Vamos Pensar A Respeito?

De Adriano Souza

A existência humana e sua evolução. Como a humanidade evoluiu e por que algumas pessoas se destacam dentre as demais? As relações que acontecem em nossa existência. A ligação do plano material e extra físico e muitos outros assuntos sobre essa jornada denominada vida .

• Idioma: Português
• Editora: Clube de Autores
• Data de lançamento: 27 de out. de 2017

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Adriano Souza

Vamos pensar a respeito?

São Paulo/SP

2017

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INTRODUÇÃO

Antes de mais nada, quero deixar claro que o conteúdo adiante não tem qualquer cunho religioso nem tampouco a intenção de se tentar converter quem quer que seja a seguir as proposições nele expostas.

São pensamentos que tenho à respeito das relações que mantemos com as pessoas de nosso cotidiano, os dons que trazemos conosco, as inúmeras dúvidas sobre o porquê de estarmos neste mundo, neste momento e da forma que as coisas acontecem, além de enxergar as circunstâncias refletindo sobre elas e como se desenrolam.

A existência de nós seres vivos!!! E os acontecimentos que nos ocorrem durante nossa jornada denominada vida.

Na verdade, o que me levou a escrever estas linhas que se seguirão, foram estas inúmeras dúvidas e a falta de respostas plausíveis que me convencessem para perguntas que eu fazia e que quase sempre eram respondidas de modo superficial, e que não me supriam.

O que me deixou inquieto é que muitas pessoas simplesmente aceitam certas imposições sem ao menos se questionarem, refletirem ou buscarem respostas condizentes em outros lugares ou fontes.

Muitas destas respostas, ao meu ver infundadas, foram impostas a mim pelos mais experientes e que por consequência foram impostas a eles pelos antecedentes deles e assim sucessivamente, sem contudo, convencer-me sobre tais questões e isso me intrigava.

Comecei a inconscientemente desenvolver um senso crítico sobre a existência, sobre religiosidade, sobre 3

espiritualidade, energias, causa e efeito e quando vi estava me convencendo de que tudo se relaciona e deste modo tudo se complementa.

Eliphas Levi, em 1845, já escrevera que "O

advento da fé cega findou, pois alcançamos a época da fé inteligente e da submissão razoável, o tempo em que não nos limitaremos a crer em Deus, mas em que o veremos em suas obras, que são as formas externas do seu ser."

Fazer com que qualquer verdade religiosa seja tão exata e tão claramente demonstrada quanto a solução de um problema de geometria.

Também era grande a minha vontade de compartilhar com os outros as minhas ideias e convicções e debater sobre elas e de certa forma muitas outras pessoas também se mostravam não saciadas com as respostas obtidas.

Elas expunham seus entendimentos, conclusões e crenças de modo semelhante ao que eu refletia, mostrando que eu não era o único a pensar diferente.

Certamente, estas convicções não são fáceis de serem expostas verbalmente e em um primeiro momento podem parecer impossíveis tendo em vista a base religiosa de muitos, por isso decidi transcrevê-las para o papel de modo muito simples e dessa forma possibilitar, até ao mais cético que vier a ler estas palavras, a refletir sobre nossa existência e tudo o que nos circunda.

Não estou afirmando nada, apenas propondo refletir de uma forma diferente.

A infinidade de detalhes, situações, convicções e entendimentos das questões dificulta o debate em um só encontro com amigos, ainda mais para quem gosta do assunto, então resolvi organizar meus pensamentos, botar no papel, fazendo links, ligando uma coisa na outra, pois 4

acredito que em nossa existência tudo é interligado e tudo tem um porquê.

O tema é muito mais complexo, misterioso e nebuloso do que simplesmente possamos imaginar e provavelmente ainda demorará certo tempo para nós que vivemos neste momento, desvendarmos (se é que vamos desvendar) realmente os mistérios do Universo, da vida em si e como ela acontece.

Não tenho a intenção de criar verdades, nem contestar qualquer entendimento dos mais experts, sejam eles religiosos, físicos ou cientistas, quero apenas expor minhas ideias para se fazer refletir sobre o que somos, o que podemos fazer melhor enquanto estamos neste plano, quais as missões que alguns de nós carrega consigo, qual o aprendizado de tudo isso e por fim, do onde viemos (se é que viemos) antes de nascer e para onde iremos (se é que iremos) após fechar os olhos definitivamente.

Por que as coisas acontecem, como e quando acontecem? Será que temos controle dos acontecimentos ou temos avisos? Será que somos realmente semelhantes ou alguns de nós temos algo que nos diferencia?

Será que a vida é uma só? Será que podemos viver a vida apenas uma vez? Será que podemos viver um momento mais de uma vez e mudá-lo na segunda vez? Será...? Será...??

Será...?????

Entretanto, para se ter a percepção de certas coisas, precisamos colocar de lado a parte da racionalidade deixando apenas o emocional e o espiritual atuando, até porque alguns dos acontecimentos não podem ser explicados nem comprovados de modo concreto.

Prova disso é a impossibilidade de se demonstrar de modo físico os sentimentos e emoções que sentimos.

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Existe alguma comprovação física do amor?

Dos medos e angústias que por vezes nos invadem? Não, mas podemos apenas senti-los, vivenciá-los porque eles realmente existem, mas não são tangíveis, assim como muitas coisas que fazem parte de nossa existência e que vamos tratar neste livro.

Assim, a espiritualidade desprovida de religiosidade, de modo a observar os acontecimentos que nos acompanham dia a dia sem a rigidez e os dogmas que as religiões impõem, permitirá uma melhor análise da nossa existência, dos semelhantes que nos rodeiam e dos milagres e fenômenos que por vezes não acreditamos por causa de nosso ceticismo.

Para tanto, mesmo propondo pensar a respeito sem as fundamentações religiosas, você pode manter tua fé nos protetores espirituais em que você acredita, sejam eles anjos de guarda, mentores espirituais, Buda, um santo de tua devoção, um Arcanjo, Krishna, Allah, o Espírito Santo, Javé, Dharma, um Orixá ou qualquer outro exemplo dentro da crença e religiosidade de cada um.

A fé nestes protetores não precisa ser deixada de lado, apenas convido a observar os fatos sob um outro prisma e sem a rigidez das religiões, mas com a mente e a imaginação abertas.

Convido a você, que agora lê estas linhas, a refletir e criar teus questionamentos, colocar em xeque tuas convicções e crenças, sair do convencional e pensar sobre tudo isso, não com a consciência e a racionalidade que nos acompanham, mas sim, apenas com os olhos do coração.

A intenção nesta conversa é apenas trocarmos ideias, refletirmos sobre os mistérios que nos cercam e estimular o raciocínio para se questionar: será que é assim?

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Desejo a você uma boa viagem e que as questões aqui tratadas lhe auxiliem numa nova reformulação de tuas crenças e uma maior concepção sobre a tua existência e a existência dos semelhantes.

Meu objetivo neste livro não é defender teses ou convicções religiosas, mas sim estimular o pensamento, trazer dúvidas para serem refletidas por quem lê estas linhas e com isso auxiliar na convicção individual de cada um.

Se somos seres pensantes proponho, vamos pensar a respeito?

Adriano Souza

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Anjo!!!

Em um sonho certa vez agraciado eu tinha sido, pois para um encontro especial, um anjo tinha me escolhido. Este anjo iluminado a minha frente se sentou e com carinho e alegria minhas mãos ele tocou.

Olhando em seus olhos uma conversa foi fluindo, quase hipnotizado percebia como aquele anjo era lindo. Cada frase que me falava me enchia de emoção, falava com os olhos, com a alma e pude conhecer o seu coração.

Propôs-me uma viagem da qual eu jamais vou me esquecer, o destino proposto fora especial, pois era pra dentro de meu próprio ser. Revivi e senti emoções que foram muito mais além e após isso, comigo compartilhou as suas experiências também.

Levou-me a passear, mas com uma única condição, que o passeio era pra ser feito somente com os olhos do coração. Permaneci de olhos fechados durante todo o tempo e isso aumentava e intensificava cada sentimento.

Conduzia-me pelos caminhos aos quais eu escolhia, me sentia alegre, confiante e como criança eu corria. Radiante eu estava, mas uma coisa eu sabia, aquilo era um sonho e logo meu anjo partiria.

Depois de me sentir renascido o meu anjo partiu. Guardo em meu peito as lembranças e também sei o que ele sentiu, pois a nossa conexão foi o que nos uniu.

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Novembro 2011

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CAPÍTULO I

1. SOBRE A EVOLUÇÃO

Desde que o mundo é mundo, sempre pudemos presenciar as grandes mudanças da humanidade e dos seres vivos de um modo geral.

No campo dos seres vivos, as espécies foram evoluindo até chegarem à versão final dos dias atuais.

Desde há milhões de anos atrás, os seres se mutam para se adaptarem aos seus habitats naturais.

Com os seres humanos também foi assim, hoje o homo sapiens da atualidade é bem diferente do tempo das cavernas, seus modos, forma de pensar, posturas foram se aprimorando e se adaptando com cada período que levou desde a descoberta do fogo até a navegação pela internet.

Dentre os milhões de anos que nos separam do tempo das cavernas, o homem teve de se adaptar às novas circunstâncias para sobreviver, para se alimentar, mas também teve de rever muitos de seus atos e de seus pensamentos, pois o que era útil e verdadeiro para um determinado tempo, para outro período já não servia mais, ou não se enquadrava com a realidade apresentada.

Na época da Lei de Talião, a regra era olho por olho, dente por dente, se uma pessoa ferisse alguém, da mesma forma deveria ser ferida, como forma de se buscar equilíbrio entre as pessoas, visando imputar regras para a convivência em sociedade.

Infelizmente o homo sapiens, única espécie viva que apresenta o raciocínio, nem sempre se utiliza de sua capacidade cognitiva de modo sábio, talvez até porque tudo o que acontece é para seu aprimoramento e evolução e muitos de nossos erros podem servir de aprendizado e recomeço.

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Nos tempos remotos de Roma, os gladiadores entravam nas arenas com o intuito apenas de saírem vivos, pois somente o vencedor assim permaneceria, ou ainda as pessoas iam até as praças públicas para acompanharem as execuções de determinadas pessoas que teriam se desviado das regras de conduta.

Isso era programa de família e se perdurou por muito tempo, sendo aceito e incentivado pela sociedade.

A questão religiosa que atribuía alma somente aos homens, deixando as mulheres como excluídas da criação superior. Hoje percebemos que isto é inconcebível.

A escravidão, que transformava uma pessoa, pelo simples fato de sua raça, em mercadoria ou que justificava esta pessoa ser tratada de modo cruel e desumano.

Os inúmeros casos de verdades tidas por absolutas em determinadas épocas e que com o tempo foram sendo substituídas por novos conceitos.

A união de pessoas do mesmo sexo, tão combatida anteriormente e agora tão defendida e discutida nos dias de hoje.

Tudo isso e muito mais são prova de que o ser humano se modifica e modifica o ambiente em que vive, com isso faz com que a evolução caminhe no cotidiano de nossas vidas.

Com o passar dos tempos o homem foi entendendo que somos todos iguais e que portanto, o direito de cada um termina onde começa o do outro. Nem sempre isso acontece, mas buscamos fazer nossa parte.

As declarações de direitos humanos criaram princípios basilares para se resguardar o mínimo de respeito à 12

vida humana e diversas outras regras foram sendo aperfeiçoadas nesse sentido.

Desse modo, percebe-se que o que era certo e absoluto em determinado período, se modificou e novos costumes e pensamentos tomaram e tomam o lugar das antigas verdades absolutas.

Se você reler um livro que já tenha lido há algum tempo atrás, será um novo livro, pois você já não será mais a mesma pessoa nem tuas percepções serão as mesmas de outrora.

Assim é a vida, uma jornada de altos e baixos onde nós que somos personagens desta história fazemos com que tudo aconteça, seja para o lado construtivo ou para o lado destrutivo, mas sempre no sentido de mudanças.

Lado destrutivo porque da mesma forma que existem pessoas que buscam evolução, outras demonstram que ainda ostentam pensamentos e verdades já ultrapassadas, dotadas de individualidade e por vezes desproporcionais e cruéis.

Entretanto, mesmo esse lado destrutivo terá algo de positivo e na pior das hipóteses fica o aprendizado sobre o que não se deve fazer.

Por mais que encontremos cada vez mais pessoas buscando ajudar aos outros, sendo caridosas, realizando projetos sociais, se fortalecendo na fé, percebemos outras em contraposição, cada vez mais incrédulas, duvidosas, cruéis, ambiciosas, mentirosas e individualistas. Uma verdadeira mescla de intenções voltadas para o aprimoramento moral contracenando com personalidades desprovidas de evolução.

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Portanto, em vista dessa grande diferença de pensamentos é que aqueles que se conscientizam das situações e acontecimentos da humanidade e agem de forma diferente, de algum modo auxiliam a coletividade, com seus exemplos e podendo auxiliar os demais a também mudarem e a se conscientizarem dos novos tempos.

Às vezes podemos nem mesmo ter uma conclusão dentro de nossas mentes à respeito de certos assuntos, mas quando uma ideia ou conceito que nos é congruente aparece por meio de fatos ou de ações de outras pessoas, isso vai ser como uma