A Identidade do Catequista a partir das Celebrações do RICA
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A Identidade do Catequista a partir das Celebrações do RICA - João Fernandes Reinert.
Os objetivos do tempo do pré-catecumenato e suas incidências no ministério e na vida cristã do catequista
No intuito de captar a pertinência do tempo do pré-catecumenato e de seus ritos na vida cristã do catequista e no exercício do seu ministério, faz-se necessário recordar a natureza e os objetivos principais desse tempo fundamental do percurso da iniciação à vida cristã. De forma sintética, pode-se dizer que o pré-catecumenato, o primeiro tempo do percurso da iniciação, é um tempo fundamentalmente destinado ao anúncio do querigma,¹ ao despertar da fé e ao auxílio na abertura a Deus e no apaixonamento por Jesus Cristo.
Pré-catecumenato é um tempo dedicado à primeira evangelização, à acolhida, à atenção personalizada àquele que deseja tornar-se cristão. É tempo para clarear e lapidar as motivações iniciais do candidato² à vida cristã. É tempo para ajudar o candidato em sua adesão inicial a Cristo e à comunidade de fé. É tempo para motivar o candidato em seu início de conversão a Jesus Cristo; é tempo para assimilar os primeiros elementos da vida cristã.
Deixemos que o próprio RICA fale sobre a importância do pré-catecumenato: É o tempo da evangelização em que, com firmeza e confiança, se anuncia o Deus vivo e Jesus Cristo...
(RICA, 9). Posto isso, entremos na reflexão sobre a relação entre os objetivos desse tempo chamado pré-catecumenato e o ministério do catequista. Se o querigma é a espinha dorsal e a razão de ser do tempo do pré-catecumenato, interessa-nos a pergunta: o que esse tempo, com seus objetivos e seus ritos, tem a dizer à vida cristã do catequista e à sua identidade ministerial? De que modo esse tempo destinado ao primeiro anúncio ilumina o ministério do catequista, o cultivo de sua fé e sua experiência de Deus?
O catequista está em comunhão com o candidato à vida cristã, que é auxiliado, nesse tempo de graça do percurso catecumenal, a pensar suas motivações espirituais e a clarear seu desejo inicial de ser cristão. Também para o catequista, esteja ele há anos no ministério ou iniciando agora, o tempo do pré-catecumenato é um momento precioso para que ele se confronte com suas reais motivações à vida cristã e ao ministério da catequese que, livremente, ele abraçou. Em outras palavras, durante o tempo do pré-catecumenato, enquanto o catequista auxilia o candidato a discernir e a crescer na sua adesão inicial a Cristo e à Igreja, ele mesmo não pode perder essa rica oportunidade para crescer no discernimento e clarear sempre mais suas reais motivações pela causa da iniciação à vida cristã.
Diz o Ritual da Iniciação Cristã de Adultos (RICA) que da evangelização realizada com o auxílio de Deus brotam a fé e a conversão inicial, pelas quais a pessoa se sente chamada do pecado para o mistério do amor de Deus
(RICA, 10). No pré-catecumenato, aparecem os primeiros sinais de conversão na vida dos candidatos. Motivado por essa realidade, cabe ao catequista, portanto, trilhar com os candidatos esse percurso da iniciação, fazendo a si mesmo estas e outras perguntas: Como está minha relação pessoal com Jesus Cristo? Por que sou catequista? O que me motiva nessa missão? A quantas anda minha conversão pessoal e ministerial? Quais as mudanças ocorridas na minha vida de fé nesses anos de catequista? Minha experiência de Deus tem passado por transformações significativas?
1.1 Catequista: homem e mulher do querigma
Uma das principais diferenças entre a catequese tradicional escolar e a iniciação à vida cristã de inspiração catecumenal está na aguda consciência de que é preciso começar pelo querigma, pelo explícito anúncio ou reanúncio de Jesus Cristo. Na catequese tradicional dos tempos de cristianismo cultural era, de certo modo, desnecessário tal anúncio, uma vez que toda a sociedade já era cristã, ao menos teoricamente. O catequista, naquele contexto, tinha muito mais a tarefa de ensinar a doutrina cristã do que a preocupação de fazer o anúncio do querigma. Pode-se dizer, sem juízo moral, que o catequista naquele contexto, por motivos culturais e religiosos da época, não precisava ser homem e mulher do querigma, e sim muito mais homem e mulher da doutrina, do ensino religioso, haja vista frases como fulano está dando doutrina
, para se referir à atividade eclesial do catequista.
Embora saibamos que é missão do introdutor³ fazer o anúncio do querigma, no tempo do pré-catecumenato, isso não significa que o catequista esteja isento de apresentar o querigma, por ao menos dois motivos: porque em muitas realidades ainda não se tem o ministério do introdutor, cabendo aos catequistas fazer esse trabalho; e porque o querigma é a espinha dorsal de todo o processo da iniciação à vida cristã; portanto, não se limita ao tempo do pré-catecumenato.
Hoje a situação mudou radicalmente, e o catequista recebe, portanto, necessariamente, nova identidade. O tempo presente exige que ele seja homem e mulher do querigma, que tenha como característica primordial a centralidade de Jesus Cristo. Vale lembrar, com especial atenção, que o querigma, ou seja, o primeiro anúncio de Jesus Cristo, não significa apenas algo que vem em primeiro lugar e que depois é deixado de lado ou substituído por outros elementos. O primeiro anúncio, nas palavras do papa Francisco, é o primeiro em sentido qualitativo, porque é o anúncio principal, aquele que sempre se tem de voltar a ouvir de diferentes maneiras e aquele que sempre se tem de voltar a anunciar, duma forma ou doutra, durante a catequese, em todas as suas etapas e momentos
(EG, 164). Continua o pontífice: "Não se deve pensar que, na catequese, o querigma é deixado de