O Pregador

De IGNACIO E. FERREIRA

Desde os tempos antigos os homens usaram essa técnica para ganhar territórios, conquistar reinos e pessoas. A pregação é uma arte muito antiga e temos o exemplo do proprio Deus que enviou o seu filho Jesus para pregar o evangelho para nós. Entendemos então, que precisamos investir em um aprendizado que venha a nos fazer crescer dando muitos frutos através de uma pregação bem sucedida. Este livro vai te ajudar a elaborar uma boa pregação para obter bons resultados.

• Idioma: Português
• Editora: p49138
• Data de lançamento: 27 de set. de 2022
• ISBN: 9791222005126

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Copyright © 2022 O Pregador - Ignacio E. Ferreira

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INTRODUÇÃO

A oratória é uma arte muito antiga, e já os antigos utilizavam muitas técnicas para fazer a sua retórica. Na antiga Roma era conhecida como ars dicendi (arte de falar) e era estudada como uma parte da retórica. Naquela época era considerada uma importante habilidade na vida pública e privada. Eles definiam a retórica como a composição e exposição dos discursos. Do grego rhetorikè téchne, a arte de falar bem. A retórica é o método de estudo da composição, organização e finalização dos discursos. O ponto máximo da retórica é a persuasão pois, espera-se que os ouvintes aprovem a tese do orador. Na antiga Roma, a arte da oratória era aplicada somente aos escravos, e era considerada uma atividade ligada ao tempo livre. Com Marco Antonio e Lucio Crasso, nascem os primeiros tratados latinos de retórica. Estes por sua vez destacavam a importância da arte retórica na vasta e refinada cultura e no estilo utilizado, com capacidade de escolher os termos e adaptá-los elegantemente ao texto.

Muitos nomes surgiram, na arte da retórica e deixaram para nós hoje um grande legado. Um legado de inspiração e grande admiração. Oradores como Platão, Isócrates, Aristóteles, etc... entre outros. Cícero por exemplo, que foi sem dúvida o mais celebre orador da antiga Roma e, ele mesmo publicou a maioria dos seus discursos. Para memorizar os seus discursos, Cícero utilizava uma técnica de associação de ideias. Ele distribuía o seu discurso em palavras-chave e conceitos que lhe permitiam falar do argumento desejado, e, associava estas palavras, na ordem desejada aos compartimentos de uma casa ou de um palácio que ele próprio já conhecia previamente. Durante a sua fala, ele imaginava cada compartimento daquela casa ou palácio e percorrendo com a mente nestes quartos, fazia com que viessem à sua mente o seu discurso na integra e na sequência que ele planejava. Ele foi muito respeitado e reverenciado naquela época e até os dias de hoje se faz menção do seu nome. Outros grandes nomes

existiram que praticaram esta técnica ou outra semelhante e chamaram isto de Mnemotécnica, que é a ciência que visa desenvolver a memória através de uma série de regras. Entre os que utilizavam esta técnica estão Raimundo Lullo, Giordano Bruno. Estes homens descobriram uma grande importância em utilizar a memória na sua retórica porque, sem a necessidade de escrever os seus sermões, eles tinham uma maior probabilidade e capacidade de improvisação. Principalmente quando surgia uma necessidade ou era interrompido pelos adversários. Eles usavam dois tipos de memória: a memória natural que é aquela que todos os seres humanos usam naturalmente e a memória artificial que é através de uma técnica que funciona com imagens mentais e pontos de referência fixos aos quais serão associados aos objetos a serem lembrados. É como se a mente se transformasse em uma espécie de escritura mental onde, cada imagem corresponde