Em meados da década de 1970 meu interesse por vinhos chegara a um ponto em que beber um ou outro rótulo já não era suficiente. Ao contrário, fazia aumentar minha curiosidade sobre a bebida. Detalhes de como era produzida, o porquê das diferenças entre os diversos tipos e o fenômeno que os levava a evoluir na garrafa eram algumas das questões que me atormentavam e me incitavam a mergulhar nesse universo maravilhoso. Como não havia cursos sobre o tema no Brasil, o jeito era buscar respostas em livros, imaginando conseguir base suficiente para um dia me aventurar a viajar e ver de perto tudo aquilo que estava nas leituras.
Minha primeira viagem para fora do Brasil foi em dezembro de 1980. Não parei mais. Conheci a fundo muitas regiões vinícolas, fiz grandes amizades nesse meio, que me possibilitaram estágios e participação em colheitas com produtores de ponta mundo afora. Depois de dar aulas e cursos por muitos anos, comecei a escrever regularmente