Casas Astrológicas Uma Experiência Terrestre
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Casas Astrológicas Uma Experiência Terrestre - Moisés Fernandes
Volume II – Casas Astrológicas, uma experiência terrestre www.astrologia-esoterica.com.br
Página 1 de 290
Volume II – Casas Astrológicas, uma experiência terrestre MOISÉS FERNANDES
Casas Astrológicas
Uma experiência terrestre
1ª Edição
Editor: Moisés Rogério Fernandes
2020
São Paulo – SP
ISBN: 978-65-902171-1-0
Nº Registro Biblioteca Nacional: 721.237
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Volume II – Casas Astrológicas, uma experiência terrestre Dedico essa obra ao meu mestre e professor Hélio Amorim (in memorium) que muito me ensinou não só o conhecimento astrológico, mas também uma filosofia de vida. Foi ele quem me mostrou o caminho do conhecimento e da alta espiritualidade, apontando a direção a seguir no conhecimento do verdadeiro esoterismo. Agradeço a minha filha Yasmim que tanto me inspira a seguir o caminho da espiritualidade. Gostaria de dizer que a minha função nesse trabalho foi o de reunir material ao longo dos anos e compilá-lo de uma maneira clara e concisa de pensamento, levando ao aluno uma compreensão ampla da astrologia. Nessa obra encontram-se material de vários livros do Hélio, apostilas de cursos, resumo de livros e de aulas ministradas em meus cursos, inspiradas nos atendimentos ao longo dos 33 anos como astrólogo. A todos o meu muito obrigado!
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Volume II – Casas Astrológicas, uma experiência terrestre ÍNDIC
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Volume II – Casas Astrológicas, uma experiência terrestre
1º.
Aula..........................................................................................7
Horizonte do Lugar......................................................................7
Horizonte Racional, Geocêntrico; Astronômico ou Verdadeiro............7
Horizonte Matemático:.................................................................7
Horizonte Aparente:....................................................................7
Horizonte Visual:........................................................................7
Horizonte do mar:.......................................................................7
Horizonte físico:..........................................................................8
Vertical do lugar:........................................................................8
Círculo vertical ou vertical de um astro..........................................8
Planos verticais...........................................................................8
Distância Zenital.......................................................................11
Altura do Pólo...........................................................................11
Esclarecimentos Sobre, Arcos, Semi Arcos E Terços De Sa.............13
Arcos – Diurnos E Noturno.........................................................13
Semi Arcos...............................................................................14
Frações De Semi Arco................................................................14
As Casas..................................................................................16
Domificação..............................................................................22
O que são as Casas Astrológicas.................................................26
As Casas ou Setores Terrestres...................................................30
Campos de Experiência..............................................................31
A Divisão das Casas...................................................................33
Significado das Casas................................................................40
Casas......................................................................................44
Classificação De Casas...............................................................46
Quanto a Polaridade:.....................................................................47
Quanto aos Hemisférios:................................................................47
2º.
Aula........................................................................................49
Ascendente - Casa I..................................................................49
Casa II....................................................................................62
Casa III...................................................................................69
3º.
Aula........................................................................................74
Casa IV....................................................................................74
Casa V.....................................................................................78
Casa VI....................................................................................90
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Volume II – Casas Astrológicas, uma experiência terrestre
4º.
Aula........................................................................................97
Casa VII...................................................................................97
Casa VIII................................................................................102
Casa IX..................................................................................112
5º.
Aula.......................................................................................118
Casa X...................................................................................118
Casa XI..................................................................................131
Casa XII.................................................................................135
6º.
Aula.......................................................................................158
A Divisão das Casas em Quadrantes..........................................158
1° Quadrante..............................................................................158
2° Quadrante..............................................................................158
3° Quadrante..............................................................................159
4° Quadrante..............................................................................160
Casas Angulares; Sucedentes e Cadentes...................................161
As Triplicidades das Casas........................................................163
Relação Entre As Casas Astrológicas..........................................171
Triângulo Da Criatividade (Fogo) Ou Do Livre Arbítrio..................171
Triângulo Da Sustentação (Terra)..............................................172
Triângulo Da Comunicação (Ar).................................................173
Triângulo Do Inconsciente (Água)..............................................173
Quadrado Dramático (Cruz Cardinal)..........................................173
Quadrado Trágico (Cruz Fixa)...................................................174
Quadrado Épico (Cruz Mutável).................................................175
7º.
aula.......................................................................................176
O Sistema de Palavras-Chaves..................................................176
1º exemplo.................................................................................176
2° exemplo.................................................................................176
3º exemplo:...............................................................................177
4º exemplo:...............................................................................178
5° exemplo:...............................................................................179
6° exemplo:...............................................................................180
7º Exemplo:...........................................................................181
8° exemplo:...........................................................................182
9° exemplo:...........................................................................184
8º.
aula.......................................................................................189
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Volume II – Casas Astrológicas, uma experiência terrestre
Significados Essenciais, Acidentais e Derivados...........................189
Casas Angulares:.........................................................................190
Casas Sucedentes:......................................................................190
Casas Cadentes:.........................................................................190
As Casas Derivadas e seu Significado.........................................194
Significados Derivados das Casas;.............................................195
I Primeira Casa Básica.................................................................195
II Segunda Casa Básica................................................................195
III Terceira Casa Básica...............................................................196
IV Quarta Casa Básica..................................................................197
V Quinta Casa Básica...................................................................197
VI Sexta Casa Básica...................................................................198
VII Sétima Casa Básica................................................................199
VIII Oitava Casa Básica................................................................199
IX Nona Casa Básica....................................................................200
X Décima Casa Básica..................................................................200
XI Décima Primeira Casa Básica....................................................201
XII Décima Segunda Casa Básica..................................................202
Repartição Harmônica..............................................................203
Acumulação de Planetas (Amas, Stellium, etc)............................203
Significado dos Terços das Casas...............................................204
9º.
Aula.......................................................................................206
As Casas Astrológicas na Astrologia Mundial...............................206
Casa I Ascendente...................................................................206
Casa II...................................................................................207
Casa III..................................................................................208
Casa IV..................................................................................209
Casa V...................................................................................212
Casa VI..................................................................................213
Casa VII.................................................................................214
Casa VIII................................................................................215
Casa IX..................................................................................217
Casa X...................................................................................219
1° Exemplo.................................................................................224
2º Exemplo.................................................................................224
3° Exemplo.................................................................................225
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Volume II – Casas Astrológicas, uma experiência terrestre
4º Exemplo:...............................................................................226
Casa XI......................................................................................227
Casa XII.....................................................................................229
10º.
aula.......................................................................................233
Determinadores Focais.............................................................233
Os Determinadores Focais são de 3 Tipos:..................................233
1º) Preponderância..................................................................234
Preponderância Por Elemento....................................................234
Preponderância por Modo de Ação.............................................235
Preponderância dos Aspectos....................................................235
Outras Preponderâncias...........................................................237
As Configurações.....................................................................237
O Grande Trígono:...................................................................237
A Quadratura T.......................................................................240
O T Quadrado.........................................................................241
A Grande Quadratura ou A Grande Cruz.....................................244
O Dedo de Deus ou Yod............................................................247
O Barrilete ou Cometa..............................................................250
A Cabeça do Barrilete ou Duplo Sextil........................................250
O Duplo Semi-Sextil................................................................251
Outras Configurações...............................................................252
Modelos Planetários.................................................................253
Tipo Salpicado.........................................................................254
Tipo Taça...............................................................................254
Tipo Balde..............................................................................255
O Stellium..............................................................................256
Tipo Locomotiva......................................................................257
Tipo Arco................................................................................258
Tipo Sobe e Desce (Dois Arcos).................................................259
Tipo Trípode...........................................................................259
O Planeta Solitário...................................................................260
Muitos Planetas numa Casa......................................................262
Planetas Bem Distribuídos........................................................263
Referencias bibliográficas.........................................................265
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Volume II – Casas Astrológicas, uma experiência terrestre 1.
Aula
•
Horizonte do Lugar
É o círculo máximo da esfera celeste, perpendicular à vertical do lugar. O
horizonte divide a esfera em dois hemisférios: o hemisfério superior ou visível (arco diurno) e hemisfério inferior ou invisível (arco noturno). Admitindo se que o observador se acha no centro da esfera celeste, todas as verticais dos diferentes pontos da Terra e todos os horizontes correspondentes passam pelo centro da esfera.
Todo plano paralelo ao horizonte se denomina plano horizontal
.
Distinguimos vários horizontes:
•
Horizonte Racional, Geocêntrico; Astronômico ou Verdadeiro É o plano da esfera celeste que passa pelo centro da Terra e é perpendicular à vertical do lugar de observação, isto é, à direção da gravidade no ponto em que o observador se encontra.
O horizonte racional divide a vertical em vertical ascendente
cuja extremidade recebe o nome de zênite
, e vertical descendente
, cuja extremidade se chama nadir
. A linha zênite-nadir
denomina-se eixo do horizonte
O zênite e o nadir são os pólos do horizonte
. O nadir é invisível.
•
Horizonte Matemático:
Plano paralelo que passa pelos pés do observador paralelamente ao horizonte racional.
•
Horizonte Aparente:
Plano paralelo ao horizonte racional, passando pelos olhos do observador.
•
Horizonte Visual:
Cone formado pelos raios visuais que tangenciam a Terra. A refração atmosférica amplia este cone, originando o horizonte visual ótico
. Sem ela, teríamos o horizonte visual físico
.
•
Horizonte do mar:
É a linha de encontro do horizonte visual com a superfície da Terra.
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Volume II – Casas Astrológicas, uma experiência terrestre
•
Horizonte físico:
É a linha irregular determinada pelos contornos dos acidentes.
•
Vertical do lugar:
Em cada lugar da Terra, a direção do prumo determina sem ambiguidade a vertical terrestre, cuja prolongação no sentido ascendente e descendente corta a esfera celeste em dois pontos: o zênite, situado imediatamente acima do observador, e o nadir, diametralmente oposto.
•
Círculo vertical ou vertical de um astro
É o semicírculo cujo plano passa pela linha zênite-nadir ou vertical do lugar e pelo centro do astro.
•
Planos verticais
São planos perpendiculares ao do horizonte. Passam pelos pólos do horizonte e pelo centro da Terra. Logo contém a vertical
.
Os planos verticais são limitados por círculos máximos. Interessa ao observador o que fica acima do horizonte, isto é, o que passa pela sua cabeça, chamando-se de: o vertical
O vertical de um astro é pois, o semicírculo máximo que passa por este astro e é perpendicular ao plano do horizonte.
Há dois verticais de grande importância: o que se traça na direção norte-sul (coincide com o plano do meridiano do lugar) dividindo o horizonte num hemisfério oriental e outro ocidental.
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Volume II – Casas Astrológicas, uma experiência terrestre E o que tem a direção leste-oeste chama-se primeiro vertical
e divide a esfera celeste num hemisfério boreal e outro austral.
Z
O
A
A1
M1
M
B
C
H
H1
L D
E
N
L
Lugar onde está o observador
O
Olho do observador
H
Horizonte racional
H 1
M
Horizonte matemático
M 1
A
Horizonte aparente
A1
O
Horizonte visual
BCDE
B
Horizonte do mar
CDE
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Volume II – Casas Astrológicas, uma experiência terrestre Se desejamos considerar o horizonte como círculo fundamental no sistema de coordenação esféricas, temos que determinar os pólos correspondentes ao plano deste círculo fundamental, e traçar por ele um círculo principal cuja intersecção com o círculo fundamental nos servirá de ponto de partida para a divisão em graus a partir do ponto zero.
Os pólos são a "Vertical do lugar" e formam no sentido ascendente o zênite ou Meio do Céu, e no sentido descendente o Nadir ou Fundo do Céu, distando um do outro 180º, em exata oposição.
Os círculos máximos traçados pelos pólos do mundo, verticais ao equador, levam o nome de círculos de declinação ou horários, havendo uma quantidade infinita deles. Um deles atravessará o zênite da posição terrestre de algum lugar e será chamado de Meridiano do lugar
que estendido á esfera celeste é um círculo de declinação.
Esse meridiano do lugar sendo orientado no sentido norte sul, divide a esfera celeste ou horizonte local em dois hemisférios, um oriental e outro ocidental.
Ao cortar o horizonte no ponto sul é ponto de partida da divisão em graus, começando neste caso a abscissa (Coordenada que define a posição de um ponto sobre uma linha, um plano ou o espaço) que chamamos AZIMUTE
, ou seja o ângulo formado pelo plano meridiano do lugar com o vertical do astro. O ângulo formado pelo plano do horizonte racional com o raio visual voltado para este astro ou ponto é a ALTURA DE UM ASTRO OU PONTO CELESTE
e varia de 0º a 90º
contando-se do horizonte para o zênite ou para o nadir. No primeiro caso é positiva, no segundo é negativa. Esta última não pode ser medida diretamente mas pode ser calculada: Chama-se também depressão
.
Z
A
T
H1
H
B
N
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Volume II – Casas Astrológicas, uma experiência terrestre T – Terra
ZN – Vertical
AZH- O Vertical
AB – Altura do astro A
AZ- Distância Zenital
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Volume II – Casas Astrológicas, uma experiência terrestre
•
Distância Zenital
O complemento da altura denomina-se "distância zenital de um astro, sendo o ângulo que forma a visual dirigida do astro, com a vertical do lugar.
ZBS = CBA por serem ângulos opostos pelo vértice.
Tg CBA = tg DZ = CZ/AB
Z
S
B
C
A
•
Altura do Pólo
A altura do pólo do mundo sobre o horizonte de um lugar se chama altura polar
e é equivalente ao ângulo de latitude geográfica. Dizemos também que o pólo da casa 1 o Ascendente é também o da casa 7 o Descendente, isto é o horizonte oriental e o ocidental é sempre igual a latitude geográfica do lugar. Seja latitude é de 90º os pólos coincidirão com o zênite e o nadir e o pólo da casa 1 será igual a 90º.
O giro que a terra faz em torno de seu eixo de rotação aparece para nós como se a esfera celeste girasse do oriente para ocidente e vemos os astros e estrelas ascenderem no horizonte oriental e se porem ou descenderem no ocidente do horizonte local. Ao chegarem no meridiano do lugar dizemos que culminam ou passam pelo meridiano ou zênite. Depois de desaparecerem no horizonte ocidental chegam ao ponto mais baixo da esfera local ou seja na culminação inferior meridiano inferior ou invisível o que constitui o nadir. Depois de passarem pelo meridiano no inferior ascendem novamente vindo a luz no horizonte oriental ou ASCENDENTE.
Este movimento se realiza em círculos perpendiculares ao eixo do mundo e paralelo ao equador. Se o astro não possui declinação se move no circulo máximo ou seja, no próprio equador celeste. Se possui declinação move-se num paralelo que dista do equador celeste a medida de sua declinação.
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Volume II – Casas Astrológicas, uma experiência terrestre O Semi-círculo que se encontra por cima do horizonte se denomina arco diurno
e o seu oposto que se acha abaixo do horizonte, arco noturno
do astro; assim, o arco diurno é o que vai desde o oriente até o ocidente, desde o nascente até o poente, e o arco noturno, o que vai desde ocidente e por baixo do horizonte até o oriente, isto é, do poente ao nascente.
Os astros que se encontram no equador e portanto sem declinação possuem um arco diurno de 180º idêntico ao arco noturno de 180º também. Nas latitudes Nortes, os astros com declinações norte possuem o arco diurno maior que 180º e portanto o noturno menor que 180º. Se possuírem a declinação sul, o arco diurno é menor e o noturno maior que 180º.
No hemisfério sul, portanto latitudes sul, os astros que possuem declinação sul tem um arco diurno maior que 180º e se a declinação for norte, menor que 180º, ocorrendo o universo com o arco noturno.
Em nosso hemisfério de latitudes sul, podemos observar o Sol por ocasião do Solstício de verão, que é quando o mesmo possui o sul, o arco diurno é maior que 180º e por conseguinte os dias mais longos do que as noites. O oposto ocorre no solstício de inverno quando a do Sol é Norte, o arco noturno é maior fazendo com que as noites sejam mais longas do que os dias. Por ocasião dos equinócios que é quando o Sol possui 0º de declinação, estando no equador. Os dias e as noites são de igual duração como consequência da igualdade dos arcos diurno e noturno.
O arco diurno e o noturno são divididos pelo meridiano do lugar. O semi arco que se encontra entre o horizonte oriental e o meridiano superior ou zênite é o 1º
semi arco diurno, o que vai do meridiano superior ao horizonte ocidental é o 2º
semi arco diurno.
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Volume II – Casas Astrológicas, uma experiência terrestre Por baixo do horizonte, o semi arco que vai do desc. Ocidente até o meridiano inferior ou nadir é o 1º semi arco noturno e o que vai do nadir ao horizonte oriental, 2º semi arco noturno.
Abreviamo
SDA
Semi Arco Diurno
s
E
SNA
Semi Arco Noturno
Ou
SA
para semi arco de um modo geral
E
DA
para arco diurno
NA
para arco noturno
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Volume II – Casas Astrológicas, uma experiência terrestre
•
Esclarecimentos Sobre, Arcos, Semi Arcos E Terços De Sa A fim de que nossos alunos possam visualizar de forma mais efetiva a presente questão, rogamos a máxima atenção aos desenhos a seguir, que sendo bem estudados não deixarão margem a dúvidas.
•
Arcos – Diurnos E Noturno
ARCO DIURNO – traçado pelo Sol desde o instante que o seu centro ocupa a linha do horizonte astronômico pelo lado oriental até que venha a ocupar a linha do horizonte no ocidente.
ARCO NOTURNO – traçado pelo Sol desde a interseção do seu centro pelo lado ocidental, até a interseção pelo oriental, por baixo do horizonte.
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Volume II – Casas Astrológicas, uma experiência terrestre
•
Semi Arcos
1º SDA – Desde o horizonte oriental até o zênite, por cima do horizonte. Da aurora ao meio dia.
2º SDA – Desde o zênite até o horizonte ocidental.
1º SNA – Desde o horizonte ocidental até o nadir, do crepúsculo a meia noite.
2º SNA – Desde o nadir até o horizonte oriental, da meia noite á aurora.
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Volume II – Casas Astrológicas, uma experiência terrestre
•
Frações De Semi Arco
Terços de semi arco – segmentos de arco, transcorridos pelo Sol desde sua posição num ângulo, até a chegada ao outro, dividido em terços, a cada duas horas. Esta é a raiz do sistema de casas terrestres.
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Volume II – Casas Astrológicas, uma experiência terrestre Como a terra gira, a cada instante, a distância de um astro do horizonte vai mudando, ou melhor dizendo, sua altura vai se modificando como cada lugar terrestre possui diferentes latitudes e longitudes, possui horizontes diferentes sendo que um astro terá diferentes distâncias do horizonte em distintos lugares.
Chamamos ângulo horário do astro, o ângulo diedro que forma o meridiano do lugar com o círculo de declinação ou círculo horário que passa pelo astro.
Medimos o mesmo de 0º a 360º em sentido diferente, ou seja no sentido da aparente rotação da esfera celeste sobre o horizonte local, e constitui um outro sistema de coordenadas esféricas. Com duas culminações do astro, temos 360º ou 24 horas, já que podemos medir em graus de arco como tempo, assim o ângulo horário de astro corresponde a:
Graus ou min. De arco
Correspondência em tempo
360º
24 horas
30º
2 horas
15º
1 hora
1º
4 minutos
45’
3 minutos
30’
2 minutos
15’
1 minuto
1’
4 segundos
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Volume II – Casas Astrológicas, uma experiência terrestre Procurem não confundir medidas de arco com medidas de tempo, usando os devidos sinais que os distinguem.
Cumpre-nos salientar que dois pontos na esfera terrestre que possuam a mesma latitude geográfica, poderão ter o mesmo horizonte, porém distintos meridianos por causa de diferentes longitudes geográficas, e que dois lugares de mesma longitude geográfica possuem o mesmo meridiano, porém distintos horizontes se possuírem diferentes latitudes.
•
As Casas
Sabemos que os dois pontos de intersecção dos dois círculos máximos sempre distam 180º um do outro. Dado que o horizonte (verdadeiro) de um lugar S
e a eclíptica são círculos máximos, se cortarão em dois pontos exatamente opostos um do outro. Ainda que o observador presente em S no horizonte lhe pareça imóvel e que a esfera celeste gira, a eclíptica no horizonte em movimento tocará sempre o horizonte firme com dois pontos eclípticos, e dessa maneira todos os pontos da eclíptica passarão no horizonte uma vez durante 24 horas. Correspondentemente a esfera celeste cada um dos pontos eclípticos descreverá um círculo paralelo ao equador celeste e recorrerá neste paralelo um arco diurno e outro noturno. Desde então, isso não vale somente para pontos eclípticos, senão também para segmentos inteiros, representados pelos 12 signos da eclíptica. Daí que no horizonte do lugar S, cada duas horas saldará um dos doze signos, cada ponto deste signo descreverá um círculo paralelo ao equador celeste e recorrerá seus arcos diurno e noturno em uma culminação superior e outra inferior.
A intersecção do horizonte e a eclíptica constitui o ponto nascente
, comumente chamado Ascendente
. A intersecção do horizonte oeste com a eclíptica, oposta à primeira, leva logicamente o nome de Descendente
. A intersecção do meridiano superior com a eclíptica se chama Meio Céu Superior
ou
Meio do Céu
, abreviado MC; a intersecção oposta do meridiano inferior com a eclíptica se chama Meio Céu Inferior
, ou Fundo do Céu
, ou Imum Coeli, abreviado IC. A figura mostra essas relações em perspectiva esférica.
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Volume II – Casas Astrológicas, uma experiência terrestre Mediante cruz axial formada pelo horizonte e o meridiano se divide o círculo da eclíptica em quatro quadrantes, cada um dos quais se subdivide em três partes segundo um método que estudaremos mais adiante, baseado no movimento diário da abóbada celeste. Com isso, pois, se há realizado uma divisão da eclíptica em doze partes.
Esses doze seguimentos da eclíptica, vinculados com o movimento diário da abóbada celeste, se chama na astrologia de casas, ou as vezes lugares. Entre tais casas e os signos, que resultam de outra divisão em doze, existe certa analogia, exagerada pelos partidários de uma escola inglesa muito difundida. O estudante deve ter cuidado para não confundir signos com casas.
Os signos servem para averiguar a longitude eclíptica
que os planetas ocupam em um dado momento, em virtude de seu movimento próprio em sua órbita eclíptica. Esses signos, cuja extensão e posição mútua nunca varia, se desperçam, como acabo de expor, a cada instante a causa do movimento diário da abóbada celeste, de modo que eles a cada um dos seus pontos parecem sair no leste, culminar no sul e pôr-se no oeste, conforme os astros.
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Volume II – Casas Astrológicas, uma experiência terrestre Em troca, as casas hão de imaginar como um sistema absolutamente firme, baseado no horizonte e meridiano, ou seja, em um dos planos que para um determinado lugar terrestre jamais experimentem troca alguma. Como já disse, cada lugar da superfície terrestre têm seus próprios horizontes e meridianos, tais planos são permanentes e determinam suas relações com a esfera celeste.
Na ordem astronômica do sistema das casas serve para averiguar o lugar ocupado pelos signos e planetas a causa do movimento da abóbada celeste no momento de um acontecimento, ou seja para determinar sua posição relativa ao horizonte e meridiano do lugar natal no momento natal.
Na ordem astrológica as casas servem para averiguar a influência que os planetas e signos zodiacais exercem sobre a essência, as manifestações vitais e os destinos de quem nasceu no lugar e um momento determinado. Na terminologia usual é chamado de nativo ou nascido.
Já que o círculo principal do movimento diário é o equador e que o meridiano perpendicular a ele se chama perpendicular também ao horizonte, resulta matematicamente: Os quatro segmentos do equador, os quadrantes, que se formam pela intersecção com o horizonte e o meridiano, são iguais entre si, e cada um desses quadrantes abarca um ângulo de 90º equatoriais; e daí que cada terço de um quadrante corresponde a um valor de 30º equatoriais. Em outras palavras: O arco diurno, igual que o noturno, de um ponto situado no equador ascende sempre 180º; o semi-arco diurno, igual que o noturno, ou seja, o segmento situado entre horizonte e meridiano, se eleva sempre a 90º, e posto que tal semi-arco constitui a medida de três casas, cada uma delas contêm 30º equatoriais.
Em troca, a eclíptica corta o equador baixo um ângulo de uns 23º27’
(obliquidade da eclíptica). Portanto, os distintos pontos equinociais (0º A e 0º G), situados diretamente no equador, têm arcos diurnos e noturnos cujas extensões diferem entre si segundo o ponto eclíptico a que correspondem, e segundo a declinação desse ponto. Por tal razão as casas contêm segmentos eclípticos desiguais entre si, e dizer que cada uma das casas situadas acima do horizonte abarca um terço do semi-arco noturno, e cada uma das situadas debaixo do horizonte, um terço do semi-arco incongruente ao diurno. Em consequência, algumas dessas casas conterão mais e outras menos de 30º eclípticos.
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Volume II – Casas Astrológicas, uma experiência terrestre No ponto da eclíptica em que começa uma casa, chama-se cúspide da casa.
A cúspide ou o começo da casa I é o ponto eclíptico presente no Ascendente (ASC), e seu semi-arco diurno é a medida de sua distância do MC.
No sentido oposto ao movimento diário da abóbada celeste, ou seja, no sentido oposto ao movimento das agulhas do relógio, seguem em ordem numérica o restante das casas. Para determinar as cúspides das casas, alguns astrólogos têm proposto sistemas diferentes entre si; mas é evidente que só um deles pode corresponder integralmente a lógica e exatidão. Em todos os sistemas dignos de serem considerados a cúspide da casa IV é um ponto eclíptico situado no meridiano inferior, a cúspide da casa X é situado no superior, também a cúspide da casa VII dista, desde então, 180º eclípticos da casa I.
Parece-me que esses dados deveriam bastar para formar-se uma idéia clara do espaço. Por experiência, a compreensão da origem das casas não é tão fácil de entender o porquê uma casa possui uma extensão acima de 30º e outras menos que 30º.
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Volume II – Casas Astrológicas, uma experiência terrestre Ao sair da intersecção do equador e a eclíptica, 0º A, coloca-se o ponto oposto, 0º G, e culminará 0º J no meridiano superior e 0º D no inferior. Se – por estar vertical um ao outro horizonte e meridiano – O Sol nascente se encontrará em 0º A e ao mesmo tempo a Lua em 0º J ou em 0º D, ou seja, no meridiano superior ou no inferior, a distância angular do Sol e da Lua ascenderá 90º. Se o Sol nasce em 0º A, o dia e a noite e os caminhos percorridos de dia e de noite – O
arco diurno e noturno – são iguais entre si, e compreenderão 12 horas cada um.
Chega o Sol, que sai às 6 horas, ao meio-dia no meridiano superior depois de haver terminado seu primeiro SDA, às 18 horas no ponto oposto depois de haver terminado o segundo SDA, à meia-noite o