Estado De Exceção
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Pré-visualização do livro
Estado De Exceção - Nossèe Loquepassa
Personagens:
Ana
José
João
Maria
Mediadora (ou Soledad)
Dramaturgo
Velha
Oficial de Justiça
Patrão
Estado
Soldado (ou Polícia)
Pastor
2 Engravatados
PRÓLOGO
Mediadora fala para o público. As luzes estão acesas e as cortinas fechadas.
Respeitável publico presente. Venho por meio deste corpo preciosamente a
mim concebido, neste espaço humildemente a nós concedido, e por meio de
pagamento prévio, recebê-los em nossa acanhada e não menos eufórica
casa. No entanto, devo avisá-los de que trataremos nessa caixa, de temas
recorrentes em nosso cotidiano e de suma importância em serem debatidos e
analisados, porém com linguagem muitas vezes chula, com argumentos
rasos e insignificantes. Com premissas nem um pouco adequadas.
Orientamos assim, que seja respeitada a classificação indicativa
determinada pelo governo vigente, cabendo aos não enquadrados nesse
sistema, burlá-lo. Sob pena de não ver o que se encontra por detrás do muro
se não o fazê-lo. Uma vez que quanto mais você cresce, mais alto é o muro
que te pedem para construir. É permitida segundo o autor desta obra,
mudanças em quaisquer aspectos para uma melhor adequação durante o
processo de montagem. Lembrando no entanto, de que o caráter crítico é
indispensável em uma sociedade em processo construtivo. Será entregue a
cada cabeça aqui presente, um pedaço de papel reciclado, meio lápis e três
tomates, para que se expressem além da palavra. Esta por sinal, é aqui
liberada a todos. Temos a minha esquerda uma mesa com café, chás e
bolachinhas a quem quiser e interessar. Peço que respirem sempre que
possível, a fim de não terem um piripaque. Deixo por fim, um pedido de
que, mantenham a todo o instante, a mente aberta, o coração aquecido e os
punhos cerrados para os temas aqui tratados. Com vocês, nosso cotidiano!
As luzes se apagam. A cortina se abre.
2
Cena I
Ilusão
Todo o desenvolvimento da cena se dá em um semicírculo de cadeiras, ao
estilo A.A. Na parede ao fundo, há uma lousa branca e um quadro
dependurado sobre ela no mesmo prego, representando o mito da caverna,
de Platão. A mediadora está diante da lousa. No canto esquerdo, uma mesa
com comidas, chás e café, disponível a todos. A iluminação é sutil e amarelada. As personagens usam calças bege e camisas brancas. A
mediadora usa uma espécie de traje de aeromoça vermelho-escuro e um
óculos de armação preta e grossa. A mediadora carrega em sua mão direita
um terço, e na mão esquerda uma lanterna. Entram as personagens. Todas
digitam ao celular. Sentam e continuam digitando.
Mediadora – (ao público) Boa noite pessoal!
Tudo bem com vocês? Muito bem! Estamos hoje aqui reunidos, para
exposição dos avanços conquistados pelo nosso grupo de apoio. Aqui temos
(aponta a lanterna às personagens) nosso seleto e eclético grupo, formado
por cidadãos de bem, assim como vocês (apaga a lanterna). Sendo assim,
qualquer identificação com quaisquer das características, é uma mera e
pobre comparação a patética vida de vocês. Temos por fim, uma forma
única de atuação, na prevenção e redução de danos. Causados hora por
ofensas cometidas, hora por injúrias recebidas. Se lhes pareço conhecida ou
redundante, não é problema meu. Muito que bem… .
Ilumina novamente