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Tudo que sempre quis dizer, mas só consegui agora
Tudo que sempre quis dizer, mas só consegui agora
Tudo que sempre quis dizer, mas só consegui agora
E-book168 páginas57 minutos

Tudo que sempre quis dizer, mas só consegui agora

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Sobre este e-book

É preciso colocar pra fora. Suprir o anseio. A ânsia e o enjoo de não mais engolir o que se deveria regurgitar. Mas vomitar palavras não são suficientes para fazer a garganta parar de gritar. Que se faça do engasgo o verdadeiro ato de não mais entalar. Palavras Sentimentos Cura E razões absolutas do odiar ao amar.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento7 de fev. de 2023
ISBN9788583386810
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    Tudo que sempre quis dizer, mas só consegui agora - Marcela Schmitt Salvador

    Tudo que sempre quis dizer, mas só consegui agora

    © Marcela Schmitt Salvador 2022

    Produção editorial: Vanessa Pedroso

    Revisão: Helen Bampi

    Ilustrações: da autora

    Design de capa: Nathalia Bernart Cecconello

    Editoração: Giovana Bandeira Grando

    Conversão para Ebook: Cumbuca Studio

    CIP-Brasil. Catalogação na Publicação

    Sindicato Nacional dos Editores de Livros, RJ

    Gabriela Faray Ferreira Lopes - Bibliotecária - CRB-7/6643

    Todos os direitos desta edição reservados à

    Buqui Comércio de Livros Eireli.

    Rua Dr. Timóteo, 475 sala 102

    Porto Alegre | RS | Brasil

    Fone: +55 51 3508.3991

    www.editorabuqui.com.br

    www.facebook.com/buquistore

    www.instagram.com/editorabuqui

    Printed in Brazil/Impresso no Brasil

    Tudo que sempre quis dizer, mas só consegui agora

    Não estava nos planos essa dedicatória e por não servir mais do lado de dentro, deixei chover até a borda, para que desse transbordamento eu tivesse a desculpa de dizer: você chegou extenso, e partiu agigantado.

    Desde que compreendi que complexidade é sinônimo de ser, pude me permitir agradecer.

    Comecei pelo princípio: abro os olhos ao amanhecer.

    Procuro abrir as janelas, da casa e da alma.

    Mantenho meu templo limpo, deixando a sujeira, os problemas e os sapatos do lado de fora. Ouço com o corpo presente. Sorrio deixando a alma aparente. Abraço a transitoriedade. Permito me perder para encontrar, o auto encontro é lindo visto de cá.

    E se aprendi que rebeldia é humanizar, que saibamos enlaçar nossas multipotencialidades, pois interioridade é onde nossas raízes matam a sede desse sonhar.

    Que o equilíbrio entre firmeza e flexibilidade encontre o meu gratificar.

    Obrigada por ter vivido este processo junto a mim, e que sempre tenhamos esta vontade, complicada e escandalosa, de viver intrinsecamente, o eterno sonhar, mesmo que desajuizado mas inteiramente amado.

    Esta obra (inacabada e imperfeita) é o arquétipo da minha expressão e liberdade. Tire os sapatos, sente-se confortavelmente e se demore nas miudezas da minha loucura.

    Decidi que escreveria

    ao comprometer-me com isso,

    todos os meus membros

    paralisaram.

    Li um livro que, minuciosamente, ensinava como encontrar seu propósito de vida ao longo de trezentas páginas e muitos capítulos. E ao lê-las, deparei-me com esse padrão, tão irritadiço e natural, que faz, então, meu percebimento entrar em jogo.

    Tornar unicamente o ato de escrever meu direito ao expressar e ser, totalmente, minha busca incessante por todos os anos seguintes que virão é um feito radical e necessário.

    Sempre quis, e busquei arduamente, meu lugar no mundo ao equilibrar tudo o que acho e idealizo como necessário e essencial para ter uma vida diariamente simples e cansativa.

    Acreditei, por tempo quase que infinito, que estava perdida no meu querer imediatista sobre todas as coisas e maneiras de ser e coexistir. Então, nocauteada e deitada em posição fetal no canto mais escuro do meu inconsciente, a nitidez da visão míope que carrego nos olhos mostrou-se forte e iluminada a ponto de transcender todo esse labirinto de pensamentos e anotações, e eu, tão apegada e reluta, percebi que ali, quieta e insolúvel, quase que envilecida, havia (e ressalto que sempre houve) o grande e esperançoso sinal divino que esperamos, incansavelmente, que alguma força sobrenatural nos envie em letreiros luminosos e barulhentos.

    E chega a borbulhar e a transbordar o alívio que ressoa de dentro, o qual eu sempre quis soltar, livremente, por entre os dentes e as narinas.

    Se antes me diziam ser e fazer parte do mal que rodeia todos os jovens adultos recém-saídos de universidades e casa de pais tão amáveis e superprotetores, hoje, convicta desse comportamento individualista e tradicionalista, me toca por entre os dedos a sensação atenuante de que a busca confusa e cansativa de encontrar seu lugar no mundo na verdade é um rodar em círculos sob as pontas dos pés da ansiedade e pensamentos massacrantes, que nos fez acreditar que o resultado é o fim da caminhada, quando caímos deitados gélidos e com tamanha translucidez dentro do caixão do desprezo.

    Compreender que o que buscamos na verdade não está no encontro, e sim na busca em si, é de tamanha urgência, que, talvez, se você não se atrever a permanecer com o olhar atento, nem o barulho estrondoso e as rodas tão pesadas e gigantes lhe acordarão ao passar por cima do ego em busca do seu propósito.

    Por isso, e talvez não tenha a importância que eu, no auge do meu achismo, acredito existir, mas gostaria de ressaltar que, para estar onde e da maneira que aqui me encontro — sentada ao chão, com minha cachorra dormindo ao lado, ouvindo o farfalhar dos galhos em uníssono com o cantar dos pássaros e os gritos do meu irmão ao pular na água do açude —,

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