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Desbloqueando Pessoas
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Desbloqueando Pessoas

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Sobre este e-book

Desbloqueio emocional, este termo neologista que, no final das contas, significa apenas uma intervenção com profundos resultados terapêuticos - é uma medida que leva a outra pessoa a intensos processos de catarse e metanoia. Amplamente praticado por palestrantes motivacionais, mentores, coaches e gurus da auto-ajuda, poucas pessoas estão realmente preparadas para este tipo de intervenção. Com o crescimento do mercado de cursos e eventos, seja presencial ou online, muitas pessoas vêm se dedicando à tarefa de ajudar indivíduos a alcançar o sucesso em determinado nicho ou segmento. E, inevitavelmente, acabam esbarrando na necessidade de intervir para desbloquear pessoas emocionalmente. Se você está neste mercado, sabe o quanto é difícil obter conhecimentos aprofundados no assunto. Fica ainda mais difícil quando se busca conhecimentos sérios, bem embasados, com critérios e rigores embasados no máximo possível de cientificidade. E, quando encontra um pouco deste conhecimento, raramente vêm de forma prática para aplicar no dia a dia. Este livro tem o intuito de prover informações amplas, bem embasadas e com excelente nível de profundidade para aqueles que realmente desejam se dedicar ao desbloqueio emocional de pessoas, bem como métodos práticos, seguros e fáceis de seguir para quem busca atuar neste âmbito com responsabilidade e princípios éticos. Um livro obrigatório para Coaches, Palestrantes, Influencers, Mentores e todos os profissionais ligados ao desenvolvimento pessoal e a auto ajuda.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento18 de mai. de 2021
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    Desbloqueando Pessoas - Gustavo Almeida

    Agradecimentos

    Eu não teria me interessado por Programação Neurolinguística em 2005 se não fosse um e-mail divertido de um amigo muito querido. Então, o primeiro agradecimento é para o Ricardo Portella.

    Eu não teria pisado tão cedo em um curso de hipnose se não fosse pelo convite do meu amigo Diego Rimonato, a quem também dedico essa obra.

    E eu certamente não teria me dedicado tanto ao aprendizado da hipnose se não fosse o incentivo e as portas abertas, logo no início do meu aprendizado, pelo meu talentosíssimo amigo Alberto Dell’Isola, a quem eu tenho por padrinho nessa área. Um dia, e esse dia pode nunca chegar, eu vou lhe pedir para fazer algo para mim. Mas até esse dia, aceite este gesto como um presente. (Alberto, adaptado de Don Corleone)

    Três colegas de turma, logo no início dos estudos, tiveram também um papel fundamental na minha decisão de seguir nessa carreira: Raphael Luz, Raphaela Alencar e José Luis Júnior. Vocês viram talento em mim e me fizeram acreditar.

    Eu não teria acumulado tanto conhecimento sem o apoio mútuo de um grupo de estudos muito especial para mim. Agradeço aos amigos do Imaginatti – Sérgio, Ricardo, Luiz Felipe, Weslley, Caco, Saulo, Ivan, Yuri, Carvalho, Lucas e Marcelo.

    Um agradecimento especial ao Caco Penna, pela primeira revisão desse material. Sem a colaboração do Caco, este material seria medíocre.

    E o agradecimento mais especial é merecido por três pessoas.

    Uma delas é o meu amigo Vinicius Santucci, que me ajudou a iniciar nos meus trabalhos como terapeuta, confiando em minha capacidade referenciando-me com grande visibilidade.

    Outra é a Flaviana Rezende, pela incrível troca de experiências e incentivos, principalmente em momentos nos quais faltou fôlego para levar adiante.

    E, finalmente, Marcelo Nicolau, agora também professor do curso, que contribuiu para que essa obra crecesse trazendo uma nova e especial abordagem sobre hipnose rápida e instantânea.

    Por fim, aos professores que, dentro ou fora de sala de aula, de alguma forma me transmitiram conhecimentos preciosíssimos – Alberto Dell’Isola (novamente), Hansruedi Wipf, Ines Simpson, Michał Cieślakowski, Marco Paret, Inês Marcel, Fabio Puentes, Sean Michael Andrews, Sofia Bauer, Leonardo Silvério, Sérgio Kfir, Stephen P. Adler, Cornélia Rossi, Raphael Luz (novamente), Lucas Rezende e tantos outros.

    Obrigado a cada um de vocês, do fundo do coração.

    E obrigado a você – caro leitor ou querida leitora – por prestigiar esse trabalho.

    Introdução

    Vamos falar intensamente ao longo dessa obra sobre hipnose, traumas e processos terapêuticos.

    Se você já está a algum tempo na área de desenvolvimento de pessoas, principalmente quando envolve mentoria, coaching e, claro, desbloqieio – este termo neologista que, no final das contas, significa apenas uma conversa profundamente terapêutica que leva a outra pessoa a processos intensos de catarse e metanóia, sabe o quanto é difícil obter conhecimentos aprofundados.

    Ou você se inscreve em um curso caríssimo, que vai passar um bom tempo ensinando coisas básicas ou coisas que você já sabe bem para, em um ou outro momento, dar a você aquele insight ou aquele pulo do gato genial; ou você faz aquele curso daquele cara genial que ensina a história dele, para você saber por que ele é tão competente, e aquela técnica espetacular que você estava louco em aprender virá somente no oitavo módulo, daqui a alguns meses; ou você participa de um curso vivencial, extremamente prático, que trata todos os seus traumas durante os exercícios terapêuticos, mas pobre demais em teoria ou em metodologia que você possa aprender e reproduzir.

    Se você é novo na área e está dando seus primeiros passos, perceberá o quanto é difícil acumular tudo isso.

    Esta obra tem a pretensão de poupar você dessas armadilhas. Vai ajudar você a planejar cuidadosamente seus estudos posteriores ao curso naquilo que você realmente precisa.

    Vai levar você às salas de aula de novos cursos com um mínimo de conhecimento para estar mais atento às genialidades das sacadas de cada um dos grandes nomes que você quer ter em seu currículo, poupando você de ser o chato que levanta a mão para perguntar bobagem ou falar abobrinha, e conduzindo você a um conjunto de percepções, reflexões e conclusões que o colocarão em uma posição de destaque, recebendo admiração e tratamento especial daquele professor em particular.

    Vai ajudar você a montar um modelo de negócios realmente viável com hipnose terapêutica, fazendo dessa maneira com que você cresça profissionalmente e financeiramente nessa área.

    Vai dar a você, que já tem alguma experiência com hipnose, diferenciais para destacar-se em um mercado cada vez mais competitivo.

    E vai ajudar você, professor ou instrutor, a formar alunos competentes, capazes de colocar as pessoas em transe e ajudarem-nas a resolver seus problemas mais difíceis.

    Apresentação

    Eu tinha pouco mais de 14 anos quando estava sentado com minha família em frente à televisão, em um domingo qualquer.

    O Silvio Santos apresentava o seu famigerado Show de Calouros, com a sua inesquecível banca de jurados – lembro-me em especial do Nelson Rubens, da Sônia Lima, do Wagner Montes, do Sergio Mallandro, do Leão Lobo e do Pedro de Lara.

    Era um quadro no qual alguém apresentava alguma habilidade artística. Sempre tinha algum mágico, algum grupo de danças, alguma atração circense. Muitos artistas de rua, em busca dos 15 minutos de fama. E os jurados diziam quanto vale o show.

    Naquele domingo havia um hipnotista. Um homem barbudo, de roupas elegantes e sotaque hispânico. Chamava-se Fábio Puentes. Colou as mãos do auditório. Fez as pessoas entortarem colheres em casa, do outro lado da televisão.

    Fez o Leão Lobo enrigecer o corpo de tal maneira que tornou-se uma ponte humana entre duas cadeiras, sobindo de pé sobre ele. E fechou com um truque de mentalismo no qual reproduziu, ao vivo, a assinatura do Pedro de Lara.

    Achei aquilo tudo incrível. Chamou demais a minha atenção.

    Já naquela época eu tinha algumas curiosidades sobre esse negócio misterioso chamado Hipnose.

    Cresci vendo os desenhos do Pica-Pau hipnotizando o Zeca Urubú, do Pato Donald hipnotizando o Pluto, já tinha visto o Renato Aragão popotizar o Eduardo Conde no cinema, e já tinha visto filmes e séries dos anos 80 onde a Hipnose parecia uma mágica ponderosa para controlar pessoas.

    Naquela época, passava na Rede Globo a novela Olho no Olho. Em seu enredo, o ator Flávio Silvino (um dos filhos do humorista Paulo Silvino) interpretava um personagem que tinha poderes psíquicos, e com dificuldades em controla-los, e quem o treinava para isso era um padre interpretado pelo Tony Ramos, que utilizava a hipnose para isso.

    Mas ainda com alguma noção do que se tratava, tudo aquilo me parecia fantasia.

    Eu até sabia que uma parte daquilo poderia ser verdade, mas na minha cabeça aquilo funcionava de uma forma bem diferente.

    Já havia lido um livro do Sidney Moraes (ESPA), além de dois livros e uma fina apostila do José Silva (Método Silva Mind Control), que encontrei nas coisas de meu pai durante uma reforma em casa. Já tinha visto coisas como o relaxamento progressivo e a tela mental, técnicas arcaicas e obsoletas, lá das décadas de 50 e 60, que colocaria em transe leve uma em cada 20 pessoas (depois de um grande e complexo trabalho).

    Aí então eu vi aquele artista uruguaio no SBT falando poucas palavras carregadas de sotaque perto do ouvido das pessoas e colocando elas em um estado de sono no qual coisas sensacionais aconteciam e a pessoa acordava sem lembrar de nada!

    Já naquela época, aos 14 anos, ficou claro para mim que eu estava perdendo alguma informação.

    Ainda naquele ano, aconteceram algumas palestras na minha escola. Uma delas era com um gringo que colocava as pessoas para dormir tocando em determinados pontos no corpo (como perto dos olhos, ou perto do pescoço, ou pinçando os ombros com os dedos, etc). Algo quase inexplicável, mas a palestra – que falava muito sobre mente e inconsciente – tinha apenas demonstrações de alguns alunos apagando no palco.

    A vida seguiu. Eu fui estudar em uma escola técnica, cursando disciplinas de eletrônica e telecomunicações. Minha meta era estagiar em grandes empresas – na época, estatais – e tinha uma visão de mundo na qual eu precisaria estudar muito para, um dia, prestar um concurso público.

    E foi assim que, lá pelos 18 anos, um grande amigo me convidou para participar com ele de um curso sobre métodos de estudo.

    Um curso que envolvia leitura dinâmica, técnicas de memorização, oratória e algumas outras competências que seriam de grande ajuda para absorver conhecimentos.

    A instrutora desse curso abordava muito algumas técnicas de repetição de afirmações positivas, e fazia isso com um rápido relaxamento guiado por música leve e imaginação.

    Ficou claro para mim, naquela época, que aquilo era uma tentativa de hipnose.

    Tentativa, claro. Pois a insegurança era grande demais para se afirmar que alguém ali entraria em transe.

    Tanto que ela jamais utilizava a palavra hipnose, ou sequer a palavra transe. Falava simplesmente em relaxamento e afirmações positivas. Mas eu percebia muita semelhança com tudo aquilo que eu já havia lido e visto em outros cenários.

    Naquela época a Hipnose era, para mim, um conjunto de fenômenos bobos e dificílimos de se obter, muito mais relacionados a crenças do que a aspectos cientificamente falseáveis. Mas sempre que ouvia falar eu era remetido às lembranças do palestrante que fazia as pessoas dormirem na minha escola e à apresentação do Fábio Puentes no Silvio Santos e em outros programas de TV de outras épocas.

    Eu até acreditava que talvez pudesse existir um método de se obter de verdade aqueles fenômenos que eu vira outrora. Só não tive mais curiosidade a respeito. Minha vida e minha carreira seguiram sem que eu tivesse que me preocupar com isso.

    Eu segui pela área de exatas. Estudei engenharia. Me especializei em complexidades do ambiente de T.I. Atuei em empresas multinacionais, com ambientes de missões críticas, sempre me aprofundando cada vez mais na gestão de crises e em segurança da informação. Passei muitos anos longe de assuntos ligados à hipnose e bombardeado por assuntos ligados a fenômenos físicos e químicos, reprodutíveis, mensuráveis, matematicamente previsíveis.

    Percebam, caros leitores e leitoras, que eu desenvolvi um senso extremamente crítico, lógico e científico de mundo, vida e realidade.

    O nível de abstração que eu exigia dos fenômenos para que pudesse acreditar neles era tamanho que me impedia de levar a sério conversas cujo conteúdo fosse algo tão subjetivo quanto hipnose me parecia naquela época. Meu interesse pelo assunto foi diminuindo sem que eu me percebesse disso.

    Alguma coisa começou a mudar quando tive acesso a algumas ferramentas de treinamento de recursos humanos. Ferramentas de vendas, ferramentas de persuasão, ferramentas de mudanças comportamentais... E apareceu diante de mim uma caixinha de ferramentas chamada Programação Neurolinguística.

    Na ocasião eu não havia, de fato, parado para pesquisar a fundo do que se tratava. Mas algumas poucas técnicas que me foram ensinadas me abriram portas profissionais muito grandes.

    Aquilo tudo, de alguma forma, me fazia sentido. Eu conseguia aplicar os processos e obter os resultados. Aquilo funcionava. Era reprodutível, mensurável e previsível, ainda que de forma intuitiva e não aritimética.

    Foi mais ou menos nessa época que conheci um dos meus melhores amigos. Seu nome é Vinícius Santucci, o mesmo Vinícius que assina comigo essa obra e que ministra comigo os cursos de hipnose.

    Eu o conheci em um fórum de PNL do qual eu participava. Ele era, na ocasião, master licenciado em PNL e hipnotista eriksoniano. Atuava já havia algum tempo com casais e relacionamentos em crise, e estava se especializando na área de traumas.

    Naquela época eu trazia uns desafios pessoais bastante agressivos. Precisava, com urgência, modificar alguns hábitos de vida, principalmente relacionados ao meu sono, à minha saúde e à minha forma física.

    O Vinícius me atendeu por telefone, com alguns scripts eriksonianos de um livro que ele comprara recentemente, num estado de transe tão leve que eu me questionava se realmente havia sido hipnotizado.

    O fato é que os resultados aconteceram. Já na manhã seguinte e pelos meses que seguiram eu estava acordando no horário certo, sem a necessidade de despertador. Estava sentindo sono para dormir no horário correto, à noite. Sem uma explicação de outra natureza, eu acordava todos os dias com um entusiasmo absurdo para as atividades físicas que eu praticava, sem falhar um único dia sequer.

    Não conseguia passar um único dia sem me exercitar na academia, e minha alimentação tornou-se intuitivamente mais saudável e menos compulsiva.

    Passei meses sem refrigerantes e sem bebidas alcoólicas, e sem sentir qualquer falta de nada disso. Na verdade, eu demorei algumas semanas para reparar que havia parado com tudo aquilo.

    Era claro que, apesar das minhas dúvidas e da minha incredulidade, algo havia acontecido em um nível profundo.

    Outro amigo desse fórum foi o Emerson Pacheco. Psicólogo, coach e hipnotista eriksoniano, ele é o carisma em pessoa. Atuava principalmente nas áreas de desenvolvimento profissional e emagrecimento.

    Motivado por uma outra demanda, participei de um trabalho vivencial com ele, imerso em coaching. E mesmo sem ter relação com o objetivo daquele trabalho ele me passou, ao final do processo, alguns áudios de transes eriksonianos de sua autoria.

    Usei aqueles áudios durante meses, na hora de dormir. Não me sentia em transe. Para mim, eu apenas relaxava e dormia. Sempre me questionei se aquilo realmente funcionava. Ainda assim, utilizava todas as noites, uma vez que me ajudavam a dormir ainda mais rápido e de forma muito agradável.

    Em uma determinada noite, senti como que meu corpo paralisado. Minha mente, por outro lado, alucinava muito, ao som da voz do Emerson.

    Era como se eu estivesse vivendo aquela história de suas metáforas, e como se eu estivesse, em um nível muito profundo, aprendendo com as experiências daquela noite.

    Muito posteriormente, aprendi sobre paralisia do sono, e imaginei que não passava disso. Mas não posso negar que outras mudanças profundas aconteceram ali também.

    Nunca mais na minha vida tive um transe visualmente intenso como aquele.

    De qualquer maneira, meu conceito de hipnose era realmente poluído. Eu tinha um entendimento de que hipnose era um estado de sono realmente. Eu tinha um entendimento de que as sugestões hipnóticas não passavam de mensagens subliminares. E eu tinha o entendimento de que hipnose era

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