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Finanças Rumo Aos Sonhos
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Finanças Rumo Aos Sonhos
E-book215 páginas2 horas

Finanças Rumo Aos Sonhos

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Sobre este e-book

Cris é um pai de família goianiense com quarenta e cinco anos de idade, que não faz qualquer controle de suas finanças pessoais. O problema aparece quando ele percebe que as dívidas estão maiores que a capacidade de pagá-las e entra em depressão. Sua condição piora, cada vez que se lembra de não conseguir ajudar a esposa e o casal de filhos a realizarem seus sonhos e que todos estão inadimplentes. De repente, sente uma forte crise emocional e sai de casa sem rumo. Quando passa por uma praça, se encontra por acaso com Vander, um amigo que há anos não vê. Assim que o cumprimenta, não consegue responder que está bem e desaba em lágrimas. Preocupado com a situação do amigo e depois de ouvir seu desabafo, Vander diz que passou por momentos iguais ao dele, mas reagiu investindo em educação financeira e sua história mudou. Ele promete ajudar o Cris e marca seis reuniões em sua casa, nas segundas-feiras às dezenove horas, para abordar temas que poderão ajudar sua família. Durante a primeira reunião, Marcos e Priscila, um casal de amigos da família, donos de uma pequena panificadora no bairro, aparecem para fazer uma visita e acabam participando e gostando do assunto daquele encontro. Empolgados, dizem que querem participar das próximas cinco reuniões, pois acreditam que os temas são o que precisam ouvir para melhorar suas vidas financeiras.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento29 de mar. de 2020
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    Pré-visualização do livro

    Finanças Rumo Aos Sonhos - Wanderley Resende Dos Santos

    Introdução

    Sempre sonhando muito, mas quase nunca conseguindo realizar, vi o tempo passar e as coisas nunca melhorarem. De repente percebi que a capacidade de sonhar foi mitigando, ficando menos intensa e a vida se tornando mais sem graça.

    Depois de muitos anos trabalhando e fechando o mês com dificuldades financeiras, frustrado, parti para o estudo de livros e artigos sobre finanças pessoais, na tentativa de achar uma saída para a situação angustiante.

    Na medida em que avançava nas leituras, percebia que o erro não estava no mundo em volta, mas dentro de mim, ou simplesmente na minha maneira de agir com o dinheiro. Foi aí que comecei a extrair ideias capazes de corrigir as distorções.

    No final do ano de 2017, escrevi uma síntese de assuntos que fossem capazes de representar a educação financeira. Minha intenção principal era a de fortalecer os conceitos em minha mente por meio da seleção, estudo e aplicação de princípios às minhas finanças e ver os resultados.

    Para minha surpresa, com o conhecimento adquirido e posto em prática, consegui juntar dinheiro em pouco mais de um ano, suficiente para comprar um carro seminovo, algo que antes era impossível. Em seguida, outros sonhos, que estavam estagnados, começaram a ser realizados.

    Colegas de trabalho com os quais tive a oportunidade de ir dialogando sobre os conteúdos, acabaram contagiados e experimentaram mudanças na forma de agir com suas finanças pessoais, conseguindo ajustar suas contas e poupar, obtendo assim seus melhores desempenhos nos finais de meses.

    Ao perceber os meus próprios resultados e o de alguns amigos, tive a certeza de que estava no caminho certo. Agora, entendo que adquirir conhecimentos sobre finanças pessoais é o caminho da riqueza. As finanças, que antes estavam desajustadas, tomaram rumo aos sonhos.

    A intenção é que o amigo leitor também consiga, de maneira prazerosa e simples, absorver o mesmo conteúdo e tenha um desempenho em suas finanças suficiente para mudar sua vida para sempre.

    Prólogo

    Ao passar por uma praça, uma das mais afastadas do centro da cidade de Goiânia, capital de Goiás, numa tarde ensolarada de domingo, não imaginava que algo incrível estaria para acontecer ali.

    Haviam muitas pessoas se divertindo e no meio delas um homem se destacava pelo modo nada comum de se vestir. Ele tinha estatura mediana e cabelos castanhos, escondidos embaixo de um boné branco com a pala na cor laranja. Suas roupas estavam meio desajeitadas e as cores eram muito regaladas, pareciam mais trajes para carnaval do que uma combinação convencional. Aquele tom de amarelo neon em sua camiseta, o vermelho vivo de sua bermuda e o azul de seu tênis não estavam nada em sintonia.

    Era curioso ver que ele tentava se esconder das pessoas, mas contrariamente às suas ações, seu modo de vestir o denunciava. O alarme que aquelas cores causavam e o modo esquivo com que ele se comportava, causava dúvidas. O que seria aquilo?

    Aquele senhor destacadamente fora do padrão e furtivo, transparecia estar com problemas sérios. Seu semblante fechado não conseguia esconder uma ânsia por socorro. A ida dele àquele lugar só podia ter sido proposital, pois as plantas floridas exalavam um cheiro agradável, que se misturava aos sons de pequenos pássaros, oferecendo às pessoas uma atmosfera de paz. O aconchego da natureza naquela praça parecia prender o público num acolhimento maternal. Árvores altas e antigas projetavam sombras em bancos de madeira rústica, unindo sossego e conforto a quem precisasse desfrutá-los.

    As pessoas não tinham o mesmo equilíbrio que aquele ambiente, era um gritante contraste entre a praça e seus frequentadores. Alguns estavam preocupados, outros cansados e outros com o semblante descaído. Mas, havia algo interessante: todos saíam do lugar mais felizes do que chegavam. O contato com o ambiente produzia nas pessoas uma restauração daquilo que fora perdido ao longo da semana que se passou.

    O cenário belo e acolhedor criou o costume nos moradores de irem àquele pequeno paraíso no final de domingo, descarregarem seus males e recarregarem a alma de emoções positivas. Mas, aquele senhor colorido e abatido, o que significava?

    ~ * ~ * ~

    De repente uma surpresa, era por volta das dezesseis horas, quando vi aquele senhor oprimido vindo em minha direção. Estimei que iríamos cruzar caminho exatamente ao lado de uma velha palmeira rabo de raposa, carregada de coquinhos, que exibia uma imagem de fartura e longevidade. Quando estávamos a uns três metros de distância um do outro, um grande susto! Era o meu grande amigo Cris, que há anos eu não via.

    Depois de um saudoso boa-tarde de ambos os lados e um forte abraço, percebi que ele estava arrasado de angústias. Seu semblante era pálido, olheiras protuberantes, roupas mal combinadas e toda palavra que pronunciava vinha carregada de uma visível decepção. Não resistindo, convidei o amigo para sentarmos em um banco vazio que estava ao lado da trilha, quase encostado no tronco daquela palmeira.

    — Cris, estou muito feliz em te ver, mas está tudo bem com você?

    Ele não conseguiu responder à minha pergunta e começou a chorar… Fiquei mais assustado ainda e sem saber o que fazer. Olhei para os lados e vi um casal de namorados, que estava em pé a uns cinco metros de distância, parar uma conversa de reconciliação e ficar observando aquele choro compulsivo. Foi aí que pedi ao Cris que se acalmasse, prometendo que iria ajuda-lo.

    — Estou desesperado, Vander — me disse ele —, financeiramente já não sei o que fazer. Muita gente me liga cobrando, tento fugir delas o tempo todo. Mal consigo arcar com as despesas básicas de casa e sinto minha saúde emocional destruída. Me desculpe por estar te dizendo isso, mas não consigo pensar em mais nada.

    Novamente o Cris voltou a chorar. O casal de namorados, percebendo que havia alguém tentando ajudar aquele senhor, se distanciou para um local mais a sós.

    ~ * ~ * ~

    Eu e o Cris crescemos jogando futebol de rua. Na época morávamos a dois quarteirões um do outro. Na adolescência cursamos o ensino médio na mesma turma, momento em que combinávamos jogar futebol de salão com alguns colegas da escola. Foi um tempo muito bom e nossa amizade se fortaleceu. Logo após o ensino médio me casei e mudei de setor, o Cris da mesma forma. A gente passou a se ver de vez em quando e por acaso. A vida como chefes de família nos trouxe novos desafios e rumos diferentes.

    Contendo os soluços, o Cris disse:

    — Vander, meu amigo, me desculpe pela falta de controle. Eu vim a essa praça porque moro aqui perto e para tentar esfriar a cabeça, quem sabe consigo começar uma semana com mais força para enfrentar os problemas. E o que trouxe você aqui?

    — Cris, eu vim visitar minha tia Luzia, ela mora logo ali na rua esperança, ao lado de um supermercado, e já estava indo embora para casa quando senti vontade de passar pela praça.

    O Cris deu uma risadinha meio sem graça e eu não entendi o motivo. Mas gostei de ver que aquilo parecia mudar um pouco seu estado de espírito.

    — Esperança é o que eu estou precisando ter — murmurou Cris. — Acho até irônico, uma rua inteira chamada de esperança e eu aqui tão vazio dela.

    Em seguida, ele deu outro sorriso discreto.

    — Minha intenção hoje, aqui neste lugar, era a de fazer uma reflexão e tentar entender onde errei — disse Cris inconformado. — Cansei de pensar que nunca consegui controlar minha vida financeira, e, depois de tantos anos, tenho a sensação de não ter conseguido nada nessa vida.

    — Muitas vezes sonhei junto a meus filhos e minha esposa — continuou Cris —, mas jamais dei conta de realizar aquilo que propusera a eles. Isso me faz sentir fracassado.

    — Não diga assim. — Interrompi. — Já passei por momentos parecidos com o seu, meu amigo. Creio que não é por acaso que estamos aqui e agora. Te garanto que há solução para o que você está passando. Se concordar, me comprometo a te ajudar.

    — Sim, Vander, claro que sim. Na verdade, eu te imploro que me ajude, pois já não sei mais o que fazer.

    — Cris, terei o prazer em fazer o que puder para ver você bem financeiramente. Como eu te disse, já passei por situações horríveis. Mas, aprendi a lidar com essa matéria e hoje minha situação é bem diferente.

    Quando o Cris percebeu que eu estava olhando para sua forma de vestir, ele confessou:

    — Vander, parece que a crise entrou no meu guarda-roupa também. Como não tinha roupas para fazer uma combinação discreta, com raiva, resolvi fazer exatamente o contrário e aqui estou eu todo colorido. Foi uma maneira simbólica — mesmo que ridícula — de dizer para mim mesmo que tenho de fazer algo diferente, para ver se mudo minha sorte.

    Problemas Financeiros

    Será que a família do Cris está bem?

    Essa dúvida inquietava minha mente.

    Após perguntar, ele me encheu de alegria com as informações, despertando a vontade de ir visitá-los.

    Depois de uma conversa, fiz alguns cálculos e percebi que o Cris estava com quarenta e cinco anos de idade, já tinham se passado vinte e dois anos do tempo em que a gente se divertia. Ele havia se casado com Sônia e tinham um casal de filhos, André com vinte e um anos, em fase de querer se casar e Helen com dezessete, se preparando para o vestibular.

    Não vimos o tempo passar e de repente começou a escurecer, olhei no relógio e se aproximava das dezoito horas.

    — Vander, gostaria que fosse em minha casa — me disse Cris com muita ansiedade. — São só dois quarteirões, prometo que não vou tomar mais o seu tempo. Só quero que você conheça minha família.

    Vi que ele realmente precisava de ajuda e lhe disse com muita energia:

    — Claro, meu amigo, será uma honra para mim.

    ~ * ~ * ~

    Andamos uns três minutos e o Cris disse:

    — Ali está, é aquela com o portão cinza. Moro aqui desde que me casei com Sônia. Levamos nove anos para terminar a casa, mas ela já está precisando de algumas reformas.

    — Parabéns, sua casa é grande, bonita e fica num local tranquilo — falei em tom de elogio.

    — Sônia! Venha ver quem está aqui — gritou o Cris assim que entramos pelo portão menor.

    Ela saiu meio curiosa, com os cabelos presos de bobs, e veio andando até que nos encontramos mais ou menos no meio da garagem, deu um beijo no Cris e apertou minha mão.

    — Este é o meu amigo Vander — disse Cris à Sônia —, somos amigos desde a infância e não nos víamos há muitos anos. A gente se encontrou por acaso ali na praça, conversamos um tempão, daí fiz questão de trazê-lo para conhecer você e nossos filhos.

    — Olá, Vander, é um prazer conhecê-lo — disse Sônia.

    — O prazer é meu — respondi sorrindo.

    O Cris perguntou à esposa onde estavam André e Helen.

    — Eles saíram, mas voltarão logo — respondeu Sônia.

    — Não se preocupem. – Interrompi. – Já estou encantado por reencontrar meu amigo e conhecer sua esposa. Se eu não os conhecer hoje, tenho certeza que não faltará oportunidade.

    O Cris tomou a palavra e disse:

    — Vander, entre pelo menos para tomar um cafezinho rápido.

    — Eu estava exatamente terminando de coar café — nos disse Sônia. — Entrem e se sentem que vou buscar a garrafa com as xícaras.

    Assim que Sônia gentilmente nos serviu café, Cris me pediu só mais um tempinho enquanto ele dava uma notícia a ela:

    — Sônia, quero te falar algo que está deixando meu coração mais alegre do que quando saí esta tarde. Eu te disse que ia à praça tentar esfriar a cabeça, por causa da nossa condição financeira que está me corroendo. Bem, creio que não foi por acaso que me encontrei com Vander. Falei para ele sobre minha frustração e o quanto isso está me prejudicando. O bom é que ele tem experiência e conhecimento sobre finanças e está disposto a compartilhar com a gente.

    Pensei que Sônia iria ficar constrangida com o que Cris falou, mas, para minha surpresa, vi um alívio nos olhos dela, que imediatamente reagiu:

    — Graças a Deus! Eu tenho pedido muito a ele em oração! Obrigada, Vander por se dispor. Precisamos de uma solução, mas não sabemos como fazer. Na verdade, a gente nem entende como chegamos a essa crise que está afetando a vida de toda a nossa família.

    Então respondi:

    — Cris e Sônia, como eu disse, será um prazer compartilhar experiências com vocês, uma vez que também enfrentei momentos difíceis e sei que muitas pessoas passam por dificuldades financeiras. Bem, já que temos os problemas, vamos buscar as soluções — concluí com um sorriso de otimismo.

    ~ * ~ * ~

    — Quais são os piores problemas que estão afligindo vocês? — perguntei para ter uma noção de diagnóstico financeiro.

    — Estamos devendo muito e o dinheiro não dá para pagar as contas — disse Cris. — Só para se ter uma ideia, fico rolando dívida dos cartões de crédito, às vezes pagando só o mínimo. A prestação do carro é sempre paga com um ou dois meses de atraso, a gente tenta evitar com isso que o carro seja tomado pelo Banco.

    "Estou usando o limite do cheque especial e vejo no extrato que pago muito juro, mas não consigo deixar de usá-lo. Fiz um empréstimo há mais ou menos um ano, para tentar amenizar a situação, e ainda faltam quase dois anos para terminar de quitá-lo. Essa dívida já é debitada na minha conta e isso faz um rombo no meu ganho. Não consigo arranjar mais dinheiro, pois meu nome está com restrições no SPC, e fecho o mês sempre sem ter condições

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