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Cristo Não Disse Que Seria Fácil
Cristo Não Disse Que Seria Fácil
Cristo Não Disse Que Seria Fácil
E-book196 páginas2 horas

Cristo Não Disse Que Seria Fácil

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Sobre este e-book

Vivemos hoje uma época em que o fundamentalismo, ressuscitado por um grupo de terroristas religiosos, é condenado pelo mundo todo por achar que qualquer tipo de intolerância remete a um tempo em que a barbárie imperava. Esse trabalho que apresento é, ao mesmo tempo, uma narrativa e um grito de socorro. Narrativa sobre as dificuldades enfrentadas por alguém que se propôs a implantar em sua paróquia, um serviço dirigido aos jovens, tentando fixá-los na Igreja, ou trazê-los de volta. Grito de socorro dirigido à minha Igreja, para que espanque qualquer tentativa de se fazer essa organização fundada por Cristo, voltar-se para si e esquecer a sua finalidade que é trazer conforto espiritual e ensinar seus membros a buscar o reino de Deus e acompanhá-los nesta caminha.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento6 de mai. de 2021
Cristo Não Disse Que Seria Fácil

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    Pré-visualização do livro

    Cristo Não Disse Que Seria Fácil - Jonas Viana De Oliveira

    TEXTO PRINCIPAL

    Prefácio

    Apresentação

    Introdução

    Chegar até aqui

    Aqui é o meu lugar

    Os jovens

    Montando o INOVAR

    A implementação

    O parto

    A um passo de chutar o pau da barraca

    Abatidas em pleno voo

    A pastoral familiar e o INOVAR

    As situações limites

    Gaveta 1 – O pai assassinado

    Gaveta 2 – Duas irmãs e um drama

    Gaveta 3 – O pai que foi pro céu

    O combustível

    Só para os curiosos

    Gaveta 1 – Oficial obedecendo a minha esposa

    Gaveta 2 – Salva por uma dentista

    Gaveta 3 – A neta e seu avô

    Por que ficar nesta Igreja?

    Por último

    Post scriptum

    SUMÁRIO

    TEXTO PARALELO

    Porque trabalhar com os jovens é melhor

    Ser ou não ser padre, eis a questão

    No meio do caminho, o De Molay

    A questão do acolhimento

    Anjos e arcanjos

    Missa cheia, igreja vazia

    A Igreja de cada padre

    Pastoral da juventude ou juventude em pastoral?

    Alta taxa de mortalidade de grupos de jovens

    A questão do exemplo

    Planejar é preciso, o êxito não é preciso

    A soberba nossa de cada dia

    O fator persistência

    Plano B, planejar ou improvisar

    A missa de encerramento

    Pequenina, mirradinha e grande pessoa

    Encontro ou retiro

    Para quantos jovens

    Cadê a Casa Betânia que estava aqui?

    A cidade na palma da mão

    Cobrar ou não, taxa de inscrição

    O fator dinossauro

    Segurando os jovens no encontro

    Avaliar pra quê?

    Em ou no Cristo libertador

    A necessidade de atender namorados

    Qual idade batizar

    Por que saber doutrina da Igreja

    Os sacrifícios de cada sacramento

    PREFÁCIO

    Um maná para alimentar gerações

    Carlos Dignez Aguilera

    O desafio de prefaciar Cristo não disse que seria fácil me honra, como jornalista e escritor, e me ilumina o espírito, como homem.

    Honra, por dois motivos: primeiro, por se tratar, o autor, Jonas Viana de Oliveira, de um personagem que admiro e por quem nutro um respeito absoluto; segundo, pelo perfil da obra, que retrata, com coragem e sabedoria, a luta para a implantação de um projeto vitorioso, o INOVAR, numa empreitada desafiadora e extremamente importante para o universo que abrange, além de incursões agudas por questões sensíveis no âmbito da Igreja Católica.

    Ilumina o meu espírito, também, por dois motivos: primeiro, por ter como um dos seus eixos principais uma verdadeira cruzada em defesa da juventude, mais objetivamente quanto a profissão da sua fé e a sua participação na vida da Igreja, mas, com um olhar perspicaz e generoso quanto a sua preparação para o enfrentamento do viver; segundo, por propor, de forma serena, responsável e corajosa, uma discussão importante sobre a postura das instâncias diretivas da instituição e de como isso se reflete na conexão com a comunidade.

    O livro trata de, principalmente, dois temas, que se entrelaçam, tendo o jovem como elo, mas que têm personalidades vigorosas: a mecânica do sofrido processo de implantação de um projeto, de relevância social, e o papel da juventude no universo da Igreja católica. Ambos os temas com variantes que conduzem o leitor por ambientes instigantes, como, por exemplo, a questão postural no exercício do poder, com destaque para a hierarquia da Igreja e para as reações comportamentais do ser humano diante das vicissitudes que a vida impõe.

    Cristo não disse que seria fácil trata-se de uma obra literária mais do que necessária; imprescindível, inclusive como registro técnico e histórico do INOVAR, um fato sócio religioso de suma importância para a sua comunidade, tanto que rompeu as fronteiras locais e avançou na sua abrangência.

    A narrativa, por escolha do próprio autor, considerando o jovem como o seu público alvo, é simples e objetiva, sem, no entanto, comprometer o conteúdo. O texto caudaloso, fácil de ler e de compreender, transmite a sua proposta de forma cumpridora, demonstrando, inclusive, um rico repertório linguístico.

    A abordagem, inteligente, prima pela decência e pela generosidade, na medida em que, por exemplo, respeita e protege individualidades, mesmo ao relatar os seus eventuais tropeços, enquanto destaca e enaltece as atitudes positivas, por vezes próximas de heroicas, de alguns agentes do processo de implantação do INOVAR.

    Leve, porém sem abrir mão da profundidade dos mergulhos incisivos, quando o tema pede, trata-se de uma obra corajosa, posto que não falseia diante de assuntos delicados e, por vezes, incendiários. É uma referência legítima e essencial para a continuidade do INOVAR, além de se configurar em poderoso agente fomentador de reflexão, para os jovens, principalmente, mas também para todos aqueles que falharam diante da proposta do projeto, devendo, esses, tomar a provocação do autor à guisa de estímulo para repensar as suas posturas e as suas atitudes, jamais o contrário.

    Jonas se esmera como narrador, transitando com maestria e extrema liberdade entre o micro, que são as minúcias do processo de implantação do INOVAR, e o macro, que é a discussão sobre a doutrina, por exemplo.

    Ao mesmo tempo em que questiona aspectos estruturais embaraçosos, o autor impõe uma defesa inquebrantável do seguimento do cristianismo por meio da Igreja Católica. Quem é a Igreja e quem a possui? As respostas para essas duas perguntinhas é apenas uma palavra: eu. Isso mesmo, para a pergunta quem é a Igreja? A resposta é: eu. Eu sou a Igreja e sem mim ela não vive e não existirá. À segunda pergunta: quem possui a Igreja? a resposta é: eu. A igreja me pertence, então, eu, além de ser a Igreja, também a possuo. Diante disso, então, se a Igreja sou eu e a Igreja é minha, qual a finalidade de eu pensar em sair desta Igreja? Estaria eu deixando a mim mesmo? - provoca Jonas.

    Em dados momentos do texto, nos deparamos com dois Jonas; o executivo, responsável pela coordenação da implantação do INOVAR, e o fiel católico, respeitando e acatando decisões das instâncias diretivas da Igreja, ainda que, eventualmente, cônscio de que, apenas por disciplina, se vergava diante de algumas atitudes que sempre entendeu estarem na contramão do ideal.  Vale registrar, aqui, a falta de consciência ou de compreensão, por parte da autoridade paroquial, no tocante a necessidade da presença de um padre durante os três dias da edição de um INOVAR. Ora, o projeto é resultado de mobilização da comunidade, cuja proposta é pavimentar um caminho para a aproximação do jovem com a Igreja, no entanto, não sensibilizou aqueles que têm o poder de decisão, para a importância da presença de um sacerdote no andamento do evento. Quando se discute o afastamento da juventude da igreja, há que se tomar, sim, como exemplo, isso que acontece no INOVAR, pois a comunidade está lá, o jovem está lá, mas a igreja, na representação mais emblemática do exercício da fé, que é a presença do padre, não está. O jovem, quando sensibilizado, vai, sim, ao encontro da igreja. Agora, para que isso frutifique mais fortemente, é preciso que a igreja vá, plenamente, ao seu encontro.

    Eu quero que (os jovens) se façam ouvir, também, nas dioceses, quero que saiam, quero que a Igreja saia pelas estradas, quero que nos defendamos de tudo o que é mundanismo, imobilismo, nos defendamos do que é comodidade, do que é clericalismo, de tudo aquilo que é viver fechados em nós mesmos, disse o Papa Francisco, no Encontro com os Jovens Argentinos, na Catedral de São Sebastião, em julho de 2013.

    Na Santa Missa pela XXVIII Jornada Mundial da Juventude, no Rio de Janeiro, o Santo Padre voltou a ressaltar a importância do jovem: A Igreja precisa de vocês, do entusiasmo, da criatividade e da alegria que lhes caracterizam! Um grande apóstolo do Brasil, o Bem-aventurado José de Anchieta, partiu em missão quando tinha apenas dezenove anos! Sabem qual é o melhor instrumento para evangelizar os jovens? Outro jovem! Este é o caminho a ser percorrido por vocês!

    As manifestações do Sumo Pontífice acenam fortemente para a premência da Igreja por iniciativas com o perfil e os objetivos do INOVAR. Há que se perguntar, então, porque os esforços de abnegados, como Jonas e a sua equipe de jovens, encontram tanta resistência de determinados setores. Cristalino está que o inconformismo do autor, diante de tal quadro, é bastante razoável.

    A obra, além de retratar a imprescindível luta de todos os que se envolveram na implantação do INOVAR, deixa mensagens sólidas e saudáveis para os jovens, ensinamentos que podem ser cruciais no encaminhamento das suas vidas.

    Jonas demonstra, aqui, uma perfeita compreensão do complexo perfil da Igreja, por exemplo quando a define como santa e pecadora. Não existem duas igrejas; a igreja é una e é santa, porque foi criada por Jesus Cristo. Em tal unicidade, no entanto, há algumas faces, uma delas, a pecadora. Homens pecadores, mulheres pecadoras, sacerdotes pecadores, bispos pecadores, cardeais pecadores, Papa pecador? Todos. Algum de vós está aqui sem os próprios pecados? – questionou o Papa Francisco, em audiência geral na praça de São Pedro, completando – "Como pode ser santa uma igreja assim? A igreja não é santa pelos nossos merecimentos, mas porque Cristo a tornou santa com a sua morte, na cruz... a igreja é santa porque provém de Deus... mas o Senhor quer ouvir-nos dizendo: Perdoai-me.. ajudai-me a caminhar... transformai o meu coração... e o Senhor pode transformar os corações e nos ajudar... a santidade não consiste no fazer coisas extraordinárias, mas no deixar Deus agir".

    Lutem pela nossa igreja, não a abandonem, jamais e por razão nenhuma. Ajudem-na na sua santidade, é o brado que o autor faz transbordar desta obra e que, junto com a equipe do INOVAR, vem fazendo transbordar a cada edição do encontro.

    Depreende-se do livro que o jovem precisa ter a igreja dentro de si. Assim, ele será invencível na sua luta por tornar a Igreja jovem. E, nesse aspecto, creio, o INOVAR é uma benção. Uma frase de João Paulo II pode ser decisiva para tal reflexão: A Igreja só será jovem, quando o jovem for Igreja.

    Cristo não disse que seria fácil, mas pode, sim, se tornar fácil, na exata medida em que todos recolham desta obra a mensagem e a compreensão cristalina que o autor nos oferece sobre a fé e sobre o papel do jovem na vida da Igreja.

    Assim, humildemente, vos apresento Cristo não disse que seria fácil, uma obra que o autor consegue o milagre de tecê-la simples, mas, ao mesmo tempo, preserva a sua profundidade, cujo conteúdo, creio firmemente, é um maná para alimentar gerações.

    Serão vocês, jovens, que recolherão a tocha das mãos dos seus antepassados e viverão no mundo no momento das mais gigantescas transformações

    Papa Paulo VI

    Carlos DIgnez Aguilera é jornalista, poeta e escritor.

    APRESENTAÇÃO

    É com grande satisfação que apresento este trabalho a vocês, mesmo àqueles que não acompanharam os desafios destes dez anos. Procurei escrever um livro que possa interessar a todos, inclusive aos que nunca tiveram contato com o INOVAR. Busquei uma forma bem acessível, procurando utilizar a linguagem de todas as idades, que é a linguagem do jovem. Sempre achei que se conseguirmos atingir os jovens com as nossas mensagens, todos serão atingidos. Por isso, decidi pela linguagem mais coloquial dessa meninada, que sempre nos chama para o seu meio.

    Há, aqui, dois textos, graficamente diferenciados e entrelaçados, para melhor visualização, na medida em que os seus segmentos se completam, no sentido de ampliar a perspectiva de compreensão do tema.

    O primeiro texto é uma sequência relativamente lógica do tema, retratando, de uma forma mais ou menos cronológica, alguns desafios que enfrentamos nestes dez anos para vermos implementado o projeto que sonhávamos. Esse texto, para efeito de sumarização, foi chamado de texto principal.

    O segundo texto se desenvolveu de forma aleatória. Conforme o livro foi ganhando corpo, se impôs a necessidade de discutir algumas ideias e fatos que pudessem explicitar alguns dos conceitos apresentados no texto principal ou de explicar porque se tomou uma determinada decisão, em detrimento de outras. Esse foi chamado, no sumário, de texto paralelo.

    Lendo somente o texto principal, o leitor estará em contato com a proposta deste livro. Lendo a ambos, encontrará no texto paralelo um importante substrato, principalmente com opiniões pessoais, que ampliará a perspectiva do tema. O paralelo não é uma sequência e, portanto, são textos soltos, que surgem sem que haja, necessariamente, conexão, uns com os outros.

    Espero que todos tenham uma boa leitura e que, no capítulo final, possamos nos encontrar mais atentos, mais alertas e, principalmente, com um olhar mais amplo e sólido sobre o tema, afinal, Cristo não disse que seria fácil.

    INTRODUÇÃO

    A decisão de escrever este livro se impôs a partir de uma necessidade pessoal, minha, de tentar contribuir, mostrando às pessoas que a nossa Igreja tem muitos defeitos, mas tendo, sempre, por principal diretriz, que ela é a nossa Igreja e, portanto, temos o compromisso de lutar por ela. Cansei de saber, e até de testemunhar, casos de pessoas que se diziam católicas, mas que abandonaram a Igreja em razão de obstáculos enfrentados, aqui, para o seguimento do cristianismo. Alguns passaram a frequentar outras paróquias, outros migraram para propostas alternativas, se tornando evangélicos, com todos os dissabores inerentes a quem abandona a sua religião ou a sua Igreja.

    Então, vi a necessidade de mostrar que, independente da posição das pessoas que causam esta vontade de abandonar o seguimento, ninguém, mas ninguém mesmo, é importante o suficiente para nos fazer sair da Igreja criada por Cristo e erguida pelos seus apóstolos e discípulos. Lembrando, sempre, de duas coisas muito importantes: Primeiro, a Igreja somos nós, ou seja; cada um e todos nós somos a própria Igreja e se a deixarmos estaremos abandonando a nós mesmos. Segundo, a igreja é santa e pecadora. Vale dizer; é santa porque foi fundada por Jesus Cristo e é pecadora porque é tocada pelos homens. Os homens pecam e Deus o sabe. Se Ele nos quisesse perfeitos, não nos teria feito humanos.

    Talvez o contato com a

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