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Estilo Ageless: Histórias da mulher +
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E-book224 páginas2 horas

Estilo Ageless: Histórias da mulher +

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Sobre este e-book

O livro fala da mulher madura, as 40+, 45+, 50+, que reescrevem a história conquistando seu espaço no mundo e abrindo portas que nem sabiam que existiam. Fala sobre a mulher que alcançou prestígio e independência financeira, liberdade sobre seu corpo, e é dona da sua vida, mas, agora que não precisa provar nada para ninguém, está buscando maior equilíbrio na vida e nas relações afetivas. Essa mulher não quer mais carregar o mundo nas costas. Ela quer dividir tarefas e responsabilidades e definir novos papéis. Ela sabe que pode até ser sozinha, então quer mais dos seus companheiros. Quer ser amada e quer ser feliz. O livro relata os caminhos percorridos por essa mulher. As dores e amores vividos. As dificuldades enfrentadas. Fala de mulheres fortes e suas fragilidades. De seus sonhos e objetivos. E do preço que deve ser pago para alcançá-los. São retratos da mulher que está novamente reescrevendo sua história.
IdiomaPortuguês
EditoraViseu
Data de lançamento23 de jan. de 2023
ISBN9786525439266
Estilo Ageless: Histórias da mulher +

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    Pré-visualização do livro

    Estilo Ageless - Eliane Bodart

    Prefácio

    Eliane traz em Mulher + um presente para nós, mulheres, que somos mais até demais.

    Eu sou uma leitora de carteirinha, não passo sequer um dia da minha vida sem ler algumas páginas, mas tem dias que penso: Hoje eu precisava conversar com alguém e logo esse sentimento passa, é algo que acontece com quem se distancia da multidão e, mesmo um pouco distante da massa, existe um elemento que conecta todos nós: uma boa história.

    Tenho uma vasta experiência quando o assunto é desenvolvimento humano e posso garantir que este é um livro para você pegar um bom café, colocar um pijama e ler na sala, ou na espera de um voo importante, ou ao acordar depois da sua rotina matinal.

    Quando comecei a degustar as páginas desse presente, pensei: Nossa, parece que a Eliane me conhece. Comecei me identificando com a linha esquisita que se autoavalia e fiquei surpresa sobre como ela pode se conectar a mim pelas suas histórias, não só pessoais, mas as histórias das pessoas que passaram por este livro. E sim, eu me sinto totalmente fora dos padrões de uma mulher mais, talvez isso tenha me feito refletir o quanto sou conectada ao todo.

    Fiquei reflexiva. Ao longo da minha carreira, trabalho com inúmeras mulheres, de todos os tipos, mulheres fortes, mães, filhas, mulheres órfãs, com famílias grandes, mulheres abusadas, casadas, solteiras, divorciadas, sem rótulos. Eu ajudo mulheres todos os dias e pude perceber o quanto os olhos de Eliane são encantadores ao se tratar de como ilustrar a vida de alguém, pude ver aos olhos dela a vida se revelando através dessas histórias.

    Eliane tem um tom engraçado e peculiar de desenrolar as inúmeras situações da sua própria vida e da vida de diversas pessoas que passaram por ela ao longo da sua trajetória profissional e pessoal.

    Confesso que fiquei honrada em ser convidada para participar desse projeto, pois, além de ser uma grande responsabilidade falar sobre o trabalho de alguém profissionalmente, tenho um grande compromisso quando o quesito é avaliação e julgamento. E foi ao longo dessa jornada entre começar a ler o Mulher + e começar a escrever que me afeiçoei não só a Eliane, pois já tem minha admiração por ser uma aluna aplicadíssima e um ser humano incrível, mas me afeiçoei às histórias dela.

    Aos poucos fui conhecendo cada personagem dessas páginas e foi como se cada um deles tivesse uma conexão comigo, eles começaram a ganhar vida dentro de mim, e o motivo foi por uma das características que mais me chamou atenção: a leveza de como essas histórias são contadas. Foi como se eu conhecesse uma grande amiga que, de vez em quando, te chama à consciência para dizer-lhe que você não está sozinha, existe sempre alguém pior e alguém melhor, é a lei. Por favor!, dizia ela. Menos, bem menos. Vamos tomar um café que vou te contar umas histórias que vão ajudá-la a elucidar melhor umas coisinhas aí na sua cabeça.

    Mulher + é um clássico de histórias bem contadas e bem construídas por uma mulher muito mais com M maiúsculo, com sua sutileza, perspicácia e olhar generoso sobre o ser humano, fez com que, entre inúmeros projetos, pudesse apreciar um bom livro sem que ele se tornasse algo pesado, foi como se eu saísse com uma amiga todos os dias.

    Gosto de livros assim, que você começa e termina no mesmo dia. Não que você vai fazer isso com este, mas você vai saber o fim da história nos minutos seguintes. E isso traz um sentimento muito reconfortante para quem tem a produtividade como ponto na sua linha do tempo.

    Toda mulher deveria ler este livro, aliás, todas as mulheres deveriam se unir, assim como Eliane nos propõe em diversas vezes nestas páginas, para lembrar sempre que, sim, é possível ser uma mulher muito mais sendo você mesma.

    Divirtam-se com as Luana’s, Leticia’s, Anna`s e Eliane’s que existem neste livro.

    Anna Neves

    Especialista em Desenvolvimento Humano e

    criadora da Profissão Master Love

    Apresentação

    O que é Estilo Ageless? É a forma de viver da mulher + mais.

    Quem é a mulher + mais?

    É a mulher quarenta + mais, quarenta e cinco +mais, cinquenta +mais.

    A mulher madura e independente, que conquistou seu lugar no mundo, sabe do seu potencial e agora quer mais de suas relações afetivas e amorosas.

    Essa mulher não tem modelos ou exemplos a seguir. Suas mães e avós viveram outros tempos. O mundo mudou e mudou de novo, em um curto espaço de tempo.

    A internet, as redes sociais e a pandemia da COVID-19 provocaram revoluções e essa mulher precisou se adaptar, aprender, se modificar.

    Nós estamos abrindo caminhos e hoje invadimos diversos redutos antes destinados exclusivamente aos homens. Isso não significa que queremos o seu papel. Mas que podemos caminhar lado a lado na construção de um mundo igualitário e melhor, para ambos.

    As relações amorosas foram fortemente influenciadas. Essas mulheres não se submetem a relações ruins ou insatisfatórias, porque não são mais dependentes financeiramente de seus companheiros e não ligam para a opinião da sociedade. Amam-se de tal forma que aprenderam até a serem sozinhas.

    Essa mulher, no entanto, continua exercendo os papéis que lhe eram reservados, de esposa, mãe, filha, dona de casa. Muitas vezes elas são a provedora, a profissional, a amante, o centro de tudo.

    Mesmo para uma mulher poderosa, é muita coisa.

    Está na hora de revermos esses papéis. De dividirmos encargos, de identificarmos os limites, de nos conhecermos melhor e buscarmos prazer e satisfação, além do reconhecimento e admiração.

    Infelizmente, ainda há muito a conquistar. Existem mulheres que continuam sendo tratadas como propriedades dos pais, das famílias e dos maridos. Mulheres que são privadas de dirigir, de mostrar seus rostos, de ter prazer físico por mutilações e, horror dos horrores, de estudar.

    O número de mulheres agredidas física e psicologicamente por seus companheiros, de mulheres mortas por eles, é inadmissível.

    Mas vejo que todas temos mais consciência de nossos direitos. Alcançamos muitos, mas o caminho é longo e todos os dias nos deparamos com preconceito, discriminação ou a mais pura falta de educação.

    Essa mulher tem enfrentado com elegância todos os percalços do caminho.

    Trago, neste livro, histórias dessas mulheres. Suas conquistas, suas derrotas, seus amores e desamores.

    Porque se engana quem pensa que ela quer ficar sozinha. Toda mulher quer ser amada. Toda mulher quer ser feliz. Toda mulher é meio Leila Diniz¹.

    A Autora


    1 Todas as mulheres do mundo. Rita Lee

    A juíza

    Embora muitos pensem que você vira juíza, na realidade você se torna juíza com anos de estudo, dedicação exclusiva e isolamento. No meu caso, que sempre trabalhei, as horas para estudo eram escassas, então avançava madrugadas, feriados e fins de semana. Depois disso se presta um concurso demorado e concorrido por milhares de pessoas com formação igual à sua e só então você ingressa na carreira da magistratura.

    Então enquanto as pessoas de vinte e poucos anos saíam, brincavam, viajavam e namoravam, eu estudava.

    Essa foi a minha opção, ser magistrada bandeirante, com muito orgulho. Essa profissão me deu muita coisa na vida. Até meu marido eu conheci por causa dela. Fiz amizades de uma vida, aprendi a olhar o ser humano e ver suas dores, conquistei bens materiais, pude ajudar muita gente.

    Mas me tirou muito também. Saúde, o convívio com meus familiares, momentos com meus filhos, paz de espírito. Trouxe conflitos inúmeros, diversos e quase diários.

    Olhando para trás, se você me perguntar se eu faria tudo de novo, fico feliz de não ter o poder de voltar no tempo.

    A aposentadoria

    Quando me aposentei, em agosto de 2019, por ainda ser jovem (apesar de ter trabalhado por trinta e cinco anos), as pessoas me perguntavam:

    — E o que você vai fazer agora? Vai dar aulas, vai advogar?

    E eu, convicta, respondia:

    — Não vou fazer nada!

    Para espanto geral da nação.

    Meu ciclo com o Direito estava encerrado. Tanto que dei praticamente todos os meus livros, com raríssimas exceções afetivas.

    Um dia juíza de direito, assinando Defiro, prendo, faço e aconteço, fica difícil assinar Solicito e requeiro.

    Admiro demais os mestres e professores, mas a carreira acadêmica nunca me conquistou. Muitos horários, muitas provas, muitos alunos...

    Tinha plena convicção, depois de vinte anos, de que não servia para mais nada que não a magistratura.

    Mas tinha uns escritos pessoais, de tempos passados, guardados. Alguns mal guardados e eu nem sabia...

    Mamãe teve inúmeros problemas de saúde logo em seguida à minha aposentadoria e eu virei dona de casa, cozinheira, faxineira, motorista e cuidadora, para desgosto de todos nós.

    Pandemia.

    No tempo que sobrava, eu assistia a filmes e às minhas amadas séries de TV. Assinei todos os pacotes possíveis, montei uma sala com um sofá confortável, uma tela grande e ali ficava largada e feliz.

    A melhor versão

    de mim mesma

    Conheci Ricardo Melo pelas Pílulas Inspiradoras do Bem, que minha doce Fabi me mandava todos os dias há poucos anos.

    Quantas vezes era o único momento de calma e paz do meu dia.

    Aposentada, passei a me interessar um pouco mais pela internet também. Como voyeur, aproveitando tudo o que encontrei de bom e, para minha surpresa, tinha muita coisa boa.

    Descobri, assim, que Ricardo Melo é a voz do Instituto Ricardo Melo, e convido todos a conhecerem. É um mundo vasto de cursos e ações voltados para a evolução pessoal e ajuda a Instituições Financeiras (quase duzentas), cujo lema é Espiritualidade e Riqueza.

    Seu vigor, sua simpatia, sua crença no bem, sua fé inabalável na capacidade das pessoas de serem melhores e seu trabalho incessante para difundir isso tocaram meu coração.

    Nunca tive problema com idade, portanto, mesmo aposentada, não me sentia velha. Não queria fazer nada da vida porque estava muito cansada, exausta de tantos anos de trabalho árduo e pensava em ficar assim, sem fazer nada, sem compromisso para o resto da minha vida.

    Mas o entusiasmo do Ricardo me fez perceber que a vida é muito rara para não fazer nada. Por mim ou pelos outros. E floresceu a vontade de me transformar na melhor versão de mim mesma.

    A escritora

    Tomada pela vontade de evoluir como ser humano e usar meu potencial para alcançar as pessoas, lembrei-me de um desejo antigo de me tornar escritora, que nunca consegui conciliar com a carreira da magistratura.

    Levantei minha bunda do sofá e fui até meu quarto, na terceira gaveta do criado-mudo e dali tirei, empoeirado, o manuscrito do livro Um Caso de Bipolaridade.

    Manuscrito de anos passados, após uma das experiências mais traumáticas de minha vida, quando tive uma crise de depressão severa e fiquei trancada em meu quarto, sem ver a luz do sol, por sete meses.

    Ainda na fase de recuperação, utilizei minha experiência pessoal e tudo o que aprendi sobre ela na tentativa de superá-la e, num exercício de catarse, escrevi o livro. Imprimi e guardei.

    Peguei o manuscrito em mãos, apreensiva de ler o que estava ali, porque não me lembrava mais e tinha medo de voltar a sofrer com a lembrança daqueles dias.

    Uma das coisas que aprendi a fazer em vinte anos de magistratura foi analisar com espírito crítico e imparcial.

    E assim eu o li. E gostei muito do que estava em minhas mãos.

    Um relato sincero, claro e objetivo sobre uma experiência difícil e a capacidade de se conviver com experiências difíceis.

    Quando eu estava doente, algo que me chamou a atenção foi o desconhecimento das pessoas sobre a doença. Pessoas instruídas e próximas até duvidavam que depressão fosse uma doença.

    Percebi que as pessoas, por vergonha ou desconhecimento, simplesmente não identificam transtornos mentais e impedem um tratamento adequado e rápido, o que evitaria um sofrimento imenso e desnecessário.

    Escolher o transtorno de humor bipolar para ser o tema do livro é porque assim eu poderia abordar o próprio transtorno, a depressão, a euforia (muitas vezes confundida com psicopatia), a síndrome do pânico, estresse e ansiedade. Ou seja, transtornos mentais que atingem uma parcela significativa da população.

    Levar esses temas para conhecimento, identificação e discussão me pareceu extremamente relevante e eu decidi que o publicaria.

    Mas não sabia nada sobre esse mercado. Foi quando conheci, também dentro da pandemia e por meio da internet, Lilian Cardoso e Flávia Iriarte e aprendi o que pude estudando com elas.

    Eu tinha um segundo manuscrito, de um livro chamado Sobretudo, que reunia crônicas e resenhas que escrevi por alguns anos em um blog chamado Divagação Cultural, sob o pseudônimo de Mariana de Mattos, mas abandonado por falta de tempo. Como o nome diz, ali eu falava sobre tudo. As resenhas sobre shows, livros, peças de teatro, exposições e CDs estavam descartadas pelo passar dos anos, como algumas das crônicas, que ficaram datadas.

    Mas me chamou atenção as crônicas que falavam sobre o amor, porque os relacionamentos e suas artes não envelhecem.

    Decidi, então, desenvolver um segundo livro, Crônicas e Contos de Amor, falando sobre todas as relações amorosas, todos os tipos

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