O conceito de perfectibilidade na pedagogia de Jean-Jacques Rousseau
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Rousseau diz: "[...] dos primeiros movimentos do coração erguem-se as primeiras vozes da consciência, e como nascem as primeiras noções do bem e do mal dos sentimentos de amor e de ódio; mostraria que justiça e bondade não são apenas palavras abstratas, meros seres morais formados pelo entendimento, mas verdadeiras afecções da alma iluminadas pela razão." (ROUSSEAU, 1995, p. 309).
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O conceito de perfectibilidade na pedagogia de Jean-Jacques Rousseau - Ana Lúcia Koga
1. O CONCEITO DE PERFECTIBILIDADE DE JEAN-JACQUES ROUSSEAU
Na Europa do século XVIII, encontramos o auge da cultura, que no formato em que conhecemos, havia iniciado com o movimento Renascentista. Pelo humanismo do Iluminismo
, fazia imperar o domínio da vida intelectual e da política. Havia uma supervalorização do racional como instrumento capaz de estabelecer a ordem social. Esse século XVIII, denominado "Século das Luzes", foi permeado por movimento germinado e constituído ao longo de um período que iniciou no Século XV, época essa que, pela importância do deslocamento, por convenção, intitula-se Modernidade. Não podemos deixar de informar que, nesse período, confluíam o domínio do poder feudal, da nobreza e do clero, e em oposição a esses, estão os filósofos e os estudiosos das ciências e das artes da época.
Cassirer (1996), na introdução do seu trabalho intitulado A filosofia do Iluminismo
, serve-se dos pensamentos de D’Alembert. Este filósofo, em seus estudos dos Elementos de filosofia, delineou o cenário do espírito humano dos meados do século XVIII, informou-nos que cada etapa do século foi marcada por uma transformação na cultura ocidental. Iniciou-se, então, nos meados do século XV com o movimento literário e intelectual da Renascença e, na metade do século XVI, a reforma religiosa encontra-se no ápice. No século XVII, alcançou-se uma revolução radical na perspectiva mundial, despertada pelo triunfo da filosofia cartesiana (p. 19). Tais experiências foram plasmando-se lentamente nas estruturas da consciência moderna, porém, com profundidade.
Após um longo período de obscurantismo, o homem que fora subjugado sob diversas formas de poder – seja por dogmas religiosos, seja por qualquer modelo de despotismo – começou a perceber seu valor. O movimento de ampliação significa o triunfo da razão. Mas, em que constituiu esse triunfo? Três campos de ação humana foram afetados pela Filosofia das Luzes (Aufklärung): as artes, as ciências e a técnica. Cada uma dessas esferas teve como incumbência pôr-se ao préstimo do progresso e da felicidade da humanidade, ou seja, os protagonistas desse século acreditavam que para alcançar os objetivos de resgatar o humano e direcionar os progressos do homem para o seu bem-estar poderiam ser realizados por meio de sua racionalidade.
Consequentemente, alinhada a razão humana com a ideia de transformação, segundo Gauthier e Tardif (2014) nos informam, os pensamentos de renovação das ideias da época, costumeiramente, diferenciaram-se basicamente em três correntes: o movimento humanista, a reforma religiosa, o pensamento científico e técnico. A primeira espelha o desempenho de redescobrimento da Antiguidade greco-romana; a segunda leva à Reforma Protestante, a qual corresponde à Contrarreforma Católica e o último conduz ao desenvolvimento dos saberes técnicos e científicos (p. 78). De acordo com Cambi (1999), o século XVIII foi denominado como o período de laicização educativa e racionalismo pedagógico. Neste, os três elementos citados pelos primeiros autores também estão presentes.
A partir das tendências ou acontecimentos citados acima, aparecem os princípios de uma percepção subjetivista. No Renascimento e nos sistemas pós-renascentistas, ocorre o direcionamento para um idealismo subjetivo, em que predominam a metafísica e o dogmatismo. Na Inglaterra, seguiu-se ao empirismo e ao relativismo (XIRAU, 2016, p. 11). Rousseau objetivou ampliar esses dois estudos na argumentação e prática de sua doutrina, mas, ao tencionar alcançar esse fim, alguns pesquisadores o interpretaram desde uma ideia contrária à questão central desse deslocamento (XIRAU, 2016, P. 11)). Iniciam-se, assim, as controvérsias entre seus colegas