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Usa-me, Senhor.
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E-book268 páginas10 horas

Usa-me, Senhor.

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Sobre este e-book

Às vezes, erroneamente, visualizamos os mensageiros vindos de fora como a solução para a falta de pregadores, quando temos em nossa própria igreja muitas pessoas com grande potencial para se tornarem instrumentos de poder. Há nos bancos de nossos templos pessoas muito talentosas, que poderiam contribuir significativamente na obra do Senhor. Muitas, porém, não o fazem por sentirem medo ou por não terem sido devidamente preparadas. Este livro foi escrito com o propósito de contribuir na solução de ambos os problemas. Aqui ensinamos como vencer o medo de assumir o púlpito e como desenvolver uma mensagem coerente e fervorosa (desde o momento da preparação até a sua exposição). Tudo de forma clara, simples e objetiva, para que todos possam compreender. Porém, apesar da utilização de uma linguagem clara, seu conteúdo é completamente sólido e atualizado, trazendo as questões mais importantes da pregação bíblica. Sem dúvida, este livro trará novidades tanto para o pregador iniciante quanto para aqueles que já possuem algum conhecimento formal sobre o assunto. Nosso grande desejo é que a cada dia mais pessoas se deixem ser usadas pelo Senhor e, através do Seu poder, realizem uma grande obra por meio da pregação viva de Sua Palavra. Asterlindo Bandeira é Doutor e Mestre em Língua e Cultura. Especialista em Língua Portuguesa; Filosofia e História das Ciências; e em Docência Online. Durante anos tem desenvolvido pesquisas acadêmicas no campo da Análise do Discurso. Além disso, o autor já cursou três anos de capacitação teológica e se dedica a estudos na linha de argumentação, oratória e homilética. Ele tem atuado como professor de cursos de oratória (para o público geral) e de pregação (para religiosos) e desde 1998 se empenha a pregar e a ministrar palestras e aulas em diversas igrejas e em instituições acadêmicas. CAPÍTULOS ABAIXO (Sem os subcapítulos): 1ª PARTE – QUESTÕES SOBRE O PREGADOR E O PÚBLICO CAPÍTULO 1 – O MEDO DE FALAR EM PÚBLICO CAPÍTULO 2 – POR QUE TEMOS MENSAGENS VAZIAS? CAPÍTULO 3 – TIPOS DE AUDITÓRIO NA IGREJA E COMO LIDAR COM ELES CAPÍTULO 4 – CARACTERÍSTICAS DO BOM PREGADOR CAPÍTULO 5 – O PREGADOR E O FALADOR CAPÍTULO 6 – QUATRO TIPOS DE MENSAGEIROS 2ª PARTE – QUESTÕES SOBRE A MENSAGEM E SUA PREPARAÇÃO CAPÍTULO 7 – CARACTERÍSTICAS ESSENCIAIS DO BOM SERMÃO CAPÍTULO 8 – ELEMENTOS QUE COMPÕEM O SERMÃO CAPÍTULO 9 – TIPOS DE SERMÕES E SUAS PARTICULARIDADES CAPÍTULO 10 – OBSERVAÇÕES SOBRE O SERMÃO PRONTO: COMO UTILIZÁ-LO? CAPÍTULO 11 – FERRAMENTAS AUXILIARES NA PREPARAÇÃO DA MENSAGEM CAPÍTULO 12 – COMO INTERPRETAR O TEXTO BÍBLICO 3ª PARTE – QUESTÕES SOBRE A EXPOSIÇÃO DA MENSAGEM CAPÍTULO 13 – COMO APRESENTAR A MENSAGEM CAPÍTULO 14 – A IMPORTÂNCIA DA VOZ NA MENSAGEM CAPÍTULO 15 – O QUE O ORADOR DEVE EVITAR NA EXPOSIÇÃO DA MENSAGEM CAPÍTULO 16 – COMO PREGAR EM UM CULTO DE RUA CAPÍTULO 17 – COMO IMPROVISAR UM SERMÃO CAPÍTULO 18 – ERROS COMUNS COMETIDOS DURANTE A EXPOSIÇÃO DA MENSAGEM 4ª PARTE – A TECNOLOGIA NA PREGAÇÃO CAPÍTULO 19 – O USO DE RECURSOS AUDIOVISUAIS CAPÍTULO 20 – COMO UTILIZAR VÍDEOS COM SEGURANÇA CAPÍTULO 21 – A TECNOLOGIA E O USO DA BÍBLIA CAPÍTULO 22 – UMA IMPORTANTE OBSERVAÇÃO SOBRE O USO DA TECNOLOGIA NO PÚLPITO 5ª PARTE – ORIENTAÇÕES DE UMA MENSAGEIRA EXPERIENTE CAPÍTULO 23 – INSTRUÇÕES DE UMA PREGADORA ELOQUENTE
IdiomaPortuguês
Data de lançamento16 de mai. de 2020
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    Usa-me, Senhor. - Asterlindo Bandeira De Oliveira Júnior

    USA-ME, SENHOR: FUNDAMENTOS PARA UMA PREGAÇÃO COERENTE E FERVOROSA

    Copyright©: Asterlindo Bandeira de O. Júnior

    Capa e Editoração: Sérgio Silva Gonzalez Jr.

    USA-ME, SENHOR

    Asterlindo Júnior

    1ª Edição

    ISBN nº 978-65-00-02835-5 (ebook)

    ISBN nº 978-85-7807-155-4 (Brochura)

    AGRADECIMENTOS

    E DEDICATÓRIA

    Um trabalho como este não se pode realizar dependendo apenas dos próprios méritos. Deste modo, precisamos reconhecer o apoio de muitos que, de forma direta ou indireta, contribuíram para a sua realização. Por conta disso agradeço:

    Aos meus irmãos da Igreja de Praia Grande – Por me ajudarem no crescimento espiritual, me apoiarem e acreditarem em mim;

    Aos meus irmãos do Distrito de Praia Grande – Que contribuíram com o meu desenvolvimento;

    Aos meus irmãos da igreja da Rua do Catu (Alagoinhas) – Que sempre acreditaram em mim e me acolheram com todo amor e carinho;

    Ao pastor Natan Fernandes (doutorando em teologia) – Que sempre esteve disposto a me orientar em assuntos teológicos e deu sugestões e prefaciou esta obra;

    Aos amigos Iguacira Maria, Carlos Silva e Bartolomeu Torres – Que se disponibilizaram a ler a obra integralmente, tecendo importantes comentários que contribuíram para melhorar a versão final;

    Enfim, agradeço a todos os amigos e irmãos que, de alguma forma, ajudaram, direta ou indiretamente para a conclusão deste livro.

    Dedico este livro ao Deus criador e mantenedor do universo, a minha mãe, a minha esposa e a todos que têm se colocado nas mãos de Deus, para serem usados como instrumentos da pregação de Sua Palavra.

    PREFÁCIO

    O livro de Asterlindo Bandeira, Usa-me, Senhor: fundamentos para uma pregação coerente e fervorosa, produção de longos anos como observador, pesquisador e como pregador, é muito abrangente, tanto na arte da oratória em geral quanto da pregação em particular. O autor se preocupou com muitos aspectos que raramente são abordados pela maioria dos escritores ao publicarem material sobre pregação.

    Asterlindo incluiu em sua obra não somente questões atinentes à pregação bíblica em si, o sermão, como também aspectos referentes à prática da oratória. Por isso, o autor se lembrou que, além do púlpito, qualquer pessoa pode ser levada a falar em público em outros momentos, e isso requer preparo. Por isso, o autor abordou questões extremamente importantes, como: técnicas para vencer o medo de encarar um auditório; como utilizar adequadamente a voz; a boa utilização dos gestos e expressões faciais etc.

    Usa-me, Senhor trata também de como identificar os tipos de público, auxiliando o orador/pregador a ter uma postura apropriada ao se dirigir a um auditório específico, com diferentes faixas etárias, nível sociocultural, gênero etc., a fim de que sua mensagem tenha maior relevância para esse público ouvinte.

    Outro aspecto positivo desse livro é sua preocupação com o devido preparo por parte do orador/pregador, para que mantenha a mensagem em nível suficientemente adequado em qualidade e esmero, com o propósito de que seu público possa ser elevado em informação, conhecimento, comprometimento e espiritualidade (no caso do sermão).

    O autor apresenta também como utilizar adequadamente a tecnologia em público, o que é muito relevante, frente ao grande avanço tecnológico da atualidade.

    Apesar de apresentar importantes técnicas de homilética, Asterlindo faz lembrar aos seus leitores que uma pregação, para alcançar seus objetivos salvíficos, precisa vir acompanhada de uma vida comprometida com a mensagem a ser pregada. O pregador que não fizer de Jesus Cristo seu Salvador e Senhor estará fadado ao insucesso em seu objetivo final: levar a pessoa a sentir que é um pecador sem esperança e que precisa ser salvo por Jesus, para viver uma vida comprometida com Ele aqui, enquanto aguarda a Sua vinda, para levá-lo para o novo Céu e a nova Terra.

    Creio que muitas pessoas poderão encontrar nesta obra uma base de apoio importante para o seu crescimento enquanto pregadores da Palavra de Deus. Oro para que este material seja um ótimo instrumento para que pessoas comuns possam se tornar grandes oradores/pregadores, que conduzam seus auditórios a decisões, que redundem em grandes bênçãos e felicidade eterna.

    Pr. Natan Fernandes Silva

    Mestre e doutorando em Teologia

    INTRODUÇÃO

    Segundo as Escrituras [...] a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela Palavra de Deus¹. Por essa razão, com a finalidade de conduzir a igreja a elevados níveis de fé, a pregação tem tido posição de destaque em nossos cultos. No momento em que a Bíblia é aberta, ouvimos o Assim diz o Senhor e conhecemos a vontade de Deus para cada um de nós. Porém, muitas vezes, o poder das Escrituras Sagradas é ofuscado por pregações vazias, repetitivas, monótonas e teologicamente inconsistentes. Apesar de algumas vezes isso ocorrer por negligência do pregador, geralmente acontece por falta de capacitação e preparo, ou seja, ele não sabe pregar; tem dificuldade em interpretar adequadamente um texto bíblico; não sabe como estruturar um sermão de forma lógica e coerente e muito menos como se expressar em público.

    O pior de tudo é que muitos deles negligenciam o devido esforço por imaginarem que a pregação é uma atividade exclusiva do Espírito Santo, que durante a exposição da mensagem os conduzirão como se fossem marionetes. É inegável a atuação do divino Espírito durante a pregação. Ele é o nosso guia máximo. Sem Sua atuação nunca conseguiremos proferir mensagens poderosas que restaurem corações e promovam crescimento espiritual. Por isso o apóstolo Paulo disse: A minha linguagem e a minha pregação não consistiram em palavras persuasivas de sabedoria, mas em demonstração do Espírito de poder; para que a vossa fé não se apoiasse na sabedoria dos homens, mas no poder de Deus².

    Sendo assim, um pregador que não possuir a unção do Espírito Santo será um mero falador, produzindo sermões desprovidos do poder do céu. Todavia, o fato de Deus nos usar não nos isenta da responsabilidade de nos prepararmos adequadamente. Sobre isso o próprio apóstolo afirmou: Pregue a palavra, esteja preparado a tempo e fora de tempo, repreenda e corrija, exorte com toda paciência e doutrina³. Nesse texto ele ressalta a importância de o pregador estar preparado, ou seja, além de destacar a relevância da unção do Espírito Santo na pregação, Paulo também enfatiza a importância do esforço humano. No livro de Atos 22:3 ele comenta sobre o próprio preparo que teve em sua vida religiosa. Ele diz: [...] instruído aos pés de Gamaliel, conforme a precisão da lei de nossos pais, sendo zeloso para com Deus, assim como o sois todos vós nos dias de hoje. Gamaliel era um grande sábio judeu dos tempos de Paulo. Sua referência a ele visa mostrar a importância dada pelo apóstolo ao devido preparo. O que ele realmente estaria dizendo, em nossa linguagem, seria o seguinte: Eu estudei com os melhores instrutores de Israel. Eu me capacitei.

    Na verdade, a cultura de preparar pessoas para um ministério espiritual existia já no Antigo Testamento. Lá, vemos que, desde os primórdios, havia as escolas de profetas, onde mestres mais capacitados instruíam seus discípulos, a fim de que eles estivessem preparados para exercerem o seu ministério. Homens como Samuel, Elias e Eliseu foram instrutores dessas escolas⁴. Além disso, vemos a importância da capacitação para a pregação a partir do próprio ministério de Cristo. Ele preparou Seus discípulos adequadamente durante três anos e meio (como eles estudavam em tempo integral, se colocássemos isso em carga horária daria mais do que um doutorado) e deu a eles diversas instruções sobre a pregação. Falou sobre a responsabilidade da pregação (Mateus 28:19); a importância da preparação (Atos 1:4-9); o conteúdo da mensagem (Mateus 28:20); etc.

    Deste modo, fica claro que a pregação viva é o resultado de um trabalho conjunto entre Deus e o homem. O Espírito Santo conduz, mas o homem precisa aperfeiçoar-se a cada dia. Por isso, na parábola dos talentos⁵ o senhor valoriza os servos que negociaram os seus talentos. Enquanto que um servo não fez nenhum esforço para agradar ao seu senhor, os outros demonstraram satisfação em trabalhar e oferecer a ele algo maior do que aquilo que haviam recebido originalmente.  A parábola mostra que Deus recompensa todo o esforço humano feito para Lhe agradar. Por isso, não temos dúvidas de que Deus honrará a sua busca em se tornar um pregador melhor.

    Como pregador, líder na igreja e professor de cursos de pregação, percebi que há muitos líderes leigos e membros em nossas igrejas que, apesar de sinceros e bem-intencionados, necessitam de mais instrução na arte de pregar. Muitos deles têm um ardente desejo no coração de serem poderosos instrumentos nas mãos de Deus, mas se sentem frustrados por não conseguirem pregar de forma consistente e poderosa. Além desses, há também muitos pastores, que apesar de terem terminado seu curso teológico, percebem que suas mensagens são muito formais e vazias.

    Foi com o objetivo de contribuir com esse aspecto que decidi escrever este livro. Meu sonho é que cada mensageiro seja um instrumento poderoso nas mãos de Deus; que cada sermão seja devidamente fundamentado na Bíblia e produza salvação e crescimento espiritual. Este livro é um manual de pregação para todo aquele que deseja aperfeiçoar-se enquanto pregador da Palavra de Deus. Damos aqui instruções importantes em linguagem clara e simples, para que todos possam compreender de maneira fácil os conceitos mais relevantes da pregação. Além das questões sempre tratadas em livros de pregação, como: tipos de sermão; partes do sermão; ferramentas importantes para a preparação da mensagem etc., destacamos nesta obra outras questões pouco abordadas na maioria dos livros deste gênero, como: como vencer o medo de assumir o púlpito; a forma correta de lidar com um sermão pronto; o uso da tecnologia em público; como lidar com os recursos áudio visuais; os erros mais comuns dos pregadores; dentre outros. Esta obra foi planejada para poder contribuir com o crescimento de pregadores de todos os níveis, tanto daqueles que já tenham algum conhecimento técnico sobre pregação, quanto daqueles que ainda não possuem nenhuma instrução formal sobre o assunto.

    Nosso livro está dividido em cinco partes. Na primeira, QUES-TÕES SOBRE O PREGADOR E O PÚBLICO, tratamos sobre tudo aquilo  que  está  relacionado  diretamente  com  o  mensageiro (como: o medo de falar em público e como vencê-lo, as qualidades do orador etc.) e os ouvintes (como: os tipos de público e como lidar com cada um deles). Na segunda parte, QUESTÕES SOBRE A PREPARAÇÃO DA MENSAGEM, analisamos tudo o que diz respeito sobre a preparação do sermão (como: os tipos e partes de sermão, características da mensagem, princípios de interpretação etc.). Na terceira parte, QUESTÕES SOBRE A EXPOSIÇÃO DA MENSAGEM, damos atenção a tudo o que está relacionado ao momento da explanação do sermão (como: a forma correta de entregar a mensagem, coisas que devem ser evitadas, gestos e posturas etc.). A quarta parte, A TECNOLOGIA NA PREGA-ÇÃO, é dedicada à apresentação de dicas e observações sobre a utilização da tecnologia no púlpito (como: o uso de slides, a tecnologia e o uso da Bíblia etc.). Na quinta e última parte, ORIENTAÇÕES DE UMA MENSAGEIRA EXPERIENTE, damos um bônus ao leitor, apresentando diversas citações feitas pela grande escritora e pregadora norte americana Ellen White sobre importantes aspectos da pregação.

    Sinceramente desejamos que este livro contribua para o desenvolvimento de diversos líderes e membros da igreja. Almejamos que cada adorador seja um instrumento vivo e poderoso nas mãos de Deus. E que muitas vidas sejam transformadas a partir do seu ministério.

    1ª PARTE

    QUESTÕES SOBRE O

    PREGADOR E O PÚBLICO

    CAPÍTULO 1 -

    O MEDO DE FALAR EM PÚBLICO

    Percebemos que falar em público nos dias atuais é uma prática que se tornou muito mais necessária do que no passado. Hoje, diversas atividades exigem a utilização da expressão oral diante de um determinado auditório. Não apenas profissionais como políticos, professores, vendedores, pastores etc. possuem a necessidade de se expressarem diante de plenários, porém, muitos de nós, que não estamos cotidianamente lidando com o público, muitas vezes necessitamos falar diante de determinado grupo. Por exemplo, necessitamos falar em público ao apresentar trabalhos escolares, seminários universitários, ao participarmos de reuniões, nas atividades da igreja e mesmo em alguns eventos comemorativos. Fato é que, seja de forma habitual ou esporádica, certamente, todos um dia necessitaremos falar em público.

    Contudo, ainda há na igreja muitas outras pessoas que poderiam ser poderosos instrumentos na pregação da Palavra, no entanto, elas rejeitam  esse ministério, apenas por terem  medo de  falar    em público. São pessoas que, apesar de nutrirem amor pelo Senhor e pela sua obra, ao se encontrarem diante de uma plateia para falar, começam a tremer, suar frio, ficam nervosas, gaguejam, dão branco e não sabem o que fazer. Tais pessoas apesar de desejarem ser instrumentos de Deus têm MEDO DE FALAR EM PÚBLICO. Se esse for o seu caso, deixe eu te dizer pelo menos duas coisas: Primeira, ter medo de falar em público é muito mais comum do que o que você imagina. Em uma pesquisa feita pelo jornal americano Inglês Sunday Times com a participação de 3.000 pessoas, pediu-se que elas hierarquizassem os seus maiores medos. O resultado foi o seguinte: 19% dos participantes revelaram que seu maior medo era da morte ou de doenças; 22% afirmaram ter medo de problemas financeiro, porém a maioria (41%) revelou que falar em público era seu maior medo. Assim, por mais absurdo que isso pareça, a maioria dos entrevistados afirmaram que tinham mais medo de falar em público do que da própria morte.

    Em outra pesquisa, essa realizada por mim mesmo, com alunos de graduação do curso de licenciatura em Letras (vernáculas, inglês e francês) da Universidade do Estado da Bahia – UNEB – Campus II; 67% dos participantes confessaram que tinham medo de falar em público. O interessante dessa pesquisa é que os entrevistados eram acadêmicos que estavam estudando para serem professores e, deste modo, falar em público faria parte de sua atividade profissional cotidiana. Fica aí a observação: se quase 70% de futuros professores revelaram ter medo de falar em público, imagine nós, pobres mortais. Sendo assim, ter medo de falar em público é algo mais do que aceitável, certo? Bem, quando nos referimos a pessoas que não conhecem ao Deus Todo poderoso, criador e mantenedor de tudo, é uma história; mas quando se trata de pessoas escolhidas e dirigidas por Ele, penso que isso, apesar de ser compreensível, é inaceitável.

    Tal inaceitabilidade se justifica a partir da segunda coisa que tenho para te dizer: VOCÊ PODE, SIM, VENCER O SEU MEDO, e mesmo vir a gostar de falar em público. Isso mesmo, Deus pode te fazer um grande pregador (ou pregadora) de Sua Palavra, e o fará se assim você permitir; mas Ele precisa que você faça a sua parte no processo de superação. No livro de 1ª Coríntios 1:9 nos é dito que Aquele que nos chamou é fiel [...]. Por isso, alegre-se meu querido irmão (ou irmã) você foi chamado (a) por Deus para ser um pregador de Sua Palavra; para contribuir com a instrução de Seu povo; para anunciar Sua verdade para outros; e muito mais. Já que Ele te chamou, não lhe diga: espere aí! Eu não vou conseguir! Pelo contrário, aceite o chamado de Deus, confie nEle e vá em frente. Ele é fiel e fará você transpor os seus obstáculos. Lembre-se do que Jesus fez utilizando pessoas simples como Seus discípulos. Pedro, um pescador da Galileia, homem rude e indouto, pelo poder de Deus, em um só sermão conseguiu levar quase 3.000 pessoas a aceitarem a Jesus. Certamente você possui hoje muito mais instrução formal do que a que Pedro ou a maioria dos discípulos possuíram durante toda a vida. Ora, se Deus pôde fazer maravilhas por meio deles, levando-os a superarem suas limitações, com certeza, poderá fazer maravilhas por meio de você também. Porém, primeiro você precisa se esforçar, preparar-se cada vez mais, confiar e seguir em frente.

    Muitos pregadores que hoje admiramos por suas mensagens inspiradoras confessam que no início do seu ministério também tinham medo de falar em público. Muitos nunca se imaginaram falando diante de uma plateia, mínima que fosse. Eu mesmo, tímido como sou, tinha pavor de falar em público. Lembro-me que certa vez, em um encontro de oração de jovens na igreja, na presença de mais ou menos 30 pessoas, fui solicitado a fazer a oração inicial. Naquele momento tive medo. Tremi. Gelei. O que fiz? Não aceitei a proposta e pedi para que outra pessoa orasse em meu lugar. Porém, depois me senti triste, pois tinha vontade de ser um instrumento nas mãos de Deus e percebi que meu medo poderia ser um empecilho. Decidi então superar as minhas dificuldades. Deste modo, confiei nEle, me preparei adequadamente, enfrentei o medo (por Deus) e comecei a pregar. Iniciei em pequenos grupos, igrejas pequenas, fazendo meditações e daí por diante. Hoje, para honra e glória do Seu Nome, pregar  o  evangelho  e  dar  palestras  é  uma  das atividades que mais tenho prazer em fazer. Prego, dou cursos e palestras em várias igrejas, pequenas ou grandes, sem nenhum problema. Eu sou uma prova viva de que, quando nos dedicamos e confiamos em Deus, Ele nos capacita e nos ergue. Por isso, faça a sua parte, busque crescimento, e creia que Deus fará a parte dEle, te capacitando e te ajudando a superar o seu medo de falar em público.

    COMO VENCER O MEDO DE ASSUMIR O PÚLPITO

    Já vimos aqui que o medo de falar em público é algo comum entre a maioria das pessoas, porém, temos de nosso lado um Deus que nos ajuda a superar nossas limitações. Por isso, veremos a seguir algumas atitudes práticas que, se tomadas, contribuirão significativamente para que vençamos o medo de assumir o púlpito.

    Destacamos que as dicas aqui apresentadas podem te ajudar não apenas em caso de pregações, mas em qualquer apresentação diante do público, todavia daremos aqui enfoque à pregação bíblica. Siga-as à risca e prepare-se para o sucesso.

    DICA 1 – Domine o assunto

    Você lembra como foi quando estava aprendendo a andar de bicicleta ou a dirigir? Será que você saiu na rua de forma tranquila e confiante já na primeira vez em que estava conduzindo o veículo?

    Alguns, por entenderem a atuação de Deus de maneira equivocada, imaginam que no momento da pregação o Senhor enviará uma mensagem para a mente deles via satélite, transmitindo os dizeres palavra por palavra. Por conta disso, negligenciam a devida preparação e, ao

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