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A Boca Fala, O Corpo Cura
A Boca Fala, O Corpo Cura
A Boca Fala, O Corpo Cura
E-book102 páginas1 hora

A Boca Fala, O Corpo Cura

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Sobre este e-book

“Sabe para onde vão as palavras não ditas? Aonde vai o que queremos fazer e não fazemos? Aonde vai aquilo que queremos dizer e não dizemos? Aonde vai aquilo que você não se permite sentir? O que não dizemos se acumula no corpo, enche a alma de gritos mudos. O que não dizemos se transforma em insônia, em nó na garganta. O que não dizemos se transforma em nostalgia em hora errada, em perda de tempo. O que não dizemos se transforma em dever, em dúvida , em dívida. As palavras que não dizemos se transformam em insatisfação , em tristeza , em frustração. O que não dizemos não morre, mas sim, nos mata.” QUASE ANJOS
IdiomaPortuguês
Data de lançamento18 de jul. de 2018
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    A Boca Fala, O Corpo Cura - Danilo Blanco

    danilo blanco

    A boca fala, o corpo cura

    © Danilo Blanco A boca fala, o corpo cura 

    1ª Edição – 2018 São Paulo – SP 

    Preparação de originais: Danilo Blanco 

    Projeto gráfico: Editora Motres 

    Ilustração: Danilo Blanco 

    Capa: Danilo Blanco

     ISBN: 978-85-53047-49-9 2018 

    © Danilo Blanco Todos os direitos reservados. 

    Nenhuma parte dessa publicação poderá ser reproduzida, seja por meio eletrônico, mecânico, fotocópia ou qualquer tipo sem prévia autorização por escrito do autor. 

    Esta é uma obra de ficção. Qualquer semelhança com nomes, lugares e acontecimentos é mera coincidência.

    Agradeço a essa força obsessiva dentro de mim

    que me permite ser e dar vida a tudo que vive em mim.

    PARTE 1

    No começo tudo era silêncio. Era desejo que antecede a busca pelo novo. O desejo de significar. Então a fala veio para calar, calar o silêncio. A fala é uma expressão que pode ser secundária ou autêntica, sendo assim ela expressa um desejo, uma versão do vivido ou apenas uma das interpretações. A fala autêntica continua irrefutável mesmo que falada de diversas maneiras.

    Já a secundária vem como um simples código que remete a um conceito, numa tentativa de captar a essência das palavras e escravizá-la ao seu uso.

    A fala precisa do silêncio. Da mesma forma que o fogo do ar. O fogo é o silêncio, desejo que arde por manifestação. O ar é fala que conduz o fogo e o alimenta a uma fala verdadeira e presente. O instrumento designado para manifestar a presença é a liberdade.

    A explicação das tuas palavras ilumina e dá discernimento aos inexperientes.

    Salmos 119:130

    Compreender o oculto é difícil. Qualquer forma de acesso ao que estar em profundo mistério já é uma forma de querer determiná-lo, de possuir o silêncio, de tentar transformá-lo em exato, racional e frio.

    O silêncio vive em profunda liberdade em intimidade com a fonte original de toda expressão humana, que ultrapassa os limites dos idiomas, formando uma única linguagem humana, que se expressa em inúmeras culturas de formas diferentes, mas numa mesma linguagem incompreensível o silêncio.

    Para entendê-lo é necessário ser um bom ouvinte. Aprender a ouvir é uma tarefa árdua, pois exige esforço para que não interrompa o silêncio e nem tente determinar a sua resposta antes de ela ser dada .

    Fazendo isso, tentamos ouvir, além dos sons expressos pelas palavras e pelos gestos, para que possamos perceber qual é o sentido que tenta se tornar presente. Assim podemos buscar compreender esse silêncio que nos fala.

    Para investigar o humano é preciso estar em contato com ele, pois tentar entendê-lo de longe com métodos estatísticos e deterministas limitam o seu potencial a meros números. Para entender é preciso por meio da fala dialogar sobre os silêncios internos e tentar significar a expressão dialética do silêncio.

    O Diálogo representa o processo de busca da verdade através de narrativas, perguntas e respostas. Apenas o ser humano consegue dialogar fazendo com que o diálogo se torne uma característica própria e única do ser humano. A capacidade de se dirigir e de responder ao outro, como igual, estabelece assim uma relação e, todavia, ao se comunicar com o outro, através da linguagem, isso permite o acesso ao pensamento e à representação. O diálogo é a troca de ideias e é também onde elas se formam, ampliando o campo visual do pensamento; pois para responder e argumentar é preciso fazer uso do raciocínio.

    Objeções na troca de falas obrigam o indivíduo a procurar uma verdade que este pensa já possuir. Partindo de uma opinião, a verdade, desde particular ao universal, torna o pensamento no diálogo que antes estava interiormente silenciado.

    Esse tipo de comunicação consigo gera autorreflexão, colocando o indivíduo em busca das verdades universais, diagramadas como um caminho para a prática do bem e da virtude, produzindo ideias complexas a partir de perguntas simples e articuladas dentro de uma conjuntura.

    Alcançar positivamente esse objetivo implica estar ligado diretamente à disposição em gastar tempo e de se entregar de forma honesta, persistente e cooperativa.

    Tais fatores são condições essenciais para conseguir compreender experiências e suas formas individualmente humanas de interpretá-las. Não deixando de respeitar a independência do pensamento e a capacidade intelectual do indivíduo de compreender a si mesmo.

    É um saber universal que se dá mais valor a uma atividade depois de procurar fazê-la e fracassar ao tentar. Reconhece-se o valor, pois constata-se em primeira mão as suas dificuldades e a perícia a qual é necessária para superá-las. Seja essa atividade jogar ténis, tocar piano, pintar quadro, fazer camisa ou sapatos.

    Para pensar de forma livre, autônoma e crítica é preciso ter interesse em fazê-lo e, todavia, esse é um dos maiores desafios com que se depara o diálogo terapêutico com a intenção de cura. Não basta expressar conteúdo, é preciso querer expressá-lo, raciocinar sobre ele e, principalmente, aprender com a experiência.

    Não se deve expressar ideias apenas porque serão doces aos ouvidos dos demais, pois o compromisso com a verdade é indispensável. É preciso sentir liberdade para dizer o que julga ser importante e pertinente para o problema em questão.

    As pessoas devem sentir que não vão ter má nota se exprimirem

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