    171. Melhore a conexão com Deus

    172. Motivação e cenário mental

    173. Não se briga dando recibo

    174. Não sofra pelo que não pode controlar

    175. Nosso eu estimulado pela aromaterapia

    176. O algoz pode ser a salvação

    177. O caminho da paz interior

    178. O caminho mais curto para falar com deus

    179. O cérebro e o mundo virtual

    180. O egoísta e a briga pelo que quer

    181. O essencial precisa ser valorizado

    182. O fogo na floresta é bom

    183. O fracasso é o condimento da vitória

    184. O inovador

    185. O joio existe e precisamos evitá-lo

    186. O maior tesouro é a felicidade plena

    187. O movimento rastafári

    188. O ninho de cobras

    189. O peso do amor que temos para dar

    190. O poder da sabedoria

    191. O poder de revidar

    192. O ritmo circadiano

    193. O segredo é ter crescimento na disciplina

    194. O uso do flow

    195. Os níveis de reputação

    196. Pilote o desequilíbrio

    197. Precisamos do entusiasmo

    198. Precisamos observar mais os perdedores

    199. Quatro coisas a evitar – analectos

    200. Quem reclama não anda

    201. Como reaprender a educação

    202. Reavalie a sua disciplina

    203. Reflexão sobre todos os ovos na mesma cesta

    204. Reflitamos sobre a ganância

    205. Reputação x cautela x inveja

    206. Saboreie o prato da vida

    207. Nunca desista

    208. Seja mais humano em suas relações

    209. Ser, ter e usar termina em doar

    210. Somos caçadores de sensações

    211. Tolerância com os problemas alheios

    212. Treine o seu apetite e tenha uma vida melhor

    213. Uma atenção especial aos superagers

    214. Uma fácil memorização

    215. Uma reflexão sobre as pequenas mentiras

    216. Use a balança mental

    217. Vamos curar as nossas obsessões puras

    218. Vamos encher a nossa vida positivamente

    219. Vamos falar de prevenção ao suicídio

    220. Vamos olhar os pobres e vencidos

    221. A busca da felicidade é atrelada à vitória

    222. A concorrência dos estímulos

    223. A falta e o excesso de confiança

    224. A grama do vizinho é mais verdejante

    225. A invasão do capitólio e o poder das redes

    226. A polaridade do mundo em que vivemos

    227. A vida é um campeonato

    228. As boas consequências ocultas

    229. As decisões precisam ser rápidas

    230. As dicas de Sam Walton

    231. As previsões são importantes

    232. Diferencie o ruído do sinal

    233. Manobre o humor coletivo

    234. Não há nada que não possa piorar

    235. Não pense e nem adie as coisas chatas

    236. Nosso maior amigo e nosso maior inimigo

    237. O comodismo e o empreendedorismo

    238. O empreendedorismo e a transcendência

    239. O líder e os convites

    240. O otimismo coletivo e a vacina

    241. O que é a iluminação divina?

    242. O que faz a diferença é a determinação

    243. O que vale mais? A palavra ou a verdade?

    244. Os vassouras novas

    245. Pressa, perfeição, ação

    246. Se quer prever o futuro, estuda o passado

    247. Talento, vocação e escolhas

    248. Trate bem quem te alimenta

    249. Vamos pensar no efeito halo

    250. Volte às raízes e esteja mais presente

    1

    O ser humano é fruto do meio em que vive

    7.7.2019

    Nesta crônica, falaremos sobre a liberação ou não do uso das drogas.

    Não estamos aqui para defender essa liberação, tampouco seu consumo. Não vamos entrar nessa seara. Estamos aqui para defender que a ampliação do vício humano depende muito do meio, do ambiente no qual o indivíduo está inserido e das companhias com as quais ele convive.

    Inicialmente cumpre registrar que há uma corrente que trata as pessoas viciadas como doentes e, portanto, passíveis de tratamentos. Outra, mais pragmática, defende que quem consome drogas tem de ir para a cadeia, da mesma forma como aqueles que vendem, pois financiam, tanto quanto estes, o mercado das drogas ilícitas.

    A descoberta de que as drogas viciam já foi atestada em vários experimentos, isso não é novidade. Apesar disso, há uma novidade pouco divulgada que merece conhecimento.

    Sobre o tema, importante trazer à baila um enfoque interessante que foi feito no seminário internacional Drogas e Dependências: Paradigmas e Controvérsias, realizado no dia 21 de novembro de 2018, na Fundação Oswaldo Cruz.

    O seminário trouxe ao Brasil o professor emérito Bruce Alexander, da Simon Fraser University (Canadá), que ficou mundialmente conhecido pela condução de um experimento chamado Rat Park (Ratolândia).

    Além de Bruce Alexander, o seminário reuniu diversos especialistas brasileiros sobre o tema para discutir a questão da dependência de drogas e suas implicações para os diversos eixos das políticas públicas, como regulação, prevenção e tratamento.

    No experimento feito por Alexander, ele buscou romper com o paradigma dominante de que, uma vez em contato com drogas, os animais tornavam-se incapazes de viver sem elas.

    O pesquisador ofereceu drogas, entretenimento e liberdade a um grupo de ratos, ao mesmo tempo em que ofertou drogas e confinamento para outro grupo. Após observação, o cientista constatou que, entre outros fatos, os ratos livres consumiam 19 vezes menos drogas do que os enjaulados.¹

    Após observar os resultados de sua pesquisa, Bruce Alexander defendeu que o que gera qualquer vício é a falta de conexão entre as pessoas (do bem). Para ele, qualquer vício, seja em drogas, seja em redes sociais, sexo virtual etc., é a parte de um mesmo problema, que é a falta de conexão social.

    Nos seus estudos, o professor aponta paradigmas, como o fato de que soldados consumiam heroína legalmente na Guerra do Vietnã e quando voltavam para casa paravam o consumo, já que não se sentiam viciados. O mesmo ocorre com pessoas que se acidentam e tomam altas doses de morfina; ao ficarem curadas, não consomem mais essa droga, ou seja, considera-se que elas não tenham se tornado viciadas. Outro exemplo consiste nos pacientes com câncer que tomam doses diárias de psicotrópicos para aliviar a dor, e quando se curam, não consomem mais a substância, o que, portanto, não denota vício.

    Portanto, segundo Alexander, o que gera o vício não é a substância em si, mas as condições e o ambiente em que ela é consumida, e, no caso – um motivo relevante –, é a falta de conexão entre as pessoas.

    Esmiuçando um pouco mais os dados do experimento realizado, os ratos que estavam isolados em gaiolas (segregados) se viciavam pela total falta de socialização, faziam da droga o único caminho diário. Os ratos que estavam em sociedade, no Rat Park (Ratolândia), consumiram a droga 19 vezes menos, demonstrando que não havia uma dependência química – porque eles compartilhavam outras diversões e tinham outras ocupações, tais como contato com amigos e com a família, prática de exercícios etc.

    Traçando um paralelo com o ser humano, se as pessoas tiverem família, núcleo de amizade, rede de bons relacionamentos, ocupações, opções de diversão etc., a probabilidade de não se viciarem em drogas ou quaisquer outros fatores é infinitamente menor. Em síntese, o homem e os animais são produtos do seu meio, do seu ambiente; se estiverem em meio saudável, eles tendem a ser saudáveis.

    Daí a importância de o ser humano compreender a importância de escolher as pessoas para o seu convívio, pois o velho adágio diga-me com quem andas que te direi quem tu és!, fica cada dia mais evidenciado que os relacionamentos, as amizades, o parceiro que elegemos para viver ao nosso lado, os sócios etc. têm uma profunda relevância na nossa vida.

    O experimento da Ratolândia, bem como a utilização de fortes drogas pesadas e viciantes por pessoas que estão internadas em hospitais, constitui-se numa forte comprovação de que o ser humano se vicia e passa a conviver num submundo, sem esperança, não somente pelo uso da substância, mas, sobretudo, pelo local, pelo meio, pelo ambiente e pelas companhias que estão ao seu redor.

    À guisa de arremate, lembremos sempre que a escolha das pessoas que estarão ao nosso lado é algo muito sério e impactante na felicidade e no sucesso das nossas vidas. Cada vez mais nos convencemos de que o homem é o produto do meio em que vive e que o velho adágio digas-me com quem andas e te direi quem tu és! continua atualíssimo.


    1 Confira a matéria no link: https://programadrogas.fiocruz.br/noticias/165. Acesso em: 24 fev. 2021.

    Amigo de fé e irmão camarada

    21.7.2019

    Na semana em que escrevemos esta crônica, foi comemorado o Dia do Amigo. Acreditamos que, você, leitor, nessa data tenha recebido muitas mensagens de amigos de verdade e também de amigos de mentira.

    A palavra amigo vem sendo banalizada pela sociedade nos últimos anos. São muitas as pessoas que querem lhe desdenhar e chamam de amigo. Ao invés de chamar um palavrão, substituem ironicamente aquela palavra que xinga as queridas mamães por amigo.

    Entendemos que AMIGO é aquele que ama e que verdadeiramente demonstra afeto. Quando a sociedade concorda que o cachorro é o melhor amigo do homem, o faz por conta da fidelidade do cão ao seu dono. Nessa relação entre o animal e o homem, encontramos um bom parâmetro para expressar o que entendemos por verdadeira amizade.

    Apesar de parecer estranho, ao fim desta crônica você se surpreenderá com o fato de que não soa mal compararmos os que se dizem nossos amigos com o perfil de um cachorro, porque acreditamos que as atitudes precisam ser caninas!

    O amigo de verdade está presente todos os dias, por mais distante que esteja geograficamente. É aquela pessoa com a qual sabemos que podemos contar a qualquer dia e hora. Ao contatá-la e pedir ajuda, cientes de que não receberemos uma crítica de imediato, mas sim a intenção dela em nos ajudar a resolver o problema. Outro ponto é que o amigo de verdade vibra com as nossas conquistas, sentimos que ele compartilha a felicidade e a dor, nos casos de perda.

    Caso esses simples sinais não existam, aquela pessoa não é amiga, mas uma colega, uma parceira. Amigo é parceiro de fé, é irmão camarada, como diz a célebre música de Roberto Carlos. A letra da música aliada à fidelidade canina, é um funil, um gabarito, para considerarmos os nossos verdadeiros amigos.

    "Você meu amigo de fé, meu irmão camarada / Amigo de tantos caminhos e tantas jornadas / Cabeça de homem mas o coração de menino, / Aquele que está do meu lado em qualquer caminhada."

    Realmente, o amigo de verdade é aquele que já foi testado em momentos difíceis, que tem o coração de menino, porque briga, bate o pé, mas se sensibiliza, e mesmo reclamando não nos abandona.

    "Me lembro de todas as lutas, meu bom companheiro / Você tantas vezes provou que é um grande guerreiro / O seu coração é uma casa de portas abertas / Amigo, você é o mais certo das horas incertas."

    O coração do verdadeiro amigo é uma casa de portas abertas. Sabemos que lá podemos contar como um refúgio, no qual, independentemente do que façamos, ele nos acolherá, mesmo cientes de que após todo o aperto superado, ele poderá nos dar aquele tremendo sermão.

    Às vezes em certos momentos difíceis da vida / Em que precisamos de alguém pra ajudar na saída / A sua palavra de força, de fé e de carinho / Me dá a certeza de que eu nunca estive sozinho.

    O verdadeiro amigo não nos deixa sozinhos no dissabor, chora com a gente, pensa junto, se preocupa, quebra a cabeça para encontrar uma solução e trata o nosso problema como se dele fosse, ao ponto de nos sentirmos até meio culpados por isso. Há amigos dos quais preferimos esconder os nossos apertos, porque se ele descobre, ele toma para si e parte para resolver o aperto como se fosse dele.

    "Você meu amigo de fé, meu irmão camarada / Sorriso e abraço festivo da minha chegada / Você que me diz as verdades com frases abertas / Amigo, você é o mais certo das horas incertas."

    É aquele que nos fala verdades, que às vezes nos aborrece (porque diz o que não queremos ouvir), mas sabemos que fala para o nosso bem, mesmo arriscando ser mal interpretado.

    "Não preciso nem dizer / Tudo isso que eu lhe digo / Mas é muito bom saber / Que você é meu amigo."

    Enfim, pense nisso com seriedade e critério, porque o pior dos mundos não é a falta de um amigo, mas a infelicidade de ter um amigo falso ao seu lado, que nos inveja, cobiça, que furta as nossas ideias e nossos planos e que, apesar de nos desejar sucesso, torce pelo nosso insucesso. Vamos rezar e pedir a Deus para que nos ajude a atrair boas pessoas que vibrem com os nossos sentimentos e que sejam verdadeiramente amigas.

    A fábula do lenhador

    28.7.2019

    Na vida, é muito importante darmos – de vez em quando – uma parada. É o que chamamos de ajustar as velas, sabático, amolar o machado, para que tudo seja repensado e passe, a partir dali, a fluir com mais sintonia. Isso nos faz lembrar de uma parábola, que merece ser aplicada na vida. Acreditamos que você, leitor, já tenha ouvido falar sobre ela. É sobre o lenhador jovem e o lenhador velho.

    "Certa vez, um velho lenhador, conhecido por sempre vencer os torneios de que participava, foi desafiado por um outro lenhador jovem e forte para uma disputa. A competição chamou a atenção de todos os moradores da localidade.

    Muitos acreditavam que finalmente o velho perderia a condição de campeão dos lenhadores, em função da grande vantagem física do jovem desafiante.

    No dia marcado, os dois competidores começaram a disputa, na qual o jovem se entregou com grande energia, convicto de que seria o novo campeão. De vez em quando olhava para o velho e, às vezes, percebia que ele estava sentado. Pensou que o adversário estava velho demais para a disputa e continuou cortando lenha com todo o vigor.

    Ao final da competição, foram medir a produtividade dos dois lenhadores e pasmem! O velho vencera novamente, por larga margem, aquele jovem e forte lenhador.

    Intrigado, o moço questionou o velho:

    – Não entendo, muitas das vezes quando eu olhei para o senhor, durante a competição, notei que estava sentado, descansando. No entanto, conseguiu cortar muito mais lenha do que eu. Como pode?

    – Engano seu! – disse o velho. – Quando você me via sentado, na verdade, eu estava amolando meu machado. E percebi que você usava muita força e obtinha pouco resultado.²"

    Essa parábola nos ensina uma importante lição que podemos aplicar enquanto profissionais e como pessoas. É verdade que nem todas as pessoas podem se desplugar alguns dias, mas precisamos ter essa visão do velho lenhador, de nunca esquecermos que o machado precisa ser amolado.

    Nós tendemos a nos desdobrar e superar o fluxo. Devemos nos policiar para não acelerar, não despender mais energia do que é necessário para que as coisas fluam. O não fluir deve acender a luz vermelha de que precisamos parar e amolar o machado. Isso nos lembra a regra do aprender, do desaprender e do reaprender.

    É comum, em nossas vidas, acharmos (equivocadamente) que apenas o trabalhar mais dará mais resultado. Tanto isso é verdade, que existe uma máxima que diz: Quem muito trabalha esquece-se de ganhar dinheiro (A. D.).³ Na prática, não é assim que as coisas funcionam e o ato de trabalhar a mente é muitas vezes mais importante do que trabalharmos os braços.

    O exemplo retratado na parábola traz ainda a experiência do lenhador velho, que sinalizou a tranquilidade de parar e amolar como a principal ferramenta para o sucesso da disputa. Da mesma forma, você deverá agir. Não adianta dar essa parada técnica para tratar de outros assuntos e temas, mas em contexto com o foco do que se quer aperfeiçoar.

    Se o lenhador velho parasse para conversar com os amigos ao invés de amolar o fio do seu machado, não tenha dúvidas de que o lenhador jovem teria ganhado a disputa. Muitas são as pessoas que encaram o sabático, por exemplo, como fazer algo totalmente fora do contexto.

    A nossa intenção aqui é a de repassar a você que a parada tem de ter sintonia com o que você está fazendo. Se, por exemplo, você é um profissional da área médica, essa parada será feita para melhorar os seus conhecimentos técnicos. A relação entre o machado e o lenhador deve estar presente, sempre.

    Não podemos ainda esquecer que as férias, os feriados e os finais de semana deverão ser usados para descanso. Uma parada e a mudança do contexto é importante para aliviar a pressão do dia a dia, mas jamais entenda isso como amolar o machado.


    2 Disponível em: https://www.linkedin.com/pulse/par%C3%A1bola-o-velho-lenhador-rodrigo-fonseca-marcelo Acesso em: 06 abr. 2021.

    3 Autor Desconhecido.

    A água precisa estar perto do fogo

    29.7.2019

    Há uma reflexão milenar que tem muito a ver com a disposição que nós temos das coisas, principalmente das nossas necessidades imediatas, que diz o seguinte: Não se apaga fogo próximo com água distante. Veja que história interessante:

    Dois reinos vizinhos entraram em conflito. O Reino do Ocidente e do Oriente. O Rei do Ocidente manteve o conflito ativo e firmou alianças com vários outros Reinos do Oriente, gente graúda e poderosa.

    A guerra era iminente. O conselheiro do Rei do Ocidente lembrou-lhe que o grande rio corria nas terras do Reino vizinho, do Oriente, e que se houvesse a guerra a água não seria mais acessada. O Rei, aborrecido e com arrogância, retrucou: – Temos acesso à água de todos os Reinos com os quais firmamos alianças.

    O conselheiro do Rei, insistindo, disse: – Não estou preocupado com a água que consumimos. A minha preocupação é com um incêndio. Numa urgência, precisaremos de água próxima, pois de nada adiantará termos mananciais distantes. Quando a água chegar, o Reino não mais existirá, por conta do fogo.

    O Rei acordou para o risco de perder todo o reino. Buscou imediatamente abrir um canal de entendimento com o Reino do Oriente.

    Moral da história: não adianta termos alianças, grandes parcerias, sermos amigos e parceiros de pessoas poderosas, se tudo isso não estiver perto (próximo de nós), porque pode ser que toda essa ajuda não chegue a tempo se tivermos um grave problema (como foi a menção do incêndio).

    Outra lição é que antes de nos envolvermos em alguma disputa ou conflito, precisamos do olhar 360 e de termos realmente a certeza de que estaremos preparados para enfrentar as perdas, os acessos.

    Em todo enfrentamento há restrições, o que não pode haver é a surpresa dessas restrições e nem o mau dimensionamento delas. A estratégia de ação deve contemplar uma estimativa bem conservadora do tempo de carestia.

    Agindo com todas essas cautelas, certamente as chances de tudo dar certo aumenta significativamente.

    Os superpais

    18.6.2019

    Vivemos numa sociedade machista, em que os homens precisam partir cedo para obter o sustento das famílias. São milhares de lares em que o pai, a figura masculina, é quem traz dinheiro para casa, em quantidade suficiente para manter a família. Nas famílias em que as mulheres ganham mais do que os esposos, ainda há uma certa discriminação, e elas são vistas como um ente familiar em desequilíbrio – e isso representa um grave equívoco.

    Partindo de uma entrevista com Murilo Gun, na qual ele trata da tremenda importância da educação doméstica, aquela obtida no seio da família, nos despertou a escrever sobre isso. Para os filhos, em regra, a figura do pai é muito significativa, porque ele paga as contas e com isso representa o esteio, o pilar, da família. Porém, quem educa é a mãe. Por mais incrível que possa parecer dados de 1997, divulgados pelo National Home Education Research Institute, apontam que 88% das atividades em casa eram provenientes das mães e apenas 10% dos pais.

    Sinceramente, não acreditamos que isso tenha sido alterado significativamente em prol do ente paterno até o ano de 2021; esses dados nos trazem um dever de casa enorme, porque em todas as esferas, principalmente no empreendedorismo, precisamos ser o superpai ou supermãe. Quem não participa presencialmente da educação de seus filhos, pelos enormes afazeres e desafios no trabalho, deve repensar e equilibrar tudo isso. Os filhos nunca crescem em relação aos pais, e não será a idade deles que vai dispensar a presença mais ativa. O exemplo dos pais educa os filhos ao longo da vida, não temos dúvida, mas isso é pouco.

    Convidamos todos os que trabalham fora de suas casas para vestir a carapuça, repensar e passar a agir como pais empreendedores, reaprendendo a ser pais, porque eles – os filhos – cresceram e hoje precisam de outras formas de apoio para superar seus desafios, seus medos etc. Isso é uma repetição nas famílias modernas.

    Percebemos que o dinheiro é muito bom porque traz segurança, mas nesse ponto não deixa de ser um complicador, uma vez que a família embarca na zona de conforto e se esquece da culinária da dificuldade, a tão conhecida sopa de pedras. É na dificuldade que crescemos espiritualmente, mentalmente, como seres humanos.

    Os filhos precisam enxergar, e sem se impressionar (pois queremos aos nossos negócios vida longuíssima), que a Odebrecht pediu uma RJ (Recuperação Judicial) de quase 100 bi, e isso é a prova concreta de que não há nenhuma árvore que o vento não tenha sacudido (provérbio hindu). Logo, o que fica, o que é eterno, são vivências como a educação, os ensinamentos, a sabedoria, enfim, tudo o que aprendemos.

    Ser pai ou mãe é um ato de persistência, de resiliência, de amor e de humildade, porque são muitos os filhos que se acham sabedores de tudo e que batem no peito calcados numa situação financeira, familiar etc. – que não foi conquistada por eles –, e isso gera um certo desestímulo aos pais em persistirem.

    É missão dos pais conseguir quebrar essa barreira e fazer com que os filhos escutem e que se eduquem de verdade sobre a vida, principalmente pelo ângulo dos menos favorecidos, que nasceram em famílias desajustadas, com pais que se toleram, lares cheios de violência doméstica, de álcool, drogas, na miséria. Quem teve a oportunidade de nascer num ambiente sadio, repleto de exemplo, precisa ser alertado sobre isso, pois a realidade de muitos é outra totalmente diferente, ou seja, muitos são os filhos que precisam entender que são privilegiados.

    A educação que estou estimulando aqui não é a educação formal, da escola e dos livros, mas aquela a que o Murilo se referiu na entrevista⁴, é essa que não pode faltar independentemente da quantidade de trabalho, pois os pais precisam repassar ensinamentos e exemplos para os filhos, com muito carinho e amor, dando a eles a devida prioridade nas suas vidas.


    4 Murilo Gun na entrevista dada ao programa Vem Ser S/A, de 12/6/2019 (canal do youtube), descrita no Livro Vem Ser S/A: Lições de empreendedores de sucesso, volume 2.

    O síndico malabarista

    17.6.2019

    Será que ganhar bem é mais recompensador do que exercer a profissão que se gosta, do ponto de vista do alimento da felicidade?

    A minha dedicação surgiu como síndico, sem remuneração alguma. Como falamos, há uma pergunta que Eu⁵ respondo quase todos os dias: Qual a razão para você ser síndico do seu prédio? As pessoas me fazem essa pergunta com certo espanto, ainda mais por se tratar de um prédio de grande porte e porque eu não tenho tempo para nada. Mas a minha resposta é bem simples: eu sofro mais não sendo o síndico.

    Se eu chego em casa depois de um longo dia de trabalho e encontro o jardim cheio de falhas, as paredes sujas, os empregados sem crachás, eu sofro mais. Termino tendo que ir na administração reclamar e, em alguns casos, a fazer os ajustes, porque não admito reclamação desacompanhada de solução. Logo, eu sofro menos sendo o síndico, resolvendo as coisas antes que elas batam à minha porta. Menos energia investida e mais felicidade, sem contar o aprendizado na gestão.

    Aprendi com muitos empreendedores, no ano de 2019, que depois que o trem sai do trilho colocá-lo de volta dá um trabalho imenso. O esforço é ainda maior. O pior do esforço é que ele surge apenas para colocar o trem na posição anterior, ou seja, um avanço zero. Com isso quero dizer que, no final das contas, a conta que chega para ser paga cai no colo de quem ocupa a posição de gestor. Se algo

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