Divagar Ao vento

De Vitor Cachopo

Divagar ao Vento é um livro que aborda emoções e a vida.
Divagar ao Vento não tem princípio, meio, nem fim tal como vemos nos romances. É um livro de crónicas, em que o único fio condutor são as emoções que são transmitidas.
As personagens podemos ser cada um de nós no nosso dia-a-dia.
O livro fala de amor, de perda, enobrece pessoas, fala de violência, de diferença, da vida, entre outros temas.
Este livro pode ser a desculpa perfeita para ler e pensar em temas de extrema importância.
De referir, que este livro foi elaborado na situação que estamos a vivenciar a nível mundial que é o surto da Covid-19, que nos obrigou a um isolamento social e este instaurou diversos sentimentos que eu tentei escrever neste livro.

• Idioma: Português
• Editora: CORDEL D' PRATA
• Data de lançamento: 13 de jul. de 2022
• ISBN: 9791221371925

Pré-visualização do livro

Tenho em mim todos os sonhos do mundo

Tenho em mim

todos os sonhos do mundo,

Não sou Deus nem rei,

Sou poeta, sou sonhador,

Sou mil coisas sem fim.

Mas quando adormecer num sono profundo,

Sonharei que todo o meu amor,

É mais do que isso, que também é dor,

Que eu irei entregar para sempre a uma nobre pátria: Portugal

As lágrimas que deito por ti

são água e sal,

Mas não há nenhum português

Que saiba amar o meu lindo Portugal

Mais do que eu.

Tenho em mim todos os sonhos do mundo,

Portugal no outro lado do horizonte,

A língua palpitando no coração

O mar defronte

E o povo com brados de exaltação.

Tenho em mim todos os sonhos do mundo,

Sou o que fui e o que quero ser,

Portugal fica para trás,

E para diante um coração que começa a escurecer.

Até Logo

Foi a última vez que te vi. Perguntei-me que mal tinha feito...

O até logo durou horas, meses, anos, e nunca mais soube de ti. Algo estava errado. Eu procurei-te, mas o meu coração dizia para não te procurar. Sabes aquela sensação, aquele pressentimento de Ela não quer saber mais de ti? Essa mesma sensação assombrou-me.

Tive sinais de que alguma coisa se passava contigo. Não liguei, não quis dar ouvidos àquilo que eu pensava ser uma paranoia. Hoje, eu sinto remorsos. Hoje, apareceu um cadáver estrangulado e não sabem quem é. Será que és tu? Será que algo estava mesmo errado?

Se fores tu.... O que farei? O que direi a mim mesmo? Que foi um acidente, que não podia prevê-lo? Mas, na verdade, eu podia...

Passaram-se dois dias e veio a confirmação. Eras tu! Em vez de ter feito aquelas perguntas, não as fiz. Fiz as habituais: Quem? Como? Porquê?

Eras tão doce! Ninguém te podia odiar assim tanto, meu amor...

Eu perguntei a Deus porquê. Mas não há explicação... Tinhas contigo um bilhete escrito, mas não era a tua letra. Eu conhecia-la bem e sei que alguém escreveu por ti.

Estava escrito: Vou dormir em paz. Até logo...

Assinado Jessy.

Aquilo foi uma facada no meu coração, porque nos despedimos com um até logo e aquele bilhete tinha a nossa despedida. Não sei porquê e quem podia ter a intenção de fazer aquilo!

Hoje, sei que podia ter feito mais, porque eu tive