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Por Que Me Olha Assim?
Por Que Me Olha Assim?
Por Que Me Olha Assim?
E-book278 páginas3 horas

Por Que Me Olha Assim?

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Sobre este e-book

Ao debruçar-me para escrever este livro, não havia clareza resolvida como o faria. Uma coisa estava evidente: algo me inquietava. Eu observava algumas reações do cotidiano e indagava comigo mesmo o por quê de um olhar assim. Não é que seja uma patologia, mas chega uma Hora que se deve dar um breque e questionar a importância do olhar do Outro na nossa vida, sabendo que indispensável é o olhar do Senhor sobre nós. Então, a ideia foi se delineando, tomando forma de palavras, descrevendo sentimentos de como me enxergo e me compreendo no todo, e não menos importante como sou enxergado. Conheci Jesus no início da idade adulta. Neste período, notei que após o apareci mento das cãs, as pessoas dirigiam-se a mim, com um tratamento mais respeitoso: senhor, cidadão, etc. Descobri, entre tanto, que essa deferência, na verdade não seria um mérito próprio. Creio derivar-se do fato real de Cristo viver em mim. Há um poder pacifica dor dentro do cristão. Desconheço alguém que não tenha Deus, que tenha e desfrute desta honrosa paz. A distinção é clara na forma do olhar. Questionando outras pessoas, descobri que é natural e corriqueira experimentarmos esta impressão de inquietações frente a concepções alheias sobre a vida do outrem. Esta sensação é mais patente principalmente quando este outrem somos nós. Olhares que são sutis, interferências avaliativas são comuns do nosso dia a dia. Procurei de forma simples e honesta botar estas verdades no papel, falando de um mundo par ti cu lar. Mundo este onde poucas vezes consentimos dele ser visita do pela razão da graça de Deus. O grande desafio é levar você, que ri do leitor, a uma visita às antes salas do coração, guiadas pela luz desanuviadora da revelação bíblica. De não menos importante falo também do resulta do da observância do comportamento humano. “Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o coração, por que dele procedem as fontes da vida.” Pv. 4:23 Este livro tem a pretensão de fazer com que o leitor, refletindo na Palavra de Deus, detecte marcas e raízes no oculto do coração e, assim, identificar estigmas. Permita que o Senhor Jesus trate-as, restaurando, sarando as questões relativas à autoimagem, ao amor próprio, à identidade e individualidade, amoldando-nos como Noiva do Senhor. “Resisti-lhe firmes na fé, certos de que sofrimentos iguais aos vossos estão-se cumprindo na vossa irmandade espalha da pelo mundo.” 1 Pe 2.9 Jesus Cristo é referência de e para o homem, com amor próprio salutar e sensato. Deus comunica o triunfo de Cristo na cruz por nós e, como consequência de tão perfeito sacrifício, usa seus efeitos para nos libertar das profundas marcas na e da vida, tratando em especial de duas sensações tratadas na teoria de moderação de Aristóteles que se aninham nos limites do coração do homem: o vício de ir para um extremo ou outro, o de inferioridade e o de elevação.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento14 de jul. de 2016
Por Que Me Olha Assim?

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    Por Que Me Olha Assim? - Jose Marconi Teixeira

    José Marconi

    Por que

    me olha assim?

    Natal-RN

    2010

    capa e projeto gráfico

    .....

    revisão/paginação

    Graziela Grilo

    impressão

    E os dois discípulos ouviram-No dizer

    isso e seguiram a Jesus.

    E Jesus, voltando-se e vendo que eles O

    seguiam, disse-lhes: Que buscais? E eles

    disseram: Rabi..., onde moras? Ele lhes

    disse: Vinde e vede. Foram, e viram

    Teixeira, José

    Por que me olha assim? José M. Teixeira, Natal: Alvo

    onde morava. Jo 1.37-39.

    Editora,

    2008 - 15X21 100 p.

    ISBN-

    1 - Aconselhamento 2 - Autoajuda 3 - Batalha Espiritual 4 -

    Comportamento e 5 - Crescimento Espiritual 6 Devocional

    7 Discipulado 8 Espiritualidade 9 Família 10 11

    Liderança Material. 12 Teológicos 13 Oração / Adoração

    14 Seitas e Heresias 15 Vida Cristã 16 Orientação – 17

    aspectos Religioso—18 relações interpessoais

    Agradecimentos

    Ao meu Senhor Jesus Cristo, aos que me

    evan ge li za ram, que con tri buí ram para

    que esta obra vies se a públi co e que, dis -

    tin ta men te, em tempo opor tu no, aju-

    dam-me a seguir em fren te, em espe cial,

    às ama das Leila, minha espo sa; Irá,

    minha mãe; aos meus fi lhos; Pastor

    Francisco Valdeni Barreto Júnior e Pastor

    Paulo Eduardo; à revi so ra Graziela, a

    quem atri buo a boa qua li da de edi to rial e

    o orde na men to da ideia, aos ami gos,

    pas to res, wes le ya nos e a toda a famí lia

    cris tã.

    Sumário

    Capítulo 01 - Querido do Senhor

    11

    Capítulo 02 - De holofote a farol

    13

    Capítulo 03 - Cais do amor

    13

    Nebulização

    17

    Capítulo 04 - Reticências no olhar

    19

    Capítulo 05 - Bem-querer meu

    23

    Capítulo 06 - De adega a lareira

    27

    Capítulo 07 - Despreendedor

    29

    Capítulo 08 - Convencionalismo

    33

    Capítulo 09 - De que somos feitos?

    35

    Capítulo 10 - Nas lentes do teu elogio

    39

    Capítulo 11 - Dedicação

    43

    Capítulo 12 - O elevado compadecido

    45

    Nebulização

    47

    Capítulo 13 - Resiliência: feito à prova de repuxo

    49

    Capítulo 14 - O pouco incomodando o farto

    51

    Capítulo 15 - Olhares pairantes

    53

    Capítulo 16 - Meu próximo e Eu

    57

    Capítulo 17 - Um eco ou uma voz

    61

    Capítulo 18 - Jettatore ayin horeh

    63

    Nebulização

    65

    Capítulo 19 - Tesoureira!!!

    67

    Capítulo 20 - Crê somente

    69

    Nebulização

    71

    Capítulo 21 - Nabat não é turismo, é expedição

    73

    Capítulo 22 - Âmago

    77

    Capítulo 23 - O verdadeiro amor lança fora todo o medo

    81

    Capítulo 24 - A mulher amantista

    83

    Capítulo 25 - Vitrine ou vidraça

    85

    Capítulo 26 - Renominado

    87

    Capítulo 27 - Adjutora do segregado

    91

    Capítulo 28 - Acuidade entusiástica

    93

    Capítulo 29 - Religare

    95

    Capítulo 30 - Provocante olhar pródigo

    97

    Nebulização

    99

    Capítulo 31 - Retrovisão

    101

    Capítulo 32 - Confiança do opinador

    103

    Capítulo 33 - Antissubinte

    105

    Capítulo 34 - Gradativo

    107

    "Ele nos auxi lia em todas as nos sas afli ções para

    Capítulo 35 - Longânimo

    109

    poder mos aju dar os que têm as mes mas afli ções que nós temos.

    Capítulo 01

    E nós damos aos outros a mesma ajuda que rece be mos de

    Nebulização

    111

    Deus." 2 Co 1.4

    Capítulo 36 - Paz de Deus

    113

    Capítulo 37 - Tríade de desalinho descomposto

    115

    Capítulo 38 - Geladinha é fria

    119

    Querido do Senhor

    Capítulo 39 - Dominando a inquietude

    121

    Capítulo 40 - Anistia ou armistício?

    125

    Nebulização

    127

    Capítulo 41 - Você tem o valor

    129

    Capítulo 42 - O emergido

    131

    Os olha res, hoje, não me inco mo dam tanto. Há alguns anos, até que

    Nebulização

    135

    sim. Se alguém me olha va, dis cre ta men te eu con fe ria se havia algu ma

    Capítulo 43 - A cativante

    137

    coisa erra da. Um cadar ço desa mar ra do, um botão fora da casa, uma meia

    Nebulização

    141

    tro ca da ou um zíper aber to, eu cor ri gia rapi da men te o que acha va ser o

    r

    Capítulo 44 - Neófito erudito

    143

    pro ble ma e sana va a ques tão. Mas, e quan do há um olhar par ti cu lar? Um

    Capítulo 45 - Fealdade ou beldade?

    145

    olhar espe cu la dor, que olha apon tan do para algo incor re to na nossa vida?

    o

    Capítulo 46 - O mundo é assim, não um sim

    147

    Denunciando algum hábi to repreen sí vel, um com por ta men to con de ná -

    Capítulo 47 - Péssimo pessimista

    149

    vel, uma levian da de ou impru dên cia? O olhar é eva si vo. Adentra a alma.

    h

    Capítulo 48 - Contranitente

    151

    Distingue o esta do emo cio nal. O olhar inquie ta!

    Capítulo 49 - Olhar técnico

    153

    Criamos uma cade la mima da, que tem medo da vete ri ná ria e tenta

    n

    Capítulo 50 - Levado às alturas da Tua presença

    155

    escon der quan do está doen te. É incrí vel! Ela sabe dis tin guir quan do olho

    Capítulo 51 - O canto do crepuscolhar

    159

    para ela com um olhar clí ni co. Meu olhar ava lia ti vo des per ta temo res nela

    Capítulo 52 - Edom

    163

    e ime dia ta men te ela dis far ça e des via o olhar. Que impor tân cia tem o

    Capítulo 53 - Até quando?

    165

    olhar? Penso eu: impor tân cia extraor di ná ria!

    se

    Capítulo 54 - O alfaiate que cobria a mácula

    167

    Imagino que todo novo livro vem de uma refle xão, de uma outra lei -

    Capítulo 55 - O homem fora da cidade

    169

    tu ra, de uma sen sa ção pra ze ro sa ou incô mo da. Continuamente somos

    o

    Capítulo 56 - O interesseiro e o interessado

    173

    desa fia dos a ter uma expli ca ção para as cir cuns tân cias da vida.

    Capítulo 57 - Pé atrás

    175

    Assim, ao debruçar-me para escre ver este livro, não havia cla re za

    Capítulo 58 - A dor de olhar do alto da dor

    177

    resol vi da como o faria. Uma coisa esta va evi den te: algo me inquie ta va. Eu

    d

    Capítulo 59 - Mudando a história da tua história

    179

    obser va va algu mas rea ções do coti dia no e inda ga va comi go mesmo o

    Capítulo 60 - Cordato da Transjordânia

    183

    por quê de um olhar assim. Não é que seja uma pato lo gia, mas chega uma

    o

    Capítulo 61 - Nunca ninguém me olhou assim

    187

    hora que se deve dar um bre que e ques tio nar a impor tân cia do olhar do

    Final

    191

    outro na nossa vida, saben do que indis pen sá vel é o olhar do Senhor

    sobre nós.

    Então, a ideia foi se deli nean do, toman do forma de pala vras, des cre -

    rid

    ven do sen ti men tos de como me enxer go e me com preen do no todo, e

    não menos impor tan te como sou enxer ga do. Conheci Jesus no iní cio da

    e

    idade adul ta. Neste perío do, notei que após o apa re ci men to das cãs, as

    pes soas dirigiam-se a mim, com um tra ta men to mais res pei to so: senhor,

    u

    cida dão, etc. Descobri, entre tan to, que essa defe rên cia, na ver da de não

    seria um méri to pró prio. Creio derivar-se do fato real de Cristo viver em

    q

    Por que me olha assim?

    09

    mim. Há um poder paci fi ca dor den tro do cris tão. Desconheço alguém que

    "Torre forte é o nome do Senhor, à qual o

    Capítulo 02

    justo se acolhe e está seguro."

    não tenha Deus, que tenha e des fru te desta hon ro sa paz.

    Pv 18:10

    A dis tin ção é clara na forma do olhar. Questionando outras pes soas,

    des co bri que é natu ral e cor ri quei ra expe ri men tar mos esta impres são de

    inquie ta ções fren te a con cep ções alheias sobre a vida do outrem. Esta

    De holofote a farol

    sen sa ção é mais paten te prin ci pal men te quan do este outrem somos nós.

    Olhares que são sutis, inter fe rên cias ava lia ti vas são comuns do nosso dia

    a dia.

    Procurei de forma sim ples e hones ta botar estas ver da des no papel,

    O papel da luz do farol é con du zir, dando segu ran ça e paz. Holofotes

    falan do de um mundo par ti cu lar. Mundo este onde pou cas vezes con sen -

    têm luz com a mesma inten si da de, e já esti ve ram sobre mim e posso afir -

    ti mos dele ser visi ta do pela razão da graça de Deus. O gran de desa fio é

    mar: não era bom. Por quê? Simples mente, sua fun ção é cla rear para

    levar você, que ri do lei tor, a uma visi ta às antes sa las do cora ção, guia das

    loca li zar o... alvo a ser aba ti do. O holo fo te é um ins tru men to de guer ra.

    pela luz desa nu via do ra da reve la ção bíbli ca. De não menos impor tan te

    Existem épo cas em nos sa vida que o ronco de nos sas ações atrai os

    falo tam bém do resul ta do da obser vân cia do com por ta men to huma no.

    holo fo tes. E qual é a rea ção do alvo loca li za do??? Fugir, eva dir se! Mas, o

    "Sobre tudo o que se deve guar dar, guar da o cora ção, por que dele pro ce dem as fon tes da

    fato é que sem pre have rá holo fo te var ren do os espa ços em busca de

    vida." Pv. 4:23

    amea ça do res impor tu nos. A Palavra diz: "Anti gamente vocês mes mos viviam na

    Este livro tem a pre ten são de fazer com que o lei tor, refle tin do na

    escu ri dão; mas, agora que per ten cem ao Senhor, vocês estão na luz. Por isso vivam como

    Palavra de Deus, detec te mar cas e raí zes no ocul to do cora ção e, assim,

    pes soas que per ten cem à luz". Ef. 5.8

    iden ti fi car estig mas. Permita que o Senhor Jesus trate-as, res tau ran do,

    Portanto, a segun da luz (holo fo te) não teria uma fun ção bené fi ca. Pelo

    saran do as ques tões rela ti vas à autoi ma gem, ao amor pró prio, à iden ti da -

    menos não para alguém que alçan do voo tomou uma rota equivoca da,

    de e indi vi dua li da de, amoldando-nos como Noiva do Senhor. "Resisti-lhe fir -

    alguém que passa por um momen to de equí vo cos e des con for to na vida.

    mes na fé, cer tos de que sofri men tos iguais aos vos sos estão-se cum prin do na vossa irman -

    O impla cá vel holo fo te detec ta os voos vaci lan tes reve lan do os pon tos

    da de espa lha da pelo mundo." 1 Pe 2.9

    mais som brios. Mas, Deus dis po ni bi li za uma outra luz. Um farol marí ti mo,

    Jesus Cristo é refe rên cia de e para o homem, com amor pró prio salu -

    uma cons tru ção alta, em forma de torre, fir ma da na rocha que com faci -

    tar e sen sa to. Deus comu ni ca o triun fo de Cristo na cruz por nós e, como

    li da de se vê. E sua luz de longo alcan ce apon ta os peri gos de aci den tes.

    con se quên cia de tão per fei to sacri fí cio, usa seus efei tos para nos liber tar

    O nave gan te é orien ta do pelo farol que, seme lhan te ao holofote, tam bém

    das pro fun das mar cas na e da vida, tra tan do em espe cial de duas sen sa -

    tem fun ção de loca li zar, diag nos ti car naus per di das, mas, em vez de aba ter,

    ções tra ta das na teo ria de mode ra ção de Aristóteles que se ani nham nos

    tem a fun ção divi na de res ga tar, dando o sen ti do certo para a nossa tra je tó -

    limi tes do cora ção do homem: o vício de ir para um extre mo ou outro, o

    ria na vida. Aquela luz vem, e você acha que ao te alcan çar, machu ca rá a tua

    de infe rio ri da de e o de ele va ção.

    visão e, ao depa rar-se com ela: sur pre sa! O sen ti men to é alí vio e con for to.

    Tal luz che gou em minha vida, e digo: quan do aper ce bi-me dela, sua

    pro prie da de fun cio nal já come çou a ope rar dis si pan do toda treva. O bri -

    lho da luz reve la o enga no. Não só ilu mi nou meu esta do, como me deu

    um norte a ser segui do em sua pró pria dire ção.

    Não pre ci sa va fugir dos holo fo tes, das tre vas, para a nova luz e em

    segu ran ça. Pois a luz pro duz uma gran de colhei ta de todo tipo de bon da de, hones ti da -

    de olofote a farol

    de e ver da de." Ef. 5:9. Às vezes, encon tra mos luzes de holo fo tes que fin gem

    ser faróis e ten tam nos deso rien tar. Quem tem os olhos fixos em Jesus,

    não con fun de-se, não perde a dire ção, não erra o cami nho. Não deixe

    Não te dei xes ven cer do mal, mas vence o mal com o bem.

    que a luz se apa gue em sua vida. O nome desta luz é Jesus. Olham-me,

    Rm 12.21

    não fujo. Sigo Jesus. Segue-me a luz. Nívea luz.

    José Marconi

    Por que me olha assim?

    10

    11

    Despertando-se Jesus, repreendeu o vento e a fúria da

    água. Tudo cessou, e veio a bonança.

    Capítulo 03

    Lc 8.24

    Cais do amor

    Por que Ele espe ra tão con fian te? Toda essa chuva, raios e tro vões!!?

    Será que lá do cais dá para Ele me ver, atra vés desta ne bli na toda? Vejo-

    O daqui, pois há uma luz espe cial sobre Ele. Pen sando bem, me pare ceu

    que tal qual um farol, a luz saía d'Ele. Posso iden ti fi car seu sem blan te. Seu

    rosto é calmo e sere no. Seu olhar é firme em minha dire ção. Cada vez que

    as ondas agi ta das me jogam para cima, posso vê-Lo, mas a impres são que

    tenho é que Ele pode me ver mesmo quan do as ondas me cobrem. Ele

    or

    me espe ra. Por que me olha assim? Ele não tá vendo a tem pes ta de e eu

    aqui per di do den tro dela? Toda minha espe ran ça es vaiu-se jun ta men te

    com a força do meu braço. Vela ras ga da, mas tro que bra do, leme par ti do.

    Olho nova men te, e Ele con ti nua lá. Toda esta força agin do e a única coisa

    que se move n'Ele é o cabe lo.

    De onde vem toda esta con fian ça? Não vejo Ele mexer um mús cu lo,

    nem sua testa está fran zi da. Se esti ves se, eu enten de ria que está preo cu -

    pa do com minha situa ção. Espere... pare ce que Ele vai abrir a boca.

    Imediatamente uivos e sibi los do vento, o pró prio bater das ondas, se

    calam. O céu para, a terra cala. O Homem no cais vai falar: Aquieta-te .

    Só isso? Uma só pala vra? Foi comi go que Ele falou? Como posso me

    aquie tar? Uma só pa la vra e serei salvo? Não há mais nin guém aqui. Só eu

    cais do am

    e esta luta. Se não é comi go... será que Ele fala com a tem pes ta de? Ele

    deu uma ordem à... tem pes ta de? Sei que tem pes ta de tem som pró prio,

    mas ela pode escu tar?

    Poderia jurar que ouvi o vento falan do à chuva: "Todo o poder foi

    dado a Ele" . O pró prio mar lem bra: "Fui cria do por uma or dem d'Ele. Eu

    reco nhe ço essa voz. Uma vez essa voz me fen deu em duas par tes" . Havia

    uma ordem e era impos sí vel ela não ser cum pri da. O Homem no cais con -

    ti nua lá, impas sí vel. Ele me es pe ra à segu ran ça do cais. Que homem é

    este que até o mar lhe obe de ce. Há uma brisa mansa, a cor ren te za leva-

    me sua ve men te em sua dire ção. Atraco a minha embar ca ção ao porto

    segu ro.

    Ele me esten de a mão. Deveria eu tocar nas mãos de alguém tão

    pode ro so? Seria digno? Agora, de perto, posso ver melhor o Seu rosto. A

    José Marconi

    Por que me olha assim?

    12

    13

    bran du ra do Seu olhar. A paz que havia Nele foi com par ti lha da. Aquele

    não é pal pá vel nem per cep tí vel. E o con cei to soli dão é supri mi do pela

    olhar tinha a sere ni da de de

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