Estranhos
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Estranhos - Ricardo Gonçalves
ESTRANHOS
Peça escrita em novembro de 2022, por Ricardo Gonçalves Santos de Barros.
SUMÁRIO
PERSONAGENS..........................................................4
PRÓLOGO....................................................................5
ATO I..............................................................................6
ATO II.............................................................................16
ATO III............................................................................25
ATO IV............................................................................36
EPÍLOGO.......................................................................44
PERSONAGENS
Rafael – bancário. Casado com Maria.
Maria – professora. Casada com Rafael.
Pedro – amigo próximo de Rafael.
Paula – colega de trabalho de Maria.
Félix – colega de trabalho de Rafael.
Cigana – personagem que passa por Maria na rua e reaparece mais tarde.
PRÓLOGO
(Quarto dos personagens. Cama de casal. Maria dorme. Rafael, agitado, reflete enquanto tenta adormecer. Ao canto da cama, um pequeno móvel com um abajur e um livro de bolso. Ao lado de Rafael, uma cadeira com algumas roupas atiradas em cima).
Rafael (sussurrando) – O silêncio destes momentos me sufoca, me coloca diante do abismo. Divido lençóis, travesseiros, colchão, cobertores, cama, quarto e casa com alguém que, talvez, tenha se esquecido de dividir comigo a própria vida... os sons dos carros e motos no passeio, raros e solitários a estas horas da madrugada, cruzam o vazio como sirenes me chamando para fora. Mas como?
[ADORMECE. O DIA CLAREIA]
Maria (despertando) – estiveste tão agitado esta noite.
Rafael (despertando) – me doem as costas. Nenhuma posição é confortável.
Maria – deverias já ter ido procurar um médico.
Rafael – de acordo. Que hora é agora?
Maria – Sete e quinze.
Rafael – já nos atrasamos. Vamos.
(Saem)
ATO I
CENA I
(Cozinha de um apartamento justo de classe média, organizada e limpa, porém um pouco abarrotada. Pia e armários tomam a maior parte do espaço. Uma mesa de canto, com três assentos, contém alguns pães e xícaras vazias. Maria faz café e Rafael retorna do banheiro).
Rafael (à parte) – quanto de mim tenho sacrificado por isto?
Maria – que disseste?
Rafael – nada. Tem sido um suplício diário adormecer com esta dor me corroendo as costas. Talvez, de fato, devesse buscar um médico. Ignoro qual a especialidade, mas deveria buscar um médico.
Maria – bom, seguimos com nossas vidas com as dores ou sem elas. Não nascemos dotados da possibilidade de ficar em casa por qualquer motivo, certo?
Rafael – porém, me pergunto qual o verdadeiro preço disto. Ao cabo de uma vida, quantos dias, meses ou anos de vida os males varridos para baixo dos tapetes tomam de nós em troca daquilo que chamamos de seguir em frente
. Tão fácil falar em resiliência do alto de um salário confortável e uma carreira estável...
Maria – também seguimos em frente diante de nossas revoltas. Como diz a música? Ainda somos os mesmos e vivemos como nossos pais
.
Rafael – referências musicais a esta hora da manhã, quando ainda tento fazer com que meu cérebro assimile que há um mundo ao redor dele. Que bom.
Maria – poderia passar sem este sarcasmo barato, para ser sincera. Já me atraso. Devo estar na escola às nove. Não se esqueça de buscar meus