Seus olhos não eram azuis: Poemas que contam Histórias
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Seus olhos não eram azuis - Eduarda Rofas
Prefácio Seus olhos não eram azuis
Caro estranho, você estranharia se eu dissesse que já conheço algumas coisas sobre você, como o fato de gostar de ler, ou o fato de, por algum motivo, ter se interessado por esse livro? Bom, eu diria que somos estranhos conhecidos agora, então vou recomeçar minha fala. Caro estranho conhecido, o que você vai começar a ler nas próximas páginas não é nada menos que uma extensão de minha simples e pobre alma, espero do fundo do meu coração que essa simples extensão lhe cause algum sentimento, qualquer que seja Se o meu livro mexer com seus sentimentos, todo trabalho então terá valido a pena. Daqui pra frente você entrará em um lugar totalmente novo que talvez nunca tenha visto. Sinta-se livre com esse livro e o considere-o a partir de agora uma parte sua, e não minha.
Boa leitura, estranho conhecido, vejo-o no final.’’
Para quem me mantém viva.
Quando vi que tudo acabou
Somos feitos do mesmo tipo de átomo, o que corre em você corre em mim.
Se isso é uma verdade, por que somos tão diferentes?
Por que pensamos tão diferente?
Somos iguais, mas diferentes, somos oximoros vivos vagando pelo mundo sem saber o porquê da nossa existência, talvez seja para encontrar algo ou alguém, talvez um dia descobriremos, ou talvez não.
Lembro-me de pensar isso enquanto o olhava e observava nos seus olhos que o amor se esvaziava lentamente. Aquele primeiro amor apaixonado e forte, que quebrava barreiras se fosse necessário havia ido realmente embora, talvez tivesse sido transferido para outra pessoa.
E ali, sentados naquele café parisiense, eu soube que acabou...
Como tudo começou
Eu estava sentada na biblioteca, lendo um livro empoeirado; você chegou de mansinho, sentou-se na minha frente com seu livro sobre física quântica, estudando sobre o que compunha o universo à nossa volta, sobre átomos, moléculas, partículas subatômicas, quarks.
O Sol batia em você, iluminando seu cabelo castanho dourado, uma paisagem digna de ser reproduzida em uma pintura ou escultura. Lembro ainda de dizer em minha cabeça que se Van Gogh tivesse conhecido você, a noite estrelada teria sido diferente e se, ainda, Michelangelo tivesse o conhecido, David teria suas feições.
Meu livro era sobre arte, o seu, sobre física. Você tinha um caderno e uma caneta, eu tinha um papel e um pincel.
Muito próximos com apenas alguns metros nos separando, mas tão distantes como se quilômetros de distância nos separassem.
Você me olhou, o azul dos seus olhos encontrou o preto dos meus.
Lembro que minha mente parou de funcionar, como se tivesse tido um blackout. Você deu um sorriso, e simplesmente tive certeza de que nenhum pintor, por mais incrível que fosse, conseguiria reproduzir sua beleza. Você era pura arte, em seus átomos transbordava arte.
Aquela noite
À luz das estrelas, deitados no jardim, tombei minha cabeça para o lado e vi você apontar as constelações acima de nós, vi você falar com entusiasmo sobre como elas eram as coisas mais lindas do mundo, mas, na minha cabeça, discordei totalmente; você, de longe, era mais lindo que elas. Estava hipnotizada por sua beleza, seus átomos abundavam beleza e arte e, por mais que você não visse sentido em arte, para mim você era a arte mais bela de todos os tempos.
Você virou para mim, deu um sorriso