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Os Signos Do Carma
Os Signos Do Carma
Os Signos Do Carma
E-book153 páginas2 horas

Os Signos Do Carma

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Sobre este e-book

A astrologia tem como base o conhecimento sobre o carma, por mais que por centenas de anos essa noção não tenha sido divulgada pelos astrólogos, a lei do retorno é a base que explica o porque estamos aqui e porque nascemos sobre determinadas estrelas. Sendo assim, todos os signos são signos cármicos, porém alguns em específico, tratados nesse livro, falam diretamente sobre esta questão.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento11 de jan. de 2018
Os Signos Do Carma

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    Os Signos Do Carma - Lenin Campos

    1

    2

    Os Signos do Carma

    3

    4

    Lenin Campos

    Os Signos do Carma

    

    Lenin Campos Soares

    2018

    5

    Capa: Werban Freitas

    CAMPOS, Lenin. Os Signos

    do Carma. Natal: LCS, 2018.

    ISBN:

    1.

    Astrologia. 2. Carma.

    3. Signos.

    CDD: 133.5

    6

    Sumário

    Astrologia e carma………………………………………………….09

    Signos do Carma

    Signo Ascendente…………………..………………….. .21

    Sol……………………………………………………………….. 31

    Saturno………………………………………………………. .49

    Urano…………………………………………………………. .73

    Netuno……………………………………………………….. 93

    Plutão……………………………………………………….. .111

    Nodos Norte e Sul………………………………….. .129

    Quíron…………………………………………………….. .145

    Ciclos Planetários…………………………………….. 161

    7

    8

    Astrologia e Carma

    Carma é uma palavra de hindu, base da

    religião hinduísta, mas também adotada pelo

    budismo, jainismo e, séculos mais tarde, pela

    teosofia e espiritismo. Ele é fruto de nossas ações

    passadas, representada pela lei da causa e efeito,

    definida desde tempos ancestrais pelos livros de

    Hermes Trimegisto: "toda causa tem seu efeito,

    todo efeito tem sua causa"1. O carma representa

    pois a consequência de nossos atos passados,

    que se manifestam na mesma intensidade e

    vibração que foram emitidos. "Esta lei não deve

    ser vista como uma punição, mas como uma

    compensação para que cada indivíduo receba

    pelas ações que praticou, tanto boas quanto más,

    e resgate suas dívidas para com os seus irmãos

    ou receba pelas boas obras que praticou"2.

    1 HERMES Trimegisto. O Caibalion.

    2 FONTES, Narcy C. A hierarquia dos iluminados: os portadores da luz

    azul. 2ª ed. Santana-SP: Madras, 1995. p.37.

    9

    Ninguém está livre da lei cármica, ela existe

    tanto no nível individual, como também no

    familiar, entre grupos (de amigos, por exemplo),

    como também envolvendo todos os que nascem

    em uma cidade, em um Estado ou em um país.

    Todas as pessoas que nasceram, por exemplo, no

    Brasil, compartilham o mesmo carma que está

    expresso no mapa astral do nascimento do país

    em 22 de abril de 1500, às 15h. O mesmo se dá

    com cidades como o Rio de Janeiro ou Nova

    York. Nascem em cada uma das cidades do

    mundo pessoas que possuem carmas afins, que

    vibram de forma harmônica entre si. O mesmo se

    dá entre os membros de uma família ou as

    pessoas que se aproximam de nós em nossa

    existência, atraímos as pessoas que vibram na

    mesma frequência do carma que devemos

    transmutar.

    Se a astrologia tem origem ocidental e o

    carma é um conceito oriental, qual a ligação que

    existe entre eles? Pode parecer estranho, mas a

    verdade é que não existe astrologia sem o

    conceito de carma, pelo menos não depois da

    reformulação feita por Pitágoras. A astrologia que

    10

    conhecemos hoje deve muito a este grego que,

    como dizem John West e Jan Toonder, é a força

    individual mais poderosa no desenvolvimento do

    pensamento ocidental 3, porém, infelizmente, ele

    não nos legou nenhum escrito sobre o tema, pois

    sendo um discípulo dos mistérios egípcios, era

    rigorosamente proibido a qualquer iniciado

    registrar os ensinamentos do mestre. Contudo,

    foi exatamente através de alguns desobedientes

    discípulos pitagóricos que pudemos ter acesso a

    trechos de sua sabedoria, dos poucos que

    tiveram coragem de desobedecer o mestre.

    Jâmblico foi um deles. Autorizado pelo seu

    mestre pessoal, Porfírio4, dedicou-se a escrever

    sobre o grande reformador da astrologia. Ele

    escreveu dez livros sobre a vida de Pitágoras,

    destes perderam-se seis, que relatavam os

    ensinamentos pitagóricos sobre física, ética,

    teologia, aritmética, teoria musical, geometria e

    astrologia, os quatro restantes sobre a biografia

    3 WEST, John Anthony, TOONDER, Jan Gerhard. Op.cit.

    4 A árvore de Jamblico chega até o ano de 30 d.C.: Jamblico < Porfírio <

    Cássio Longino < Amônio Sacas < Numênio de Apamea < Téo de Esmirna

    < um mestre cujo nome não foi descoberto < Nicômaco de Geraso <

    Alexicrátes < Damis < Apolônio de Tiana < Anaxilau.

    11

    do mestre foram os que restaram-nos: Vida

    Pitagórica, Protréptico, Matemática e Introdução

    a aritmética de Nicômano 5.

    Diz Jâmblico: "Ao iniciar toda filosofia, ao

    menos para toda a gente sensata, é costume,

    sem dúvida, invocar a divindade, mas, com muita

    razão, é conveniente fazê-lo em nome do divino

    Pitágoras" 6. O sábio de Samos, uma ilha no mar

    Jônico, com o cais voltado para a Ásia, viveu

    entre 570 e 495 antes de Cristo, iniciado nos

    mistérios de Orfeu. À época em que ele estava

    vivo, a religião grega, centralizada em Delfos,

    estava enfraquecida. "Uma vulgarização das

    doutrinas esotéricas tornara-se necessária" 7. Esta

    5E estes foram conhecidos pelo mundo ocidental somente em 1598 quando

    foram publicados pelo humanista holandês Johannes Theodoretus.

    6 "Al comienzo' de toda filosofía, al menos para toda la i i gente sensata, es

    costumbre sin duda invocar a la divinidad, pero con mayor razón, por

    supuesto, conviene hacerlo con la filosofía que lleva el nombre del divino

    Pitágoras." (JAMBLICO, Vida Pitagórica – Protréptico. Madrid: Gredos,

    2003, §1, p.27).

    7 SCHURÉ, Édouard. Os grandes iniciados. São Paulo: Madras, 2011.

    p.186. "Na mesma época e em diversos pontos do globo, grandes

    reformadores vulgarizavam doutrinas análogas. Lao-Tsé mostrava, na

    China, o esoterismo de Fo-Hi; o último Buda, Xáguia-Múni, pregava às

    margens do Ganges; na Itália, o sacerdócio estrusco enviava a Roma um

    iniciado munido de livros sibilinos, o rei Numa, (...). E não é por acaso que

    os reformadores aparecem ao mesmo tempo em povos tão diversos. Suas

    12

    expansão suscitou filósofos como Tales de Mileto,

    legisladores como Sólon e poetas como Píndaro.

    Pitágoras realiza uma tradução do pensamento

    religioso do seu predecessor, Orfeu, mas sua

    tradução é uma criação, pois ele coordena as

    inspirações órficas com um sistema novo,

    completo, construído por ele através dos

    ensinamentos que recebera entre fenícios,

    egípcios, caldeus, hebreus e hindus.

    Sua educação começou em Samos, com o

    mestre Hermodamante Creófilo que ensinou-lhe

    sobre as divindades. Aos dezoito anos, Ferécides

    de Siro assumiu sua educação e o levou a Mileto,

    onde conheceu e estudou com os físicos Tales e

    Anaximandro 8. De Mileto partiu para Biblos, na

    Fenícia, onde iniciou-se nos ritos sírios. Jâmblico

    faz um comentário sobre isto: "Sem o objetivo de

    superstição, como ingenuamente poderia supor,

    mas pelo desejo e vontade de participar da

    cerimônia e cautela de lhe escapar algo a ser

    missões diferentes concorrem para um fim comum. Elas provam que em

    certas épocas uma mesma corrente espiritual atravessa misteriosamente toda

    humanidade" (p.187).

    8 Idem. § 11, p. 33.

    13

    aprendido, que é protegido nos cultos secretos

    ou mistérios dos deuses" 9. De posse do

    conhecimento sagrado fenício, ele descobriu que

    o Egito era de onde todos os rituais sagrados

    eram originários e migrou para a terra negra do

    Nilo.

    Vinte anos Pitágoras passou no Egito es-

    tudando astrologia, geometria e se iniciando em

    todos os rituais dos deuses, tornando-se um dos

    membros dos sacerdotes egípcios, até a invasão

    persa de Cambises que levou para a Babilônia to-

    dos os grandes sábios egípcios. Aos trinta e oito

    anos ele chegou a cidade de Babel e conheceu

    uma infinidade de religiões: a dualidade persa,

    com sua poderosa magia, o monoteísmo hebrai-

    co e a sabedoria hindu. Permaneceu dezoito anos

    em Babel, onde aprendeu o culto de Ahura Maz-

    da e se iniciou nos mistérios cabalísticos hebrai-

    cos.

    9 Idem. § 14, 34. "sin emplearse en tal cometido por superstición, como

    ingenuamente se podría suponer, sino más bien por deseo y afán de

    asistencia a la ceremonia y por la precau- ción de que se le escapara algo

    digno de aprenderse, que se salvaguarda en los cultos secretos o misterios

    de los dioses".

    14

    Retornou a Samos aos cinquenta e seis

    anos, e somente aí começou a aceitar estudantes,

    criando a sua escola, pelos quais recebia três

    óbolos por lição. Mas acabou migrando para Cre-

    ta, onde fundou o Hemiciclo. E nesta escola foi

    que aperfeiçoou a astrologia 10.

    A nova astrologia que é construída a par-

    tir de Pitágoras reúne as tradições mesopotâmica,

    persa, hebraica e hindu. Porém ela não é simples-

    mente um amálgama quimérico de partes que

    não se combinam, Pitágoras e seus discípulos es-

    tabelecem uma nova interpretação deste antigo

    conhecimento. A visão mesopotâmica dos plane-

    tas, os arquétipos zodiacais egípcios e a noção de

    matemática mágica presente na cabala hebraica

    e nos mistérios egípcios, a noção de harmonia

    entre o bem e o mal oriundo da Pérsia

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