O Céu Não É Azul

De Beatriz F

História de uma fadinha perdida. Ou talvez encontrada. Ou talvez apenas uma fada. Ou talvez, só talvez, confusa. Nota do autor: Esse Romance trata-se de uma Fada que de forma misteriosa, aparece em um deserto. Mais incrível ainda é encontrar um Humano para a acompanhar nessa jornada. A Fada quer contar sua história e o Humano ouvi-la. Não estamos sozinhos no universo e não somos os únicos orgulhosos e metidos entre as estrelas.... Aurora_Camilo, leitora do wattpad: Desses que deixam o doce da infância na boca e o azedo da maturidade também. Lido desatentamente é apenas a estoria de uma fada e blá blá blá, mas a estória nas entrelinhas tem tanto significado, tanto a ensinar. Lembra O pequeno príncipe de Saint-Exupéry que nos faz parar no meio da leitura e pensar mais sobre o assunto. —Splash!!!— Rogério Pereira, editor do Jornal Rascunho: Seu texto tem bom ritmo. E boas escolhas de imagens. Gosto disso: E tão frio que até o vento treme os dentes. Tão, tão frio que o ar assobia mesmo sabendo que assobiar de noite é pecado.

• Idioma: Português
• Editora: Clube de Autores
• Data de lançamento: 29 de mai. de 2019

Pré-visualização do livro

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 O Céu Não É Azul

Beatriz F. Santos

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 S237    SANTOS, Beatriz Ferreira dos

              O Céu não é Azul / Beatriz Ferreira dos Santos – Terra Boa, PR : Clube de Autores, 2018. 

            Offset 75g . 90 p

            1 -  Conto 2 - Romance 3 – Fantasia 4 - Infantil

1. Título

Sumário

Dedicatória

Humano Invisivel

Planeta das Fadas

A Fada que não vê o Humano

Seu Amigo Rouxinol Milanês

O Amanhecer no Deserto

Despedida

Tudo Bem

Pássarios Migratórias

Sr. Silêncio

Trevo no Deserto

Cachorro Pincher Gigante

O Tagarela

O Casamento da Lebre

O Humano

Últimos Planetas

O Juiz

Planeta Terra

O Holandes e as Flores

O Vigia

Quieto e Sozinho

A Aranha

A Famosa

O Homem e o Dinheiro

A Pena e a Pedra

A Tesoura

A Chuva

O Urso

Asas em um Deserto

Júpiter e Plutão Alinhados

De Autor à Leitor

DEDICATÓRIA

Obrigada a todos aqueles que sempre existiram e sempre fizeram parte dessa história. Vocês foram quem a tornou real.

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 Humano Invisível

Estava tudo escuro. Uma brisa fria passava sobre seus braços fazendo com que seus pelos se arrepiassem.

Passarinho quando está com frio voa para o ninho quentinho. Mas para a garota não era assim. Ali era um ninho, sufocante, frio. Talvez porque estava sozinha. Ou pelo menos achava que estava.

Ela colocou as pernas dentro dos braços e roçou os pelos com a ponta dos dedos.

Ali era um deserto para os que não estão sabendo. E estava escuro porque era de noite. 

Você já viu um deserto à noite? O pouco que se vê é por causa da lua. E tão frio que até o vento treme os dentes. Tão, tão frio que o ar assobia mesmo sabendo que assobiar de noite é pecado.

Chama cobra.

E cobra é uma das coisas que mais tem num deserto.

Odeio isso, ela falou para si mesma, preferia estar com o rouxinol milanês.

Ah! Ele sim era um bom amigo, era tão engraçado e talentoso pra dança. Na verdade se hoje tem pão na Terra graças ao bichinho.

Ela havia acabado de conseguir fazer uma fogueira. Prendeu os cabelos pretos num rabo.

A vida havia sido muito injusta com ela, mas ela também nunca foi muito justa quando se tratava da vida.

Como sei dessa história? Simplesmente sei e talvez, eu tenha sido a garota triste numa caverna dentro do deserto com areia nos dedos dos pés.

A garota começou a cantar uma música da qual não se lembrava bem.

Zing zing zing

Eram as cordas do meu coração.

Zing zing zing

Era um gato siamês.

Ou seria francês? perguntou para o nada.

Zing zing zing

Eram as cordas do meu coração.

Zing zing zing

Era um gato francês.

Ou será que era rato francês? Siamês? perguntou novamente.

Com certeza não é rato siamês, acreditava.

E se não fosse um gato?

E se não fosse um rato?

Hipopótamo?

A