Há sempre luar em noites de escuridão
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Sobre este e-book
Escolhas foram feitas e, com elas, vieram a alegria da superação, a dor da separação, a lembrança de uma grande paixão.
Amou uma única vez de corpo e alma, mas nenhum amor ficou.
“Se fosse amor, seria de pouca dura, se fosse paixão, seria de momento.
Como é vida, apenas é rotina tremida de medos e frustrações.”
Beatriz L. Moura nasceu em Marco de Canaveses em setembro de 1991.
Fez o liceu na área de Humanidades, entrou no curso de Filosofia da Faculdade de Letras do Porto, mas, por motivos económicos, nunca chegou a frequentá-lo.
Trabalhou como lojista durante dois anos, aprendendo a comunicar-se com o público e a gostar dos cuidados de beleza. Sonhava emigrar e assim foi: aos 23 anos, apanhou o avião e aventurou-se, durante três anos, na profissão de camareira de quartos e no serviço de pequenos-almoços além-fronteiras. Após três anos, voltou a Portugal para ser empregada de mesa num restaurante. Passado um ano, voltou a abrir a porta de um avião para tornar à hotelaria, profissão que tem mantido nos últimos quatro anos.
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Há sempre luar em noites de escuridão - Beatriz L. Moura
17/05/2013
Nem sempre é fácil virar a nossa vida do avesso, nem sempre é fácil começar de novo, nem sempre é certo abdicar de uma vida em função de uma outra. Será que correr atrás de um objetivo é sempre atitude certa? Será que deixar coisas, pessoas, vivências para trás é o mais correto? Será que, na realidade, ao correr atrás dos nossos objetivos, o resultado final será o que esperamos e pelo qual lutamos, será que vale mesmo a pena?
21/05/2013
Eu nem sabia desta sensação, nem imaginava o que seria até o dia em que minha vida ficou sem ti nela. Como se começa tudo do avesso, tudo ao contrário, um acaso de uma estrada, um achado no meio do caminho, foi assim, eu e tu, inesperado, violento. Nós éramos ódio de paixão. Olhar seus olhos, ver a tremer esse brilho que não sei explicar, mas ao mesmo tempo o reprovar de atitudes que tinhas, eloquentes, irresponsáveis. Eu não sabia o que acontecia, mas eu te odiava, eu odiava teu jeito de mostrar a vaidade, odiava saber que te queria perto. E agora?! E nesse momento… não entendo como aconteceu, mas a gente deixou o ódio nos unir, deixei meu olhar fazer o seu brilhar, e suas piadas e jogadas cada vez nos aproximava mais, eu não sei, não entendo, até essa necessidade de te ter, estar presente a todo o momento… A praia que era só nossa, a casa que fingimos ter, a ligação que nenhum entende, mas que existe. Até que fomos ficando mais próximos e esse amor, que tanto nos unia, também nos afastava porque tornava-se irracional, instintivo, agir somente na hora sem pensar… Nossa primeira noite de amor, nossa primeira aventura e nossa afinidade... Era tudo tão diferente, de tudo o que cada um tinha vivida ou imaginara viver, uma paixão quente e ardente que o ar que respiro só não chega para acalmar meu peito que, só no teu peito moreno, eu posso sossegar. Não entendo, algo sem limites, como se cada vez tivesse que ter outra vez e que, a seguir, mais outra e outra… E não mais me esqueço dessa noite longa em que teu olhar negro invadiu o meu e teus lábios me falaram do teu coração. Eu quase enlouqueci de amor e de medo, só porque não queria que fosse um sonho e eu, logo de seguida, tivesse de acordar. Mas não ia porque era real, era verdade, nosso amor foi inexplicável, que jamais acabou, mesmo com os nossos corpos a se separem, nossas almas estarão sempre juntas porque eu te amo. Nossos rumos foram opostos, eu fui para um porto seguro e tu procuraste um mundo diferente, mas, mesmo longe, a nossa paixão continuará para sempre, porque eu te amo três metros acima do céu!
02/06/2013
Talvez não seja assim tão difícil mudar de vida, talvez não seja assim tão difícil encarar um novo desafio, um novo rumo, talvez não seja assim tão difícil viver uma vida sozinha, mesmo que rodeada de gente. O difícil é seguir sem ti, o difícil é mudar de vida e deixar-te para trás, difícil é estar acompanhada e sentir-me sozinha, é falar e não ser compreendida, é lembrar porque você não está. Difícil é isso: é amar negando um amor, difícil é amar de longe, difícil é matar a saudade que bate no peito todo o fim de tarde, difícil é querer-te e não poder te ter. Difícil é escolher entre dois certos. Difícil é identificar o que é de verdade o amor. Não fazemos ideia de quantas atitudes tomamos de erradas e corretas, não fazemos ideia de como seguimos o plano, não fazemos ideia se estamos agindo bem nem fazemos ideia do que, muitas vezes, falar nas horas em que há muito para dizer e nem sabemos por onde começar, ou então não há nada para dizer e nós queremos dizer tanto. É estranho, sentir a felicidade ao mesmo tempo que a tristeza, é estranho sentir amor e ódio ao mesmo tempo. Mas, na verdade, toda a estranheza que nos invade é um sinónimo de mudanças e de rumos diferenciados, cujas ações e atitudes são reflexo de pensamentos e emoções momentâneas. Se amo de mais, as ações serão repentinas, se odeio, as ações são rápidas, mas já antes planeadas. É difícil, muitas vezes, escolher se será amor ou ódio. Mas só na mistura dos dois pode existir, com uma essência mais sólida e duradoura, porque não vai ser difícil ficar, difícil é partir odiando ir porque amamos o que sentimos naquele momento. E, se na dificuldade das coisas, existir um pouco de amor e ódio, certamente, é porque sabemos que estamos mais certos do que errados.
09/06/2013
Quantas recordações, quantas memórias já com falhas. Passos e passos dados em volta do mesmo, quantas lágrimas já caíram. Experiências falhadas, vivências enriquecedoras, ideais que caíram por terra, sonhos que ficaram longe, pessoas que nos falham, outras que nos faltam. Num ciclo nada certo, a vida corre, gira, dança, brinca com um pensamento com um coração humano. Desilusões e ilusões são passado e presente de uma longa vida, nada é fácil, mas também nem sempre impossível. São olhares e momentos de reflexão que me puxam para a lucidez de uma alma cheia de tormentos, não procuro um lugar certo, nem agradar a todos, agradar a quem avalio ser capaz de me entender, e todos os outros nem sequer me preocupa, quanto mais me odeiam, mais eu melhoro e me realizo, porque quanto mais me desdenham, mais eu estou perto do que busco. Perco-me em muitos pensamentos, em muitas decisões, em muitos lugares, perco-me mesmo quando me procuro, não é fácil ser um ser humano, não é fácil amar sempre e de forma incondicional ou verdadeira, não é fácil sempre odiar, nem sempre é fácil porque nesta tal vida de cenas incompletas onde nem sempre o final é feliz e, muitas vezes, para não se chorar no fim da cena, fazemos das tripas coração
buscando o tal sorriso doce e leve que demonstra ao público a felicidade trabalhada e falsa que tanto nos custa representar. Tal como no teatro, na novela ou no cinema, cada ator pode vir a representar vários papéis que, na realidade da vida, somos obrigados a interpretá-los sem que nos paguem ao fim do mês, só porque a sociedade e todo o núcleo de pessoas que nos rodeiam estão infestadas por vírus maléficos que não lhes permitem ver o outro num estado saudável e puro.
Quanto mais vivências, mais papéis e personalidades criamos, porque a adaptação humana ao meio é cada vez maior e também cada vez mais falsa. Numa guerra de luva branca em que todos podem e, ao mesmo tempo, ninguém deve, a certeza de que, se não matamos, somos mortos, ou se não fugimos, somos apanhados, o mérito é daquele que maior versatilidade tiver para se disfarçar e manipular a impressão que o outro vai ter de nós. Somos humanos, pela carne e osso que nos constitui, porque somos completos animais selvagens no que respeita ao sentimento e aos valores que constituíam o ser humano racional.
17/06/2013
Era noite e, em mil pensamentos, minha mente se perdia: como tanta coisa mudara em tão pouco tempo, como tantas coisas aconteceram em tão poucos meses, tanta gente que perdi, outras tantas que já encontrei, sorrisos que já mostrei, tantas lágrimas que já escondi e, hoje, aqui eu vejo que de nada me arrependo. Nos caminhos que escolhemos, nada é cem por cento certo, nas opções que tomamos, a responsabilidade é sempre nossa, mas de nada me arrependo. Eu não escolhi metade da minha vida, mas escolhi ter uma vida que fosse só minha. Então hoje, com tantos erros e acertos, eu viajo até longe para repensar em novas metas. Eu já não quero o mesmo que, há um tempo atrás, seria meu sorriso, hoje quero mais alguma coisa, algo que pode ser visto que me possa fazer feliz hoje, amanhã e sempre. No coração, bate uma saudade, mas também uma ânsia de algo novo, hoje bate em meu peito, um novo rumo, que não sei onde me leva nem o que me traz, hoje busco, em outros, as minhas prioridades. Não quero apenas algo mais para minha vida, quero apenas, na minha vida, algo que sacie minha sede, minha fome, minha alegria. Então, a noite escura me observa na minha confusão de pensamentos e, aos poucos, leva-me para um lugar sossegado. Então, o céu vai poder clarear, a lua se mover, o sol aparecer que eu vou ter a certeza de que este é meu lugar, meu refúgio, meu alento e minha felicidade, para isso, basta eu e você nesse lugar onde tudo vai acontecer.
18/06/2013
Há tempo que não esboço um sorriso mais terno mais sonhador ou até mais apaixonante. Então as luzes do alto, que sobem até ao cimo da torre, iluminam minha rua e, toda a minha noite, cintilam intensamente e, pelo meu corpo, corre a vontade de levantar e caminhar por toda a noite em direção a ti até te encontrar de novo e rever esse sorriso escondido e esse jeito de olhar disfarçado, ouvir de novo sua voz e, muito lentamente, processar suas últimas palavras. É como uma bomba de alegria, misturada com adrenalina, que rebenta dentro dos nossos corpos e a nossa vontade de esboçar sorrisos é imediata e natural como se estivéssemos em algum programa de animação social onde o objetivo é fazer o público rir. Bem, não é porque todo o momento é pequeno de mais para tal, mas seu jeito tímido e reservado desperta minha sede do desconhecido então, em passos vagarosos, eu me aproximo aos poucos e quando eu, bem perto estiver, aí eu vou provar desse sangue fresco de verão que se move nas entranhas do seu corpo revestido numa pele morena que brilha num fim de tarde debaixo de uma água límpida e cristalina que corre seu corpo, matando-me de inveja por eu não ser a água que corre nessa pele, por não ser a mão que penteia teu cabelo e por nem ser a toalha que seca esse corpo. Mas, talvez, eu ainda possa ser algo mais, talvez eu ainda te possa levar para casa, tirar tua roupa, deitar a teu lado e aí… aí a porta se fecha, os estros descem e a noite, por fim, chega… e amanhã será um novo dia, no qual eu talvez acorde com a mesma frase com que adormeço… beautiful body and other things.
22/06/2013
Descobri, eu quero você aqui, quero dar minha mão na sua, eu quero ir nesse ritmo, encostar meu corpo no seu e deixar o ritmo nos levar. Quero sentir suas mãos em minha cintura, quero ter sua respiração em meu ouvido. E seguir o resto do dia e da noite no ritmo que nos envolve. Eu quero ir contigo a todo lado, de mão dada passear, colar minha boca na tua e alimentar esse fogo que cresce nos nossos corpos, levar minha vida na tua, sentir tua presença em tua ausência, ter teu olhar brilhando toda a manhã olhando para mim e, assim, seguir no ritmo que nos envolve. Ir ao concerto na praia, ir ao café da rua ao lado, ir ao hotel de sempre, ir ver o nascer do sol todas as manhãs, perlongar as noites de luar sempre e seguir nesse ritmo. Ouvir essa nossa canção todo o dia, sentir a batida, a todo o instante, por isso, eu te quero em minha vida, porque só tu me trazes o ritmo que eu preciso, a vontade que eu necessito, a força que eu desconheço. E toda noite eu quero encontrar-me contigo e, de mãos dadas, descer e subir a rua, andar no trem na cidade ao lado e ver a montanha em todos os lados, sentir o vento e, em meu rosto, ouvir a música a noite toda e,