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Espiritualismo: uma busca pessoal
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E-book70 páginas59 minutos

Espiritualismo: uma busca pessoal

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Sobre este e-book

Porque levamos tanto tempo para redescobrir nossos verdadeiros destinos? Por que desperdiçamos tantos e tão preciosos anos de nossas vidas preocupados com os aspectos materiais de nossas existências, relegando o espiritual para um segundo plano? Com raríssimas exceções, esta história se repete para a maioria das pessoas, que tardiamente despertam suas consciências espirituais e pouco conseguem fazer para cumprir os destinos com os quais se comprometeram muito antes de sua chegada a este mundo.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento21 de abr. de 2023
ISBN9788568472132
Espiritualismo: uma busca pessoal

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    Espiritualismo - José Roberto Labinas de Oliveira

    CAPÍTULO I

    VIRANDO A MESA

    Tenho visto com grande frequência pessoas mudarem completamente suas vidas pessoais e profissionais após atingirem certa idade. Deixam seus empregos ou mudam de profissão, voltam a estudar, mudam-se para uma cidade menor, adotam novos hábitos de consumo, desenvolvem interesse por temas filosóficos, religiosos ou místicos, abraçam causas humanitárias, ambientais ou sociais, divorciam-se, assumem sua homossexualidade etc. Quando isso ocorre, quase sempre abdicam de um status quo que até então lhes era muito importante e que perseguiram com afinco: carreira profissional, dinheiro, padrão de vida, símbolos de status, posição social, amigos, casamento, valores. Não foram obrigadas a fazer essas mudanças, como quem perde seu emprego e não consegue se recolocar no mercado de trabalho, ou é abandonado pelo cônjuge, ou ainda passa por dificuldades financeiras. Fazem isso de forma espontânea e sem motivo aparente, apesar de terem uma vida cheia de realizações e sucesso.

    Quais são suas motivações? O que buscam encontrar quando viram a mesa? Se lhes perguntássemos, provavelmente ouviríamos tantas respostas diferentes quantos fossem os entrevistados: sossego, tranquilidade, qualidade de vida, realização pessoal, satisfação, paz interior... Mas, independentemente da motivação, todos estão passando por um processo de autoconhecimento, entrando em contato com suas verdadeiras emoções, questionando suas escolhas feitas até o momento e os reais motivos que os levaram a fazer essas escolhas. Começam a desmascarar-se, a detectar seus defeitos que mais incomodam, e que os induziram às decisões erradas que tomaram até ali. É um processo de ampliação da consciência para além da dimensão material conhecida e erroneamente aceita como única.

    Passei por isso há poucos anos e hoje olho para trás e vejo aquela primeira fase da vida quase como uma encarnação passada, tal a distância que leva de quem sou hoje. Tenho muito mais certeza do que fazer, de como agir, mais clareza de quem eu sou, de minhas fraquezas e fortalezas, limitações e capacidades. Não tenho dúvidas de como devo viver a vida daqui para frente, ou o que me resta dela. Se considerar que a expectativa de vida do homem moderno é próxima de 75 anos, estou iniciando agora o terço final de minha existência, a fase que mais assusta o ser humano: redução do ritmo, aposentadoria, decrepitude, inatividade, doença, morte. Mas, ao contrário do que pensava que iria acontecer quando esse momento chegasse, sinto-me no início de uma nova, e espero que ainda longa, caminhada.

    Por que levamos tanto tempo para redescobrir nossos verdadeiros destinos? Por que desperdiçamos tantos e tão preciosos anos de nossas vidas preocupados somente com os aspectos materiais de nossas existências, relegando o espiritual para um segundo plano, quando muito? É inevitável imaginar como seria minha vida hoje se tivesse conseguido ampliar minha consciência há muito mais tempo, desde a juventude, atravessando a fase produtiva da vida com muito mais equilíbrio entre o material e o espiritual, e abraçando meu destino desde cedo. Quanto já não poderia ter feito em benefício dos outros e de mim mesmo?

    Com raríssimas exceções, esta história se repete para a maioria das pessoas, que tardiamente despertam suas consciências espirituais e pouco conseguem fazer para cumprir os destinos com os quais se comprometeram muito antes de sua chegada neste mundo.

    E por que isso acontece? Será que Deus não quer que seus filhos rapidamente amadureçam e se tornem seres melhores e mais felizes? Claro que sim! Afinal, que pai não deseja a felicidade de seus filhos? No entanto, nosso amadurecimento moral e espiritual somente se dá por nosso próprio esforço, vontade e persistência. Essa é a lei da evolução, que se repete em cada ser vivo, em cada canto da natureza, e que determina o progresso de uns e o atraso de outros.

    Vários são os desafios que temos de vencer desde o momento em que nascemos e que terminam por nos desviar da rota original. A começar pela nossa própria inexperiência espiritual. Somos espíritos jovens, a maioria vivendo ainda sua infância astral, e, como crianças, não conseguimos pensar além da encarnação atual. Somos imediatistas, não trocamos o prazer passageiro que podemos ter agora por uma recompensa duradoura que poderíamos receber no futuro. Aliás, o futuro espiritual faz tanto sentido para nós quanto falar do amanhã para uma criança de cinco anos.

    Como crianças que somos, nos comportamos como tal. Somos egoístas e inseguros, o que torna nosso convívio social muito mais difícil, desviando nossa atenção do que é realmente importante. Como resultado, não conseguimos passar pelas provas a que nos submetemos, prejudicando nosso aprendizado e atrasando nosso progresso.

    Para dificultar a experiência terrena, nosso corpo é material demais. Vivemos em um mundo físico feito de matéria extremamente densa, que gera um magnetismo quase irresistível sobre nossa vontade e nossas emoções, embota nossos sentidos, restringe nossas capacidades essenciais e desvia nossa atenção daquilo que é primordial: nosso

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