Obrigado Espírito Santo

De Antônio Quirino

Assim como fez Antonio Quirino, que conta seu testemunho, conheça os exemplos de Júlio Rolim e Nico Ferreira, que foram instrumentos de muitos prodígios de Jesus, e busque você também conhecer a Renovação Carismática Católica e abandonando todos os vícios e erros, se entregue totalmente ao Espírito Santo, e você também será tocado, mudado e renovado. A Igreja e o mundo estão precisando de servos, transbordantes dos dons do Espírito. Você também pode ser um servo fervoroso, ungido, um instrumento do Espírito Santo e canal de milagres para tantas pessoas que gritam desesperadas por cura e libertação.

• Idioma: Português
• Editora: Clube de Autores
• Data de lançamento: 5 de fev. de 2020

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Obrigado, Espírito Santo!

Antonio Quirino

Capa: Ulisses José Gomes Quirino

Editoração: Ulisses José Gomes Quirino

Revisão: Lúcia Lemos Ribeiro Penatti

O Espírito Santo na ação criadora

A Divina Inspiração da Sagrada Palavra

Ainda bem que voltei

Quando nos abrimos ao Espírito Santo

Sentir o Espírito Santo é uma delícia!

Espírito Santo é como fogo transformador

O Paráclito Capacita os Escolhidos

Peça o seu Pentecostes e recebereis

O Espírito Santo quebra barreiras

O Espírito Santo nos transforma

Testemunhos de Nico Ferreira

Em memória de Júlio Rolim, o grande servo de Jesus, que se fez instrumento para tantos milagres que testemunhei.

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O Espírito Santo na ação criadora

Ogrande mistério para nós se constitui na existência de Deus único e Todo-Poderoso que, nessa unidade inquestionável, apresenta em si mesmo três pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo, e nos dá a certeza de sua perfeição, porque, por ser perfeito, não conseguimos e jamais iremos conseguir entender esse mistério, não temos alcance para isso, dada a nossa imperfeição. Se de outra forma fosse, e entendêssemos a intimidade do Deus Todo Poderoso, ou não seríamos imperfeitos ou não se tratava de Divino.

Então, não se necessita de grandes exercícios para nos acomodar aos limites de nossa idiossincrática limitação e, assim, nos dedicarmos aos esforços que se nos impuser a necessidade de enxergarmos o ser Divino, sem que, insipientes, nos arrebentemos mentalmente na vã tentativa de ver além do espaço a que estamos relegados.

A verdade é que amamos e adoramos o nosso Deus único e verdadeiro no Pai, no Filho e no Espírito Santo, e nos sentimos mais que satisfeitos por conhecê-Lo, porque muitos nascem, crescem, vivem e morrem sem O conhecer. E nós temos mais, muito mais que rendermos graças por sabermos da Sua existência, principalmente porque O temos permanentemente junto de nós.

Quando cheios de fé, dizemos que Deus Todo-Poderoso acompanha ininterruptamente a cada um de nós, suas criaturas, dizemos com absoluta certeza no que afirmamos, tanto porque sabemos disso, como porque sentimos isso. E, por causa dessa presença Divina em nós, estamos permanentemente cheios do Espírito Santo de Deus, que nos revela essa presença em nosso coração.

Em sendo vontade do Todo-Poderoso, o seu Santo Espírito está em todo lugar, e perscruta tudo até a intimidade de Deus. E, porque está em todos os lugares, esteve perscrutando toda obra Divina, por todo tempo antes da criação do universo, durante e por todo o tempo futuro. Assim sendo, estava Ele presente (claro) no ato da criação do mundo, agiu na sua execução e permanece agindo na sua operação.

Sabemos pela Sagrada Palavra que, quando ainda não existia o mundo, Deus teve vontade e criou-o. (Gn 1, 1): No princípio Deus criou o céu e a terra. Separou o que conhecemos hoje por céus do que conhecemos hoje por terra. Entendemos assim, que o Criador teve vontade e, pelo seu Santo Espírito, criou e separou os céus da terra. Mas tudo permanecia disforme e em profunda escuridão. Os espaços estavam cheios de água preenchendo com neblina todo o vazio escuro, mas, ali o Espírito Santo de Deus já habitava: (Gn 1, 2) ...as trevas cobriam o abismo e o Espírito de Deus pairava sobre as águas.

Por esta afirmação podemos deduzir que, por um lado, verdadeiramente o Espírito de Deus perscruta todos os lugares, mesmo onde, pelo nosso raio de conhecimento e entendimento, não conseguimos enxergar a verdade. Como nessa obra criadora: ali não existia nada, portanto, nem havia, ao nosso entendimento, a necessidade de Sua presença nesse lugar. Por outro lado, mostra-nos que é verdadeira a Onipresença Divina: o poder e a glória de Deus preenchem tudo. Está presente em todos os lugares, sejam eles visíveis aos nossos olhos ou não.

Deus disse: (Gn 1, 3) Faça-se a luz. Era pois a vontade de Deus que a luz fosse feita. Ela ainda não existia. Mas era decisão Divina que ela fosse criada, porque imperou naquele momento a Suprema Vontade, o Seu Divino Espírito agiu e a luz foi criada. Pela própria Palavra, notamos que a ordem Divina nessa criação foi muito além da luz. Criou-se, por essa ordem, todo o Universo, com tudo o que o constitui até hoje e com tudo o que o constituirá para sempre. Isto é: com tudo o que existe no espaço sideral: as constelações, astros, planetas, satélites etc. Todos os corpos que deveriam conter luz começaram a contê-las. Todos os corpos celestes que foram criados com a finalidade de iluminar, iluminaram e os que deveriam ser iluminados o foram.

E assim, vamos tendo a ideia do infinito poder de Deus, e também da força gloriosa e poderosa do seu Santo Espírito. Não precisamos portanto, de nenhum dom de conhecimento celestial para sabermos que o Pai, Filho e Espírito Santo, são um só Deus. Três pessoas numa Unidade Divina, que criou tudo o que conhecemos e continua criando permanentemente.

Daí podermos dizer que o Espírito Santo operou na vontade de Deus, criando a luz, depois fazendo o firmamento, em seguida separando as águas do árido e, em seguida, produzindo plantas, criando os peixes e demais seres vivos na água, e todos os tipos de seres vivos sobre a terra; e, finalmente criando o homem.

Durante a criação do homem e da mulher, foi que a presença do Espírito Santo de Deus, se fez ainda mais forte. Deus, após as demais criações, expõe que fará a seguir uma obra especial e afirma: (Gn 1, 26) "...Façamos o homem à nossa imagem e semelhança".

Pelas próprias palavras do Criador, notamos a relevância da obra que Ele realizou criando o homem; e também de que importância fomos por Ele considerados desde o início. Tudo isso, apesar de sermos imperfeitos.

O Senhor então criou o homem, como diz a Palavra (Gn 2, 7): O Senhor Deus formou, pois, o homem do barro da terra... Mas, o homem, ainda naquele momento, era uma estátua. Uma escultura incomparavelmente bela e bem feita, uma obra-prima, pois o escultor era perfeito, era Divino. A obra criada ainda não passava de uma escultura, uma estátua de barro inerte, morta. Naquele instante estava ainda inanimada. Aquele era o sexto dia, e tudo o mais criado anteriormente já existia e palpitava de vida em volta daquela escultura, mas ela não percebia nada, estava inanimada.

O vento balançava as copas das árvores há pouco criadas, já estavam prontas para receber a presença humana; mas o homem não via nada e nem podia sentir o frescor das rajadas de vento a lhe assoprar o corpo porque ainda não tinha vida. Os pássaros gorjeavam nos galhos das árvores, e o faziam numa verdadeira festa, mas o homem não ouvia, não escutava nada. Permanecia estático, frio, sem nenhum calor, porque não tinha vida. Ainda não recebera o dom da vida. Deus então resolveu conceder-lhe o sopro vital, e dá-lhe o Seu próprio espírito, assoprando-lhe as narinas e infundindo-lhe alma, criando-lhe vida interior. Propiciou-lhe vida física, material e vida interior com todos os seus sentidos e emoções. Aquela escultura até então morta, adquiriu vida própria. E o Espírito Santo de Deus começou a agir nele.

(Gn 2, 7) O Senhor Deus ... inspirou-lhe nas narinas um sopro de vida e o homem se tornou um ser vivente. Esta passagem, nos mostra muito bem, a vontade do Criador e a ação do seu Espírito Santo, sendo assoprado no interior da estátua, criando-lhe vida. O homem até ali estático, sem vida, recebe o toque do Espírito e torna-se um ser vivente. Passando a ver o que antes não via, a ouvir o que não ouvia, a sentir o que não sentia.

Esta passagem também nos dá o entendimento, de que todo homem e toda mulher gerados pelos seres humanos desde Eva são, na realidade, pura criação de Deus, recebendo pelo toque do Divino Espírito, o dom da vida ainda no últero materno. Somos todos agraciados por aquele divino e poderoso sopro.

O texto nos dá também a ideia diferencial de morte e de vida, tanto material como espiritual.

Tal como aquela escultura de barro inerte, apesar de bela e perfeitamente esculpida, era sem vida. Não ouvia, não via e nem sentia nada a sua volta, porque não tinha vida. E só depois que Deus, com seu sopro lhe efunde o seu Divino Espírito, ela se torna viva e se levanta, se movimenta e anda; assim também, quando estivermos dobrados pelo pecado, estaremos adormecidos e semimortos espiritualmente, com nossa vida espiritual asfixiada. Só quando reatamos com Deus, quando lhe apresentamos nossas súplicas sinceras e em humildade, devidamente arrependidos, é que seremos perdoados, e então nosso espírito, antes muito destruído pelo pecado, recebe o reforço do Espírito Santo que, alivia-nos do mal e efunde-nos vida renovada. Assim podemos dizer: agora estamos novamente com vida, vida espiritual. Estávamos mortos e revivemos!

Contudo, a Sagrada Palavra ainda nesse segundo capítulo, nos mostra que, apesar de Adão ter recebido graças maravilhosas das divinas mãos de Deus, ainda se mostrava muito triste. Deus entendeu que ele carecia de uma companhia que lhe fosse adequada. E, pelo poder de sua Divina Vontade, o seu Divino Espírito, criou e deu vida à mulher, que se tornou a sua companheira, alegrando o coração de Adão. A mulher fez companhia ao homem e juntos conviveram e continuarão convivendo por todos os séculos futuros, numa demonstração clara de que somos prova da perpétua ação criadora e renovadora de Deus no mundo.

Portanto, a presença e ação do Divino Espírito Santo na obra criadora do Universo, realizada por Deus, são salientes e inquestionáveis.

Depois de tudo feito, o Criador nomeia o ser humano para que reine sobre tudo a sua volta, que amplie a sua raça e submeta toda a terra. E concedeu-lhe total controle sobre tudo para que o homem pudesse dominar e usufruir de tudo o que lhe pudesse ser útil. E assim foi feito.

Em todos os momentos da ação criadora de Deus, o seu Espírito Santo se fez presente, acionando toda determinação, segundo a Divina Vontade, tornando-a real em cada uma delas e concretizando a ordem criadora.

O Espírito de Deus criou então, através do homem e da mulher a família humana: o homem e a mulher se unem para que Deus gere neles os seus filhos. O homem e a mulher se unem e se transformam na célula mater da sociedade, para que toda a raça cresça e se expanda, formando as multidões a reconhecer, proclamar e exaltar por todo o sempre, o Excelso Criador. Para que nelas sejam manifestadas toda honra e glória do Divino e Supremo Senhor.

É de exponencial importância a união entre o homem e a mulher em matrimônio, tornando-se ambos, numa unidade, semente da multiplicação preceituada pelo próprio Criador. Tal valor carrega essa união, que Ele próprio afirma em (Gn 2, 24) ... o homem deixa o seu pai e a sua mãe para se unir à sua mulher; e já não são mais que uma só carne.

O homem que, vindo de Deus como também a mulher, se une a ela para gerar filhos e filhas que, em obediência a sua própria índole e sua natureza, se atraem entre si, fortalecendo sua própria sociedade, e unindo-se em sequências intermináveis, voltando todos para suas origens: Deus.

Em cada uma das ações criadoras e renovadoras, o toque executor do Espírito de Deus se fez presente e atuante.

O poder criador e transformador de Deus continua. É permanente e eficiente. Assim ele se manifesta pelo seu Divino Espírito

Quando a humanidade se descaminhou, corrompendo-se ao extremo, Ele criou condições e a renovou radicalmente, recolhendo a parte apodrecida, e renovando a espécie humana, confiando o prosseguir da história, aos poucos incorruptíveis que lhe comprovaram fidelidade. O Espírito de Deus, proporcionou a Noé o entendimento necessário, para traduzir na prática todo o projeto de